quarta-feira, fevereiro 25, 2009

'Gracinhas' de Carnaval



Eu sei que o Carnaval é a época das «gracinhas». Faz parte. São as ‘partidas de Carnaval’ onde se pregam sustos, se dizem mentiras, para depois se terminar com a cantilena «é-Carnaval-não-se-leva-a-mal» que é uma sorte rimar…
Mesmo quando era criança não era a faceta de que mais gostava. Apreciava a parte da fantasia, o poder mascarar-me, a maior tolerância das regras habituais, mas nunca gostei muito nem de pregar partidas grandes nem, como é óbvio, de as sofrer!!!

As brincadeiras com água, é claro que, também «fazem parte». Quando era criança havia as ‘bisnagas’ que se enchiam de água e depois esguichavam para cima dos outros. Quando éramos nós as vítimas, fugíamos com grande gritaria e voltávamos para nos vingar. De uma forma geral, nas minhas memórias, estas cenas passavam-se entre gente da mesma idade, mais ou menos.
Depois, mais crescida, recordo de uma vez onde fui prevenida que se preparava um «assalto» à minha casa e consegui descobrir uma dessas bisnagas em forma de campainha de porta. Foi uma grande risota porque cada um que chegava e ‘tocava à campainha' apanhava com uma esguichadela na cara. Coisas da adolescência.

Toda esta conversa para falar dos balões de água.

A moda agora, não é a quantidadezinha de água que pode caber numa bisnaga, mas encher um balão que pode levar mais de dois litros de água, e atirá-lo contra um alvo.
É certo que não apanhei directamente com nenhum, mas na noite de segunda-feira, como a minha casa de aldeia é de um só piso, a quantidade de «boladas» que as minhas janelas apanharam, foi notável! E a força de um balão cheio de água contra uma vidraça, é de assustar; não se partiu nenhuma porque os vidros devem ser de boa qualidade!!! Na manhã seguinte fui à rua e contei mais de 10 restinhos de balões.

A vantagem é que fiquei com as janelas lavadas. Para o ano, passo um pouco de detergente antes do ataque, e na manhã seguinte tenho as janelas a brilhar!!!



9 comentários:

fj disse...

OK, o Carnaval não é a minha festa preferida.
Nem sei se em criança o era, mas em adulto é que não é de modo nenhum!
E particularmente essas parvoíces que nos sujam, a nós e às nossas coisas não lhes acho ponta de graça!!!

fj disse...

Ah, mais uma coisa - ou é por má vontade mas também me parece que à semelhança de muitas outras coisas, essas parvoíces também ficam mais violentas. Como aqui dizes, uma bisnagadela, é uma coisa, um balão cheio de água é bem diferente!
e as parvoíces dos ovos, da farinha, essas coisas todas?...
Ná!
Detesto.

Anónimo disse...

Venho a seguir ao Zorro, o que dá jeito porque ele já abriu caminho...

Quando era criança gostava muito, confesso... O mascarar-me e brincar com os amigos também vestidos de coisas malucas permitia montes de brincadeiras. aliás mesmo depois do Carnaval os fatos podiam servir para continuar a brincar. E as serpentinas, papelinhos, saquinhos, bisnagas, essa tralha toda era divertido.
Depois, tal como a Emiéle, na adolescência eram mais os bailes e os namoricos de Carnaval, que também tinham a sua piada. e hoje ajudo os miúdos que querem mascarar-se e brincar, mas distingo o que acho de brincadeiras parvas! E essa dos balões atirados contra as janelas, é mesmo uma parvoíce completa. se o vidro partisse que o pagava?!

Anónimo disse...

O teu carácter optimista não deixa de me surpreender"tenho os vidros a brilhar"-para o ano.Caramba!AB

Anónimo disse...

Ehehehe!!!
Realmente essa de borrifar as janelas com detergente 'just in case' é muita boa!!!!
Olha, na minha casa é que não me atingiam que só um lançador de disco com medalha olímpica!
Mas olha que em Lisboa os alvos eram os carros. Muito engraçadinhos...

Anónimo disse...

Desde Domingo que não tenho passado por cá. também aproveitei para uma voltinha (não foram os teus 4 dias mas a aproximação...)
Não tenho nada contra, parece que é bom para o turismo, etc e tal, mas hoje em dia não «participo». Já não tenho alma para brincadeiras. E, que me desculpem, mas acho sempre os 'corsos' de cá muito pindéricos a pretenderem imitar os brasileiros, e evidentemente sem o conseguirem. Valia mais voltarem às origens a fazer as antigas brincadeiras de Carnaval como apesar de tudo em certas terras ainda fazem.

Essa dos balões de água... enfim! Encolhe os ombros e deixa lá! Desde que, realmente, não te partam nenhum vidro...

cereja disse...

Pois, Mary foi o que fiz. Mas apeteceu-me deixar aqui esta conversa. Já se falou do Magalhães de Torres Vedras e do livro apreendido em Braga o suficiente.
Decidi falar das minhas janelas...

Didas disse...

Eu era mais vestidos de princesa.

cereja disse...

Olha Didas eu cá tive de tudo, a adorava!!! Desde de cigana, cheia de cores e lenços na cabeça, a princesa também, a fada, a «dama antiga». Mas depois dava para brincar o resto do ano, porque adorava fazer teatros com os meus amigos!