domingo, março 25, 2007

A Justiça? E porque não a Saúde?

Que interessante: «Governo vai criar sistema de justiça ao domicílio para aliviar os tribunais» Esta da «justiça ao domicílio», não tenho nada contra - eles lá imaginam como vai ser - mas a verdade é que uma situação de «mediação familiar» não se classifica exactamente como ‘justiça ao domicílio’ na minha perspectiva. A «mediação familiar» é uma medida que já existe há muitos anos e é outra coisa, são antecedentes para se atingir a dita Justiça. Interessante e sem dúvida que se pode praticar em vários locais sem ser o tribunal, só que não é como o título sugere «um tribunalzinho na sala de estar».
Mas o que logo pensei é que aparentemente mais fácil do que a ‘justiça ao domicílio’ seria a ‘saúde ao domicílio’.
E isso fazia já muito sentido. Sem falar nos tempos idos do João Semana, a verdade é que muitos dos mais conhecidos ‘seguros de saúde’ disponibilizam aos clientes uma ida de um médico a casa quando isso é solicitado. É certo que apenas durante a noite e fins-de-semana, nas faz-se. Não acham que descongestionaria as urgências dos hospitais, e seria outra tranquilidade para o doente aguardar na sua casa em lugar daquela confusão do hospital, se uma mini equipa se deslocasse à residência da pessoa que se sente doente…? Não apenas à noite, e fins-de-semana mas quando fosse solicitado.
Quanto à ‘justiça ao domicílio’ não me pronuncio, mas a ‘saúde ao domicílio’ parece-me uma boa ideia.

5 comentários:

Anónimo disse...

Claro, mas era muito mais caro, e podia dar ideias.

josé palmeiro disse...

É a solução que arranjaram para o exagerado excesso de advogados que foram sendo formados por essas universidades de papel e lápis. Quanto aos médicos, não seria má ideia, na senhôra!

cereja disse...

Mas Fj, repara que se isso diminuisse significativamente a bagunça das Urgências dos Hospitais era já um benefício. Eu, infelizmente tenho passado lá muitas horas, e vai lá gente (senha verde) por estar com gripe, dor de barriga, febre. Pelo que tenho reparado quase todas as «senhas verdes» podiam ser tratados em casa. Com outro conforto e sossego.
Zé - realmente Direito tem sido um curso a transbordar. Mas não sei se esta proposta apanha esses jovens, porque de qualquer modo devem pagar-lhes e dar-lhes formação específica. Não sei.

Anónimo disse...

Não vejo a coisa tão difícil, se vivessemos num país mesmo do 1º mundo! Por alguma razão, nos países mais, mais, mais desenvolvidos se voltou a dar à luz em casa. E contudo cá, fecham-se as maternidades mas não há equipas a postos para fazer essa função.
Custa dinheiro, como disse o FJ.

cereja disse...

Voltamos sempre ao mesmo, o dito pilim... Contudo para além disso penso que também há uma questão de organização. Há recursos que poderiam ser melhor geridos, e com menos burocracia.