quinta-feira, março 29, 2007

Afinal estamos acompanhados

Não é só em Portugal que as decisões radicais e muito duras sobre a reforma da pobre da administração pública, impressionam.
A nós perturba-nos como «sujeitos passivos» mas, pelo que se lê, a Federação Europeia dos Sindicatos da Função Pública também considera que a nossa «reforma» é a mais radical da Europa.
Afirmam que
"a simples ideia de colocar à força milhares de trabalhadores numa lista de excedentários com salário reduzido, seria impensável em França" e se a Grã-Bretanha também pretende reduzir para metade os seus funcionários nos próximos cinco anos, isso será «com indemnizações negociadas».
Assim como os belgas, que explicam que na sua terra "também tiveram uma situação de excesso de pessoal no Estado, mas a solução encontrada foi a das saídas voluntárias, em que os trabalhadores ficavam com 90% do salário e mantinham o estatuto
Por outro lado, é interessante a crítica ao sistema do "salário por mérito" porque segundo explicam esse sistema foi abandonado porque «se concluiu que a avaliação diz respeito não apenas aos indivíduos, mas também às organizações, não sendo justo que apenas estes sejam penalizados por um resultado de conjunto».
Já que se tenta copiar tanta coisa, não seria interessante aprender-se com os erros dos outros?

4 comentários:

Anónimo disse...

Claro que podem sempre dizer que os sindicatos se defendem uns aos outros, e talvez seja. Mas aqui contam factos, pelo que se vê.
O que continuamos a ver é que anda tudo com medo etc, etc, mas a tal famosa a tão falada, melhor «arrumação» das pessoas não se vê nada! os próprios funcionários fartam-se de dizer que há a mais nuns sítios e a menos noutros. Então porque não os arrumam?! Porque ameação os «a mais» de irem para a rua e não mandá-los para onde estão a menos...?!!!

josé palmeiro disse...

Tinha que ser assim, nós somos sempre os "primeiros".

Farpas disse...

Ora aqui está uma comparação bastante interessante. É uma mostra que o problema que existe não é um exclusivo de Portugal, o problema será as soluções apresentadas. Não se pode querer tudo, por isso o idela é procurar uma solução que satisfaça minimamente as duas partes, é aqui que eu acho que este governo mais falha, porque tem estado a tomar medidas que são realmente necessárias, acho que todos sabemos disso, mas o problema é que se esquece que não pode só tirar tudo de repente! É preciso haver um meio termo, e isso n está a acontecer neste momento!

cereja disse...

Exactamente Farpas, as reformas da AP, ninguém contesta a sua necessidade. O critério é que é altamente discutível. A hierarquia que continua tal e qual e é um dos maiores travões, a burocracia, que se em muitos casos está aligeirada, noutros ainda é incrível, há para aí muitíssimas chefias intermédias que só são «pombos correios» e são esses que muitas vezes são mais papistas do que o papa para mostrar serviço!
E, como eu disse no post, não se poderia ver como se fez noutros países?!