terça-feira, fevereiro 24, 2009

Coisas que se dizem

Há um programazito chamado "Luz Verde", que passa entre séries no AXN. Coisa pequenina tem alguns minutos, não deve chegar a dez, e foca assuntos diversos – ou temas ecológicos, ou entrevistas a pessoas conhecidas, ou moda.
Esta semana falou-se de heranças genéticas e de filhos que são influenciados pelos gostos dos pais: uma menina bailarina, e o futebolista Tiago Pinto, filho do João Pinto.
O complicado é que o programa repetiu-se muitas vezes e acabei por ficar no ouvido com esta frase lapidar que o fechava:

«A paternidade é o momento em que um homem deixa de ser filho para passar a ser pai.»

Como????
Um homem deixa de ser filho?!
E a mulher, por acaso, deixa de ser filha? É que eu cá não dei por nada!
Percebe-se que depois da coisa estar gravada e posta no ar, não se pode modificar. Mas não houve uma alma caridosa que chamasse a atenção para a bronca antes do programa estar terminado?

Francamente, é que ouvir aquilo repetido vezes sem fim...!

10 comentários:

Anónimo disse...

Bem nem tanto ao mar nem tanto à terra.Se substituissem a palavra "ser" por sentir se calhar a coisa mudava de figura.Eu sei que é dificil fazer frases lapidares.Mas a questão do género não é para aqui chamada.Ou a metáfora serve a ambos ou é asneira para os dois lados.(e lá estás tu a ver esses canais de crimes entremeados com essas coisas.Eu sei que há pouco mais mas...)AB

josé palmeiro disse...

Desculpa, estou em dia não e não sei, não posso nem devo, nesta hora, comentar este escrito.

Anónimo disse...

:)
( Essa «guerra» entre ti e a Emiéle por esses canais é um tanto radical. É verdade que talvez a maioria das séries sejam as dos tais crimes, mas olha que há muito por onde escolher sem se tratar de crimes: há as dos hospitais:o E.R, o Hospital Central, House, Anatomia de Grey, por exemplo; há as familiares ou de costumes:Lipstick Jungle, Irmãos e Irmãs; há as 'jurídicas': Ally McBeal, Boston Legal, e etc, etc. Tu também és um tanto redutora!!!)

De resto, foi pena que a frase até era boa mas sem dúvida que a palavra ser estragou tudo. Eu 'compreendi' bem melhor o meu pai depois de ter um filho, sem dúvida. Mas claro que continuo a ser seu filho, até talvez mais.

Anónimo disse...

A tal coisa da 'supervisão' - fosse a AB supervisora do anúncio ou lá o que era aquilo e a emenda ficava logo outra coisa!...

Anónimo disse...

Acho que ouvi assim, 'de passagem', e alguma coisa me soou mal. Deve ter sido isso...
Por acaso há coisas que se dizem, em entrevistas ou numa conversa, que depois analisadas se vê que é disparate, mas não é mal nenhum. Aqui o complicado foi ter ficado gravado e repetido tantas vezes...

Alex disse...

Já dizia aquela ilustre figura do nosso burgo que dá pela graça de Lili Caneças que estar vivo é o contrário de estar morto.

cereja disse...

Pois é claro que a gente percebe muito bem o que é que ela queria dizer. Isso é evidente para mim. O que chamei a atenção foi para aquilo que na realidade disse, e a verdade é que para um pequeno filme que foi caro de certeza deveria haver mais cuidado...

(King, esta guerrazinha sobre as séries que eu vejo ou não, é daquelas coisas... já me sinto na versão feminina dos marretas! olha, quero lá saber - mas como já aqui disse o leque das que vejo é bem mais vasto do que os ditos CSIs)

Anónimo disse...

Desculpem lá mas ela falou do AXN.E eu como supervisora, com a sorte que tenho, de certeza que saia logo uma lei a dizer que o ordenado de supervisor devia ser "simbólico"em vez de "generoso".AB

cereja disse...

(ABzinha, falei do AXN assim a modos como símbolo do conjunto daqueles canais, nem sei bem se esse sketch foi aí ou no Fox e seus derivados...)

Com um ordenado «simbólico» e não «generoso» até se justificava que as alterações fossem maldosas de modo a estragar ainda mais a coisa...
:)

cereja disse...

Zé palmeiro, depois do email que enviaste, percebo que esta frase sobretudo, não lhe aches graça nenhuma. Que raio de pontaria eu tive...