sexta-feira, dezembro 22, 2006

Turquemenistão

Estes países terminados em «istão» fazem-nos alguma confusão e por vezes confundimo-los. Estão todos juntos e têm muito de comum para olhos ocidentais. Ora no Turquemenistão passou-se algo de possível mas não previsto por quem nele reinava. O chefe supremo teve uma coisinha má e desapareceu deste mundo quando, segundo as suas contas, ainda pensava reinar pelo menos até 2010 quando fizesse 70 anos.
Só que tendo todo o poder possível no seu país, ainda não mandava na morte ( na sua, é claro) e assim, morreu ontem de ataque cardíaco.
Era declarado "Pai do Povo Turcomeno" nome que já por si é sugestivo… mal vai a coisa quando os povos precisam de «pais».
Este
presidente do Turquemenistão tinha uns gostos e umas decisões no mínimo originais:
Fez construir uma estátua de oiro de 12 metros de altura que está sempre virada para o sol, mudou os nomes dos dias da semana e dos meses do ano a seu gosto, escreveu um livro que era a base do currículo escolar, a sua imagem aparecia por todo o lado, mesmo num cantinho da televisão pública, proibiu o uso de dentes doirados, na saúde mandou substituir o Juramento de Hipócrates por um texto baseado na sua obra filosófica-política, etc. etc.
Esta personagem, se a encontrássemos num livro de banda desenhada, poderíamos rir à vontade.
Infelizmente, era a sério. Governou vitaliciamente um país, mas afinal o coração encarregou-se de terminar com esta ditadura.
E agora?

7 comentários:

Anónimo disse...

acontece é que esses senhores não têm petróleo, porque se o tivessem já há muito que os US of A teriam lá ido derrubar o senhor e a estatueta doirada.

Anónimo disse...

Concordo com Sérgio, embora neste caso, provavelmente, não se limitassem a derrubar a estátua, levavam-na para os USA. Ele era o pai do povo? Sempre aorei esta utilização política da "psicanálise". É preciso cuidado é com os ediposinhos que aparecem inesperadamente. Infelzmente não parece ser o caso, provavelmente pela tal falta do petróleo,fj

Anónimo disse...

Bom, a estátua de 12 metros não era exactamente de ouro massiço, era revestida a placas do dito... :) De qualquer modo parece, como dizes, o Tim-Tim e os Picaros ou coisa assim...E essa do «pai» estou como o FJ atenção aos «edipozinhos»
LOL

Anónimo disse...

Vocês pensam lá se pode haver coisa mais ridícula do que uma estátua de 12 metros doirada de um gajo de fato e gravata!!!!
Para mim as estátuas doiradas tinham de ser de figuras mitológicas ou sagradas, ou guerreiros da antiguidade, coisas assim - mas uma criatura de fato e gravata!???!!! de ouro?!!!!

Anónimo disse...

Mas olhem que pelo que eu li também têm petróleo! Sobretudo gás natural, mas também é referido o petróleo, têm refinarias e tudo.
Claro que não deve ser tanto como o Iraque e companhia...

cereja disse...

Olá!
Venho fazer «a minha ronda da hora do almoço», para trocar ideias com quem aqui tenha aparecido, como de costume. ( o Sergio Rebelo agora tem aparecido mais, uma saudação mais especial para ele sem ofensa para os meus visitanes mais antigos...)
Pois, Gui, realmente lá na enciclopédia refere também o gás natural e o petróleo, mas cá para mim não deve ser grande coisa. O que vem em primeiro lugar é a agricultura e pecuária. Ora os nossos amigos Bush e companhia não devem estar muito ansiosos pela compra de camelos ou de algodão ou legumes! Pelo que o sergio e o Fj devem ter a sua razão...
Quanto ao «Pai do Povo» disse logo a minha alergia e essa expressão! Grrrr!

Anónimo disse...

Bom, como sabes aprecio sobremaneira todos os teus posts, sem excepção.

Isso dos istões é comigo! Interessante a forma como a ex-URSS e, posteriormente, a CEI evoluíram. Tal como o cruzamento de interesses na região que ultrapassa por completo o ocidente. É parte interessada mas há muitas mais por ali e que se combatem mutuamente. O ocidente é, ali, uma das menores partes na luta por esferas de influência numa tão importante zona do planeta.

De qualquer maneira, o tipo era execrável. Era mais um dos que se "auto-sucederam" do aparelho do PCUS para esta coisa nova das independências. Ainda há algo de parecido com o quintal do Putin. E depois, na luta pela manutenção do status quo ou na sua alteração a "nosso" favor, em termos de política internacional, o que interessa menos são as pessoas, as outras.