sábado, março 31, 2007

Manoel, o centenário


Eu adorei o Aniki-bobó a primeira vez que o vi. Depois fui apreciando os filmes de Manuel de Oliveira até ao «O Passado e o Presente». A partir daí, a minha apreciação passou a ser muito irregular. Lá vinha um ou dois que gostava bastante seguidos por três ou quatro onde me deixava dormir (não literalmente, mas quase)
A verdade é que é o nosso cineasta famoso. Ninguém o pode duvidar, o certo é que «lá fora» é muito conhecido e apreciado.
Filma há 70 anos e realizou uns 40 filmes.
Manuel de Oliveira vai fazer 100 anos e como prenda vai ter o financiamento de dois filmes:

"Cristóvão Colombo - O enigma" que já está a andar e "Singularidades de uma rapariga loira" sobre um conto de Eça.

Cem anos é uma longa vida. E com a lucidez suficiente para ainda ser capaz de gerir a rodagem de um filme, é notável.
Agora se o vou ver, isso não prometo. Talvez que eu estiver em França e eles tiverem legendas. Dá logo uma perspectiva diferente…

7 comentários:

josé palmeiro disse...

Manoel ou Manuel?
O mais antigo cineasta português, vivo!
Uma produção filmica, de fazer inveja, coisas muito boas, outras coisas menos boas, de qualquer forma extraordinário percurso.
Cem anos e centenas de histórias contadas, é obra!

cereja disse...

Ele escreve Manoel, já que era a assim a grafia do nome há cem anos... Eu entendo, porque ainda hoje tenho tendência a escrever Maria de Lourdes por exemplo, ou Ruth.
Estes homens, O Manoel de Oliveira, o Fernando Pessa, que se mantêm lúcidos e intelectualmente despertos até uma idade onde muita gente se baralha e se esquece de tudo, são exemplos de como é possível manter uma boa qualidade de vida até longe.
Quanto aos seus filmes, não sou uma entendida, de modo que me devo remeter à minha insignificância... mas há uns tempos que desisti de os ver.

Anónimo disse...

Estou como tu.
Muito respeito, uma fotografia quase semprer admirável, mas ultimamente um ritmo que não se pode.
Mas aplausos para a longa carreira! E que vitalidade...

Anónimo disse...

É uma homenagem simpatica ao homem que aos 99 nove anos ainda tem energia para fazer dois filmes, talento não sei, nao aprecio , nao gosto,e muito pouca coisa ao nivel cultural ou entretenimento me apaixona em Portugal. Agora que os genes dele são de muito boa qualidade, isso não duvido

Anónimo disse...

Ora aqui está um senhor que não tem aquele primo alemão que infelizmente anda a aumentar a família...

saltapocinhas disse...

Eu não gosto!
Acho os filmes dele muito chaaaaatos!
Só aconselháveis a quem sofra de insónias.
Admiro-o como homem lúcido e inteligente e com toda a vitalidade que tem praticamente aos 100 anos.
Mas não chegava financiarem-lhe um filme?
E com o resto do dinheiro podiam ajudar os teatros amadores, por exemplo...

cereja disse...

Pois é, Saltapocinhas, eu também disse (não sei se de um modo muito claro...) que nao teho grande ( ou pequena paciência) para as últimas obras dele. e quando disse a brincar, que se calhar com legendas aquilo melhorava é poque ente o ler a legenda e voltar à imagem, dava o tempo para a gente fazeer tudo e ainda sobrava.
mas para os especialistas, isto é heresia... E lá que tem tido tantos prémios internacionais, isso tem e não pode ser só por generosidade devido á longa carreira!
Quanto os «amadores» penso eu que os nossos Ministros da Cultura devem pensar que lhes basta amar. E uma cabana, não é?