
Eu sei que o Carnaval é a época das «gracinhas». Faz parte. São as ‘partidas de Carnaval’ onde se pregam sustos, se dizem mentiras, para depois se terminar com a cantilena «é-Carnaval-não-se-leva-a-mal» que é uma sorte rimar…
Mesmo quando era criança não era a faceta de que mais gostava. Apreciava a parte da fantasia, o poder mascarar-me, a maior tolerância das regras habituais, mas nunca gostei muito nem de pregar partidas grandes nem, como é óbvio, de as sofrer!!!
As brincadeiras com água, é claro que, também «fazem parte». Quando era criança havia as ‘bisnagas’ que se enchiam de água e depois esguichavam para cima dos outros. Quando éramos nós as vítimas, fugíamos com grande gritaria e voltávamos para nos vingar. De uma forma geral, nas minhas memórias, estas cenas passavam-se entre gente da mesma idade, mais ou menos.
Depois, mais crescida, recordo de uma vez onde fui prevenida que se preparava um «assalto» à minha casa e consegui descobrir uma dessas bisnagas em forma de campainha de porta. Foi uma grande risota porque cada um que chegava e ‘tocava à campainha' apanhava com uma esguichadela na cara. Coisas da adolescência.
Toda esta conversa para falar dos balões de água.
A moda agora, não é a quantidadezinha de água que pode caber numa bisnaga, mas encher um balão que pode levar mais de dois litros de água, e atirá-lo contra um alvo.
É certo que não apanhei directamente com nenhum, mas na noite de segunda-feira, como a minha casa de aldeia é de um só piso, a quantidade de «boladas» que as minhas janelas apanharam, foi notável! E a força de um balão cheio de água contra uma vidraça, é de assustar; não se partiu nenhuma porque os vidros devem ser de boa qualidade!!! Na manhã seguinte fui à rua e contei mais de 10 restinhos de balões.
A vantagem é que fiquei com as janelas lavadas. Para o ano, passo um pouco de detergente antes do ataque, e na manhã seguinte tenho as janelas a brilhar!!!