quarta-feira, outubro 29, 2008

Segurança privada?...

Mas o que se passa na(s) escola(s) de Beja?!

Tinha visto, assim um tanto por alto, que tinha havido algum reboliço por numa escola de Beja ter havido vários incidentes de violência.
Os pais andavam aflitos e com razão pelo que entendi.

Perante isso, o M.E, decide contratar os serviços de uma empresa de segurança privada.
Pode ter tido muitíssima razão, e ter sido a coisa mais acertada a fazer, mas sem isso ser muito bem explicado custa um tanto a entender.

Primeiro, que uma escola não consiga de todo manter a disciplina e a ordem. O Conselho Executivo da escola reconheceu não ser capaz de manter a ordem «no interior da escola»! É que não se trata apenas de malandrins que andem a cercar a escola – e mesmo para isso existe, que eu saiba, o programa Escola Segura da polícia. Não. É mesmo lá no interior que não se consegue ter mão no que se passa.
Segundo, também de estranhar que seja uma opção recorrer ao sector privado. Mesmo que as nossas forças policiais sejam poucas, parecia mais sensato aumentá-las do que estar a pagar do nosso bolso a quem faça o mesmo trabalho, mas no privado.

Devo estar a ver o filme ao contrário...



15 comentários:

Anónimo disse...

Também tinha ouvido a notícia e isto dá para ficar a pensar horas a fio.
Por um lado a que estado chegou o ensino. Como é que os professores são desautorizados. Como é possível haver cenas descontroladas DENTRO de uma escola.
Por outro a solução milagre do recurso ao sector privado. Para tudo e mais um par de botas.
Se entendi, essa 'segurança' vai actuar «dentro da escola» também?...

Anónimo disse...

Faz-nos pensar.
Afinal uma escola é um campo de batalha?...
Que velha que eu sou.

Anónimo disse...

Esqueci-me de acrescentar uma coisa: é que se isso se desse apenas numa única escola, o mal estava localizado, mas pelo que sei isto é só um exemplo do que acontece em vários sítios.

josé palmeiro disse...

às preguntas do King, só a ministra Rodrigues e oseu chefe Pinto de Sousa, estão abalizados a responder.
Por outro lado, apesar de disseminado, custa-me ver o meu Alentejo a encabeçar esta lista de desacatos.
Quanto à solução, que grande negócio...

josé palmeiro disse...

Já agora, será por estas e por outras, que os resultados apresentados, são assim tão bons, em tão pouco tempo?

Anónimo disse...

Um negócio.

Nem vale a pena pensar-se muito nisso. Muitas vezes lembra-me a máfia (salvo seja), ou seja provocar-se desacatos para depois se 'pagar' a protecção.
Não que eu esteja a insinuar tal coisa...

Anónimo disse...

Venho no fim da malta que já disse quase tudo o que eu tinha pensado enquanto lia o post.
esta ideia do sem-nick, nem é absurda de todo.
E eu que adoro as «teorias da conspiração» que muitas vezes são bem mais do que 'teorias'...

Alex disse...

É, provavelmente, um grande negócio para alguém, quanto mais não seja para a empresa de segurança. Responsabilidade? Quem decide e destaca forças policiais para os diversos pontos de acção?
Adiante...
Creio que o maior problema são os pais dos miúdos que andam ao estalo uns ao outros, aos professores, aos funcionários e a quem se lhes deparar.
Moral da história: ou sofrem uma sanção, de preferência uns dias na prisa, ou a coisa vai continuar, dentro e/ou fora da escola. Segurança privada, ainda que alivie, não resolve, não tem autoridade nem competência para tal.
É melhor eu estar calada, pelas vezes que me apetece andar ao estalo...

Anónimo disse...

Bem apanhado essa do boneco da escola de pernas para o ar (ou será de alicerces para o ar...?)
Oh, Alex - mudaste de boneco, tá giro este! - a verdade é que nos apetece muito andar muita vez ao estaladão por aí fora, eu que o diga. Se fosse a fazer o gosto à mão, isto era uma festa. mas como gente adulta e supostamente controlada, costumamos resolver as coisas com palavras. Também me pareceu que naquele caso a luta seria entre «pais de alunos» mas a história está confusa.

Anónimo disse...

sou professora numa escola publica de 1 ciclo.
o meu filho frequenta a mesma escola.
a cenas de violencia na minha escola todos os dias.
meninos que urinam sobre outros. meninos (10 anos) que dao dentadas na cara de outros.....
Por mim venha seguranca privada. TUDO
A Escola de hoje e que tem que mudar JA

cereja disse...

Cara comentadora 'anónima-professora', entendo bem o que sente.
É complicado. As crianças não se controlam, os pais ainda menos, e as coisas acontecem.
Também acho que as coisas têm de mudar e depressa mas não creio que o caminho seja com seguranças privadas.

Tia Brites disse...

E umas estaladas nos putos?

cereja disse...

A minha ideia, Manga, é que já nem se trata de putos mas das respectivas famílias que devem ter «invadido» a Escola. E os puto de hoje são uns matulões que se apanhassem uma estalada sacavam de uma naifa e deixavam ali uma pessoa em maus lençóis.
Contudo tens razão na base da questão. A autoridade, que deve vir ainda do Jardim Infantil, anda pelas ruas da amargura... Houve uma reviravolta nas regras sociais, e o facto de as crianças deverem «ser ouvidas em assuntos do seu interesse» como diz a Convenção dos Direitos da Criança, foi interpretada por um lado em «tem de ser ouvida em tudo», e depois avançou-se um passo e decidiu-se que «ser ouvido» queria dizer «decidir e mandar».
Aí entornou-se o caldo e está ser difícil voltar a pô-lo na panela.

Anónimo disse...

Emiele, este assunto para mim tem e não tem muito que se lhe diga. Acho inacreditável. Uma sociedade com medo, até dos mais pequenos, que raio de sociedade é? Umas boas lambadas, no momento certo, resolveriam muitos dos problemas! Não sou adepto do uso da força física mas, perante determinadas situações, não vejo grandes alternativas. É que a consequência é o efeito bola de neve, como se vê.

cereja disse...

É das tais coisas «interessantes»: não se usa a força física com os putos (o que é correcto) mas permite-se que eles a usem (o que brada aos céus!!!)

Afinal não se diz que «ou há moralidade ou comem todos»?....
Aqui só «comem» os que aceitam apanhar!...