sexta-feira, março 30, 2007

"Porque que nos apaixonamos pelas pessoas erradas"

Ora aqui está um assunto interessante.
Não sei se posso ir à Barraca ouvir a psicóloga que fala sobre este tema, mas lá que apelativo, isso é.
Quem não conhece casos desses? Parece mesmo uma «atracção pelo abismo», pessoas que saem de um relacionamento para outro, qual deles o menos indicado.
"O acto de nos apaixonarmos tem a ver connosco, somos nós que queremos actualizar uma parte de nós e que procuramos no outro características que gostávamos de ter, como por exemplo a extroversão" mas a pessoa que se apaixona por alguém errado está a canalizar os sentimentos "para o seu oposto e não para o seu complemento".
Será isto?
O pior é o ‘tratamento’ dessa conduta desastrosa porque, segundo ela, essa tendência só termina com uma catástrofe.
Mas que pior catástrofe do que apaixonarmo-nos pela pessoa errada? ...

12 comentários:

Anónimo disse...

Isto aqui dava «pano para mangas» mas como estou aqui no Pópulo apenas enquanto tomo o café e sem tempo para comentários maiores, não vou dizer nada. Fica para logo. Mas quem é que pelo menos uma vez não se apaixonou pela pessoa errada?...

josé palmeiro disse...

A joaninha tem razão, isto não necessita comentário assim, breve, até porque uma paixão, nunca é breve...
Quando começas-te a falar na Barraca, ia para te dizer que ir à Barraca, sempre. Sou um indefectível daquela companhia. Andando para a frente fui dar à conferência, tema do escrito. E, pergunto eu, que culpa teremos nós que uma paixão não dê certo? Vamo-nos deixar de apaixonar, por isso? Nunca!
Temos é que ter o descernimento suficiente para detectramos o mais rápidamente possível, essa situação e termos a coragem de sair dela, não pela direita baixa, mas pela esquerda alta. NOTA: O Teatro, sempre foi um bom aliado!

josé palmeiro disse...

Volto, só por uma razão, O RELÓGIO!
Que se passa, alguma paixão pela Hora Antiga?

Anónimo disse...

Os opostos é que se atraem, e por isso a psicologa tem razão quando diz que procuramos no outro aquilo que não temos e admiramos, nem que seja a extroversão. Se isso é errado já tenho duvidas,pois não gostamos de alguem que nos complemente? Será que há paixão quando´´ somos feitos um para o outro de tal modo sermos iguaizinhos?´´A mim parece-me insipido.. Passado o estado de paixão e se resta o amor então os sentimentos já são canalizados para o complemento e não para o oposto.Houve adaptação, caso contrario conclui-se que é a pessoa errada e enfim.. é o que já se espera

Anónimo disse...

Complicado.
Como sabemos que é a «pessoa errada»? Por não sermos retribuídos? ou porque nos desilude? mas isso não acontece tantas e tantas vezes ?...- o contrário é que é a excepção. Depois do entusiasmo inicial, vem uma acalmia. Quando «acalma demais» é que é o diabo!!
Contudo não se pode viver sempre em exaltação, não é?
Mas a base do estudo está certo - procuramos o diferente, o complementar. Se somos mesmo iguaizinhos, qual é a piada?

Anónimo disse...

Os vossos comentários
são muito precipitados, não leram bem. Ali não se fala de uma pessoa que se dá mal com um companheiro. isso, como acabou de escrever o King é o pão nosso de cada dia. O estudo fala da « tendência para gostar sempre da pessoa errada». Calma, aí!!! O segredo está no SEMPRE. Um erro todos cometemos, era o que faltava, mas errar-se sistemáticamente, já é galo!

cereja disse...

Ena ! Isto animou. Não há dúvidas que afinal os temas sentimentais nos interessam a todos
:D
Acho que aqui o «ponto de ordem» da Mary é muito justo - a questão era da 'recorrência da situação'. que isto de uma cabeçada ou outra na parede, quem é que a não dá. Mas se só sabemos bater com ela na parede, alguma coisa não está lá muito bem, um galo ninguém nos tira...

cereja disse...

Ah, não respondi ao Zé Palmeiro. Mas olha, se calhar não respondi porque não entendo o que se passa... Quanto aos meus posts, corrijo antes de publicar e deixo a hora certa, mas a verdade é que os comentário saem assim, fóra do tempo. Por este andar ainda vou ter um comentário a falar de uma coisa antes da hora a que o post foi publicado - vai parecer bruxedo.

Rita Inácio disse...

Joaninha
A pessoa será mesmo a pessoa errada? Ou simplesmente as duas pessoas não quiseram que os sentimentos crescessem?

Kati
Os opostos atraem-se?! Talvez, mas é certo que não passou disso, atracção, porque é necessário haver coisas em comum! Ou estarei errada? Penso que o problema é quanod nos apercebemos que somos diferentes e não temos coragem para o assumir!

Mary e Emiele
Se a pessoa é errada, é sinal que também erramos?

Anónimo disse...

Se a pessoa que escolhemos é sempre errada então a culpa é nossa pura e simplesmente , Ai torna-se patologico e nao há duvida que é de muito dificil cura, acho que são casos raros e que devem ter como causas traumas de infancia, viloencia falta de amor etc etc pois parece que essa pessoa se apaixona pelo ou pela primeira que lhe aparece sem qualquer criterio, so pode estar a fazer uma escolha errada, como tudo na vida.

saltapocinhas disse...

Os casais complementam-se (penso eu)
Cá em casa eu como o miolo e ele a côdea, eu gosto das partes mais mal passadas ele das mais bem assadas, eu gosto de dormir do lado esquerdo, ele do lado direito...
A esta hora ele já vai no 2.º sono e eu aqui toda espevitada, mas amanhã, quando eu me levantar já ele fez milhentas coisas. Às tantas até já foi à praça comprar maçãs vermelhas para mim e golden para ele. E é assim, não sou psicóloga, mas penso que as pessoas se devem complementar.
Mas, como canta o Rui Veloso, "não se ama quem não gosta da mesma canção"...
E aí, na música, temos os mesmos gostos!

cereja disse...

Parabéns, casal de Saltapocinhos!
E vens comprovar o que a senhora disse - o importante é a complementaridade.
Mas a verdade é que nestas coisas de afectos e amores já dizia o Pascal (acho que era, não era?) que «o Coração tem razões que a Razão não entende» ou seja nem tudo se explica...
Kati, é claro que é patológico e é mesmo isso o que a psicóloga vem dizer. Há casos desses e olha que eu conheço alguns. Sai de uma situação para se enfiar noutra semelhante...como se tivesse mesmo a atracção pelo disparate. E é disso que se fala.