segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Dia Z, de Zeca

Lembramo-nos dele muitas vezes.
Muitíssimas vezes.
Está ainda muito presente.
Contudo, a 23 de Fevereiro gosto sempre de deixar uma canção, o que é muito difícil porque gostava de «escolher tudo»!

Bem, para quem quiser ouvir outra coisa, passe por aqui onde encontra quase tudo




10 comentários:

Anónimo disse...

E o nó na garganta nunca passa.AB

josé palmeiro disse...

É-me difícil dizer alguma coisa a não ser penhorar-me por me não ter lembrado da data.
Para mim, o ZECA, continua a acompanhar-me, tanto quanto ao Sérgio Mestre, seu companheiro, neste e em muitos outros espectáculos, ensaios e digressões e que também já partiu.
Trouxeste-me à memória tantas e tantas recordações, que não consigo ter palavras para (d)escrever, seja o que fôr, é o nó, de que fala a AB.

Anónimo disse...

Belo post para a presença de sempre.

André disse...

Continua presente e tem mais é que continuar. Era bom que o lastro da memória não se apagasse e fosse transversal às futuras gerações, mas quanto a isso reservo-me algum pessimismo. E porquê? Porque para uma larga franja da população portuguesa, o Zeca Afonso bem podia ser o nº9 do Tirsense. À medida que a sociedade, num galopar desenfreado, vai rasurando os seus referenciais culturais, instala-se uma atmosfera de precariedade intelectual dificil,senão mesmo impossível de contornar. Mas talvez tenhamos que aprender a viver com isso...
ZECA AFONSO SEMPRE!

Castanha Pilada disse...

Também sou da geração z :)

N.Phillips disse...

Caríssima Emiéle,

Estive muito longe, geograficamente e não só.
Hoje vim jantar a casa da Alex e, apesar de uma noite de cavaqueira amiga agradabilíssima, caiu-me a alma aos pés. Não esperava.
A Alex foi agora deitar-se e deixou-me o seu sofá e o seu portátil (sim, tenho permissão para estas indiscrições virtuais).
Estivemos a bater-nos com uma garrafa de whisky e ela contou-me o que se passou com a Vossa Nela. Lamento desde o fundo do coração. Ouvi durante mais de duas horas, sem enfado, falar da Nela. Sabemos que a vida não se mostra justa, se é ou não, não sei.

Vim até aqui dar-te um abraço de calor humano. Lamento, uma vez mais.

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Provavelmente devido à minha metade da garrafa, e uns fusos horários apátridas, aceitei para esta noite o desafio de verdades e falsidades que a Alex me fez e pelos quais te responsabilizo em parte considerável.
Já não vou a tempo de tentar adivinhar-te, neste amigável jogo.
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Dispõe sempre, na medida da tua vontade e da minha possibilidade (tenho sede de pessoas bem formadas e sei que não me engano aqui).

Fica bem, vive bem
Nuno

Anónimo disse...

O grande Zeca!

Não estou tão pessimista como o josé palmeiro, já que o Zeca é uma figura incontornável do nosso passado recente. A este propósito, não resisto a contar uma pequena história. Por diversos motivos, calhou ter estudado no secundário num "famoso" colégio de Lisboa. Perto do fim do ano escolar, andávamos no 11º ano, participámos na festa do colégio cantando (toda a turma). Cantámos "Poetas Andaluces de Ahora" de Rafael Alberti e "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso. O estado de choque, entre a plateia, era evidente.

Infelizmente, não consegui ver Zeca Afonso ao vivo. Nó na garganta tive num memorável concerto no Coliseu do Porto com Fanhais, Freire e Barroso.

Um abraço.

josé palmeiro disse...

Miguel, venho dar-te um abraço e esclarecer que não é de mim que falas mas sim do meu filho que se assina por Palmeiro, e que, por ter metade da minha idade, por ter tido a felicidade de conhecer o Zeca e pelas suas vivências, tem aquela opinião ou pessimismo, como lhe chamas.

Anónimo disse...

Já percebi porque deixaste a música para esta segunda.
Já 22 anos??! Será possível?!
Mas ainda bem que te lembraste dele Emiéle. Como dizes, a gente não o esquece mas há dias onde o «esquecemos menos»...

cereja disse...

N.Phillips - obrigada pelas tuas palavras. Realmente foi um golpe daqueles fortes. Foi a única vez em que deixei o Pópulo calado, em 3 anos. Mas nesses dias não fui capaz de escrever nada.

Quanto ao Zeca, continua vivo é claro. Até porque há grupos jovens que pegam nas suas músicas e as voltam a cantar. As vozes são outras mas o que interessa é o espírito que as canta.