sexta-feira, outubro 31, 2008

Não há duas sem três...?

Foi assim ontem à noite:
Primeiro – ao ligar um candeeirinho na sala (já aqui contei que tenho a mania de ter vários candeeiros pequenos a iluminar a minha sala, creio eu) sinto um estrondo grande e a casa toda fica às escuras. Curto-circuito, só pode ser.
Desligo o dito candeeirinho da tomada, vou ao quadro carregar nos botões, e dois terços da casa ilumina-se, falta o terço da zona da sala. É mesmo do dito! Carrego no botão do disjuntor respectivo, fica tudo bem e vou examinar o que se passou no candeeiro para além da lâmpada fundida. Desmancho a ficha, tudo bem; desmancho o interruptor, tudo bem... Vou trocar a lâmpada e ela acende!!! Porque raio a outra tinha fundido com tal estardalhaço, é um mistério, mas assim foi, e deu-me que fazer.

Segundo – venho ver uma coisa à net, e nem pó! As luzinhas verdes que indicam a ligação estavam esmorecidas, das 4 ou 5 que costumam brilhar piscavam duas e era só de vez em quando. Nada de net.
É claro que a gente sobrevive sem ela, mas é quando não há que de repente sentimos uma necessidade terrível de consultar tudo e mais alguma coisa. OK. Paciência é que é preciso. Vou adiantando umas coisas que tenho de ler e fazendo uns telefonemas que andavam atrasados. Ao fim aí de umas duas horas venho espreitar, e as luzes brilham todas, «habemus net», aleluia! Mas foram duas horas de irritação, sem saber o tempo que aquilo ia durar.
Terceiro – estou na sala, meio refastelada num sofá a ver uma série de tv qualquer e passa-me por cima da cabeça uma coisa grande a esvoaçar. Vi que era escura, e imaginei uma borboleta nocturna, apesar de estranhar por onde teria a bicha entrado. Levanto-me rápida para examinar o que era aquilo, e vejo uma barata enooorme, das voadoras! Só ainda tinha vista daquilo nos trópicos.
Nem sei como consegui ter a rapidez de reflexos e o controlo do nojo para de um só movimento tirar o sapato e dar-lhe com ele. Foi tal a força que ela nem se mexeu mais. Foi só varre-la, deita-la na retrete e puxar o autoclismo. Gnhag! (espero que estejam agora a bater palmas à minha valentia...)

Depois disso descansei. Para uma única noite, já chegava e sobrava de sustos.
........

Bem, para terminar, já a ir para a cama puxo um fecho emperrado. Está muito preso. Eu puxo com muita força. E zás, solta-se de repente e eu ferro a mim própria um murro no nariz, que era nessa direcção que a mão estava dirigida.
Vi estrelas!... mas escusado é dizer que larguei a rir com tal vontade que me vieram perguntar qual era a graça. Eu entre gargalhadas tinha de dizer que tinha dado um murro no meu próprio nariz [se estão interessados, olhem que ainda está um pouco inchado...] coisa que devia dar doutoramento com distinção numa escola de palhaços.

Afinal não há é 3 sem 4!

Se a arrogância tivesse cara ...

... já se sabia que cara tinha.




A Senhora Doutora Maria Filomena Mónica, deu uma entrevista.

Informa-nos de que:
«Há para aí três pessoas cultas em Portugal» e vai por aí fora...
A jornalista que a entrevistou delicadamente diz que ela falou «sem papas na língua».
Pois. Eu talvez lhe chamasse outra coisa.
Nunca notou diferença de género na realidade à sua volta - cheia de sorte, hein?
Não aprecia a palavra ‘nós’:
«Já em miúda eu nunca dizia «nós vamos aqui e ali». Era sempre «eu». No casamento digo sempre «hoje vou ao cinema», ou «eu vou de férias amanhã». Nunca é «nós», mesmo quando vamos os dois


Bom, quem quiser avaliar o peso da arrogância desta senhora é ler a entrevista.
Por mim nem digo mais nada.

O real e o virtual

Para a minha ignorância, imaginava que se se cometia um ‘crime virtual’ depois o castigo seria cumprido numa ‘prisão virtual’. Julgava eu que era tudo no mesmo mundo.
Afinal não é assim.
Lá no Japão também se usa a Second Life, e várias coisas semelhantes. Aqui trata-se de um jogo, chamado Maple Story, do mesmo tipo.
Acontece que um par japonês iniciou uma relação, virtual, nesse dito jogo. Mas às tantas o elemento masculino, chateou-se e ‘divorciou-se’ da sua amada.
Esta não gostou (ninguém lhe pode levar a mal, se na vida real não se gosta, na virtual também não) e zás, matou-o! Apagou-lhe o avatar.
Parece que isto implica uma série de crimes: acesso ilegal a computador e manipulação de dados electrónicos. Mas... esses dados tinham sido fornecidos pelo ‘morto’ no início da relação. Se é assim não os roubou.
Seja como for, a verdade é que a «assassina» está a aguardar julgamento numa prisão verdadeira e pode ser condenada a cinco anos de prisão com grades a sério e multa de cinco mil dólares, em moeda real.

Que confusão!


quinta-feira, outubro 30, 2008

Para não esquecer

Há «cadeias» e «cadeias».
Umas, simpáticas e gratificantes, como estas que uns colegas da blogosfera imaginam para premiar alguns blogs que por sua vez vão passando a distinção a outros, com o compromisso do a passarem a outros, etc. É simpático e um modo de nos conhecermos melhor.
Mas acontece vermos algo num blog amigo que nos apetece publicar no nosso.
É o caso deste vídeo, que fui buscar ao Realejo que por sua vez o foi buscar ao Mediation Channel que por sua vez o encontrou no Boing Boing , etc, etc.

Um vídeo que nos faz pensar em coisas que sabemos mas muitas vezes não estão muito presentes.
Direitos Humanos. É que tudo isto se definiu já vai para 60 anos!


Amor ou ódio

Muitas vezes os artigos considerados de «divulgação» são bem feitos e esclarecem com palavras simples mas adequadas, conceitos que para quem não domina certas matérias estavam muito longe de serem entendidos.
Mas outras vezes o modo como se explica, ou ( e sobretudo) o realce dado a certos aspectos pode distorcer ou transmitir ideias menos correctas.
É o caso de um artigo que afirma: «
ao contrário do que à partida seria de supor, a origem do sentimento do ódio tem pontos em comum com o que desperta o sentimento antagónico do amor».
Tem pontos em comum?...
Que os sentimentos afinal existem ‘biologicamente’ é um facto que desde
António Damásio se aceita pacificamente. Aliás ele é exactamente o tipo do cientista investigador, que por ser um bom escritor, consegue «traduzir» em linguagem comum os conceitos mais sofisticados da neurobiologia.
Ora, os sentimentos podem ser localizados no cérebro, como ele nos explica. Em diversas zonas do cérebro. Mas o facto de o ódio ou a agressividade se situarem junto do local onde está a paixão, o amor, isso não se pode ‘traduzir’ dizendo que têm pontos em comum.
Terão. Decerto que têm como talvez todos os sentimentos humanos têm pontos em comum uns com os outros, mas não pela sua localização como de um modo tão simplista se parece concluir.

Podemos passar do amor ao ódio ou do ódio ao amor? Sem dúvida. Como da alegria à tristeza, do medo à coragem, e por aí afora.
Mas ‘pontos comuns’? Não. Foi a ideia que ficou porque isso não ficou bem explicado.


Os contentores de Alcântara

Eu tentei ainda ver os dois lados da questão, num desejo de imparcialidade, mas francamente não consigo porque um dos lados parece bem mais fundamentado do que o outro.
Lisboa tem um rio.
Lindo, acho eu que sou lisboeta.
E o que se vê é não apenas que ela vai crescendo de costas para esse rio como, muitas vezes, o acesso lhe vai sendo cortado.
Quando foi a Expo, pode contar-se como um dos grandes lucros da Exposição a recuperação dessa zona de Lisboa, que era uma desgraça e um nojo, e desde aí ficou acessível a todos, limpa, agradável, e com o nosso rio ali à vista.
Mas agora é a outra banda que está na berlinda – Alcântara. Primeiro o tal famoso projecto das torres que iam atrair para ali milhares e milhares de pessoas, sem lhes dar escoamento, pelo que entendi, agora é Sua Excia o senhor Porto de Lisboa que anda a planear construir um terminal de contentores, coisa em grande, que irá criar uma barreira frente ao Tejo que mais uma vez se vai ver afastado da sua cidade.
O antigo desejo dos lisboetas de poderem gozar da zona ribeirinha, vai sumir-se atrás de um quilómetro e meio de cimento armado com 15 metros de altura. Impressionante, esse biombo. Circula por aí uma petição que chama a atenção para o que se está a preparar.
Pelo que ouvi, os proponentes do projecto, ou seja a Administração do Porto de Lisboa, espalhou entre os estivadores a ideia de que sem este projecto eles iriam perder os seus postos de trabalho. Lógico, que a isso se seguiu uma guerra aberta. Parecia que se estava a decidir entre o desemprego de uns trabalhadores e o prazer sibarítico de uns ricaços que pretendiam ter uma bela vista das suas janelas do Bairro da Lapa.
Assim se contornam os factos.


quarta-feira, outubro 29, 2008

E viva o futebol!

Quem diz que ver futebol não tem graça?...



Parece que é um dos vídeos mais vistos do youtube, e compreende-se!

Segurança privada?...

Mas o que se passa na(s) escola(s) de Beja?!

Tinha visto, assim um tanto por alto, que tinha havido algum reboliço por numa escola de Beja ter havido vários incidentes de violência.
Os pais andavam aflitos e com razão pelo que entendi.

Perante isso, o M.E, decide contratar os serviços de uma empresa de segurança privada.
Pode ter tido muitíssima razão, e ter sido a coisa mais acertada a fazer, mas sem isso ser muito bem explicado custa um tanto a entender.

Primeiro, que uma escola não consiga de todo manter a disciplina e a ordem. O Conselho Executivo da escola reconheceu não ser capaz de manter a ordem «no interior da escola»! É que não se trata apenas de malandrins que andem a cercar a escola – e mesmo para isso existe, que eu saiba, o programa Escola Segura da polícia. Não. É mesmo lá no interior que não se consegue ter mão no que se passa.
Segundo, também de estranhar que seja uma opção recorrer ao sector privado. Mesmo que as nossas forças policiais sejam poucas, parecia mais sensato aumentá-las do que estar a pagar do nosso bolso a quem faça o mesmo trabalho, mas no privado.

Devo estar a ver o filme ao contrário...



Na era dos sms

A ideia é engraçada.
Os CTTs, decidiram comemorar a existência dos selos,com a XX Exposição Filatélica Nacional e Inter-Regional, e assim fizeram uma recriação histórica,
em Viana do Castelo, do sistema de mala-posta com um mensageiro trajado a rigor e montado a cavalo .
Usou-se o sistema de «mala-posta» até aparecer o comboio.

"Eram estes homens, montados a cavalo, que transportavam todo o tipo de correspondência, desde uma simples carta até aos objectos mais valiosos, sempre expostos ao perigo de serem assaltados e muitas vezes alvos de ataques mais ou menos violentos".

O nosso primeiro selo, o de D. Maria, apareceu em 1853.

Escrever cartas está cada vez mais em desuso.
Hoje, enviamos emails, telefonamos, mandamos sms.

Mas acredito que esta reconstituição seja muito interessante, mesmo para a malta miúda.
Ou, sobretudo para eles!

Lâmpadas

Li há dias uma reportagem que me deixou a pensar.

Como toda a gente quase toda a gente, eu preocupo-me com o ambiente. Reciclo as coisas recicláveis, (ando há semanas com o meu pc velho no porta-bagagens do carro para ver quando tenho tempo de o levar ao local de reciclagem que me fica bastante fora de mão) abro pouco o frigorífico, ando a fazer orçamentos para os vidros duplos nas janelas, ando a pé quando as distancias são razoáveis, etc...
E, nessa ordem de ideias, tenho substituído as lâmpadas dos meus candeeiros, por as tais lâmpadas «de baixo consumo.
Feiosas, coitaditas, aquelas barras sobrecompridas não são nada elegantes, e a luz que dão nunca me agradou muito porque a acho exageradamente branca, mas sou cumpridora e obedeci.

Mas, sempre que calhou, preferia comprar umas que têm um aspecto diferente, não são incandescentes mas têm uma ‘capa’ que se lhes assemelha e até acho que a sua luz é melhor, mais natural.
Contudo achava que era mania minha.
Nesta reportagem, descubro que não era «mania»
Dizem que
certas lâmpadas económicas emitem radiações ultravioletas que ultrapassam as doses recomendadas e afinal, eu tinha razão porque dizem que este aviso apenas se aplica as lâmpadas ditas "abertas" ou não encapsuladas, as tais de que eu não gostava.
Bingo!

De qualquer modo, não há nenhum motivo para alarme, esse tal «perigo» é apenas se estivermos a menos de 30 cm o que é invulgar. De uma forma geral um candeeiro não está mesmo em cima de nós.

Mas, pronto, já tenho justificação para preferir as ditas lâmpadas «cobertas». Assim como assim, nenhuma delas é barata e estas sempre são mais bonitas!



terça-feira, outubro 28, 2008

Prémio Dardo



A
Manga D’Alpaka, para além de ser a minha leitura obrigatória como já aqui disse tantas vezes que devem estar fartos, pelos vistos ela também passa aqui por casa, e a meio da semana passada atirou-me com uma prenda!
Gosto de receber prendas, tá visto. Quem não gosta, como se viu aqui abaixo? A Manguinha, que tinha - e muito bem - recebido o Prémio Dardo, decidiu englobar-me no grupo dos que ela considerava que também eram «Dardos».
Mas esta cadeia é complicada, porque exige duas coisas facílimas e uma dificílima:
Temos de
1º Exibir a imagem do prémio e
2º Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
Fácil. Facílimo!
Mas também:
3º Escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prémio Dardos.
E aqui começa a dificuldade.
O texto que acompanha o dito prémio refere:
Com o Prémio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Os selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web »
Ora, se praticamente todos os blogs que estão na minha lista de Blogs de Estimação mereceriam o prémio, seleccionar 15 não é fácil!
Bem, retirei alguns que eu tinha a certeza de já lá ter chegado o prémio e ficaram estes 15 (parece-me que alguns destes também já o receberam, mas não sei o que fazer…)

O Raim

WEBCEDÁRIO

Objectos

o Kaos

Para lá de Bagdad

As 'Cabra de Serviço'

As 'Farinha Amparo'

Farpas

Hipatia

Isabel

Blog Operatório

Shark

Miguel

JP

Mar

Como podem ver isto não tem ordem nenhuma. Nem alfabética, nem nada! Mas arrumem-se e pronto!
E evidentemente que há uns bem importantes que o merecem mas o critério foi também muito afectivo e mainada!!!


Auto-prendas

Um cartão de crédito é muito bom porque dá para comprar tudo quase tudo.
Desde que exista fundo para as dívidas que se vão fazendo com ele, viva o cartão!
E, pelos vistos, a falta de fundo dos cartões de crédito da Gebalis era coisa que não preocupava os seus administradores. Com o cartão dessa empresa pagavam aquilo que desejavam mesmo que, como agora se vem a saber, isso não tivesse rigorosamente nada a ver com bens necessários para o funcionamento da Gebalis - Gestão de Bairros Municipais de Lisboa.
Vejamos o que se encontrou pago com esses cartões:

O «Grande Livro do Bebé», um Cd «Kind of Blue - Miles Davis», DVDs de Woody Allen ou de o «Segredo de Brokeback Mountain», além de um conjunto de caneta e esferográfica de marca Mont Blanc, estas no valor de 1.700 euros
Isto das canetas era para assinar os recibos quando se passava com o cartão nas lojas, parecia mal uma bic cristal...

Claro que também precisavam de comer (apesar de terem subsídio de refeição) de modo que com os cartões foram pagando «refeições, próprias ou com amigos, em dias úteis, fins-de-semana, feriados ou férias».
E por outro lado se iam de férias ao estrangeiro, Madrid, Sevilha, Belfast, Viena, Dublin e Rio de Janeiro, isso também não saía do seu vencimento, há cartões de crédito, não?...

Além de que eram bastante generosos com o dinheiro da empresa: 452 cheques-brindes, na FNAC, no valor total de 4.520 euros, para presente de aniversário dos funcionários, ou 20 vauchers de fim-de-semana, com alojamento por 2 noites em bons hotéis, num total de 4.000.00€, destinados a serem oferecidos a quadros da empresa.

Assim é que é!

Não há como manter os trabalhadores contentes!




O melhor jogador do mundo…

…anda bastante distraído quando joga na selecção do seu país!
Ontem ouvi por todo o lado – começou na rádio pela hora do almoço, e depois foi repetido durante todo o dia – que Cristiano Ronaldo tinha sido eleito pelos seus colegas
O MELHOR JOGADOR DO MUNDO
Que bom.
Que bom sobretudo para ele.
Porque cá, na nossa selecção, não se nota nada.
Quando do último jogo, Portugal Albânia, estive grande parte do jogo ou a olhar para ele ou à espera daquela jogada milagrosa que nos tirasse do marasmo…
Nã….
Deve ser preciso mais alguma coisa para o motivar e vê-lo a fazer esse tal tipo de jogo que lhe dá estes prémios fantásticos.
Por cá não se vê nada!



O Génio da Bola???

Aplausos

Que agradável, uma medida de aplaudir!
E merece de facto aplausos a decisão de vacinar as jovens de 13 anos com a vacina do colo do útero, para evitar o cancro, medida que se iniciou ontem.

E que motivo de satisfação saber que desta vez
Portugal foi o segundo país da Europa que mais rapidamente incluiu a vacina no PNV (Programa Nacional de Vacinação).

Aleluia! Uma boa medida e que nos pode orgulhar como país.
Para além disso, vai também iniciar-se um rastreio sistemático a mulheres dos 30 aos 65 anos, para prevenir essa doença.
Ainda dentro do Programa de Vacinação pode contar-se em 2010 com a vacina contra a meningite.

Assim, sim!

segunda-feira, outubro 27, 2008

«Os bolos são frescos?»

É uma expressão que se costuma usar quando, de brincadeira, queremos fazer referência a uma pergunta pateta, àquelas questões que só podem ter uma resposta [‘perguntou-se-os-bolos-são-frescos’] porque é sabido que a resposta é sempre afirmativa.
Daí a minha surpresa, este fim de semana.
Ia, na sexta feira já ao fim da tarde, para a minha 'casinha refúgio' quando recapitulando mentalmente o que ia precisar quando chegasse e dei conta que não levava pão.
De um modo geral tenho reservas de quase tudo, roupas e comidas e até costumo guardar algum pão no congelador, mas desta vez recordei que não tinha ficado nenhum. Não seria muito grave mas era um pouco chato, que à hora a que ia chegar já não encontrava nada aberto, portanto ia a pensar nisso e ao passar numa povoação reparei num toldo que dizia «Padaria*****» e travei logo.
Entrei com a intenção de comprar pão, mas reparei que a loja era mais que uma padaria, era também em parte pastelaria. Uma empregada, bem disposta, já de cabelos brancos veio atender-me e pedi o pão, apontando para umas bolinhas com bom aspecto. Ela olhou-me duvidosa, e informou: «São capazes de estar já um pouco secas»! E pegando num saquinho de plástico com que segurou uma dessas bolinhas convidou-me a ver se estariam fofas para o meu gosto.
Primeira surpresa.
Não sou muito esquisita, e achei o tal pão muito razoavelmente fofo, pelo que o pão ficou aprovado. Mas, tinha reparado que lá havia também uns bolos grandes com ar caseiro e perguntei se vendiam à fatia ou apenas o bolo inteiro. «Claro que vendiam à fatia», pesava aquilo que eu desejasse, mas… - e aqui é que entra a surpresa! – este e mais aquele, já não estavam assim tão frescos, ela recomendava este ou aquele ou aquele, que tinham sido acabados de fazer.
Imagine-se! De facto a fatia que comprei vinha ainda quente!
Mas a informação, voluntária e gratuita, de que alguns não estariam assim tão frescos deixou-me freguesa da casa.
Da próxima vez nem compro o pão em Lisboa, vou parar naquela aldeia do caminho para trazer pão e umas fatias de bolo.

Refém libertado

Após 8 anos de cativeiro, mais um refém libertado.
Depois de Ingrid Betancourt, refém durante 6 anos, consegue agora fugir outro refém das FARC, este com 8 anos de cativeiro.
Oscar Tulio Lizcano
Fugiu com a ajuda de um dos raptores, arrependido.
De qualquer modo, fosse como fosse que se deu a fuga, alguém que resiste a 8 anos de prisão sem ter qualquer culpa, deve ser agora apoiado e ajudado a recomeçar uma vida nova.
Não me interessa nada em que área política ele se situava, um rapto é sempre um crime, não tem nenhuma justificação.

A crise já chega à China


Não é para brincar, muito pelo contrário.
A crise pode ser capitalista, mas a verdade é que as ondas que provoca já têm repercussão na Economia chinesa.
Como se adivinha, ela "está muito dependente da procura externa", e "a baixa nas exportações devido à crise internacional poderá ter um impacto negativo" na economia do país, afirma o governador do Banco Central da China.
Imaginamos até que ponto as exportações são importantes, basta ver a inundação de produtos «made in China» por esse mundo fóra. Mas que um país dito ‘socialista’ tenha a sua economia tão entrelaçada com a dos capitalistas é interessante.

domingo, outubro 26, 2008

Uma música ao Domingo

Desta vez a música é num registo diferente.
Uma voz fabulosa!!!

Publicidade antiga

Ora muito bem.
Apanhei por aí uns 'bonecos' antigos e achei particularmente interessante, neste momento da cruzada anti-tabágica de vento a todo o pano, recordar como «era dantes».
Por um lado, marcas que desaparecerem da circulação mas que mataram o vício, na altura, a muita gente.
Por outro, não se tratava das marcas chics, a Marlboro, a Camel, que evocavam que a gente importante liberta e livre 'devia fumar', também são as pessoas responsáveis - aqui é a classe médica, vejam só!



sábado, outubro 25, 2008

Hoje o Pópulo fica em descanso

Pronto, uma vez que andam a dizer que escrevo demais, hoje fico em descanso, OK?....


Cliquem para aumentar

Parei! Hoje e amanhã, segunda-feira há mais...


(este fim de semana nem estou cá, calha bem....)

sexta-feira, outubro 24, 2008

Mas que chic!

Vejam só:
O Benfica prepara-se para substituir dentro de dias as entradas em papel para os jogos no Estádio da Luz por pictogramas nos telemóveis dos compradores
Imagino que dentro em pouco os outros clubes se preparem para fazer o mesmo, que nestas coisas a concorrência costuma ser cerrada.
É só para poupar papel, ou para facilitar as compras?

Mas lá que é prático...


Sobras?...

Ressalvando que eu possa ter entendido mal a notícia, ou a reportagem não esteja clara, percebi que em Portugal se fazem recolhas de órgãos para exportação ou, menos grosseiramente, apesar de no caso dos pulmões se calcular serem necessários 25 a 30 transplantes anuais, o ano passado efectuaram-se apenas 4, sendo o que «sobrou» enviado para Espanha.
Esta é líder mundial na actividade de colheita e de transplantação de órgãos e usou a dádiva para fazer 16 transplantes pulmonares…oito dos quais em doentes portugueses que estavam em lista de espera.

Então o que nos falta?
Temos os órgãos. Temos os doentes. Até parece existir know-how.
O artigo diz que nos falta organização.

Não me custa acreditar.



Hipocrisias

Um escândalo(zinho) que se tornou grande, lá na Áustria.
Há cerca de 15 dias, morreu num desastre de automóvel, um líder da extrema-direita, Jörg Haider. A informação é que conduzia em grande excesso de velocidade e, para agravar, completamente bêbado.
Quanto a isso, parece-me confirmado.
Quanto ao resto, a vida privada seja de quem for, que não tenha a ver com a minha própria, não me diz respeito nem me interessa por aí além. Portanto, as preferências sexuais desse sujeito como de qualquer outro, não é coisa que me interesse. É com ele, família e amigos.
Contudo, não deixa de ser curioso, que se venha agora a saber, que esse senhor que gostava de se apresentar como um homem de família (tradicional) tendo uma mulher e filha, que «quanto à homossexualidade, chegou a votar contra uma moção parlamentar que baixava a idade do consentimento para ter relações sexuais», que defendia os valores mais tradicionais e conservadores, afinal vivia uma intensa paixão com o sujeito que, qual delfim, deixou para lhe suceder na chefia do Partido.
Afinal esse acidente mortal deu-se no regresso de uma festa gay, onde tinha discutido com o seu namorado e sucessor na chefia do Partido, e talvez por isso bebido exageradamente
É evidente que como disse acima, é-me completamente indiferente a vida privada seja de quem for.
Mas quando se apregoa uma coisa e se pratica outra, algo não bate certo, não é?

Um drama em dois actos

Contou-me a minha amiga R.
«-Calcula tu que, ontem, a minha mulher-a-dias mal entrou em casa procurou-me com um envelope aberto na mão. Pediu-me se lhe explicava o que aquilo queria dizer.
Um tanto duvidosa olhei o endereço, e perguntei em nome de quem me fazia aquela pergunta, porque a carta não era dirigida a ela. Nem a ela nem, pelos vistos, a quem a abriu, uma minha vizinha de quem ela é amiga. A carta era de um Banco e vinha endereçada à filha dessa minha vizinha.

Fiquei preocupada, quis saber quem tinha aberto a carta, se tinha sido a própria e porque me vinham fazer aquela pergunta. Não, a carta tinha sido aberta pela mãe que nem por sombras achou que estivesse a cometer nenhum crime, a filha era dela e a carta estava na sua caixa de correio, logo estava no seu direito. Tentei explicar que não era assim, a Constituição, etc e tal - mas era chinês, o que eu estava a dizer não fazia sentido nem para a minha Dália nem para a D. Fátima que queria era saber o que lá vinha.
A primeira coisa que entendi, é que nenhuma das duas ‘descodificou’ o papel porque se a minha quanto a estudos tem uma antiga 3ª classe incompleta, a D. Fátima nem sequer sabe ler! Este ponto teve de me ser repetido. É que a minha vizinha, D. Fátima, viúva de um empresário falido nem sequer é pessoa muito idosa. Como é possível, uma lisboeta de cerca de 60 anos, ser completamente analfabeta?! Custou-me acreditar. Mas pronto. O que é que eu ia fazer, quando ela tão aflita me estendia o papel? Li-o.»

- E então?

«-Segundo acto! O Banco vinha avisar que o crédito tinha sido largamente ultrapassado, que o cartão ia ser cancelado e ela (a miúda) devia pagar metade da dívida de imediato, e a outra metade dentro de curto prazo.
Eu sentia-me muito mal com aquilo tudo, estava a violar vários segredos - de correspondência e bancário - mas perante aquela aflição não consegui recusar-me. E o drama é que a quantia em débito era de várias vezes o salário da rapariga, pelas contas da mãe nem trabalhando 5 meses ia conseguir saldar aquilo!»


Esta história é real. Passa-se em Lisboa, finais de 2008.
Uma mulher completamente analfabeta, e uma filha que acumula um crédito de várias vezes o seu salário.

O que se pode dizer?


Falar rápido

Muitas vezes enquanto almoço, tenho o rádio ligado e vou ouvindo a «Antena 1». Não é por nada de especial. A essa hora dá um programa chamado Portugal em Directo, que até costuma ter algumas coisas de interesse, muito «poder local», o que sempre é bom ir-se conhecendo.
Ontem a questão era uma estrada, ali para as bandas de Sintra que tinha de ser arranjada, coisa que parece que vai demorar 8 meses – normal, dado a estonteante velocidade com que andam as obras na nossa terra – mas não tinha sido acautelado uma alternativa conveniente a essa estrada, e isso estava a preocupar os moradores como é natural.

Como também é natural, pelo que entendi, a Câmara de Sintra dizia que a questão era com a Junta Autónoma das Estradas, e esta considerava que seria com a Câmara de Sintra. Nada de mais. Conhecemos o modelo.
A única coisa curiosa é que a pessoa que se dispôs a ser entrevistada sobre esta questão, cujo nome e cargo não fixei porque estava a ouvir com um ouvido distraído, era bem gaga.

Não tenho nada contra esse defeito de linguagem. Até lhe acho uma certa graça, conheço várias pessoas que o são e até apimenta um pouco a conversa.
Mas para uma entrevista e pela rádio, onde os minutos são contados, e a fluência do discurso um trunfo importante, isto é de estranhar...
Confesso que dei comigo, sem querer, a terminar as palavras que estavam um tanto encravadas no discurso do entrevistado.

Foi uma escolha com alguma falta de senso, convenhamos!

quinta-feira, outubro 23, 2008

Roubo moderno (continuação)

Deixei ontem lá em baixo um escrito sobre uma forma moderna de roubar, e aceitei um comentário que sugeria que eu desenvolvesse o tema. Realmente merece, e afinal eu até tenho mais coisas a acrescentar.
Como
contei aqui, uns amigos e familiares meus, foram vigarizados numa quantia enorme, cerca de um SMN. Uma entidade (??) misteriosa enviou um sms para um telemóvel e, a partir daí, essa mensagem foi-se multiplicando, sempre a cobrar pelo destinatário até atingir essa verba inacreditável!
A minha amiga logo na manhã de ontem dirigiu-se a um balcão da TMN, para esclarecer aquilo. Tinha de ser ela porque uma quantia daquelas só podia ser paga pelos pais e não pela dona do telemóvel que ainda anda à procura de emprego! Foi atendida com muita simpatia sem dúvida, mas foi-lhe explicado que aquele número – 3003 – era um número de um
serviço prestado. E portanto cada mensagem era creditada como sendo um serviço.
Ela lembrava-se que em tempos, o seu filho tinha aderido a umas mensagens dessas: o serviço estava ligado ao futebol, enviavam-lhe pequenas notícias por sms, datas dos desafios, vitórias ou derrotas, os golos que eram marcados, etc. Ele às tantas acabou por desactivar aquilo exactamente porque era um encargo sensível e não valia a pena para quem tem pouco dinheiro.

A mãe considerou, portanto, que este ‘famoso número’ seria algo do mesmo tipo.
Contudo, havia uma importante diferença (duas, aliás) – no caso do tal serviço do futebol, foi explicado o que era, ele sabia o que estava a fazer e tanto assim que quando não quis mais soube como desactivar. Houve um contrato, cada um sabia de que se tratava - ele recebia aquelas informações e pagava por elas. Mas desta vez, além não ter sido nada pedido, o que raio era produto
fornecido? Conversa?
No caso deste misterioso 3003, segundo a explicação que a TMN deu, no momento em que a jovem respondeu à mensagem ‘armadilhada’ [«Olá, onde estás?» e assinada Rafaela que ainda por cima era um nome conhecido dela] o dito «serviço» ficou automaticamente accionado. As mensagens seguintes, onde ela queria saber com quem estava a falar, apenas confirmavam o seu «desejo» de manter o serviço a conversa !...
A minha amiga pagou, mas está cheia de dúvidas e vai falar com a Deco.
Perguntar como é isto possível? Pode estabelecer-se um contrato destes sem fornecer a informação clara do que se trata? A TNM pode deixar que usem os seus serviços para vigarizar as pessoas? E, apesar de neste momento, seguindo as instruções que lá lhe deram já ter dado ordem de STOP para parar com a coisa, o mês que pagou foi Setembro, se agora lhe chegar uma conta destas relativa a Outubro? Pode não pagar?
Passem palavra de que
isto pode acontecer!
Aconteceu mesmo!


Se a moda pega...

Já imaginaram?
A editora K&B lançou um “kit” com um boneco de vudu feito à imagem do Presidente francês e respectivas agulhas para trespassar a figura do chefe de Estado
Sarkozy não gostou.

Não se sentiu elogiado.

Caiu-lhe mal.

De facto foram maus. É que além do boneco e das agulhas vinha também «um manual de instruções sobre a maneira adequada de lançar um “mau olhado” ao Presidente, enquanto se vai espetando o corpo do boneco que tem coladas algumas das suas citações».
Ora quem quer fazer vodu que faça os seus bonecos, não é? A papinha já feita é demais.

Mas começo a pensar na venda de agulhas que pode começar a haver por aí, se isto der ideias a algumas pessoas.

Eu cá não sou de intrigas, mas quem precisar de coser umas bainhas e uns botões será melhor começar a fazer açambarcamento... É que nunca se sabe.


Por fora cordas de viola...

Havia uma velhíssima anedota, daquelas com barbas, que contava que alguém vendo uma mulher a maquilhar-se perguntava «Porque fazes isso?» e como ela respondesse «Para ficar mais bonita» inquiria, admirado, «Então porque é que não ficas

Lembrei-me dela ao ler que Sarah Palin, candidata republicana à vice-presidência, já fez o Partido Republicano gastar 150 mil dólares para a vestir e maquilhar
É muita massa!

Cento e dezasseis mil euros...
Já se comprava um razoável T1, talvez até mesmo um T2.


«Então porque é que não fica?...»




quarta-feira, outubro 22, 2008

Dá Deus o frio conforme a roupa?



(cliquem que a foto ficou muito pequena)


Medo de quê?!

O Público de ontem referia mais um apoio à candidatura de Obama, apoio de um dos directores da Google.
Era uma notícia com interesse, é claro, mas ele realçava que o fazia a título pessoal o que seria óbvio. E nestes últimos dias os apoios a Obama já quase nem são notícia porque aparecem de todos os lados.

Mas um parágrafo nessa notícia não foi realçado e bem o merecia.
Dizia:
« [....], o Google expressou oficialmente a sua rejeição à "proposta 8", que será votada no dia das eleições nacionais apenas na Califórnia e que pede uma alteração à Constituição para definir o matrimónio como a união entre um homem e uma mulher».
Aqui já é uma posição ‘oficial’.

E chama a atenção para um facto que possivelmente muitos de nós nem sabíamos.
Na Califórnia, no dia das eleições, vai pretender-se alterar a Constituição e definir o matrimónio como a união entre um homem e uma mulher.

E ainda há quem diga ou pense que os homossexuais andam obcecados com essa história do casamento.
Afinal quem o anda são os outros.
Até se pretende encaixar o tema na Constituição!



Olhe que nem todas...

Roubo moderno


Eu ontem falei aqui de vigarices, mas eram as burlas tradicionais, vulgares.
Só que também existem hoje em dia burlas mais ‘modernas’, que se socorrem dos «benefícios da civilização».

Ontem estive a falar com um amigo, que estava
desesperado furioso com um truque feito através de um telemóvel.
Foi o seguinte:
Na sua família, ele, a mulher e a filha não usam o sistema de carregamento e sim assinatura. Têm um pacote mensal, até relativamente baixo e aquilo chega para as chamadas que fazem e até agora consideravam que era uma coisa boa porque nunca ficavam com uma chamada a meio por falta de saldo – coisa chata.
O mês passado a filha, uma manhã, recebeu uma mensagem que não reconheceu a origem, dizendo algo do tipo «Olá querida, onde estás?» e respondeu «Estou em casa. Quem é?» ou coisa do tipo. Depois dessa veio outra com uma piada a que ela também respondeu, e à terceira ou quarta já não disse mais nada porque aquilo não fazia sentido e começavam a ser mensagens tipo amoroso a que ela não queria dar muito troco.
A mãe até lhe disse para ter cuidado não fosse qualquer destas coisas de «valor acrescentado» e não se ligou mais àquilo.
Ontem chegou a conta.

Choque.
A conta era de.... (atenção !) ... 323 euros. Exactamente, trezentos e vinte e três euros.
As tais mensagens de sms, de um número 3003, cada uma era cobrada a 1,667 € e eram 159 mensagens! Foi uma noite inteira em que de minuto a minuto caia um sms desses.

Ele não faz ideia de como é que isto vai reverter para quem ligou, mas com certeza que existe um sistema. Hoje de manhã, mal abra a loja mais próxima do seu operador vai lá, infelizmente terá de pagar a conta, calcula, passar o telemóvel para o sistema de carregamento que sempre fica mais protegido e informar-se se há maneira de bloquear este tipo de chamadas.


Fiquem vocês prevenidos que isto pode acontecer....




Drogas e drogados

É sabido.
A palavra droga evoca de imediato a imagem das famosas «substâncias ilícitas», os dealers, os passadores, as fugas à polícia, os lucros imensos, e depois a imagem do farrapo humano do ‘drogado’, vivendo (??) anestesiado de tudo ou obrigado a frequentar clínicas de recuperação de onde está sempre a fugir.

É o estereotipo. O «drógado».

E o álcool?

Aí é complicado porque há o bom e o mau. Há o copo de bom vinho, bebido com uma refeição, moderadamente, que a própria ciência defende como um bom consumo, e há
a bebida destilada, que se começa a beber aos 13 anos, ou até o «binge drinking - beber muito num curto período de tempo, em especial ao fim-de-semana» o que será mau, muito mau! Uma droga, no pior sentido da palavra.
Os estudos dizem que Portugal é o sétimo país consumidor de álcool a nível mundial e o quarto consumidor de vinho. Quanto ao vinho, como o produzimos e temos algum muito bom, não escandaliza. É de ver que os dados são mundiais, e creio que o vinho em muitos países não é um produto banal. nem barato. Mas ser-se o sétimo consumidor de álcool já é preocupante...

E o que estes especialistas vêm lembrar é que a igualdade de género, aqui não funciona. As mulheres deviam beber muito menos do que bebem os homens para obterem o mesmo resultado, porque o organismo feminino tem mais dificuldades para metabolizar o álcool (absorve 30% mais de álcool do que o homem) e fica com o fígado menos protegido.

OK, mas isto são racionalizações.
Como passar a mensagem a uma catraia de 15 anos que quer ser igual ao seu namorado? Ou a uma mulher deprimida e solitária?



terça-feira, outubro 21, 2008

Questões de português

Eu sei que me repito nalgumas coisas que aqui digo, mas se isso acontece é porque os temas se mantêm vivos.
Já tenho desabafado o que me mexe com os nervos o «estrangeirismo» de, desde há uns tempos, as mulheres em Portugal terem passado a ser tratadas por ‘senhora qualquer coisa’.
Nunca assim foi. Mesmo quando se queria abreviar e não dizer «senhora dona» como a cortesia mandava, ao menos dizia-se Dona.... qualquer-coisa. Quem não se lembra do «Dona Rosa, a sua filha chegou do Brasil!» mas nunca se usou o ‘senhora’ simples.
Mas agora é moda.
Moda entre gente mais jovem, é certo. Ainda a semana passada estava em casa de uma prima, pessoa muito educada e já na casa dos 80 anos que atendeu o telefone. E, com surpresa minha, oiço-a dizer em voz cortante, que nem parecia o dela: «Não! Não mora cá nenhuma senhora Maria Costa. É engano.» e perante a insistência do lado de lá esclareceu «Aqui mora a Senhora Dona Maria Luísa ou, se até preferir, a Senhora Dra. Maria Luísa Tavares da Costa». Depois rimos todos perante a energia da resposta, e aliás da sua correcção.
Daí a concordância que senti por esta crónica da Alice Vieira:
Cada país (cada língua, cada cultura) tem a sua maneira específica de se dirigir às pessoas. Mal passamos Vilar Formoso, logo toda a gente se trata por tu, que os espanhóis não são de etiquetas nem de salamaleques.
Mas nós não somos espanhóis.
Também não somos mexicanos, que se tratam por "Licenciado" Fulano.
Nem alinhamos com os brasileiros, para quem toda a gente é "Doutor", seguido do nome próprio: Doutor Pedro, Doutor António, Doutor Wanderlei, etc..
Por cá, Doutor é seguido de apelido, e as mulheres, depois de passarem por aqueles brevíssimos segundos em que são tratadas por "Menina", passam de imediato- sejam casadas, solteiras, viúvas ou amigadas, sejam velhas ou novas, gordas ou magras, feias ou bonitas, ricas ou pobres -à categoria de "Senhora Dona".
E a crónica continua, usando com graça os mesmos argumentos que eu utilizo. Às tantas diz ela «quando sou tratada por "Senhora Alice" respondo sempre: " trate-me por tu, se quiser; ou só pelo meu nome, se lhe apetecer; mas nunca por Senhora Alice".»
É isso mesmo.
Porque em português até existe uma forma simples e correcta de nem dizer nenhum título, dizer simplesmente o nome. Se ouvir numa grande superfície «Emiéle B**** (ou no caso, Alice Vieira) agradecemos que se dirija ao Balcão Central» é uma mensagem educada.
E não leva título. Agora, Senhora Emiéle, ou Senhora Alice... valha-me Deus!

Poupem-me!


O telhado antes dos alicerces


Li umas declarações da senhora ministra da Saúde, que pretende incentivar cirurgias sem internamento.
Parece que dessa forma se pode dar muito mais rápida resposta às listas de espera por operações. Donde podemos pensar que afinal o que faltam são hotéis, há blocos operatórios, médicos cirurgiões, material, enfermagem, só o que não há é camas e portanto o melhor é cada um voltar para casa, porque lá
o doente "tem acompanhamento por parte da equipa" que o assistiu durante as primeiras 48 horas .
Diz a ministra que «com estas cirurgias, o doente tem a garantia de qualidade, apesar de entrar de manhã no hospital e sair à noite».
Bem...

Eu fui operada há poucos meses e de facto nem 24 horas estive na clínica. Umas seis horas depois de passar o efeito da anestesia, estava na ambulância de volta a casa.
Mas eu tenho uma casa confortável, família e amigos disponíveis, e algumas noções do que seria perigoso fazer. Mas sei que não sirvo de modelo para a maioria da população.
Os cuidados a ter com um doente recém operado nem toda a gente tem noção deles, e tanto pode fazer asneira por excesso como por defeito. Uma família pode entrar em choque ao receber alguém que foi operado nesse mesmo dia, por mais instruções que lhe sejam dadas.
Se um hospital não é um hotel, onde se esteja sem ser necessário, também não me parece que seja uma fábrica onde se entre por uma porta com uma doença e se saia por outra já curado.
Ainda há poucos dias falei aqui nos tais «cuidados paliativos». Pelo que sei estão planeados para serem ‘fornecidos-ao-domicílio’. Mas como?!
Já contei de uma amiga cujo pai está em estado terminal. Ela, com o maior dos sacrifícios, tem-no cuidado em casa. Há poucos dias, ele entrou em choque, tremia, perdeu o conhecimento e foi de urgência para o hospital. O clínico que o viu apressadamente, declarou que ele estava com uma infecção urinária, receitou-lhe umas cápsulas e mandou-o embora.
Ao entrar na ambulância estava tal como quando saíra de casa e a filha recusou-se a levá-lo, voltando à urgência. Teve de meter a intervenção de um enfermeiro porque o médico nem a queria ouvir, gritando-lhe que as infecções urinárias não se tratam nos hospitais. Ela, que é pessoa muito calma, explicou ao enfermeiro que, -1º o pai já não urinava dado o tamanho do tumor, se não o algaliassem a consequência era fatal, -2º ele não estava a comer nem beber pelo que as cápsulas não serviam de nada. Com a intervenção do enfermeiro o senhor ficou internado. Neste momento está a soro porque não se alimenta, a oxigénio porque não respira bem, e inconsciente.
Mas vão dar-lhe alta e mandá-lo para casa da filha onde vai receber «cuidados paliativos».

??????????????
Quando falo em 'alicerces e telhado', quero dizer que em sociedades onde as famílias tenham condições para receber estes doentes, pode escolher-se essa opção.
Na nossa, em casas atafulhadas e sem nenhuma assepsia como são muitas delas, esta decisão é perfeitamente desumana.
Podem diminuir as listas de espera das operações, mas vão aumentar os acidentes no pós-operatório.

Para que serve um telhado sem paredes nem alicerces...?


Quando a vigarice é cómica

Sempre se falou nos vigaristas que «vendiam» o elevador de Santa Justa, ou um carro-eléctrico, a um inocente com dinheiro que considerava fazer um bom investimento com essa compra porque no final do dia a venda dos bilhetes já era um lucro razoável. Isso era coisa de há quase sem anos.
Mais perto, mas ainda há muitos anos, num famoso filme, o Totó vendeu uma fonte italiana para onde se atiravam moedas – negócio também interessante.

E pensava-se que hoje em dia seria mais difícil «vender» coisas dessas.

Engano.

Um alemão espertinho, «vendeu» o edifício da Embaixada dos EUA em Roma, a sede da FAO, dois Centros Comerciais um em Roma outro em Milão, e não sei se mais alguns monumentos.
O estranho não é que ele os quisesse vender, é que exista quem os queira comprar.
É que para comprar «coisas» destas é preciso muuuuita massa.

Uma das coisas que eu estranhava é que quando se falava em vencedores do totomilhões, se insistia no adjectivo «excêntrico» como sendo o adequado.
Percebo agora.
Estes compradores devem ser os excêntricos do totomilhões.

Porque um rico-a-sério não vai em cantigas dessas!



Para o Natal quero uma destas!
Será cara?...

segunda-feira, outubro 20, 2008

Só eu!

Como vocês sabem, desde sempre eu escrevo os post que costumo deixar no Pópulo, de manhãzinha.
Já expliquei porque o faço e não vou voltar a repisar o assunto.
Acontece que na esmagadora maioria dos casos, se a escrita é feita por esta hora, já na véspera à noite eu tenho mais ou menos pensado em uma ou duas coisas para falar de manhã. Por vezes até está o “rascunho” feito e de manhãzinha é só dar-lhe um ou outro retoque.
Mas desta vez andei distraída no fim de semana, na noite de domingo estive de conversa com uma amiga e fui-me deitar sem “rascunho” nenhum, e sem sequer ter uma ideia do que iria hoje aqui a falar.

Então não é que sonhei com várias hipóteses de posts?!
Juro! E no sonho eram coisas bem interessantes e engraçadas! Entretanto dava uma volta na cama, acordava e pensava «Oh, era sonho! Deixa ver se não me esqueço»
E o processo repetiu-se várias vezes. De uma vez acordei a rir que a ideia era bem engraçada....

Pronto.
Já cá estamos, já é manhã, era a altura de meter aqui aquelas belas ideias, prontas a usar, mas...

... ficaram no mundo dos sonhos.
Querem ir lá comigo?....


Eleições nos Açores



É interessante o fenómeno que se passa nas autarquias e, de um modo ampliado, nos governos regionais.
Dá ideia que as pessoas quando vão a votos acabam por pensar «estes já a gente conhece, e para pior já basta assim».

Vamos pôr agora entre parêntesis o caso da Madeira, que aí a coisa tem uns contornos diferentes, mas de uma forma geral, quando há eleições autárquicas temos verificado que existe uma grande tendência para reeleger quem já lá está.
Olhando para os Açores, se por um lado se pode realçar que a abstenção (53%) foi impressionante e fazer-se a leitura de que os eleitores estão muito descrentes do poder do voto, é contudo de sublinhar que o PS volta a ter uma maioria absoluta, e ganha pela quarta vez ganhando com mais 20% sobre o PSD.
Ganharam em todas as ilhas e concelhos, com excepção de um. É importante, mesmo sem esquecer que a «maioria absoluta» foi a da abstenção.
À esquerda do PS os resultados mantiveram-se, com uma subida do B.E que elegeu 2 deputados.

Conclusões?....

De novo, e de novo, e de novo

Todos os anos é o mesmo.
Começa chover, e parece que ficam todos apanhados de surpresa.

Mais uma vez a chuva provocou enormes inundações e enormes prejuízos
E há sempre a mesma surpresa:

Imagine-se?!

Inundou?
Aaaah! Mas que coisa estranhíssima. Apanha-nos completamente impreparados, nunca se imaginou que tal pudesse acontecer.

Com franqueza não há muita paciência para isto.
Não é o Katrina, senhores, é uma chuva grande mas normal, as casas é que estão construídas onde não se deve e as
sarjetas andam entupidas.