sábado, março 31, 2007

De pés dados


Mandaram-me esta foto, «Círculo do Amor», e pensei deixá-la aqui para um sorriso nesta manhã de sábado.
Sabe bem, não é?

Manoel, o centenário


Eu adorei o Aniki-bobó a primeira vez que o vi. Depois fui apreciando os filmes de Manuel de Oliveira até ao «O Passado e o Presente». A partir daí, a minha apreciação passou a ser muito irregular. Lá vinha um ou dois que gostava bastante seguidos por três ou quatro onde me deixava dormir (não literalmente, mas quase)
A verdade é que é o nosso cineasta famoso. Ninguém o pode duvidar, o certo é que «lá fora» é muito conhecido e apreciado.
Filma há 70 anos e realizou uns 40 filmes.
Manuel de Oliveira vai fazer 100 anos e como prenda vai ter o financiamento de dois filmes:

"Cristóvão Colombo - O enigma" que já está a andar e "Singularidades de uma rapariga loira" sobre um conto de Eça.

Cem anos é uma longa vida. E com a lucidez suficiente para ainda ser capaz de gerir a rodagem de um filme, é notável.
Agora se o vou ver, isso não prometo. Talvez que eu estiver em França e eles tiverem legendas. Dá logo uma perspectiva diferente…

Conhecer os preços

Tem a sua piada.
Mas a verdade é que também não devemos ser muito severos. Cada um de nós só conhece o preço das coisas que costuma comprar, e acredito que muitos «donos de casa» de classe média que entregam o governo da casa à sua cara metade, não façam ideia do preço da margarina ou da lixívia. Essa coisa de saber e sobretudo ‘comparar’ preços é mania de dona de casa poupadinha.
Tudo isto veio à baila pela gaffe do primeiro-ministro espanhol desconhecer o preço de um café. Bom, quanto à nossa bica isso creio que é um conhecimento muito geral e quer homens quer mulheres em Portugal dominam esse saber. Bica e jornal, está bem, mas quanto ao resto… O próprio preço do pão, considerado um indicador importante, muita gente fica perdida, até pela variedade e qualidades de pão que agora podemos comprar. Reconheço aqui que eu desconheço quanto custa hoje o vulgaríssimo papo-seco, que é tipo de pão de que não como, cada vez mais branquinho e «plastificado».
O DN deu-se ao cuidado de ir investigar ao nosso parlamento se a classe política dominava o assunto. Tá visto que
nem por isso mas, cá por mim, não levo a mal.
Tem a sua graça quando dizem que fazem as compras mas nem olham os preços. Isso já é mais grave, porque indica um tal bem-estar que me parece bem desligado do resto dos mortais… Uma coisa é nem sequer fazer as compras, como disse que é o caso de muitos dos nossos maridos ou filhos adolescentes. Mas quando nos vamos abastecer nós próprios não é curioso nem olhar para a etiqueta que lá está exposta…?!
E, fora de brincadeiras, para mim penso que o caso de um político devia ser diferente de um sujeito comum. Assim como um sindicalista devia, periodicamente, ir viver o dia a dia dos seus associados, também um político tinha a obrigação de conhecer a realidade das gentes que afinal representa e o elegeram. E isso passa também pelo conhecimento do custo dos produtos essenciais.

Chama-se Tribunal de Contas…

…e sempre meteu medo.
Não à arraia-miúda, é claro, mas quem tinha responsabilidades de chefia muitas vezes interrogava-se: «será que o Tribunal de Contas vai deixar passar isto?»
Desta vez esse terrível TC foi fazer uma auditoria aos gabinetes ministeriais e dos primeiros-ministros dos últimos três governos (Durão, Santana e Sócrates) e vai ser um fartote de rir: encontrou
«falta de transparência nos processos de admissão, total discricionariedade na tabela salarial e mesmo situações ilegais» .
Ou seja, aquilo de que são acusados pela opinião pública, e a que sempre se furtam com uma pirueta.
Olhem só: entre 2003 e 2005 «o número de colaboradores recrutados para apoio aos gabinetes, “não obedeceu a quaisquer limites”, a sua selecção “nem sempre” assentou em critérios “claros e objectivos” e “observaram-se as mais díspares remunerações para funções idênticas” ».
Tudo isto estaria muito mal, mesmo sem a severidade da política que se está a usar na drástica redução dos ‘pequenos trabalhadores’, mas tal como as coisas andam, o «bem prega frei Tomás»
assume contornos de escândalo.
E não vale dizer que «os outros foram piores». Por um lado não foram muito piores e por outro as medidas ‘radicais’ são destes senhores!

Um programa a não perder, de modo nenhum


Já devia ter falado neste programa, e nem sei bem porque ainda o não fiz.
Excelente!
Tenho esperança de que, para além da transmissão, esta série venha mais tarde a ser publicada em DVD para a podermos guardar e rever em caso de dúvidas…
Falo de
«Portugal, um retrato social» de António Barreto.
Um programa que, já li não sei exactamente onde, se tivesse começado a ser transmitido há mais tempo talvez o resultado do «tal concurso» não tivesse sido aquele.
Não se esqueçam que é às terças-feiras, logo a seguir ao telejornal, felizmente houve o bom-senso de o colocar a uma hora ‘decente’.
Ajuda-nos a ver como era esta terra, «dantes». O que há de melhor e de pior. Como nascemos muito menos mas com muito mais segurança; como somos mais solitários na velhice mas também vivemos muitos mais anos.
Uma lição de História ao vivo, extremamente interessante. Não pelo ‘saudosismo’, de modo nenhum, até pelo contrário, para ver o que mudou, os sonhos que foram cumpridos e os que se perderam e se com o passado poderemos aprender para o futuro.


Não se esqueçam: Terça, depois do telejornal.

sexta-feira, março 30, 2007

"Porque que nos apaixonamos pelas pessoas erradas"

Ora aqui está um assunto interessante.
Não sei se posso ir à Barraca ouvir a psicóloga que fala sobre este tema, mas lá que apelativo, isso é.
Quem não conhece casos desses? Parece mesmo uma «atracção pelo abismo», pessoas que saem de um relacionamento para outro, qual deles o menos indicado.
"O acto de nos apaixonarmos tem a ver connosco, somos nós que queremos actualizar uma parte de nós e que procuramos no outro características que gostávamos de ter, como por exemplo a extroversão" mas a pessoa que se apaixona por alguém errado está a canalizar os sentimentos "para o seu oposto e não para o seu complemento".
Será isto?
O pior é o ‘tratamento’ dessa conduta desastrosa porque, segundo ela, essa tendência só termina com uma catástrofe.
Mas que pior catástrofe do que apaixonarmo-nos pela pessoa errada? ...

Sem palavras



«Os CTT - Correios de Portugal conseguiram, em 2006, um resultado líquido recorde, [….] um crescimento de mais de cinco vezes face ao ano anterior
Fizeram grandes investimentos? Geriram muito bem as suas capacidades? Abriram novas e boas respostas? É que cinco vezes é muito lucro!
Não.
«Os resultados extraordinários foram conseguidos graças à extinção de protocolos de saúde, que permitiram uma redução significativa dos custos com cuidados de saúde futuros»
Li mais de uma vez esta passagem pensando que não estava a ver bem.
Mas os empregados dos correios andavam doentíssimos nos outros anos? Ou esses protocolos beneficiavam extraordinariamente as entidades que prestavam os cuidados de saúde?
Ou esta história espantosa é melhor contada ou os lucros deveriam reverter para os trabalhadores que conseguiram um estado de saúde miraculoso de um ano para o outro.
Desta vez, nem sei o que dizer…

A Sorte Grande

Indemnização, diz o dicionário, é o acto de «compensar; reparar o dano a». Muito bem. É justo, uma pessoa é prejudicada e portanto para minorar a sua desgraça tem uma compensação. E é assim que os senhores administradores da PT vão receber 10,672 milhões de euros, para além do ordenado correspondente aos meses em que desempenharam cargos em 2006
Foram prejudicados? Eu cá não sei… Parece-me até que haveria para aí, milhares de pessoas que gostariam de ter sido prejudicadas como eles foram. Porque, para quem ouve, aquilo tem até aspecto de lhes ter saído a taluda.
Diz-nos o
editorial do DN:
«Nas empresas públicas portuguesas é comum que um quadro superior que queira ir embora porque arranjou emprego noutra empresa (e por vezes noutra empresa pública) receba a tal indemnização. A lógica levaria à pergunta: mas se é ele que quer ir embora, porque se tem de lhe pagar para ir embora? A resposta é fácil: o administrador que fica não paga ao que parte com o seu dinheiro. Ele não é patrão, o dinheiro é de todos nós. O administrador que fica paga com cobiça a prazo. Amanhã será ele o beneficiado, também terá a sua indemnização
Portanto, é comum. Ou seja uma mão lava a outra…
Quanto à PT e EDP? Enfim, pois se é comum num local porque não em todos?

Portugal a comprar cortiça?...

Mas o que se passa?! Será possível que um dos poucos produtos onde éramos realmente bons, tenhamos agora de o importar? A cortiça?
E ainda por cima
vamos comprá-la à China, apesar da cortiça chinesa não ter qualidade
Quer dizer, não tem qualidade mas é barata e assim serve para fazer pavimentos.
E a nossa fica reservada a fazer rolhas.
Espero bem que não estejamos a brincar às metáforas.

quinta-feira, março 29, 2007

Hora de verão, esclarecimento

Agora não tenho tempo para ir mudar as horas de todos os posts que estão por aqui abaixo. Mas reparei que, estranhamente, (ou não estranhamente, uma vez que eu não tratei do assunto e se calhar ele sozinho não se mexe) o relógio que assinala as horas dos posts não foi actualizado. Verifiquei que tenho por aqui abaixo coisas escritas pelas 6 da manhã, por exemplo, quando o foram uma hora mais tarde. Amigos, não pensem que ando a exagerar. Escrevo cedinho, mas não tanto… Logo trato do assunto.
;D
'Brigada!

Cá vem de novo o D. Afonso Henriques

Pensei que esta questão estava ultrapassada, que se tratava apenas e só uma questão agora de papelada.
Pois não senhor!
Afinal
ainda não é desta que se vai saber seja o que for de científico sobre D. Afonso Henriques
Sem pretender nenhuma falta de respeito mas isto já está a parecer um remake do «regresso da múmia».
Porque é que não hão-de estudar os ossos? Qual o mal?
Sinceramente não atino. E porque é que é o IPPAR a meter a colherada no assunto? Vão partir o túmulo??? Ou os ossos também são património arquitectónico?
O que sei é que daqui a pouco isto vai ser motivo de galhofa para a comunidade científica internacional…




( E já viram que se começou logo mal? Como é que os jovens, aqui do post debaixo, que mandavam tudo de avião embora, descalçavam esta bota? Que se saiba Afonso Henriques não era português há cinco gerações…)

«Portugal para os portugueses»

E a França para os franceses e a América para os americanos.
A conversa é conhecida e muito antiga. Fico sempre com dúvidas em qual é a verdadeira diferença entre «nacionalismo» e «xenofobia» a não ser o eufemismo.
Ora bem, temos um partidinho, chamado PNR -«nacional renovador»- que decidiu pôr-se em bicos dos pés e mostrar que existe. Vai daí elaborou um cartaz, um outdoor, que é mais correcto por ser assim que se chamam aqueles cartazes enormes.
E como era só um – que aquilo é caro e eles parece serem pobrezinhos, se calhar por não serem imigrantes ou já estariam ricos – pespegaram-no no coração de Lisboa: Marquês de Pombal!
E depois explicam tudo. Portugal está a ser invadido e isso tem de acabar! Que vão para casa. Claro que depois em conversa dizem que não é bem isso, o cartaz está mais além do que pretendiam, aquilo é para chamar a atenção. Não querem tratar mal os imigrantes, querem é tratá-los como estrangeiros.
"Somos contra a nacionalidade dada burocraticamente. Portugal é para os portugueses." Depois, resta ver quem é português.
Parece fácil: os filhos dos portugueses. E para se ser «filho de português»? Também é fácil: após aí umas cinco gerações…
Gostaria de saber, num país como o nosso, se cinco gerações para trás estes senhores eram todos eles tetranetos de portugueses. Huuummm… Vai uma aposta?


Câmara de Lisboa




Já nem sei que diga.
Agora é a
vereadora do CDS que se vai embora
Do CDS e naturalmente da Câmara.
Não sei como é, creio que será substituída pelo número dois da lista.
Contudo é evidente que foi ela que deu a cara na campanha, foi ela afinal que foi votada… Esta Câmara faria sorrir se não fosse um caso tão triste. O Carrilho foi embora, a Nogueira Pinto vai embora.
Nas figuras que fizeram a campanha e em quem se votou, quem resta…? O inefável Carmona?
O que esperam para fazer outras eleições, afinal?!

Afinal estamos acompanhados

Não é só em Portugal que as decisões radicais e muito duras sobre a reforma da pobre da administração pública, impressionam.
A nós perturba-nos como «sujeitos passivos» mas, pelo que se lê, a Federação Europeia dos Sindicatos da Função Pública também considera que a nossa «reforma» é a mais radical da Europa.
Afirmam que
"a simples ideia de colocar à força milhares de trabalhadores numa lista de excedentários com salário reduzido, seria impensável em França" e se a Grã-Bretanha também pretende reduzir para metade os seus funcionários nos próximos cinco anos, isso será «com indemnizações negociadas».
Assim como os belgas, que explicam que na sua terra "também tiveram uma situação de excesso de pessoal no Estado, mas a solução encontrada foi a das saídas voluntárias, em que os trabalhadores ficavam com 90% do salário e mantinham o estatuto
Por outro lado, é interessante a crítica ao sistema do "salário por mérito" porque segundo explicam esse sistema foi abandonado porque «se concluiu que a avaliação diz respeito não apenas aos indivíduos, mas também às organizações, não sendo justo que apenas estes sejam penalizados por um resultado de conjunto».
Já que se tenta copiar tanta coisa, não seria interessante aprender-se com os erros dos outros?

A transparência


Esta é, aparentemente, uma notícia que devia ser normal.
Toda a gente que trabalha para o Estado, do estafeta ao Presidente é pago com dinheiros públicos. Portanto será natural que esse mesmo ‘público’ que lhes paga, saiba o «quanto». O Conselho de Ministros que anda agora a estudar o Estatuto do Gestor propõe que
«As empresas públicas divulguem publicamente, nos temos da legislação aplicável, as remunerações totais, variáveis e fixas auferidas, seja qual for a sua natureza, em cada ano, por cada membro do órgão de administração, bem como as remunerações auferidas por cada membro do órgão de fiscalização».
Faz sentido.
Aliás, quando chega o momento da reforma, é certo que esse valor é de fácil acesso. E, mesmo esse ponto de transparência, pode chocar um pouco ao ver na mesma página, e até com pequeno intervalo pelo facto de a lista ser elaborada por ordem alfabética, pessoas que trabalharam para o mesmo patrão (claro que com funções profundamente diferentes!) receberem no fim da vida valores com a distância de vários zeros…
É nessa altura que se pensa que também teria algum interesse conhecer-se essa tabela ainda em vida útil. Parece caminhar-se nessa via – ainda bem.

quarta-feira, março 28, 2007

Brilha o Sol no Alentejo



É uma boa notícia.
É hoje inaugurada a
MAIOR CENTRAL SOLAR DO MUNDO.
Hurrah!
E é cá, na nossa terra. Numa zona tão esquecida como é o Alentejo.
É natural que uma técnica destas deixe os habitantes da região, confusos. Mesmo gente de saberes, não domina bem esta ciência quanto mais camponeses idosos como são muitos dos habitantes da zona.
Mas o tamanho da «coisa» impressiona-os
"Ai que coisa mai linda, já viste Arminda? Parece o mar... Tão lindo!"
E também "Ainda aqui não tinha arrimado! Já tinha visto de longe, mas assim ao pé é que a gente vê bem. Cuidava que fosse uma obra mais pequena."
Nascem mais comentários: "Dizem que aquilo vai fazer aqui mais calor... Ora, a gente já leva com 39º à sombra! Então é que a gente morre assados como as sardinhas! Ai mãe. Jesus!"
Palavras inocentes de quem vê o futuro ali à beira da porta.

Oxalá beneficiem dele.


(Escrevi este post de manhã ao mesmo tempo que os outros e depois... esqueci-me dele em rascunho! De qualquer modo estava escrito e mesmo atrasado cá está!)

Mas o que é isso de Arte?

Estou a reler um romance e encontrei lá uma frase que cola como uma luva a muitas algumas pessoas que conheço. Falava Bernard Shaw a respeito de uma senhora que não se pode dizer que tivesse uma grande sensibilidade artística e tinha uma atitude sobranceira em relação ao marido que se dedicava a pintar.
«A pintura, […] era por ela considerada um passatempo para amador e um ramo da indústria do mobiliário para os profissionais»
Ora digam lá que não está muito bem visto?
Não há certos quadros que são de facto «um ramo da indústria do mobiliário», ou da «decoração» para usar uma linguagem mais actual…?
Arte? Qual arte?


As indemnizações

O novo Estatuto do Gestor Público já dá que falar. É muito interessante porque lendo apenas alguns títulos ficamos baralhados uma vez que os jornalistas extraem aquilo que pensam mais «chamativo». Portanto eu comecei por ler que os gestores seriam despedidos por incompetência e sem direito a indemnização.
Pareceu-me bem.
Se não cumpriram aquilo para que foram contratados não se entende porque diabo é que ainda vão ser indemnizados. Claro que sei que é o costume, mas sempre me pareceu bizarro. Contudo achei alguma severidade… se fosse apenas isso.
Bom, não é. É mais moral. O que se passa é que com este novo Estatuto haverá 3 graus:
Ou ele não cumpre nadinha, e então é realmente despedido sem qualquer indemnização. Ou se tem «níveis de desempenho acima da média por forma ao alcance de objectivos considerados de excelência» e então terá a famosa grande indemnização. Ou ainda,
«nas restantes situações, em que os objectivos a prosseguir sejam "normais", o gestor tem direito a uma indemnização em termos idênticos aos actuais, "correspondente ao vencimento de base que auferiria até ao final do respectivo mandato, com o limite de um ano"»
Assim já entendo.
Contudo ainda mantenho uma dúvida: esses gestores de «excelência», se são assim tão bons, então qual a justificação de os mandar embora?
Dizem em futebol que «em equipa que ganha, não se mexe», para que é que despedem bons gestores se ainda por cima lhes vão pagar um dinheirão para saírem?... esta é que não compreendo!

Vou fazer um selo

…pensei eu toda animada quando li:
Faça o seu próprio selo.
Oooooh…

Afinal não era o que pensei. Porque, antes de ler o texto do artigo, a ideia que nos vem à cabeça é de que os correios vão aceitar que cada um de nós tenha o «seu selo» privativo, assim como nos tempos idos o lacre das cartas….
Giro. Estava a imaginar-me estampada por aí e, se os Correios querem incentivar que se escreva mais, acredito que isso ajudaria. (não exactamente a minha cara, mas entendem a ideia…)

Afinal não é isso. É apenas um simples concurso. Pode ser interessante, e abrir horizontes, só que não é exactamente «Fazer o seu próprio selo».

Acima da média



Bem bom!
Finalmente uma área importante onde os estudos nos colocam «acima da média»
Parece que
os jovens portugueses se encontram entre os europeus com mais capacidades informáticas, situando-se «em sétimo lugar, acima da média europeia».
Fico bem satisfeita.
É uma área importante, actual, e competitiva. Neste caso não estamos na corrida por ganharmos baixos salários, nivelando por baixo como tem acontecido num passado próximo, quando nos querem comparar com povos asiáticos que não têm quaisquer direitos no campo do Direito do Trabalho.
Esta é uma área do conhecimento ‘nobre’, exigente, e que me deixa muito feliz por estes resultados.
Então, afinal esses maus resultados na matemática, como é…?!

Oferecer roupa usada


Fiquei chocada. Afinal sou mais ingénua do que imaginava.
Esta informação já a li há uns dias, mas não me decidia a escrever aqui nada. Fiquei a pensar… mas cá vai:
Eu aprendi desde criança a ser poupada e custa-me deitar fora coisas que podem ter utilidade. Por exemplo, roupa. Muitas vezes a roupa deixa de me servir, porque emagreci, engordei, comprei coisas mais à moda, eu sei lá… vários motivos. Mas estão em bom estado, e não me convenço a deitá-las para o lixo.
Até que há uns anos descobri uns contentores que, pelo que tinham escrito no exterior, me convenceram que se lá deixasse a minha roupa usada ela seria enviada para países do 3º mundo que têm tanta falta.
Adoptei logo a ideia.
Desde então, na mudança de estação, dou uma volta aos armários e meto em sacos as camisolas, ou calças, ou pijamas ou seja o que for que não me servem mas estão em bom estado e contentor com eles.
Li há dias que nem tudo o que parece é.
Aquilo que se deixa nesses contentores é «depois tratada por voluntários, escolhida, prensada e embalada e... vendida» !?!?
Como é? Diz lá: «o lucro daí auferido poderia pensar-se que iria para ajudar os países de terceiro mundo» Contudo nem mesmo isso porque «os voluntários que concorrem a lugares em África ou na Índia têm de pagar uma propina pelo seu estágio e angariar fundos nas ruas, com a venda de jornais ou postais»
Então, quando eu ofereço a minha roupa, isso vai servir para quê?
Que balde de água fria…

terça-feira, março 27, 2007

Educadinho

Por acaso não é o meu, apesar de ser quase irmão gémeo. Coitadito, até pede desculpa...
Claro que é do «Portugal no seu melhor»...

Cinco anos de cadeia para Berlusconi

Alguém anda a falar de corrupção?!
Este senhor bate todos os records como sabemos, mas chegou aos mais altos cargos.
Será desta que se vai conseguir alguma coisa?
Eles pedem castigo ( cinco anos) mas o certo é que «saiu ileso em primeira instância neste processo»
A ver vamos como acaba este…

De pequenino


Eu bem tinha a esperança de que se vinha a saber o que tinham dito Garzón e Morgado ontem.
Ora gostei de saber que Baltazar Garzón pôs a tónica num ponto que também me é muito querido e importante: as crianças. Ele disse
a prevenção do crime de corrupção deve começar nas escolas
Parece óbvio.
Se queremos começar por prevenir, isso deve vir desde o ovo, e a mudança de "mentalidade em termos de educação das gerações futuras é fundamental".
É que enquanto se passar a imagem de que «os outros fazem porque não eu», ou mais grave ainda «quem o não faz é parvo» e até «só se deixa apanhar quem for um totó» será muito difícil mudar radicalmente seja o que for.
Ele citou Victor Hugo que dizia que "a melhor forma de combater a corrupção seria construir escolas".
Ah sim…?

Quem vê caras

É curioso que apesar todos reconhecermos que «quem vê caras não vê corações» é facílimo fazer juízos de valor a respeito de uma pessoa pela aparência. É muito raro quem não se deixe ir atrás de pensar que uma pessoa mal vestida, com ar sombrio, que gagueje ao falar, expressão desconfiada, seja alguém para manter à distância, enquanto o seu oposto, uma pessoa com ar agradável, vestida com gosto, sorriso aberto, olhar ‘franco’, é acolhida com simpatia e boa vontade.
Eu, que me acho pouco preconceituosa, já me aconteceu ser abordada por pessoas com ar «estranho» e continuar a andar cheia de defesas quando afinal só me queriam perguntar as horas…
Claro que isto é instintivo. A nossa razão diz-nos que pelo contrário, um inocente não «precisa» de ter bom ar, enquanto para um vigarista isso é fundamental. Os jornais contam
uma históriazinha cujo único interesse é provar isso.
Um indivíduo, regista vários boletins de euromilhões e depois põe-se a andar com eles registados e sem os pagar. Aqui para nós, é uma burla roskof. É um prejuízo para quem os regista sem dúvida mas para ele só haverá lucro se ganhar alguma vez e aí será apanhado…Contudo, o modo de agir é engraçado: vem muito bem vestido sempre a falar ao telemóvel. Naturalmente é muito simpático e com bom aspecto e, sempre a ‘falar ao telemóvel’, explica que se esqueceu de mais uns tantos boletins e vai buscá-los enquanto o operador da caixa fica à espera. Claro que não volta a aparecer…
Diz a polícia que não levanta suspeitas por « se apresentar "muito bem vestido" e "agir com naturalidade e com muita lábia", o que, remata a Polícia, "é típico de um burlão
E, remato eu agora, e não só. Ou pelo menos não só burlões deste tipo.

segunda-feira, março 26, 2007

Uma doce energia

Gostei desta.
«O que é doce nunca amargou» diz-se. Ou seja, mesmo sem se ser excessivamente guloso, quase todos gostamos de alguma doçura.
Por acaso em português não há muito o costume dos namorados se chamarem, uns aos outros, ‘mel’ ou ‘doce-coração’, mas ainda se diz de alguém que é muito meigo que é ‘um torrãozinho de açúcar’…
Pois muito bem, uns cientistas talvez apaixonados mas pelo menos bem inspirados decidiram que
se pode extrair electricidade de qualquer fonte de açúcar
E esta, heim?...
Refrigerantes, xaropes, geleias, fornecem 3 vezes mais autonomia às baterias do que o lítio que se costuma usar. Isto, dizem eles. Afirmam que «foi realizada uma experiência, onde uma bateria do tamanho de um selo, devidamente abastecida com um refrigerante conhecido, manteve uma calculadora ligada». Donde posso imaginar que um potezinho de mel (sempre é produto mais saudável do que a coca-cola) pode dar-me energia para manter o pc a funcionar o mês todo.
Então é que saem uns post doces…

É claro que vale tudo

Todos o fazem e decerto que Jardim tendo esta oportunidade não a iria perder.
A partir de amanhã
ele vai inaugurar 41 obras no valor de 134 milhões de euros
Propaganda? E então...?
Decerto que ganharia a votação do maior madeirense de sempre.

Sniff…

Menos uma horazita.
Quando cheguei agora à janela, em vez do sol que costumo ver deparei com isto:



Ai, ai…
O que me vale é logo à noite já começo a jantar com luz.

Um debate que promete

Hoje no Parlamento vai debater-se o combate à corrupção.
Vão falar
Baltazar Garzón e Maria José Morgado , e bastam estes nome para nos deixar água na boca.
A GRECO (Grupo de Estados Contra a Corrupção) tinha avaliado mal o nosso país porque de de 1251 processos levantados por corrupção só 407 foram concluídos e ainda menos foram as condenações. Em 2005 não houve nenhum bem confiscado em resultado dessas acções.
É demasiado fumo sem fogo.
Vamos agora ver se a coisa melhorou e o que se pode fazer em relação a isso.
Gostava de estar lá no Parlamento, hoje.

domingo, março 25, 2007

Uma regra simples


Vem aí o Sol.
Pelo menos espero bem que sim!!!
Somos de um país cheio de luz e sol, que nos habituámos a gozar alegremente e sem pensar na sorte que temos (a não ser quando temos de imigrar para outro com um clima menos agradável…)
Mas este sol tão bonito, que antigamente se ‘usava’ com moderação - as pessoas cobriam-se, evitava-se estadias ao sol, usava-se chapéus e sombrinhas, os lugares nas praças de touros ou estádios são mais caros os que são à sombra, etc. – actualmente sob a influência que vamos sofrendo das modas dos países mais frios mudaram. Como o bronzeado é bonito, exagera-se nesse ponto, e apanhamos Sol durante horas em enormes escaldões como se vivêssemos no norte da Europa.
Agora começamos a fazer marcha atrás, mas nem todos. Aliás é difícil acertar as tais horas em que o sol em vez de fazer bem, faz mal.
E aqui vem uma regra bem simples: olhe-se para a nossa sombra!
Quando a sombra estiver maior que nós é uma hora adequada, caso contrário devemos ter cuidado
Há coisa mais fácil??!!

A Justiça? E porque não a Saúde?

Que interessante: «Governo vai criar sistema de justiça ao domicílio para aliviar os tribunais» Esta da «justiça ao domicílio», não tenho nada contra - eles lá imaginam como vai ser - mas a verdade é que uma situação de «mediação familiar» não se classifica exactamente como ‘justiça ao domicílio’ na minha perspectiva. A «mediação familiar» é uma medida que já existe há muitos anos e é outra coisa, são antecedentes para se atingir a dita Justiça. Interessante e sem dúvida que se pode praticar em vários locais sem ser o tribunal, só que não é como o título sugere «um tribunalzinho na sala de estar».
Mas o que logo pensei é que aparentemente mais fácil do que a ‘justiça ao domicílio’ seria a ‘saúde ao domicílio’.
E isso fazia já muito sentido. Sem falar nos tempos idos do João Semana, a verdade é que muitos dos mais conhecidos ‘seguros de saúde’ disponibilizam aos clientes uma ida de um médico a casa quando isso é solicitado. É certo que apenas durante a noite e fins-de-semana, nas faz-se. Não acham que descongestionaria as urgências dos hospitais, e seria outra tranquilidade para o doente aguardar na sua casa em lugar daquela confusão do hospital, se uma mini equipa se deslocasse à residência da pessoa que se sente doente…? Não apenas à noite, e fins-de-semana mas quando fosse solicitado.
Quanto à ‘justiça ao domicílio’ não me pronuncio, mas a ‘saúde ao domicílio’ parece-me uma boa ideia.

Rir

Rir de quê?
Volta não volta falo aqui de pesquisas feitas, que é um tema irresistível – sobretudo quando vêm inteiramente contra ou inteiramente a favor daquilo que penso.
Hoje o estudo foi sobre o sorriso, matéria simpática.
Houve quem se desse ao trabalho de analisar as fotos publicadas nos jornais portugueses ( 50.000 fotografias!) no decurso do ano passado. A conclusão é que se viam
as pessoas a sorrir pouco acrescentando depois os observadores a conclusão que era devido a um contexto social desfavorável. Também me parece que o tempo não está para risotas e daí que uma expressão neutra ou um «sorriso fechado» fossem as expressões mais encontradas.
Mas também me dá que pensar em que contextos foram tiradas e exibidas essas fotos. Quando os nossos ‘media’ dão tanto relevo a tudo o que é catástrofe, desastre, história de arrepiar, fait-divers de faca e alguidar, como se quer que a expressão das pessoas entrevistadas seja sorridente e feliz?
Não tenho pessoalmente a menor dúvida de que a conjuntura está muito pesada e haja poucos motivos para se mostrar uma cara alegre e bem disposta todos os dias, contudo se ali se diz que «as mulheres sorriem mais do que os homens, independentemente da idade, e as crianças são as que mais apresentam um sorriso largo» além do facto curioso «os homens sorriem mais a partir dos 60 anos», possivelmente não será única e exclusivamente a ‘conjuntura’ a responsável por essa expressão mas também as situações onde as pessoas são fotografadas.
Porque, de resto, não se diz que ridendo castigat mores ou de um modo menos erudito: «rir é o melhor remédio»?

Futebol e outras modalidades

Ontem Portugal venceu a selecção da Bélgica e ficámos todos contentes. Tinha havido aquele incidente infeliz das declarações do guarda-redes belga, que já deve estar bem arrependido, e os nossos 4 a 0 souberam bem. (Será melhor esquecer o outro incidente infeliz da assobiadela quando se ouviu o hino nacional belga, coisa que nos envergonha a nós…) Mas pronto, muita gente ontem seguiu aquele jogo e foi um momento alegre. Na minha casa também se pulou e bateu palmas!
Mas…
Será que também está nas primeiras páginas (eu não vi) que
Portugal garante presença na fase final do Mundial de râguebi ? Vamos a França, em Setembro, jogar com as selecções da Nova Zelândia, Escócia, Itália e Roménia.
Um pequeno «pormenor»: a nossa é a única selecção amadora a participar.
Ninguém fica vaidoso?
Eu fico.

sábado, março 24, 2007

Dia do Estudante


Hoje comemora-se o Dia do Estudante. Provavelmente muita gente nem ligará especial importância ao acontecimento, e serão muito poucos os que sabem que esta simples e inocente comemoração esteve na origem de uma gravíssima Crise política há exactamente 45 anos.
Foi em 1962.
Já no ano anterior tinha começado a haver muita agitação na Academia coimbrã. Os estudantes sentiam-se pressionados na sua liberdade de associação, as celebrações da ‘Tomada da Bastilha’ foram impedidas, e por todo o lado se fechavam Associações de Estudantes, ou se levantavam enormes entraves para legalizar as Comissões Pró-Associação. O governo de Salazar temia os estudantes organizados e o que poderia surgir das suas associações. A rebeldia de Coimbra teve como consequência processos disciplinares aos dirigentes e posterior suspensão o que deu origem ao «luto académico» outra forma de chamar a greve.
Em Lisboa os estudantes pretendiam festejar o Dia do Estudante em 24 de Março, como já o tinham feito no ano anterior, mas essa festa foi proibida. Só que a rebeldia era grande e a força da indignação enorme, pelo que as direcções associativas decidiram manter a comemoração.
Simplesmente a cantina onde se realizaria o Encontro foi encerrada, e os grupos de estudantes, agredidos, presos, e dispersos brutalmente pela polícia de choque.
Mas a reacção pela violação da autonomia universitária foi enorme. Decretou-se luto académico e greve às aulas. Um grande número de rapazes e raparigas bloqueou-se no edifício da cantina iniciando uma «greve da fome» - seriam dali expulsos e detidos pela polícia e levados em muitos autocarros para o Aljube e Caxias.
Na altura o reitor era Marcelo Caetano que também foi desautorizado com estas ordens policiais e tentou «por água na fervura» negociando um outro Dia do Estudante que seria a 7 e 8 de Abril, mas os estudantes já tinham a certeza que era um engodo, como foi, porque de novo foi proibido sendo outra vez desautorizado o reitor que desta vez se demitiu.
A luta alastrou-se a todo o país. A agitação era enorme.
O rescaldo foi ver-se inúmeros estudantes expulsos da sua Universidade, (só existiam 3 na época) alguns de todas as Universidades e que só terminaram a sua formação no estrangeiro ou nem a terminaram nunca; mas, ironicamente. esta crise serviu para informar muitos outros jovens que estariam na altura a leste ou distanciados do momento político e, perante este escândalo, tomaram posição e empenharam-se finalmente a fundo na luta contra aquele Estado que entendiam agora não respeitava os direitos e liberdades mais elementares.
Foi o princípio do fim.

A Sharia na Alemanha

A notícia é de pasmar. De uma forma geral, os países ocidentais costumam censurar a existência da Sharia nos países islâmicos. Diz-se que a existência de uma lei puramente religiosa é coisa do passado, e conduz a muitas injustiças. E a verdade é que em países de orientação cristã não se usam os Dez Mandamentos em tribunal, mesmo que eles sejam bem respeitáveis.
Daí o ficarmos de boca aberta ao saber-se que em plena Europa, na Alemanha, uma juíza alemã, toma uma decisão judicial baseada
no Alcorão ?!
Completamente inacreditável! Uma senhora pediu o divórcio baseado em maus-tratos sofridos às mãos do seu marido. Contudo, como esta senhora era de origem marroquina e tinha casado segundo a lei islâmica, a senhora juíza decidiu não lhe conceder o divórcio uma vez que o Alcorão diz :"Se receias que a mulher se rebele, ameaça-a, atira-a para a cama e espanca-a".
E portanto, se assim diz o livro sagrado maometano, assim será a sentença na… Alemanha.

Para quando os apedrejamentos?


Um título de primeira página

Os media são poderosos. Por alguma razão se lhes chama o quarto poder. E esta moda «tabloidística» de chamar à primeira página só dois ou três assuntos encimados por letras garrafais reforça esse aspecto de propagandear o que se deseja. Hoje, esse costume deve ter deixado muitos senhores importantes incomodados quando nos revela, que muitos gestores de empresas municipais ganham acima da lei
Pois é. Ainda há muito pouco tempo se falava que não era correcto a acumulação de funções, que por uma questão de transparência de conduta um autarca não devia ser simultaneamente director de uma empresa municipal. Aqui d’el rei, caiu o Carmo e a Trindade, a associação de municípios veio a correr dizer que muitos deles nem ganhavam nadinha, aquilo era só vontade de praticar o bem, e sendo autarcas poderiam conhecer melhor as necessidades municipais e outras tretas destas.
Pois um coxo apanha-se depressa. E afinal não só ganham como até «o Tribunal de Contas concluiu que em quase 30% das empresas municipais, onde os administradores acumularam essas funções com as de autarcas locais, os seus salários conjuntos ultrapassaram em 75% o vencimento máximo do Presidente da República, incluindo despesas de representação». Nada mau, heim…?!
Mas quem é que quer ser Presidente da República?
Ainda por cima, na melhor das hipóteses, só lá fica 8 anos enquanto há senhores autarcas que andam por aí há 30!


Bush soma e segue

Será que agora os americanos já entendem quem têm a chefiá-los?
As coisas não andam a correr bem para o senhor G. W. Bush. Além da popularidade perdeu o Congresso que tem agora uma maioria hostil. E, como seria de esperar, essa maioria democrática, deu um prazo para o fim do «envolvimento militar» (gosto do eufemismo envolvimento militar...) no Iraque até 31 de Agosto de 2008.
Qual quê?! Sua Excelência ainda tem armas, o que é que pensam? Assim decidiu que
vai vetar essa proposta de lei e mai nada!
Segundo aquela cabecinha iluminada os democratas pretendem «minar os avanços» que os soldados norte-americanos fazem no terreno. Ah, é? São uns «avanços» (!!!) espectaculares.
Até lhe fazem dores de barriga:

sexta-feira, março 23, 2007

Mistério resolvido


Apesar do ficheiro ser um pouco pesado, aconselho a que esperem para verem a solução.
Uma mão amiga, enviou-me a resposta a uma dúvida que decerto consome alguns dos espíritos que me lêem:
«O que faz mover aquela setazinha que vagueia aqui pelo monitor

Será mesmo um o rato?...
Ora, depois de muitas investigações, a solução vem



AQUI


Tadinhos...

Outra vez…?!


Mas que raio de impressão de «dejá vu».
Aqui há uns anos existiu a peregrina ideia de alterar a nossa hora para, independentemente dos meridianos, ficarmos em sintonia com a França, Alemanha, Benelux, Itália. Aquele foi um ano horroroso, com o nosso metabolismo todo alterado por essa infeliz experiência que seria bom para os negócios segundo os patrões.
Bom, ‘a coisa’ parecia enterrada, mas afinal cá vêm de novo as confederações patronais com a ideia de que a diferença de uma hora provoca dificuldades nos contactos comerciais e o aumento nos custos com as deslocações dos empresários portugueses, obrigando a que, para estar presente em iniciativas que se iniciam ao princípio do dia, seja necessário viajar na véspera"
Coitaditos. Já viram que para isso têm de passar uma noite num hotel, longe do seu lar e sabe-se lá com que desconforto…! É óbvio que faz muito mais sentido que quase nove milhões de pessoas tenham os seus hábitos alterados e vivam em desacerto com a hora solar.
«Questionado sobre se esta tomada de posição foi feita com base em algum estudo com o impacto económico da harmonização, Francisco Van Zeller respondeu que não, mas que "é uma questão de senso comum"».
Vamos ver se entendo – o senso comum português deve ser diferente do senso comum dos outros, se pelos vistos, «a quase totalidade dos países da Europa continental em Setembro irão atrasar o relógio 60 minutos para a chamada "hora de Inverno"» coisa que cá se pretende evitar. E então, se agora ficaríamos com a mesma hora que eles, pelo que eu percebo, quando eles voltassem a mudar ficaríamos de novo em diferença, não?...

A lógica é mesmo uma batata.

Isto é que é um «smart» esperto

Enviaram-me as fotos para eu escolher, mas fiquei indecisa. Venho aqui para ouvir conselhos. É que o carrito é pequeno mas tem ambições.
Vejam só os novos fatinhos do Smart: Porsche, Ferrari, Audi, Lamborghini, é só escolher ao nosso gosto – e à nossa medida é claro…



O dia 21 de Março, exagera!

Estive ausente uns diazitos e, logo por coincidência, essa ausência ‘apanhou' o Dia 21 de Março. E este famoso dia, com o final do Inverno e a chegada da Primavera, acumula uma quantidade desmesurada de «Dias Mundiais de … ». É assim, excesso de riqueza!
Ora vejam só:
Beeem... quanto à chegada da Primavera nada a dizer a não ser que ela andou por aí a fazer ensaios gerais excelentes, mas já diz a regra do teatro que quando o ensaio geral é bom a estreia nem por isso. E, prontos!!! Cá veio a regra - o fim-de-semana anterior magnífico, quentinho, agradável, ‘primaveril’ mas a partir de 21 inclusivé é este frio e vento que andamos a sentir. Tá mal! Vamos ver se esta prima toma juízo.
E, no mesmo dia cá veio o Dia Mundial da Floresta. Andamos um tanto esquecidos, mas a verdade é que sem árvores, adeus vida. Se não tivermos juizinho e as tratarmos bem, vamos todos para o fundo.
E, simultaneamente, tivemos o Dia Mundial da Poesia. E em Portugal onde esta é a forma artística que mais cultores tem, o Dia devia ter sido particularmente festejado. Se podemos ter motivo de orgulho são os nossos belíssimos poetas. Viva a poesia! Viva!!!
Por outro lado, esse dia 21 foi ainda
O Dia Mundial do Sono que se comemora há poucos anos, mas tem muita importância. Aliás sobre o sono ainda vou dizer umas coisinhas que ando a pensar, mas fica para outro post.
E, imagine-se que para a Unicef, o dia 21 de Março foi também o Dia Mundial da Infância.
É muita efeméride para um dia só!
E, já agora para acabar, a 22 foi o Dia da Água. Vem a propósito para regar as árvores que se plantaram na véspera.
Tanto acontecimento enquanto eu estava distraída…
Mas não volta a acontecer. Tem algum jeito chegar a Primavera sem eu cá estar
?!!

De volta!!!!

Sobem os taipais.
Aqui o meu
querido estaminé volta a funcionar.
Hoje ainda não é às minhas horas normais, que isto também não é para ser logo a mata-cavalos, vai devagarinho, mas estou contente por estar de volta e voltar a reabrir o Pópulo.
Podem voltar todos, que já ando por cá.


BOM DIA!!!!



(por dentro, sinto-me assim; eheheh. já agora gostaria que 'por fora' também...)

quarta-feira, março 21, 2007

Intervalo



Este letreiro não devia dizer «fechado» e sim «segue dentro de momentos» e é apenas para avisar que o Pópulo inicia hoje uns dias de paragem.
Não é nada de grave, vou apenas fazer uma pausa, um descanso, um período de reflexão que é coisa bem necessária.
Não sei dizer exactamente quando volto, mas lá para o fim-de-semana tudo indica que já estarei de novo em casa.
Inté.

... e não se desabituem de passar por cá, porque teria um grande desgosto se ao regressar já ninguém me ligasse nenhuma.
Até breve.


(a porta está entreaberta, é só empurrar e podem entrar...)


terça-feira, março 20, 2007

Nem chega a 10 mil…!

Ora afinal quem é que disse que a Segurança Social ia mal e havia dificuldades com o dinheiro das pensões. Grandes mentirosos. Vejam só que o senhor professor Eduardo Catroga, novel reformado (parabéns, que descanse muito) vai receber pela sua longa vida trabalhando em prol da nação:
São só 9.693, 54 Euros. Afinal a pátria ingrata nem lhe arredondou a reforma, porque com mais cerca de 307 euros ficava uma conta mais arrumadinha.


(Podem clicar em cima da página para confirmarem, que assim a letra está muito pequenina, não é como a reforma)