domingo, dezembro 31, 2006

Ora bem

Apesar de tudo cumpramos o ritual.

Salte a rolha e venha a ESPERANÇA!!!!!

A piada «inevitável»

Há uma “gracinha” que é mais do que um lugar-comum, é o responso inevitável para quem se encontra nos últimos dias de cada ano.
Quando nos separamos depois de um encontro, seja com quem for, a despedida em vez do habitual «até à vista» ou «até amanhã», tem sempre de ser «ATÉ P’RÓ ANO» seguido de um sorriso para deixar claro que «o ano» a que nos estamos a referir é mesmo «no dia seguinte».
Ninguém escapa desta piada! Eu também a digo, e também sorrio cúmplice em resposta à frase quando a oiço. Mas depois sinto-me um pouco irritada, como se calhar muitos de vocês. Porque um trocadilho que teve a sua graça das primeiras vezes, de tanto se repetir, passou a ser uma terrível banalidade.
Que continuamos a dizer.

OK., leitores do Pópulo, se hoje já aqui não voltarem, Boa Passagem de Ano e … «até p’ró ano»!!!!



Histórias de Animais (parte II)

Na continuação da «História do burrinho», para além do que contei que parece mesmo Fábula com moralidade e tudo, a vida do animalzinho naquela família continuou. E um dia, contou-me a narradora, o pai saiu com o dito animal e quando regressou, apesar de camponês calejado, vinha sem ele e quase a chorar. O que foi, que tinha acontecido, e ele lá explica à família:
-
Oh mulher, eu nem sei como foi. Ia eu com o burrinho, apareceram-me uns ciganos, tal volta me deram que acho que lhes vendi o burro mas nem sei como…
A minha narradora diz que nessa altura já ela chorava baba e ranho, o pai também de olhos rasos, mas a mãe – mulher de armas – não se fica.
-
Ah é?! Ora vamos lá a ver!
Enfia um casaco, agarra no marido e filha e lá vai estrada fora. Ao fim de andarem um bocado vêm umas tendas grandes, com ar de tendas ciganas. Enfiam por ali dentro e lá estavam 4 ou 5 burros e entre eles o pequenino com ar muito infeliz que assim que os viu arrebitou as orelhas e caminhou para eles.
Os tais ciganos, meio atrapalhados metiam os pés pelas mãos, e refeitas ‘as contas’ lá voltaram todos para casa, o pai, a mãe, a menina e o burro!


Desejos, previsões, promessas e essas coisas todas

É o costume, não é?
Chegamos ao último dia do ano e olhamos para trás com mais atenção, suspiramos, fazemos balanços, olhamos em nosso redor e desejamos que o outro ano que vai começar seja bem diferente melhor do que este.
Claro que deve haver alguns, felizardos, que desejem que seja «tão bom como», mas cá eu não conheço nenhum desses… Na minha roda de amigos e conhecidos o que se diz é «bem melhor...!» quando não se acrescenta «pior é impossível»!
Eu, desta vez tomei uma decisão: não vou ‘desejar’ nada.
Já vi que até à data, devo ter uma bruxa qualquer, lá escondida no meio das passas, que decide que tudo o que eu desejo me deve sair ao contrário. Mas como não tenho bem, bem, a certeza, de que ela faça exactamente ao contrário, o melhor mesmo é não desejar nada desta vez.
Porque o «truque» de desejar o contrário, podia também não ‘pegar’ e então era o desastre total…
Ná! Nesta passagem de ano faço-me distraída, e é como se fosse mesmo uma meia-noite igual a qualquer outra. Talvez assim a dita bruxa se distraia também e 2007 saia um anozito normal!
Já não queria mais do que isso.

Histórias de animais

De vez em quando conto aqui algumas histórias que oiço e juro que as ouvi mesmo, apesar de até parecerem inventadas. Esta é espantosa e ouvi-a ontem à tarde. A narradora é uma senhora já idosa, criada numa aldeia.
Um dia o pai apareceu-lhes em casa com um burrinho pequenino que tinha perdido a mãe. Foi o enlevo da família, porque era ainda bebé, parecia um boneco de peluche. Começaram a alimentá-lo a biberão, e fizeram-lhe uma cama no estábulo onde já vivia uma burra bastante velha. Repararam que o burrinho, se dirigiu para a burra e lhe procurou as tetas tentando mamar com grande galhofa desta família, que sabia ser a pobre da burra já velhota e não ter pinga de leite. Deixaram-no e foram a rir para casa. No dia seguinte quando chegaram ao estábulo, deixaram de rir, porque o burrinho mamava a sério que aquela ‘ama de leite’, velhota e tudo, com tanta solicitação lá conseguiu fabricar o alimento para a cria que não era sua…

Claro que não quero associar aos pais que matam os filhos à pancada, mas…


São contas fáceis

Está tudo dito.

Perguntar não ofende...

Cá está uma dúvida inteligente:

clique para ler melhor

(O Bartoon de Luis Afonso)

sábado, dezembro 30, 2006

Assim não vale!

Cada vez embirro mais com as parvas das sondagens.
Dizem agora que

«As mulheres são quem mais faz promessas de Ano Novo, mas são maiores as possibilidades de que os homens cumpram as que fazem»

Ora, ora!...
Vejam lá a comparação e os exemplos que lá dão: nós (mulheres) decidimos perder peso. Ora isso é um facto que se pode avaliar, não é? Basta uma balança. Vocês (homens) decidem tornar-se uma pessoa melhor. Uma pessoa melhor??! Primeiro de tudo, que raio de decisão, coisinha sofisticada. E segundo, como se avalia? Qual a «balança»? Será que no final do ano vão dizer «Que bom! Já sou uma pessoa melhor! Iupi!» ?
Ná! Começam logo mal, com uma batotice…
Promessas assim, também eu!

De onde vem tanta violência…?


Eu bem tento compreender, mas custa-me. Mesmo com muito esforço, a coisa não se entende.
Compreendo que se seja violento por feitio, que se reaja mal contra os nossos iguais ou parceiros, que se seja agressivo em palavras ou actos. Não concordo, mas entendo. Há gente cujo relacionamento com o Mundo em geral é agressivo, de sete pedras na mão, desafiador, provocante, violento. E desagrada-me. Há formas de resolver conflitos e desentendimentos sem ser à bruta, sem ser com agressões nem físicas nem verbais. Mas sei que há criaturas que nunca aprenderam a controlar-se e cujo relacionamento é esse, de permanente conflito.
Mas quando digo que compreendo é quando as coisas se passam «entre iguais». Quando a questão é com outro adulto que bem ou mal se poderá defender e ripostar.
Mas estamos a encontrar, em Portugal onde eu imaginava que até se gostava de crianças, situações de violência familiar inacreditável. Vemos oito crianças pequenas, mortas em dois anos por violência dos pais ou familiares.
Como é possível? Crianças muito pequenas, quase bebés, espancadas de um modo selvagem.
Dizem-nos que
em cada dois dias, uma criança portuguesa é maltratada e isto, creio eu, pelos dados que se podem tirar dos estudos da APAV, portanto digamos que esses são os casos conhecidos. É possível que existam muitos outros onde, apesar de a criança estar a ser maltratada, a sociedade nem dê conta disso…
O que pode causar que uma mulher ou um homem agrida uma criança de dois anos de modo a provocar-lhe a morte?! Mesmo que depois diga que «não a quis matar» (imagine-se…!) foi inegável que a agressão, e agressão continuada, existiu.
Porquê? Como é possível? O que me está a deixar sem palavras é que aqui o importante não será o castigo depois do crime cometido, é como evitar que situações destas possam acontecer. E acontecem com tanta frequência agora...

Morrer à vista da praia



Todos os acidentes são tristes. Acidentes onde há mortos são tristíssimos. Mas existem ainda acidentes revoltantes!
A horrível
morte, à vista de quem assistia, dos seis pescadores que iam caindo ao mar um por um como foi contada, só pode ser revoltante.
Depois há expressões e ‘frases feitas’ que deviam envergonhar quem as diz. O senhor comandante da Capitania da Nazaré, quando afirma que «os meios foram accionados "em tempo útil"» parece estar a fazer humor de péssimo gosto. O que quer dizer «em tempo útil»?! Para além de ser obviamente ‘inútil’ a chegada que foi feita, o próprio facto de se levar duas horas para socorrer quem está em perigo de vida, é inacreditável.
Revoltante, como comecei por dizer.

«Um "passo importante" para a democracia no Iraque»???

O futuro o dirá.
Mas a frase de Bush, não pode ser mais infeliz, como aliás é a sua especialidade.
Para além de que o uso da Pena de Morte nunca será um passo para a democracia em local nenhum do Mundo, no caso concreto do Iraque,
o enforcamento de Saddam Hussein poderá ser tudo menos um passo para pacificar uma zona que vive em guerra civil.
Fanáticos como são, os lutadores xiitas e sunitas, podem pelo contrário sentir-se reforçados. Um mártir, e a morte por enforcamento vem ajudar, só pode dar força aos sunitas.
Vamos ver…



(imagem daqui)

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Terminar com uma boa notícia

Uff...
Também acontece receber-se uma boa notícia de vez em quando.
Haja Deus.
Alguns operários podem começar a respirar fundo depois do alarme.




(imagem do Kaos)

Mas porque lhe chamam «urgências»?


Eu vejo com agrado, e quando tenho tempo, a série «serviço de urgência» que passa no AXN. É interessante assistir à energia que aquelas pessoas mostram e as sucessivas pequeninas histórias que vão por ali passando. E dão-nos uma imagem de um hospital interessante.
Depois vemos a nossa realidade. É a tal distância da Gata Borralheira no filme do Walt Disney e a Floribella…
Ontem, mais uma vez, acompanhei um familiar a uma Urgência de Hospital.
De notar que ela seguiu de ambulância, já com os exames médicos feitos e com uma carta do clínico que a viu e considerou urgente a intervenção hospitalar. Com ela, na ambulância, seguia a irmã e eu fui depois, de carro, através do inferno da IC 19 em hora de ponta (quais são as que não são 'de ponta'…?) para trazer a acompanhante de volta a Lisboa.
Começa-se a esperar pela triagem. Lá na série da TV também deve haver triagem decerto, porque uns são atendidos à frente de outros, mas esse ponto é tão rápido que nem se nota. Mas cá nota-se bem, porque só a «espera pela triagem» já é qualquer coisa de notável!!! Não sei como deveria ser mas a triagem teria de ser uma coisa muito rápida, não se aceita que um homem cheio de dores no peito possivelmente com um enfarte, como vi, espere um tempo sem fim para «ser triado».
Depois recebe-se a famosa ficha de cor. Verde, amarela ou laranja. Muito bem, quanto a isso, porque nesse caso o homem-do-enfarte já de ficha laranja pode esperar menos (contudo, pelo que vi, esses 'laranjas' são pouquíssimos) e os de ficha verde poderão ir jantar e, se forem capazes, ir dormir a casa…
A minha prima tinha ficha amarela. Portanto, sendo um caso grave, eu esperei cinco horas. E em pé, porque quanto a cadeiras, havia umas 20 para cento e tal pessoas que enchiam a sala... Felizarda apesar de tudo, porque ouvi por ali, outros doentes também de ficha amarela que estavam lá há sete e oito horas… E uma senhora, que coitadita tinha ficha verde, quando foi ao guichet perguntar se estaria muito atrasada, ouviu como resposta, que mais umas cinco horas quando ela já lá estava há oito…! A pobrezita, ia contando para quem a ouvia, que tinha ido para o Hospital com carta do Centro de Saúde porque lá não pôde receber resposta, não tinha nenhuma culpa se a ficha era verde, por ela até preferia resolver o seu caso lá no Centro de Saúde!
Eu até considero que a parte médica daquele hospital é boa, para serviço público, mas o atendimento das «urgências» é inacreditável!
Como??? Oito horas, dez horas, doze horas…? Então para que lhe chamam Urgência?! Se não fosse 'urgente' como seria?

O Ano Novo e a tal «liberdade a sério»

A Paz, o Pão, Habitação, Saúde, Educação … cantava Sérgio Godinho.
Pois é. Eram tempos de esperança, de entusiasmo.
Hoje, temos a Paz, quer dizer não estamos em guerra. Até o Pão, o verdadeiro Pão, subiu de preço mas quem diz Pão diz ‘electricidade’, ‘gás’, etc. que sobem sempre na passagem do ano.
Já é uma rotina, como as passas.

Quanto ao resto, Habitação, Saúde, Educação ?
No ano que aí vem só vejo promessas más!
Tudo agravado excepto os salários. Será bem difícil manter algum optimismo.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Pena de Morte

Enquanto no Iraque, o criminoso Saddam é condenado à forca, mostrando que se vai pagar olho por olho e dente por dente como nos tempos do antigo testamento,



em França a abolição da pena de morte vai ser incluída na Constituição.




Diferenças.


A minha ingenuidade

Quando li: Biblioteca pilhada antes de abrir senti um misto de admiração, interesse e vá lá... alguma satisfação.
Obviamente que falar em pilhagem era grave e que, para mim, sugeria logo algum vandalismo talvez mas, também era certo que, roubar livros parecia mostrar uma certa ânsia de se cultivar.
Tudo isto imaginei eu.
A imagem negativa seria a do vandalismo e a imagem com laivos 'positivos', o desejo de ter livros para si, isto porque sei que livros não são valores que rendam lá muito num receptador...
Engano.
Evidentemente que a tal biblioteca foi roubada (ainda antes de abrir como diz a notícia) mas para roubar computadores, monitores, telemóveis. O que interessava era o equipamento informático, estavam-se bem borrifando para os livros!
Deve ser a influência da quadra em que estamos, esta minha renovada crença no Pai Natal.
Qual cultura qual quê!

Devia haver limites para o cinismo

Pode haver muitas explicações e até muito inocentes.
Pode ter tudo um mal entendido, podem ter encarregue da tarefa alguém que estaria distraído, que não entendeu bem o que se pretendia, alguém irresponsável. Justifificações poderá haver muitas e a história em si é quase um fait-divers.
Mas contada assim, dá volta ao estômago:
Algumas famílias muito necessitadas, a quem lhes teria sido prometido um «Cabaz do Natal», quando foram buscar «a oferta» viram que consistia num mini-Bolo Rei, um pequeno chocolate, figos e pinhões degradados. Parece que nas famílias onde havia crianças pequenas foi generosamente incluído um peluche e uma 'caneta' de fazer bolas de sabão.
Para quem estaria a contar com géneros alimentícios, como seria natural, foi um verdadeiro balde de água fria. «Chegou-me a chorar uma mãe com três filhos que veio de Matosinhos de propósito para levar o cabaz. Sabe-se lá bem o que aquela família terá passado na Consoada».
Se tirarmos as ditas explicações «inocentes» que referi ao começar, o que nos fica é uma enorme carga de cinismo. Do tipo «para-os-pobres-qualquer-coisita-chega» enfiam-se umas sobras num saquito e já está!
Já nem sequer falo no discutível que é um «cabaz de Natal» quando há fome o ano todo. Já essa concepção não tem nada de muito generoso e tem muito é de faz-de-conta. Contudo, sempre seria melhor do que isto. Isto é que parece mesmo estar a fazer pouco da miséria. Talvez se durante uns tempos trocassem de posição social concebessem melhor a maldade que fizeram.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Uma unha partida

Muitas vezes temos a ideia de que disparates e abusos são especialidades lusas.
Ná, ná!
É geral, e não somos particularmente bons nisso, até!
Pelo que se conta em Inglaterra há muito quem chame uma ambulância por não conseguir apanhar um táxi!!!
«Fingem um ferimento, pensando que as ambulâncias as levam a casa depois de receberem tratamento no hospital» E será que as levam mesmo…? A notícia conta diversos SOS originais – uma unha partida, um rato que engoliu medicamentos…
Contudo, há uns anos já, uma cunhada minha comprou o seu primeiro telemóvel. Muito inexperiente, andou para ali atrapalhada e aquilo estava bloqueado. Mas havia uma tecla que funcionava e dizia «emergência». Óptimo, pensou ela, aqui apoiam-me e explicam o que é que eu fiz de mal. Carregou na tecla, ouviu uma voz que perguntou em que podia ajudar e ela lá começou a explicar que o telemóvel não funcionava e precisava de apoio. Ia morrendo de vergonha, quando a voz bem disposta lhe perguntou: Mas deseja uma ambulância ou pode seguir só a equipe médica? Ela imaginava que aquilo era o «apoio» do seu fornecedor de comunicações e afinal tinha ligado o 112!!!

A morte sobre rodas

Este ano parecia que estava a correr melhor, pelos dados da Prevenção Rodoviária, se não fosse agora a época do Natal. Não se entende o que se passa nas nossas estradas. Agora no Natal aumentou o número de acidentes, de feridos, e duplicou o número de mortos. E ao dizer que duplicou, falamos nos que morreram logo ali, na estrada, porque muitos já nem chegaram vivos ao hospital.
O que se passa? A frota automóvel anda muito maltratada? As estradas são más? Os condutores andam bêbados e inconscientes? Perdeu-se a noção da velocidade?
As perguntas são muitas e não tenho respostas. Creio que muitas vezes há um pouco de tudo, todos os factores são responsáveis por esta hecatombe, mas ficamos arrepiados quando se imagina uma família feliz a sair de casa para ir consoar com os seus avós ou irmãos e terminarem a vida no asfalto da estrada.
A solução para tal não a imagino, só falo nisto por me sentir horrorizada e desejar que milagrosamente para o ano as notícias se invertam.

Cada terra com seu uso

...apesar da tendência para pensar que «os nossos usos são melhores».
É normal. Aquilo que conhecemos desde sempre, desde que nascemos, nem precisa de explicação: «é assim por que sim!» e não se pensa mais no assunto. Quando ouvimos falar de um modo de pensar ou agir diferente, toca uma campainha e algo nos incomoda.
As «pompas fúnebres» é um caso desses. Varia mesmo muito de local para local. Mais discreto nuns casos, mais vistoso noutros. Quando comecei a ver os «Sete Palmos de Terra» fiquei fascinada pelos rituais que os norte-americanos apreciavam, tão diferentes da discrição que usamos cá, pelo menos na actualidade.
Só que, afinal, aquelas cerimónias tão ‘sociais’ que eu tinha visto nessa famosa série, não são mesmo nada ao pé do que se passa
em certas regiões da China
Como o que interessa é que o funeral tenha muita gente, quanto mais gente maior é a homenagem ao defunto, aquilo torna-se um verdadeiro espectáculo: música, teatro, ópera e até "striptease”.
Ficamos a saber que «muitos grupos de teatro já se especializaram neste segmento de mercado rentável», até porque constante. Mesmo que espectadores pagantes diminuam, defuntos há sempre!

Dinheiros e mais dinheiros

A Função Pública com duas faces muiti distintas é algo que só quem está ‘por dentro’ pode conceber.
A semana passada encontrei um amigo e como vi que levava um saco de supermercado comecei a brincar porque não 'o via' andando às compras, habitualmente. Riu-se e mostrou o conteúdo: papel higiénico e um sabonete. Perante o meu olhar espantado, disse-me que o levava para o seu serviço, era a vez dele. Revezavam-se, ele e os colegas, e traziam de casa esses produtos fundamentais porque há mais de um mês que tinham acabado nas casas de banho e não eram repostos – não havia verba! Isso fez-me recordar outra ocasião onde eu também trouxe de casa lâmpadas para a casa de banho que esteve vários dias às escuras, porque também não havia verba para substituir a que se tinha fundido…
Depois reparo na outra face.
Parece que o gabinete do secretário de Estado da Administração Local está aflito porque o orçamento de 2006
«não tem prevista qualquer verba para pagamento de estudos e pareceres» A aflição é que os tais pareceres já foram encomendados e feitos, e agora… não os podem pagar.
A minha estranheza é porque é que se encomendam ‘pareceres’, certamente bem caros, a especialistas privados. Quando se «faz um governo» não é convidada a nata dos bons conhecedores? Não serão convidados para o governo os melhores dos melhores? Então esses assessores e especialistas com ordenados bem elevados não são capazes de fundamentar as suas decisões?
Assim começa a fazer-se luz sobre algum descontrolo na gestão dos dinheiros dos ministérios. Poupamos no papel higiénico, sabonetes e lâmpadas, mas pagamos milhares de euros (150 mil euros pelo que ali se diz) a pessoas que não fazem parte dos quadros da FP.
Deve ter uma explicação, mas não a vejo.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Prendas de Natal

Esperem. Não se assustem que não venho mais uma vez falar desse tema das prendas, consumismo, etc, etc. Já chega por agora.
Mas queria partilhar o divertido que foi a «cerimónia» do abrir das prendas aqui na «Árvore» da minha casa.
Como não será de estranhar entra as várias ofertas estavam livros.
Ora a cada um de nós que pegava num embrulho com ‘cara de livro’ havia exclamações de todos os lados «É o da Carolina! É o da Carolina!» seguidas de um ooooohhh, desanimado quando se verificava que não era.
Muitos de nós informavamos que a edição estava esgotada, pelo que não seria possível que estivesse um exemplar ali num embrulho. Mas não desanimávamos, e era um coro sempre que vinha aí mais um livro «É o da Carolina!!!!» seguido pelos risos de desapontamento…
Até que… tátátátá!!!! O último livro desembrulhado, chamava-se: «Eu, Carolina
Olhem, as nossas gargalhadas chegaram ao andar debaixo com certeza. Um de nós, que tinha saído da sala, voltou a correr a perguntar «É??? É???» e o sortudo a quem tinha saído tal ‘brinde’ recebia propostas desonesta: «Olha, eu leio primeiro, alugo-to por 5 euros
Calculam que o resto da noite foi com leitura em voz alta de algumas pérolas desse interessante romance…
Foi o máximo!!!

Anjos

Ora aqui temos um tema natalício. Falar de anjos, anjinhos, ou da corte celestial toda – querubins, serafins, e outros cujos nomes não sei – vem muito a propósito.
Bom. Acontece que andei para ali a ler uns livros que a páginas tantas me vêm desmistificar os meus sonhos com anjinhos.
Tá bem, eu sei que figuras mitológicas e anjos, tudo o que meta asas, pretende apenas ‘materializar’ a capacidade de se deslocar no espaço, voando por assim dizer. Mas a gente imagina as asas, é claro. E ficam bem bonitos!
Ora um parvo de um cientista vem ali dizer-me que do seu ponto de vista (científico, é claro, não poético!) um anjo normal, assim tipo Anjo Gabriel, um moço bem constituído, teria de ter umas asas enooormes. Para um jovem de 80 quilos (como o Anjo Gabriel devia ser) se poder elevar nos ares teria de possuir umas asas de 12 metros!!!
Credo! Que desapontamento… Doze metros...?! Onde é que já se viu imaginou?!
Não fica nada bonito!
Assim não brinco!




(não sei se este é o Anjo Gabriel, mas lá que com estas asas não voava isso diz ali o cientista...sniff)

E ainda falta o «fim do ano»!


Imagine-se - mais de 246 milhões de sms, agora no Natal! Cá por mim, contribui com as respostas (manda a boa educação, não é?) mas não enviei nenhuma mensagem. Estou inocente! Falei com bastantes amigos e familiares, mas por voz mesmo, telefone ou telemóvel nalguns casos. E enviei emails, sim senhor! Mas sms, ‘não faz o meu género’…
Contudo, ouvia à minha volta as campainhas de aviso de mensagem a tinir sem parar, pelo que acredito piamente que fossem esses milhões todos.
1.450 sms por segundo é impressionante!
Imagino quanto não facturaram as operadoras destes telefones! Belo Natal, heim…?

Dinheiro mal lavado?

Ná, ná! Desta vez não é isso.
Quando li o título «Nove em cada dez notas têm resíduos de cocaína», pensei de mim para mim que era uma metáfora para se referirem ao tráfico de droga e à lavagem do dinheiro obtido.
Qual a minha surpresa quando vi que se estava a falar literalmente!
Realmente
quer em Espanha, quer na Inglaterra, quer na Alemanha pelos vistos, os consumidores dessa droga inalam-na aspirando através de uma nota – de euros ou libras – e ela fica com uns resíduos agarrados.
Ele «há coisas fantásticas, não há?»
Esta é que eu não esperava.

Passo a passo

Quando eu era criança, havia um jogo chamado talvez «O Chefe manda» - mas não estou muito certa quanto ao nome – mas lembro-me que consistia em estarmos todos alinhados e quem comandava ia dizendo: «um passo de anão» e dávamos um passinho pequeno, «um passo de leão» e dávamos um salto, um «passo de caranguejo» (odiávamos esse!) e recuávamos, um «passo de gigante» e lá vinha um enorme, um «passo de bebé» e gatinhávamos… por aí fora.
O nosso chefe declarou que
estamos a melhorar passo a passo
Passo de quê? Tem de explicar melhor, que as hipóteses de que me lembro são muitas.


segunda-feira, dezembro 25, 2006

Para quem não recebeu prendas

Olhem que a culpa não foi do Pai Natal...!
Zanguem-se mas é com os 3 porquinhos.


domingo, dezembro 24, 2006

Saúde!!!!!



Uma bela ceia, boa companhia, muita alegria, BOM NATAL para todos!



«Oferecer peúgas no Natal fui eu que inventei»

Ia eu de metro e ouvia distraidamente a conversa de duas senhoras de idade indefinida (quero dizer eu, que podiam ter qualquer uma…). Falavam das suas vidas, coisa que não me interessava, quando uma frase me despertou a atenção. Dizia uma delas: «Este ano as minhas prendas de Natal foi muito fácil. Entrei no ‘Pédemeia’ e comprei peúgas para toda a gente»
Boooom! Virei-me mais de lado e tapei a cara com o cachecol para me rir à vontade. É que se confirma que os ‘Gatos Fedorentos’ se limitam a sublinhar a nossa vidinha mais banal.
Mas, se achei cómico, por outro lado chocou-me. Para mim o acto de oferecer uma lembrança no Natal, é mostrar que a pessoa em causa tem importância para nós, não é um-frete-que-se-tem-de-cumprir. Eu sei, que teria reagido de outra forma se a frase fosse «Entrei na Fnac e comprei prendas para todos» e aí talvez jogasse uma ponta de snobismo do meu lado. Mas afinal entrar-se num «Centro Comercial Cultural», como seria o caso, e comprar prendas apesar de tudo estas podem ser personalizadas. Um livro infantil para uma criança, um cd para um adolescente, um tapete de rato para outro, o livro X para um amigo, o dvd Y para outro… É diferente das peúgas!
As minhas prendas de Natal são muito baratas, mas muitíssimo personalizadas. É certo que as começo a arranjar desde o Verão. E dão-me trabalho. Mas a verdade é que também me dão muito prazer…
Claro que ao dizer ‘trabalho’ é relativo. Já não me meto a tricotar pullovers, como fiz em adolescente para o meu pai, e mais crescida para o meu namorado. Isso foram meses de trabalho porque ainda por cima era às escondidas, o que aumentava a dificuldade… Agora o que faço é a compota, o marcador de livros com um desenho especial, o colar enfiado com contas que compro avulso e combino ao gosto da amiga.
E NUNCA ofereci um par de peúgas!

sábado, dezembro 23, 2006

«Make love not war»

Ora dizem-nos que no dia de hoje podemos estar mais perto da Paz.
Tal e qual.
É que há um movimento que promoveu ontem
um gigantesco orgasmo . Diziam há uns anos «Make love not war» mas isto é que é levar à letra a palavra de ordem! A ideia, (muito interessante heim?!) é «solucionar os conflitos pela via do prazer, fazendo com que em todo o mundo o maior número de pessoas tenha um orgasmo ao mesmo tempo e canalize a energia libertada nesse momento para pensamentos pacíficos»

Olhem, em verdade vos digo, que mal não pode fazer…
E, algum bem fará, quanto mais não seja aos participantes.
‘Bóra aí, gentes, é p’rá paz!


Estamos quase no Natal

Os outros dois anos que «passei o Natal na blogosfera» achei graça a explicar o que era para mim o Natal e porque gostava dele, contra aquilo que sinto que se tem espalhado entre os meus amigos e que é um sentimento de um certo enfado.
«Quem me dera que já estivéssemos em Janeiro!» é uma das frases que mais vezes oiço, de gente que se deixa contaminar por aquilo que esta quadra tem de pior – o consumismo, os rituais não desejados, o stress de quem não consegue organizar-se a tempo.
Eu nunca assim fui, gosto do Natal, e gosto que seja apenas uma vez no ano. Quando oiço dizer que «devia ser sempre Natal» penso logo que, se assim fosse, então «nunca seria Natal!!!». Entendem onde quero chegar?
Uma coisa é pensarmos que as pessoas deviam ser generosas, se devia respeitar o próximo, cada um devia ter o mínimo de subsistência assegurado, etc. E, de facto, esse tipo de situação deveria passar-se sempre. Mas há momentos cuja beleza consiste exactamente em serem raros, e esta época é bonita porque é uma vez no ano, mais nada!
Escrevi lá para trás um post onde falei no que é para mim
a Árvore de Natal , porque é que gosto e me diverte tanto planear as minhas prendas de Natal e ainda como é bom e quente e carinhoso a minha vivência da Ceia de Natal .
Eram os 3 pontos mais importantes. Contudo já falei neles, quem não me tem acompanhado nestas andanças pode seguir os links, quem já me conhece já ouviu esta conversa.
Portanto, fiquem descansados – não a vou repetir, apesar de continuar a sentir tudo o que disse!
E pronto.
Começou a contagem decrescente: amanhã é 24! Iupi!

Science Fiction

Quando a realidade parece confundir-se com o que lemos em livros de Ficção Científica tudo parece possível! Fiquei parva, mas de tanto ler os Isaac Asimov, os Ray Bradbury, os A. Heinlein, os A.E. Van Vogh, a verdade é que acredito em tudo!!!
Até que uma criatura (humana, claro!)
consegue «hibernar» . Fez baixar a temperatura do seu corpo muitos graus e … esperou por socorro que só chegou 24 dias depois.
Segundo os cientistas «Ele entrou num estado semelhante à hibernação e muitos dos seus órgãos abrandaram, mas o seu cérebro ficou protegido».

Oh gentes, o jeito que me dava de vez em quando usar essa técnica! Com o cérebro protegido e tudo!
Tenho de aprender.

Agora é a Itália – a coisa vai!

Pois sim senhora. A «moda» lançada em Espanha está a andar.
Agora já é a Itália que
proíbe as modelos «super-magras» de desfilarem nas passerelles
E mais – também não se aceitam modelos com menos de 16 anos!
Bravôôô!!!
Por enquanto isto são recomendações, o cumprimento ainda não é obrigatório e não há multas. Mas, se bem conheço aquilo que move «a moda», não apenas a de vestir mas sobretudo a de pensar, acredito que a coisa vá!
É só pegar o rastilho!!!!

Quanto maior a nau, maior a tormenta

Tinha-se falado que lá por Oeiras, que Câmara se abastecia de produtos numa papelaria com ligações a pessoas lá do executivo. Algum barulho, e o presidente deu ordem para rever a situação pelo que li.
Agora vimos para Lisboa e a coisa fia ainda mais fino:
Tanto é o barulho em redor aos possíveis escândalos com «ligações perigosas» lá pela área do urbanismo que
a Câmara de Lisboa decidiu levantar uma sindicância a esses Serviços. Dizem-nos que é para «aferir a "transparência, isenção e legalidade" dos actos de licenciamento de obras». É evidente que quando o escândalo é excessivo, a famosa técnica da avestruz deixa de resultar.
E depois, quando o barco começa a meter água é por todos os lados. Agora vem a saber-se que
a EPUL pagou mais de 120 mil euros à loja de uma prima do director de Recursos Humanos, «apesar de não ter apresentado a proposta mais barata e de ser a única a determinar que os vales teriam de ser pagos pela empresa municipal independentemente de serem ou não descontados».
Isto da família são valores sagrados, ouviram? Ainda por cima, agora que se está no Natal vêm para aqui embirrar quando se defendem esses valores…? Tá mal.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Bom humor

Li há pouco tempo que «o bom humor favorece a criatividade e reduz a concentração, e a ansiedade permite estar mais atento e ter maior rendimento».
Complicado, não?
Parecia quase que a pessoa ideal seria uma espécie de bipolar – ligava o interruptor da boa disposição e aquilo era só boas invenções! Assim como diria o António Silva em relação à música, ‘uma torneira a deitar água’ mas a água era a criatividade… Depois, quando já chegasse, e uma vez que estava pouco concentrado, desligava esse e ligava o da ansiedade, e zás! lá vinha o belo do rendimento.
Como isto me parece, para além do mais, muito robotizado, a ter de se ser apenas uma das coisas... então viva o bom humor!
Porque eu julgava que era apenas bom e agradável, mas se ainda por cima nos torna criativos… de que é que se está à espera?!!!!

O que é a eutanásia?

Prevê-se uma nova polémica. Diz-nos o dicionário que «Eutanásia é a prática pela qual se abrevia, sem dor ou sofrimento, a vida de um enfermo incurável» e ainda distingue duas ‘versões’ - «a "eutanásia activa" que conta com o traçado de acções que têm por objectivo pôr fim à vida, na medida em que é planeada e negociada entre o doente e o profissional que vai levar e a termo o acto e a "eutanásia passiva"que, não provoca deliberadamente a morte, no entanto, com o passar do tempo, conjuntamente com a interrupção de todos e quaisquer cuidados médicos, farmacológicos ou outros, o doente acaba por falecer».
Foi isto que se passou na Itália.
Após uma luta, de quase 3 meses, pelo direito a morrer um homem que o desejava ardentemente, viu o seu desejo realizado quando um médico anestesista lhe administrou sedativos e desligou o ventilador que o ligava à vida.
Como comecei por dizer, prevê-se uma nova polémica. Não me parece que quem defende a distanásia ou seja que «devam ser utilizadas todas as possibilidades para prolongar a vida de um ser humano, ainda que a cura não seja uma possibilidade e o sofrimento se torne demasiadamente penoso» tenha muito respeito ‘pelo outro’. Terá respeito por princípios abstractos e, ironicamente, deve exigir que lhe respeitem os seus princípios. Só que ele é incapaz de pagar na mesma moeda aos outros seres humanos para quem olha fria e racionalmente.
Modos de ser. Modos de ver o mundo.

Turquemenistão

Estes países terminados em «istão» fazem-nos alguma confusão e por vezes confundimo-los. Estão todos juntos e têm muito de comum para olhos ocidentais. Ora no Turquemenistão passou-se algo de possível mas não previsto por quem nele reinava. O chefe supremo teve uma coisinha má e desapareceu deste mundo quando, segundo as suas contas, ainda pensava reinar pelo menos até 2010 quando fizesse 70 anos.
Só que tendo todo o poder possível no seu país, ainda não mandava na morte ( na sua, é claro) e assim, morreu ontem de ataque cardíaco.
Era declarado "Pai do Povo Turcomeno" nome que já por si é sugestivo… mal vai a coisa quando os povos precisam de «pais».
Este
presidente do Turquemenistão tinha uns gostos e umas decisões no mínimo originais:
Fez construir uma estátua de oiro de 12 metros de altura que está sempre virada para o sol, mudou os nomes dos dias da semana e dos meses do ano a seu gosto, escreveu um livro que era a base do currículo escolar, a sua imagem aparecia por todo o lado, mesmo num cantinho da televisão pública, proibiu o uso de dentes doirados, na saúde mandou substituir o Juramento de Hipócrates por um texto baseado na sua obra filosófica-política, etc. etc.
Esta personagem, se a encontrássemos num livro de banda desenhada, poderíamos rir à vontade.
Infelizmente, era a sério. Governou vitaliciamente um país, mas afinal o coração encarregou-se de terminar com esta ditadura.
E agora?

Roubos e vandalismo

São notícias diferentes e com dimensões diferentes, mas há algo comum.
Por um lado dizem-nos que «O Grito», quadro que foi roubado de um modo rocambolesco há uns dois anos e finalmente recuperado,
sofreu danos irreparáveis. Os especialistas dizem que os buracos da tela vão ser muito difíceis de ser restaurados e e as manchas de humidade que apresenta não terão solução
Outra notícia, refere um roubo mais modesto, e também um pouco rocambolesco: Foi roubada de uma praça no Porto, uma escultura em bronze com mais de 300 quilos de peso! É uma escultura chamada “A anja” do escultor José Rodrigues, e apesar de ter sido recuperada poucas horas depois
já tinha sido retalhada e ia ser fundida Os peritos dizem que tal como ficou não se pode reconstituir…
Se digo que também é um roubo rocambolesco é que um ‘objecto’ de 300 quilos não se rouba escondendo-o num bolso… Implica um mecanismo pesado para o efectuar e é de estranhar como se pode fazer com tanta desfaçatez.
Ainda por cima a mesquinhez de tudo isto – a estátua foi vendida por cerca de 100 euros, o preço de um par de botas numa sapataria elegante!

Sendo diferentes em quase todos os aspectos estes dois casos têm em comum o absurdo de ser desproporcionado o «lucro» que o roubo pode render com o prejuízo, que nunca se pode calcular em dinheiro, da perda de uma obra de arte.
Insensibilidade? Ignorância?...

Na secção de economia

Achei engraçado. Não a notícia em si, mas a sua «arrumação» por quem organizou as notícias de hoje no DN.
Somos informados de que
o Governo adia novo regime de justificação de 'baixas' coisa que seria de esperar. Logo que se tornou conhecido esta decisão - de que todas as faltas por doença teriam se ser ’justificadas’ com atestados do médico de família – tornou-se evidente as dificuldades da sua execução. Os médicos de família, que já não têm mãos a medir com os seus doentes habituais, teriam de repente uma sobrecarga de trabalho completamente irrealista! Por outro lado, esse aval de um colega sobre a opinião de outro era eticamente discutível.
Bom. Suspendeu-se, para já, a aplicação da medida. OK. O que me pareceu curioso foi a notícia vir incluída na secção de economia. Uma espécie de gato escondido com rabo de fora, porque afinal é mesmo certo que tudo isto tem a ver é com dinheiro….