Histórias de Animais (parte II)
Na continuação da «História do burrinho», para além do que contei que parece mesmo Fábula com moralidade e tudo, a vida do animalzinho naquela família continuou. E um dia, contou-me a narradora, o pai saiu com o dito animal e quando regressou, apesar de camponês calejado, vinha sem ele e quase a chorar. O que foi, que tinha acontecido, e ele lá explica à família:
- Oh mulher, eu nem sei como foi. Ia eu com o burrinho, apareceram-me uns ciganos, tal volta me deram que acho que lhes vendi o burro mas nem sei como…
A minha narradora diz que nessa altura já ela chorava baba e ranho, o pai também de olhos rasos, mas a mãe – mulher de armas – não se fica.
-Ah é?! Ora vamos lá a ver!
Enfia um casaco, agarra no marido e filha e lá vai estrada fora. Ao fim de andarem um bocado vêm umas tendas grandes, com ar de tendas ciganas. Enfiam por ali dentro e lá estavam 4 ou 5 burros e entre eles o pequenino com ar muito infeliz que assim que os viu arrebitou as orelhas e caminhou para eles.
Os tais ciganos, meio atrapalhados metiam os pés pelas mãos, e refeitas ‘as contas’ lá voltaram todos para casa, o pai, a mãe, a menina e o burro!
- Oh mulher, eu nem sei como foi. Ia eu com o burrinho, apareceram-me uns ciganos, tal volta me deram que acho que lhes vendi o burro mas nem sei como…
A minha narradora diz que nessa altura já ela chorava baba e ranho, o pai também de olhos rasos, mas a mãe – mulher de armas – não se fica.
-Ah é?! Ora vamos lá a ver!
Enfia um casaco, agarra no marido e filha e lá vai estrada fora. Ao fim de andarem um bocado vêm umas tendas grandes, com ar de tendas ciganas. Enfiam por ali dentro e lá estavam 4 ou 5 burros e entre eles o pequenino com ar muito infeliz que assim que os viu arrebitou as orelhas e caminhou para eles.
Os tais ciganos, meio atrapalhados metiam os pés pelas mãos, e refeitas ‘as contas’ lá voltaram todos para casa, o pai, a mãe, a menina e o burro!
8 comentários:
eheheheheh final feliz :)
E olha que juro que só passei aqui a escrito um relato oral; foi exactamente assim que ela me contou!
Ri-me tanto! Isto era uma família alentejana, onde há umas matriarcas valentes.
São mesmo histórias que contam as pessoas de uma certa idade. Eu adoro! Andamos a perder o hábito de «contar histórias»...
É isso mesmo Joaninha.
Os meus avós contavam-me muitas historietas deste tipo, coisinhas leves mas engraçadas. E era o testemunho de um estilo de vida. Até acho que hoje me apeteceu contar estas exactamente por me relembrar esse especto da minha infância...
Esta história em duas partes, é uma delícia.
Já disse lá em baixo, o boneco tá muito giro mas o movimento da menina no beijinho estraga um bocado. Dá-lhe um ar 'piroso' que não precisava...
Isto digo eu, é claro!
Linda! E com este final feliz!
Felicidades para o teu 2007,Emiéle!
Tess, olha que estou completamente de acordo contigo, mas o raio do boneco mexe e não sei pará-lo!! Ainda vou experimentar de outro modo... :D
Obrigada Célia, e para ti também!
Ena, Tess, consegui!!!
Perdeu nitidez mas deixou de mexer...
É que eu também achava que o boneco estava piroso mas achava o burrinho tão simpático...
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