Não há duas sem três...?
Primeiro – ao ligar um candeeirinho na sala (já aqui contei que tenho a mania de ter vários candeeiros pequenos a iluminar a minha sala, creio eu) sinto um estrondo grande e a casa toda fica às escuras. Curto-circuito, só pode ser.
Desligo o dito candeeirinho da tomada, vou ao quadro carregar nos botões, e dois terços da casa ilumina-se, falta o terço da zona da sala. É mesmo do dito! Carrego no botão do disjuntor respectivo, fica tudo bem e vou examinar o que se passou no candeeiro para além da lâmpada fundida. Desmancho a ficha, tudo bem; desmancho o interruptor, tudo bem... Vou trocar a lâmpada e ela acende!!! Porque raio a outra tinha fundido com tal estardalhaço, é um mistério, mas assim foi, e deu-me que fazer.
Segundo – venho ver uma coisa à net, e nem pó! As luzinhas verdes que indicam a ligação estavam esmorecidas, das 4 ou 5 que costumam brilhar piscavam duas e era só de vez em quando. Nada de net.
É claro que a gente sobrevive sem ela, mas é quando não há que de repente sentimos uma necessidade terrível de consultar tudo e mais alguma coisa. OK. Paciência é que é preciso. Vou adiantando umas coisas que tenho de ler e fazendo uns telefonemas que andavam atrasados. Ao fim aí de umas duas horas venho espreitar, e as luzes brilham todas, «habemus net», aleluia! Mas foram duas horas de irritação, sem saber o tempo que aquilo ia durar.
Terceiro – estou na sala, meio refastelada num sofá a ver uma série de tv qualquer e passa-me por cima da cabeça uma coisa grande a esvoaçar. Vi que era escura, e imaginei uma borboleta nocturna, apesar de estranhar por onde teria a bicha entrado. Levanto-me rápida para examinar o que era aquilo, e vejo uma barata enooorme, das voadoras! Só ainda tinha vista daquilo nos trópicos.
Nem sei como consegui ter a rapidez de reflexos e o controlo do nojo para de um só movimento tirar o sapato e dar-lhe com ele. Foi tal a força que ela nem se mexeu mais. Foi só varre-la, deita-la na retrete e puxar o autoclismo. Gnhag! (espero que estejam agora a bater palmas à minha valentia...)
Depois disso descansei. Para uma única noite, já chegava e sobrava de sustos.
........
Bem, para terminar, já a ir para a cama puxo um fecho emperrado. Está muito preso. Eu puxo com muita força. E zás, solta-se de repente e eu ferro a mim própria um murro no nariz, que era nessa direcção que a mão estava dirigida.
Vi estrelas!... mas escusado é dizer que larguei a rir com tal vontade que me vieram perguntar qual era a graça. Eu entre gargalhadas tinha de dizer que tinha dado um murro no meu próprio nariz [se estão interessados, olhem que ainda está um pouco inchado...] coisa que devia dar doutoramento com distinção numa escola de palhaços.
Afinal não há é 3 sem 4!