quinta-feira, abril 30, 2009

Vem aí um belo fim de semana

Pelo menos «belo» no tamanho.
O tempo anda armado em esquisito, por um lado ameaça chuva o que é chato mas sobretudo noutro campo passou da fase da «ameaça» para a realidade, ou seja, está bastante mais frio.
Um frio absurdo para o princípio de Maio.

De qualquer forma temos à vista 3 dias completos de descanso e vai saber muito bem

Eu, como já aqui está sabido e é meu costume, vou aproveitar estes dias para me transferir para uma terra mais sossegada.
Adoro a minha cidade, mas para relaxar não é o ideal, e assim os dias de descontracção são noutro lugar.

Ou seja... deixo aqui - no blog - um pouco de conversa para os dias que se seguem, mas de hoje a segunda venho aqui bastante menos.

Até já!
(sem tmn ou com tmn, o raio é que a frase 'pegou') :)

Vou descansar ...

O «espanta-espíritos»

Uma amiga minha fez anos há poucos dias e, como é de praxe nestas coisas, recebeu algumas prendas (é das vantagens dessa coisa dos aniversários, os mimos das prendas...)
Não variaram muito.
O costume: uns livros, uns discos, e umas bijouteries.

Dentre as ofertas, dois colares. Bonitos, à moda.
Eu estava presente quando abriu uma das embalagens e tal como ela, fiquei surpreendida, porque a ‘ofertante’ tinha prevenido quando ela estava a abrir «cuidado que se parte!» donde estávamos à espera de um bibelot ou fosse o que fosse de frágil e não nada de usar.
Mas, desembrulhando a peça, sai um colar com parte dele, feito em aros de vidro.
Era realmente bonito, e tinha a particularidade de, quando estava ao pescoço, ao andarmos aquilo tinir, e era realmente engraçado.

No dia seguinte, conversámos e ela conta-me:

«Olha, ontem levei o colar da B. para o trabalho; muita gente achou graça, e estava eu a pensar que parecia uma ‘árvore de Natal’ com sininhos pendurados, quando a A. muito risonha me diz
-Que giro Emiéle. Pareces um «espanta-espíritos» ambulante! Não tá mal visto, mas é um tanto achincalhante...»

Um espanta espíritos ambulante!!!
Que coisa!




Não é surpresa

O «emagrecimento forçado» do contingente de pessoas que trabalham na Função Pública (no outro dia soube que até nas Forças Armadas há muita gente que trabalha a contrato...) obviamente que começa a fazer sentir-se no, cada vez maior, atraso nas respostas que se oferecem a quem procura o apoio de Serviços Públicos.
É impossível haver sol na eira e água no nabal...

Desta vez dizem-nos que a
falta de funcionários nos tribunais põe em risco investigações
Normal.
Assim como em tudo o mais. Contaram-me ontem de uma trabalhadora que passou a ir para o serviço ao sábado, sem pedir mais um tostão, porque esse dia a mais que oferece ao estado, é a única forma de não se ver subterrada em trabalho atrasado. Ao menos ao sábado não há lá ninguém nem telefones a tocar, e pode avançar um pouco com o seu trabalho.

Está correcto?!



Abre hoje a Feira do Livro


Em novo horário, a abrir mais cedo, abre no Parque mais uma Feira do Livro.
Vamos ver se a crise afasta as pessoas ou se isso não se nota.
Depende muito do que se sente como prioridades, não é?



quarta-feira, abril 29, 2009

Fiam-se mesmo na virgem....








Na Polónia, a polícia assustada com o excesso de acidentes, decidiu pôr-se a rezar!!!
Não tenho nada contra, que mal não lhes faz mas se «esta iniciativa, faz parte de um programa governamental para promover a segurança rodoviária, num país que tem estradas bastante deficientes, em muitos casos cheias de buracos, situação que torna-se ainda mais preocupante no Inverno devido ao gelo e à neve», eu propunha que se dividisse o trabalho: pedia-se a Deus menos gelo e neve, e as Obras Públicas tapavam os buracos das estradas.

A «véspera»



A Hipatia, do
Voz em Fuga, lá arranjou maneira de me meter numa espécie de corrente’. Apesar da embirração que tenho por este «estilo literário» desta vez tenho mesmo de participar, por um lado porque o convite vem dela e é uma blogger que considero uma amiga e por outro porque a ideia é engraçada: propõe-se que digamos o que fizemos no dia… 24 de Abril de 1974.
Difícil, heim?
Se do dia em si, tal como do 1º de Maio, quem não fosse muito pequenino não o pode esquecer, acredito que poucas pessoas consigam 'reconstituir' como foi o seu 24.
Bem, eu podia perfeitamente inventar. Ninguém me vem pedir provas juradas, ando aqui anónima, se contasse um conto de perfeita ficção estava no meu direito, não? Não. Não estava! A Hipatia não merece, e ainda por cima, no meu caso especial até me lembro de muita coisa desse famoso dia de véspera:
Começou por ser um dia de trabalho normal. O que fiz no trabalho isso nem eu sei nem vos interessa. Mas havia um pormenor importante, é que era véspera dos meus anos e por isso mesmo tinha diversas coisas a tratar. Sei que aproveitei a hora do almoço para ir a casa dos meus pais buscar uma escrivaninha pequenina, que desde a minha adolescência se dizia que seria minha. Os meus pais tinham decidido que essa seria a minha prenda de anos e portanto fui lá buscá-la de carro e ainda nessa hora de almoço pedi a uma colega se me ajudava a subir com ela os 3 andares da minha casa!!!
No fim do dia de trabalho fui ao cabeleireiro, para estar bonita no outro dia, e estive a temperar e preparar o jantar da festa do dia seguinte, e deixar os doces já prontos.
Mas a noite do dia 24 foi toda passada com um casal de amigos íntimos, com quem jantámos num restaurante na zona do Saldanha e onde nos deixámos estar à conversa até pouco depois da meia-noite para serem horas de me oferecer a prenda que levavam – um disco LP chamado «Donde El Água» cantado por Patxi Andión. Eu adorava a voz rouca desse cantor e o disco era recente
O tema da conversa? Uns 75% foi dela foi o momento político, adivinham! Tinha havido o Golpe das Caldas, estava tudo ainda muito nervoso, mas pairava no ar a sensação de que alguma coisa ia acontecer!
Mas curiosamente, passámos numa zona perto do Quartel-general onde muito poucos minutos depois iam aparecer tanques, e… não vimos nada! Ao deitar-me a minha única dúvida é se o strogonoff do dia seguinte não estaria temperado demais, e enlevar-me com a beleza de minha 'nova' escrivaninha.
E dormi bem sossegada!
(claro, até ser acordada bem cedo de madrugada, pelo telefone que tocava à cabeceira, e ouvir «liguem o rádio!»)
Pronto.
A quem passar 'esta bola'? Não percebi se há um número certo, e assim passo-a a quem sei que já tinha idade para recordar: José Palmeiro, Isabel, Saltapocinhas, Castanha Pilada... e fico por aqui que já é bom se estes responderem.

Falsas aparências II

Bem, cá venho concluir a história que comecei ontem.
Quando me vi de posse dessas tais duas cadeiras, a primeira ideia foi ‘restaurá-las’ e, para já, retirar o estofo que vinha a despropósito para além de ser feio não ser ao meu gosto, portanto passei por uma casa que colocava palhinha nas cadeiras e deixei ficar uma delas para fazer um orçamento.
Passou-se tempo. Muito tempo. Meses e meses! O homem não me dizia nada, e de uma vez que passei por lá ainda me disse muito trombudo, que ia ter que tirar o estofo e nem sabia se podia colocar ali palhinha, talvez ela não fosse feita para isso… Educadamente insisti que sim, que em tempos tinha tido palhinha, portanto «tinha sido feita para isso».
Como se tivesse passado ainda mais tempo, um dia peguei na outra, e passando por uma carpintaria ao pé da minha casa repeti o pedido. Este senhor foi muitíssimo mais simpático, disse que ia tratar dela mas quem punha a palhinha era outra pessoa. Oito dias depois ao passar pela porta, chamou-me a dizer que estava quase, mas informou-me num tom de voz especial , assim tipo 'em confidência': «Oh minha senhora, sabe o que tem ali?! Aquilo é coisa boa. Nem eu me lembro de ver pau-santo daquele!!! Tive de a lixar toda mas é uma peça formidável!». Sorri, respondi-lhe que sabia, que tinha outras que estavam arranjadas e bonitas. Telefonou-me poucos dias depois a avisar que estava pronta, e quando lá fui ainda me disse: «Estava desejoso que a viesse buscar, que há um antiquário que me está a chatear porque a queria comprar; eu a dizer que era duma cliente, e o tipo a insistir… Sabe quanto é que ele oferece?» ( disse-me o valor oferecido). Pronto, paguei a cadeira que trouxe para casa, e no dia seguinte fui recuperar a outra, a que estava há meses à espera do ‘orçamento’.
E agora vem a graça, que motivou o título desta história:
Este carpinteiro mal-encarado, nem sabia já onde tinha enfiado a cadeira. Lá a desencantou num canto, sujíssima - de pó, de salpicos de tinta, de porcaria vária. Entregou-ma dizendo «Mas para que é que quer isto? Eu se a visse no lixo nem a apanhava! Há agora umas tão jeitosas.»
Não estive para lhe explicar que por uma igual àquela, um antiquário tinha oferecido o suficiente para mobilar uma sala inteira com moveis do Ikea…
São as aparências!


Estamos prontos a acreditar em tudo

É certo que existe violência.
É verdade que há roubos e assaltos.
Sem dúvida que acontecem crimes e sobretudo os casos de mulheres agredidas e até mortas no que se chama «violência doméstica» aparecem agora em público com mais frequência.
A vida não decorre como há cem anos, há roubos mais sofisticados, novas formas de vigarice, muita agressividade.
Mas já chega a que existe, não é preciso empolar as coisas.
A comunicação social, sobretudo, mas alguns FW da net logo a seguir, fazem mais pela nossa insegurança do que muitos bandidos. Na medida em que se exagera e chama a atenção para situações perigosas, aumenta no espírito das pessoas o medo, que gera mais insegurança e as torna de facto vulneráveis.
Creio que todos vocês estão cansados de receber milhares de FW a avisar de situações estranhíssimas que polvilham o nosso quotidiano das tais «lendas urbanas». São agulhas envenenadas espetadas nas cadeiras dos cinemas, são meninas que nos dão um perfume como amostra mas é clorofórmio para nos tornar inconscientes, são ciladas de todo o tipo que recheiam as ruas da nossa cidade. Por favor!...
Eu, com a maior franqueza que já há tempos que tinha um feeling de que algumas, ou a maioria dessas mensagens de alarme, vinham do Brasil. Lá, de facto, penso que algumas das situações descritas até possam suceder. Mas o facto de falarmos todos português, e o texto ser escrito na nossa língua não quer dizer que a situação se passe cá!
A semana passada, recebi um vídeo muito chocante de um jovem a ser espancado, diziam que na «24 de Julho». Pelos vistos houve variantes, porque esse rapaz também foi espancado no Porto e como ponto final, parece que afinal aquela cena horrorosa foi o ano passado em Sorocaba, no Brasil.
...assim como 99% das histórias que ouvimos contar.


terça-feira, abril 28, 2009

Ainda a gripe


O caso é sério, claro, mas só vejo coisas que me espantam.
Como se pode notar, estes dois namorados, não evitam os carinhos e insistem em beijar-se mas... de máscara!
De máscara?!
Será o preservativo do vírus?
E a que é que sabe o beijo...?


O tempo voa!

‘Festejou-se’ não há muito tempo os cinquenta anos da Barbie
Agora é o game-boy que faz 20 anos
Mas o que é isto?...
Eu, que até domino mais ou menos bem as siglas, mas não as infantis, lembro-me de que abri a boca quando percebi que PSP era outra coisa do que aquilo que eu imaginava, quando ouvi dizer «Não quero que deixes a PSP em cima da tua cama».
Caramba, que nunca estou actualizada...

Falsas aparências I



«Quem vê caras não vê corações» dizia o povo ou, quando eu era mais nova dizia-se muito, na paródia, «
as iludências aparudem», gozo à frase sensata «as aparências iludem», é claro…
Bem, isso é completamente evidente no que se trata de pessoas, mas não só. Até mesmo os objectos podem em certa medida iludir e passarem-se situações engraçadas com eles. Esta introdução vem a propósito de uma história de certas cadeiras que passo a contar (mas vai em duas partes que a história é comprida e ficaria aqui um grande lençol!):
Há muitos anos fizeram-se umas partilhas na minha família. Nada de mais, porque se passou entre irmãos amigos e que o continuaram a ser, mas nalgumas coisas a 'partilha' levou-se exageradamente à letra! Por exemplo, a minha avó tinha uma meia dúzia de cadeiras que se decidiu ficarem 3 para a minha mãe e 3 para o meu tio (ideia peregrina, que 3 é coisa que não serve a ninguém!)
OK, os anos passaram, a minha mãe desapareceu herdando eu essas 3 cadeiras a que tinha especial estima por me recordarem a linda casa da minha avó. Era uma avó que eu adorava e tinha muito bom gosto, fazendo a sua casa parte do meu imaginário de criança. E cuidei-as sempre muito bem, polindo-as e substituído a palhinha do fundo quando era necessário. Estavam bonitas.
Ora acontece que, entretanto, os meus tios também já não existem, e eu vim encontrar já quase irreconhecíveis, duas das 3 cadeiras da parte deles – digo irreconhecíveis porque a palhinha de origem tinha sido substituída por um estofo a condizer possivelmente com um conjunto de sofás, mas a aparência com que ficaram não era nada boa. Já só havia duas talvez porque uma delas se tivesse desconjuntado e tivesse sido deitada fora, imagino… A minha prima, a herdeira legítima, quando viu que eu estava interessada naquelas cadeiras, generosamente ofereceu, «fica tu com elas!» e assim, toda satisfeita, me vi possuidora do que restava da original meia-dúzia. Cinco, três bem conservadas e bonitas e duas que nem pareciam fazer parte do mesmo conjunto.
…………
E a continuação segue amanhã.


Haja paciência!

Voltando à famosa gripe (que se calhar também não é bem uma gripe...) há situações «politicamente correctas» que não lembra a quase ninguém!
Vem agora o conselho de que não se chame a esta epidemia «gripe suína» não porque ela não tenha a ver com os porcos, o que seria um motivo correcto, mas sim porque o porco é um animal mal amado por judeus e muçulmanos (!!!?)
Parece que se estava a dar uma conferência de imprensa sobre esta questão e a talhe de foice um vice ministro israelita pede aos jornalistas para não se referirem à dita gripe desse modo porque o porco é uma criatura impura para muitos judeus e muçulmanos, e isso poderia ser ofensivo!
Mas a gripe não é má?
Então chamar-lhe um nome «feio» não estaria até apropriado?...
A proposta era chamar-lhe 'gripe mexicana' mas cá eu se fosse mexicana também não ia gostar, pelo motivo oposto.
Ele há coisas que não lembram a ninguém!


segunda-feira, abril 27, 2009

A verdadeira «gatinha»

Vamos começar a semana com um sorriso?...

Pensei o mesmo, tal e qual

No Público, o Luís Alonso viu que o 'rei ia nu'.



(cliquem para ver as legendas)

Para «encher a casa»?...

O artigo até é interessante e faz sentido.
Parece que actualmente têm aumentado os movimentos que promovem ‘trocas directas’, sobretudo na net há vários sites que propõem objectos não exactamente para venda mas sim para troca. 'Toma lá, dá cá', e todos ficam satisfeitos.
O sítio mais famoso dizem que é o Freecycle
Mas neste artigo o que me fez rir foi este parágrafo:
"Os objectos para bebés e crianças estão no 'top' das trocas, [....] Seguem-se os móveis para encher a casa e os artigos informáticos."
Como?
Os móveis para ‘encher a casa’?!
Não sou minimalista, mas detestava ter a casa atafulhada!


A rapidez das viagens


Nós hoje viajamos muito e muito depressa.
É bom.
Torna o mundo mais pequeno, ficamos mais perto uns dos outros, podemos conhecermo-nos melhor. Há aviões para todo o lado, todos os dias e várias vezes por dia muitas vezes até. Enquanto há 100 anos já não era mau ir-se de passeio a Espanha, mas a Paris só alguns eleitos – para não falar noutros países da Europa que só se conhecia de nome, ou gente com muitos meios – hoje qualquer adolescente pelo menos num Inter-rail já viajou por quase toda a Europa, e assim que consegue juntar mais uns tostões arranja uma viagem low cost e vai por esse mundo além!
É sinal de abertura, de aceitar a gostar de novos horizontes.
O pior é o reverso. Assim como as pessoas viajam com muita facilidade os bacilos e as doenças também. Deixou de se poder pensar em «quarentenas» porque ainda antes de as barreiras estarem levantadas já 'a coisa' se espalhou.
Este problema da gripe que surgiu no México é um modelo do que pode acontecer.
Surge uma doença contagiosa no México. E ainda por cima, diferentemente de outras mais conhecidas, esta ataca jovens adultos saudáveis - grande ameaça.
Mas quase antes de haver alarme e as organizações responsáveis falarem em
«ameaça de saúde pública de nível internacional» já se sabe que pode haver casos nos EUA e Canadá o que, enfim, é no mesmo continente, mas também em França, ou Escócia, ou Nova Zelândia, ou Israel, ou ...
É o reverso da medalha.

...e na Islândia

...com uma participação de mais de 85% do eleitorado, deu-se uma grande vitória da esquerda conseguindo uma maioria absoluta no Parlamento.
O «Partido da Independência», conservador, que governou o país durante 18 anos e foi considerado responsável pela actual crise financeira foi assim ‘castigado’ com uma derrota como nunca tinha tido desde a independência deste jovem país.
Muitas vezes «cá se fazem, cá se pagam».

domingo, abril 26, 2009

Uma música ao Domingo

... que outra canção poderia vir hoje?...

Utopia – a Justiça

Pensamos de vez em quando que o segredo de muitas coisas serem tão justas e nos compensarem tanto está apenas em dois pontos: o facto de termos a Constituição que temos, e de a cumprimos e respeitarmos tão escrupulosamente.
A nossa Constituição foi um grande trabalho que deu trabalho a fazer. Os mais jovens podem não se lembrar; primeiro elegeu-se uma Assembleia Constituinte com representantes de várias tendências que trabalharam depressa porque entrou em vigor num dia 25 de Abril, um ano depois.
Ali previam-se todos os direitos fundamentais, à saúde, à habitação, à educação, à expressão, à não discriminação, enfim a uma vida justa. Muita gente até de outros países tem vindo a dizer que as nossas leis são boas. Claro que poderiam não serem cumpridas e nesse caso não nos servia de grande coisa termos ou não ‘boas leis’, mas tal não é o caso.
Esse é um ponto onde nos podemos felicitar.
Criaram-se logo bons mecanismos para cumprir as leis. De início foi necessário uma inspecção dura e rigorosa, mas trinta anos depois toda a gente consciencializou que «as leis são para cumprir» começando pelo ‘espírito da Constituição' para além da sua letra. Evidentemente que existem umas ‘ovelhas desviadas’ e aqui e ali aparecem uns ‘espertos’ a pensar que vão conseguir fazer o que lhes trará mais benefícios mesmo que prejudique terceiros. Mas a inspecção é rápida, esses casos vão logo a julgamento e tudo se resolve.
A nossa justiça, que tem fama de ser uma das mais rápidas da Europa, pode dar resposta a uma situação mais complicada num tempo recorde. Um dos segredos foi ter-se desburocratizado muitíssimo as nossas relações com o Estado. Desde o 25 de Abril que se teve a noção de que o Estado somos todos nós e portanto é fácil «falar com ele». Nunca há dificuldades de acesso, e temos sempre uma resposta muito rápida. Por exemplo é impensável, para quem viva em Portugal após Abril, que exista um atraso num pagamento feito pelo Estado– seria como atrasarmo-nos a pagar a nós mesmos…o que é um absurdo!
E, como sabemos, em questões que impliquem Tribunal – não são muitas mas sempre vai acontecendo – a queixa chega a julgamento em pouquíssimo tempo e a solução vem em poucos dias mesmo em casos um pouco mais complicados. A «máquina da Justiça» tem a noção que se a resposta não vier em tempo útil, isso … é uma injustiça a somar à outra.
Enfim, muito mais havia a dizer, sobre a vida neste país de Utopia que se tornou Portugal post-Abril. Mas não vale a pena porque todos nós o sabemos, e a nossa imaginação é livre como o vento!

sábado, abril 25, 2009

(aumentem a imagem, por favor!)



E vamos voltar a ouvir

e

Todo o dia!

sexta-feira, abril 24, 2009

Das festas as vésperas



Este mês de Abril no Pópulo foi tão pobrezinho em relação aos «Abris» que já aqui deixei na blogosfera no decorrer dos últimos 3 anos...
Mas já expliquei logo no primeiro dia porque é que este ano as coisas se passavam assim. Tinha escrito nos outros anos sempre como se fosse o último Abril que eu passava na blogosfera e a minha imaginação tinha-se esgotado.
Mas hoje é dia 24, amanhã tenciono não escrever nada, de modo que para amanhã venho relembrar aquilo que aqui deixei o ano passado, referente ao despertar desse dia, à manhã que se viveu, à tarde para muitos de nós, a uma outra visão também real, e ao terminar desse dia inesquecível.

Ficam aqui os links para quem me quiser «revisitar».

Excesso de memória

Um tema de que aqui falo com imensa frequência é da importância da memória. É péssimo quando nos falta, por vezes temos uma memória ‘selectiva’ para esquecer o que nos agrada menos [sou muito boa nisso...] e frequentemente invejamos quem a tem muito boa. É o normal.
E, se é comum a falta de memória ou até amnésia, para mim é completa novidade que se pudesse ter «memória a mais»! Mas existe. Chama-se Síndrome da Hipermemória.
Uma americana ficou conhecida por se lembrar de tudo desde os seus 14 anos, mas tudo, mesmo tudo! Esse 'dom' (?) era conhecido apenas por as pessoas que lhe eram próximas, mas um dia lembrou-se de escrever a um neurocirugião especializado em questões memória a queixar-se do seu problema:
"O que a maior parte das pessoas chamaria de dádiva, eu chamo de fardo. A minha vida inteira passa pela minha cabeça durante todo o dia e isso está a deixar-me louca" lamentou-se ela.
Ele ficou interessadissimo e estudou o caso durante 5 anos, apoiado em calendários, em diários escritos por ela entre os 10 e os 34 anos, em registos de meteorologia e batia tudo certo – ela lembrava-se do que tinha comido em cada um dos dias da sua vida, o que vestia, que tempo fazia...
Assustador.
Contudo, agora aparecem uma ligeiras sombras neste quadro. Confirmam que este tipo de prodigiosa memória é uma memória autobiográfica. Podemos falar no plural porque desde que se descobriu o Síndroma apareceram várias pessoas assim, mas em todas elas se verifica que só têm essa memória ‘perfeita’ em assuntos pessoais ou outros que os interessam especialmente. Quanto ao resto são, felizmente, normais.
Uff...
Que alívio.

Crianças

Para reflectir:
Diz a UNICEF que as crianças portuguesas são das menos apoiadas do mundo rico
O estudo avalia 10 parâmetros e cá só são cumpridos quatro.. É certo que dos 25 países só a Suécia cumpre todos os critérios e, curiosamente, as crianças mais felizes dos países da OCDE são as holandesas...
É que se calhar a avaliação da «felicidade» (?!) tem outras medidas. Os nossos meninos são bem amados a acarinhados, sem dúvida, o que lhes falta são outras coisas.
Interessante o que o estudo afirma:
«A felicidade geral foi medida através de vários níveis como o bem-estar material, educativo ou de relacionamento com a família e os pares. Neste último ponto, Portugal ocupava o segundo lugar, mas no bem-estar educativo estava no último»

É isso o que me parece.


quinta-feira, abril 23, 2009

Não há que enganar...






(precisa de ser aumentado para se ver bem a graça)


Tarde demais



Sem falsas modéstias, posso dizer que se há coisa que não se aplica a mim é o «Princípio de Peter». Não só tenho a convicção de que as promoções que tive na vida foram justas como, mais do que isso, por duas vezes me foi oferecido um cargo ‘importante’ que recusei porque duvidei da minha competência para o exercer como pensava que devia ser. Tenho esse sentimento um tanto orgulhoso.
Mas também me tem acontecido uma coisa que por um lado me deixa a moer por dentro, mas por outro me dá satisfação: é ser-me proposto um trabalho que eu teria desejado muito, há uns tempos, mas quando me chega já vem «fora do prazo».
Recentemente voltou a passar-se. Uma sujeita execrável, que em tempos me tratou com uma arrogância e uma má educação que nunca esqueci, contactou-me há dias a propor-me um trabalho que me teria interessado imenso... na altura em que ela foi insolente e desagradável.
Que bem que me soube agora, responder-lhe na voz mais controlada que consegui: «Ah! Precisava de mim agora? Mas que pena. Sabe, é que actualmente ando muito ocupada, estou a fazer coisas que me interessam bastante e não vou ter tempo nenhum. Será melhor procurar noutro lado»
E bati simbolicamente com a porta.
Que bom!


Aljube transforma-se em Museu



Depois da vergonha que foi ter-se vendido o edifício da PIDE da António Maria Cardoso para o transformar num condomínio ou hotel de luxo, a indignação que tal levantou deu alguns frutos.

Pelo menos o Aljube vai ser «salvo» e transformado num Museu.
A assinatura dos protocolos –
um de cedência do Ministério das Finanças do Aljube à CML, e outro em que a CML o cede ao Movimento «Não Apaguem a Memória» - vai suceder às 6 da tarde do dia 25 de Abril.

Esta sim, é uma boa maneira de festejar a data.

Viva Aveiro!


quarta-feira, abril 22, 2009

Modos de ver

Fiquei a pensar numa resposta, ouvida ontem:

-É que não consigo que oiçam o que eu digo!
-Não. Tu confundes é ouvir com obedecer!

Tantas vezes assim é.
Consideramos que não «ouviram» porque não fizeram tal como queríamos...

Viva a sesta!

Esta é em honra do meu amigo José Palmeiro.

Ao passar os olhos por algumas notícias da semana passada, uma delas chamou-me a atenção: Dinamarca adopta sestas para motivar trabalhadores
A Dinamarca?!
Estávamos habituados, há dezenas de anos, à imagem trocista e brincalhona do mexicano de chapéu na cara, a fazer a sua sesta. Nos EUA aparecia muito em filmes, quer de índios e cowboys, quer em desenho animado.
E também em países mediterrâneos, sobretudo Espanha, é aceite que se faça uma pausa depois do almoço. Mas sempre se relacionou com o calor, imagino eu.

Coisinha de que não se podem queixar os Dinamarqueses...
Contudo, parece que lá «as sonecas remuneradas são actualmente oferecidas de forma voluntária por mais de 1800 empresas, que, com esta medida, registaram aumentos de rentabilidade e uma redução drástica de enganos, acidentes de trabalho, situações de fadiga e faltas por doença».

E esta, heim?...

Coincidência, é claro.

É certo que 28 de Maio não é feriado.
Assim sendo, Santa Comba inaugura Largo Salazar no dia 25 de Abril

De facto foi um «filho da terra».
E como até morrer foi pensando que ainda era ‘Presidente do Conselho’ se calhar no outro mundo pensa que o 25 de Abril foi feito em sua homenagem, sabe-se lá.
É uma coincidência tremenda, mas o Presidente da Junta lá sabe – imagine-se que o 25 de Abril é o único feriado nacional de que ele se lembra.
Que interessante.


Alergia


É estranho.
Já é a segunda vez que me acontece.
Ontem, de novo, ao começar a ouvir a entrevista do nosso Primeiro Ministro deu-me uma tal dor de cabeça, que tive de fechar os olhos e a TV para nem ouvir barulho.
Assim mesmo, tipo enxaqueca, sabem?
Nem sei o que ele disse.
Daqui a pouco vou folhear os jornais...
Ou talvez nem isso.



terça-feira, abril 21, 2009

O leite


Uma das Histórias contadas no «Histórias de Embrulhar Castanhas» - um blog engraçadíssimo, - fez despoletar uma recordação da minha infância.
Quando eu era pequenina, a esmagadora percentagem do que se comia era feito em casa. Para além da comida propriamente dita, a que se punha nos pratos, ( e não havia cá batata frita dentro de pacotes, ou fosse o que fosse ‘pré-cozinhado’...) todas as compotas com que barrávamos o pão também se faziam na nossa cozinha e até alguns licores da garrafeira.
Os meus pais tinham uns frascos muito grandes com o bocal largo e deitavam para lá 'umas coisas' que ficavam meses em repouso até que, depois de umas alquimias, passavam para uns frascos de cristal e eram licores.
Eu era criança e não ligava grande importância àquilo.
Mas havia um que cheirava muito bem. Enquanto estava lá de pousio dentro do frasco, e era agitado de vez em quando, eu não lhe ligava nenhuma. Mas na fase final, a mistela do frasco grande era coada para garrafas bonitas por um funil forrado com um filtro de papel. E isso fascinava-me. Por um lado achava mágico como o produto acastanhado e baço do frasco grande, depois de passar por esse tal coador ficava um líquido transparente lindíssimo, que me parecia oiro líquido! Por outro lado, como o processo dessa filtragem era demorado, durante mais de um dia a minha casa ficava a cheirar a chocolate.
Sim, porque aquilo chamava-se «Licor de Leite» mas a receita que lá usavam levava chocolate e esse cheiro é que ficava no ar...
Até que um dia, não resisti! Quando não estava ninguém em casa, e lá no filtro de papel já se acumulava uma boa dose daquele produto acastanhado que cheirava tão bem, estendi o dedo e lambi um bocado.
Huuummm! Que delícia. Sabia-me a chocolate e mais algo que não sabia definir. Tinha de ver se percebia bem o que era, e toca a rapar mais um bocado com o dedo. Bem... se era «de leite» era bom para meninos, não era?... Portanto voltei a comer mais uma ‘dedada’ que me fazia sentir com vontade de rir apesar de as paredes à minha volta começarem dançar.
Resumindo, não sei exactamente em que momento é que adormeci com o dedo e a boca ainda lambuzados daquela delícia que parecia ficar desperdiçada no funil. Só muito mais crescida é que entendi que se aquilo levava um tanto de leite, levava a mesma porção de álcool... que eu estive a comer à colherada dedada!


A propósito de buracos

Ontem, o buraco na Av. de Berna que lançou o caos no trânsito em Lisboa naquela zona, fez-me demorar quase duas horas a fazer um percurso que faço em meia hora (grrrrr!!) e portanto ouvi no rádio do carro todo o drama toda a fotonovela dos candidatos, perdão candidatas madeirenses que entraram para cumprir a lei das quotas, perdão, isso foi o que disse o Diário de Notícias da Madeira, segundo o Público explicou à TSF, quer dizer, não, o tal jornal não disse nada disso, o que se passa é que a Madeira acredita que vai eleger 8 deputados, portanto vão entrar as tais duas senhoras e ainda o famoso Sérgio Marques.
Uff...
Que alívio.


(não falei de buracos? ah, pois...)


Mas esta lei das quotas vai dar que falar...
(e se o post está confuso, foi tal como me senti ao ouvir a explicação da explicação da explicação...)

Pedem-se voluntários

OK.
Se tens entre 18 e os 50 anos fica sabendo que a Universidade de Aveiro procura voluntários para estudar sexualidade

Interessado?
Bom, não é o Paraíso.
Afinal pretende-se apenas «medir as respostas fisiológicas a estímulos sexuais» ou seja vai-se medindo as ‘respostas’ a imagens sugestivas mas ... projectadas.
Enfim, tudo muito virtual.
Se calhar vai haver menos voluntários do que se imagina.


Não

Não, ontem não vi o debate.
Para ser franca é como se tivesse visto, não sinto nenhuma falta, «adivinho» o que se disse.
Mas não seria muito correcto dizer hoje fosse o que fosse....
Passo!

segunda-feira, abril 20, 2009

O exemplo

Como a semana passada eu fui multada - apesar de ter posto as moedas no parquímetro - por não ter reparado que onde parei era um local de cargas e descargas (não havendo nenhuma loja nem garagem e os estacionamentos em segunda fila confundiam os avisos existentes) deu-me particular gozo esta foto que saiu no JN de um carro de polícia que estacionou em cima do passeio, numa zona de acesso a cargas e descargas e acesso a garagens
Ora pois!
Mas o porta-bagagens está aberto, a justificação deve ser essa... vão carregar um detido.





Que confusão

Não tenho informações que me levem a tomar posição mas anda a fazer-me muita confusão esta «guerra» médicos/farmacêuticos (ou farmácias, melhor dizendo)
Em relação aos ‘genéricos’, para ser franca, desde sempre me fez confusão haver genéricos ‘de marca’ e ainda por cima, tantos!
A primeira vez, há muitos anos, quando entendi o conceito do ‘genérico’ supus que seria um medicamento reduzido ao essencial - a sua substância activa - e, por isso, menos caro; e se havia variadíssimos medicamentos para cada enfermidade, de cada produto só devia haver um genérico, pensava eu. É certo que muito rapidamente entendi que devia estar enganada. Se havia muitos laboratórios, cada um deles punha no mercado «o seu genérico». Portanto, se calhar, o genérico do laboratório A seria pior do que o do laboratório B...
Depois, medicamento de marca ou genérico, quem assina a receita é o médico, donde é sua a decisão. E as coisas estavam assim. As receitas tinham um quadradinho onde o médico aceitava ou não que se substituísse aquilo que receitara pelo seu genérico.
Entretanto há um golpe de teatro e as farmácias declaram unilateralmente que passam a fornecer os doentes que lá vão de receita na mão, com o genérico do produto receitado porque havia doentes que nem aviavam as receitas por não terem dinheiro para isso.
Fica-se um pouco abananado, porque parece um tanto exagerada essa decisão. Parecia, assim à primeira vista, que as farmácias se estavam a sobrepor ao acto médico de receitar.
Mas, eis senão quando, outro contra-golpe de teatro: agora é o bastonário que propõe que sejam os médicos a fornecer os doentes dos medicamentos, se forem genéricos. Passariam agora os médicos a funcionar como mini-farmácias.
Com sinceridade, não estou nada a imaginar a situação... Os depósitos necessários para isso nos Centros de Saúde ou consultórios, o tempo super-cronometrado que cada médico têm, ainda aumentado com o ir procurar ao armário o medicamento necessário.
Huuummm...
Ficamos à espera do próximo episódio.
Desta confusão quem é que lucra? O doente?... Acreditam?

Se fosse na Índia talvez fosse assim:








O controlo total

Como aos fins-de-semana deixo o Pópulo mais ou menos de «pousio» apesar de ir lendo e ouvindo notícias não me dá para chamar aqui a atenção para elas. E agora mesmo deixando o link para o essencial, o que li no Público vem do modo que só é acessível aqui na net aos assinantes.
Mas não queria deixar de chamar a atenção para a importância que foi ter-se descobertos os «arquivos» do Salazar, documentos que cobrem 20 anos - desde antes da guerra (1938) até quase ao início da Guerra de África (1957). Eram centenas de caixas, com milhares e milhares de documentos e que podem documentar bem o poder que aquele homem tinha.
Controlava tudo!
Tudo.
Quando alguns salazaristas tentam branquear algumas das suas acções com a desculpa de que ele ‘não sabia’ ou 'era enganado' por aqueles que privavam consigo, aqui desfazem-se essas dúvidas.
Aquela criatura sabia e decidia tudo, conhecia a relação de bens alemães existentes em Portugal em 1946, decidia a alteração dos horários de trabalho da Função Pública, e até o uso de "fatos de banho inconvenientes".
Tudo.


Esta descoberta, aparentemente feita «por acaso», é de uma enorme importância para se conhecer a nossa História próxima.

O pastor e o lobo

É muito velha a tal história do pastor que se divertia a gritar que vinha ali um lobo, quando tal não se passava e no dia em que apareceu um lobo de verdade ninguém acreditou nele.
E, se também acontece que «uma mentira muitas vezes repetida se torna verdade», por outro lado, algumas verdades excessivamente banalizadas perdem a importância.
Ando a pensar nisso por causa dos ‘estudos’ com que nos inundam, que provam tudo e mais alguma coisa. Se uma semana aparece um «estudo a provar A» na semana seguinte, outro laboratório, (ou quiçá o mesmo!) vem provar o anti-A com argumentos tão fortes como os do primeiro. O que dá como resultado que às tantas não se acredite em coisa nenhuma!...
Isso é particularmente verdade no que trata da alimentação. Nunca se falou tanto em boa alimentação e, pelos vistos, segundo os tais «estudos» come-se muito mal, tudo faz mal ou bem...
Aí há uns 8 dias ouvi, no rádio do carro, uma entrevista a um senhor. Não fixei o nome. Era pessoa com muitos títulos, investigador de um laboratório desses que fazem «estudos», muitos estudos. A questão ali debatida era o café.
Durante um bom bocado falou-se dos benefícios do café, e do disparate que é haver receio de beber café. O senhor em questão, professor, até ridicularizou os seus alunos médicos que ao descreverem um caso diziam que o doente fumava e bebia café, porque se o tabaco era comprovadamente perigoso nada indicava que o café fizesse algum mal. Nada de nada. Obviamente que se tomado em excesso, como qualquer alimento, mas apenas isso.
Senti-me contente quando ouvi ser a fama completamente injustificada - explicou até aos pais que estavam a ouvir a emissão que tanto fazia ao ir a uma pastelaria com uma criança, pedir 2 bicas para os pais e um chocolate para ela, ou 1 bicas para cada pessoa. O resultado para o organismo era igual.
Fiquei espantada mas satisfeita, porque se não fumo, aprecio muito o café e senti-me justificada, apesar de um tanto surpreendida.

Até que, já no fim da conversa, o entrevistado reconhece que aquele estudo em particular tinha sido encomendado... por uma marca de café.
Ups!!

domingo, abril 19, 2009

Uma música ao Domingo

No penúltimo Domingo de Abril, reforço a dose.
Uma das canções de que mais gosto (o Canto Moço) e uma muito emblemática e apropriada á altura (àquela altura...)






Utopia – ‘Política Social’

Olhando não apenas para trás (para o nosso passado ‘antes do 25 de Abril’) como até olhando em redor, para outros países que consideramos desenvolvidos, podemos hoje verificar que uma das grandes melhorias do sistema em que vivemos está na nossa ‘política social’.
É certo que há quem se queixe de que paga bastantes impostos. Nunca se está completamente satisfeito, é evidente, mas quando sabemos que o dinheiro que se paga de impostos vai para as nossas maiores necessidades e para que todos tenhamos uma vida melhor, por mim, penso que assim está tudo bem.
A ver bem começa ainda «antes de nascermos». As crianças que nascem são desejadas, o planeamento familiar funciona em pleno e, no caso raro de uma falha, a IVG é uma operação rápida e sem custos. Contudo, é já muito invulgar, porque o planeamento é tão completo e há tantas facilidades para criar uma criança que, nunca é por motivos económicos que não se têm os filhos que se desejam ter. A grávida trabalha a meio tempo desde que sinta que é melhor para si, é seguida sem pagar nada no Centro de Saúde que mais lhe agradar e o parto, também sem qualquer custo, pode fazer-se onde agradar mais à família. O antigo «abono de família» foi tão aumentado que nada vai faltar ao recém nascido, e a mãe tem direito a ficar em casa cuidando do filho durante o seu primeiro ano de vida. Claro que o pai também acompanha o seu bebé, um mês ou mais, podendo inclusivamente aceitar ele parte da ‘licença de maternidade’ no caso de a mãe desejar voltar mais cedo ao trabalho.
Os pais que prefiram deixar o filho, do um aos três anos numa creche, até para facilitar o convívio com outras crianças, têm toda a facilidade porque existem pequenos agrupamentos em todos os bairros, com muito boas condições quer de instalações quer de qualificações de quem lá trabalha. Ficam plenamente descansados sabendo que os seus meninos estão bem entregues.
Durante a vida activa, no caso de uma doença súbita, um acidente, algo que desequilibre a estabilidade familiar, sabemos que podemos contar com o apoio, para além dos Serviços de Saúde, com especialistas de Serviço Social e Psicologia que estão disponíveis e prontos a ajudar de uma hora para a outra, ajudando a resolver, ou minorar, situações difíceis e que ultrapassem os recursos familiares.
No final da vida, o apoio que a sociedade dá é também excelente.
De uma forma geral, mesmo quando se é muito idoso, se ainda se está independente e lúcido, cada um permanece na sua própria casa onde é acompanhado por serviços de apoio que tratam das rotinas da casa e da alimentação, lhe fazem companhia, ajudam nos transportes, os acompanham a visitar família e amigos ou nas distracções preferidas. Quando a autonomia diminui muito, há pequenas residências para onde transportam as mobílias e recordações preferidas de cada um, em ambientes muito tranquilos com um acompanhamento discreto de enfermagem quando necessário, e se mantém uma boa qualidade de vida que a sociedade pretende que seja o melhor possível até final.

Não, o Estado não «substitui» a família nem os amigos, mas garante uma rede de suporte que permite viver com boa qualidade.

sábado, abril 18, 2009

Jardim-de-Infância bem equipado

E p'rá menina?
Ou há moralidade ou elas têm direito ao seu boneco!




Ouvido no café


Ontem, pelo almoço, toca um telemóvel numa mesa ao lado da minha, onde conversam duas amigas.

Está

......
Como? Mas que ideia! Repita lá...
.........
Mas a minha conta é tão baixa que não dá para nada»
..............
(risos)
Bem, agora não posso falar, mas para a semana passo aí a falar consigo»

(desliga o telemóvel, morta de riso, e diz à amiga)

Nem imaginas de quem era esta chamada
De quem?
Do Banco»
Do Banco??? E ficaste bem disposta?!»
É que nem dá para acreditar! Tu sabes a falta de dinheiro com que ando, o que tenho está todo à ordem, todinho, não tenho sequer que chegue para abrir uma conta a prazo. É só o meu ordenado e tento poupar o máximo de modo a não chegar a entrar na conta-ordenado no fim do mês, mais nada
Pois sei. Estás como eu. E então
Este telefonema era da minha «gestora de conta», afinal tenho disso! (risos) e queria conversar comigo para eu «fazer uma aplicação» com o meu dinheiro!!!»
Ooooh! Que chic
Se calhar, como hoje foi o dia de receber, a conta subiu um nadinha e já passei por rica. Claro que não faço ‘aplicação’ nenhuma, mas afinal estou mais rica do que imaginava.
Só isto para me pôr bem disposta, ahahah!!!
»




O «melhor remédio»

Era barato, fácil, e não precisa especialistas.

Nem mete medo nenhum.
Da próxima vou experimentar.




(dantes dizia-se que 'fazia bem ao fígado'; porque seria?)