sábado, setembro 20, 2008

Cantinas, um negócio de muitas massas

Mas qual concorrência, qual quê!
Se formos bons amigos todos lucramos. Quer nas gasolinas, quer nas comidas, quer ...
Negócios são negócios, quanto mais lucro melhor e portanto tudo é permitido. Ou não será assim?...
Rebentou agora uma 'bolha' de negócios menos claros quando se soube que:
«Dezenas de escolas e hospitais pagaram dinheiro a mais por refeições durante 10 anos. Os lucros ilícitos atingiram 172 milhões. Concurso do Casino Estoril pôs fim ao pacto. Ex-gestor denunciou cartel. Para directores, era normal».
Normal (!!!)
Existe uma Autoridade da Concorrência que, pelos vistos, perante a denúncia (que teve de vir de um ex-gestor porque 'provas' não se podem arranjar) decidiu que aquilo era um cartel .
Bem, mas atenção, segundo o que aqui nos dizem «os ganhos ilícitos avaliados para as sete fornecedoras de refeições ao Estado são quatro vezes e meia a multa que arriscam pagar».
Que venha a multa, não é?



10 comentários:

josé palmeiro disse...

Antes de tudo o mais, quero referir a ilustração. A caixinha da "massa", está demais e as massas, todas uma lindeza.
Passando à ignomínia que é, no mínimo, a multa para o amanhanço que foi, todos estes anos a "cozinhar", lucros ilícitos e a dita autoridade da concorrência, nem se fala pois a autoridade, simplesmente, não existe, basta ver o que se passa com os combustíveis, para o entender.

cereja disse...

Li muitos comentários a esta coisa, e sobre a «cartelização» dos advogados contratados para defender estes senhores... :)
Cá para mim, acho que são parvos se ainda vão pagar a advogados! É pagarem a multa e pronto. Sai de certeza mais barato do que o vencimento de um advogado de luxo.

Anónimo disse...

Mas que 'massinhas' mais apetitosas...
Muito mais apetitosas do que o rancho dessas cantinas de escolas e hospitais, decerto!
Isto não vai dar nada, mas o por-se-lhes a careca à mostra já sabe bem.

Anónimo disse...

Tinha visto o título num jornal num quiosque, mas nem percebi o que era.
Realmente o «cartel» é o primo direito do «monopólio». A família é a mesma.

Anónimo disse...

Já não fico boquiaberto com estas coisas. É preciso "alimentar" muitas bocas. Já quanto à multa e aos valores astronómicos referidos, estas coisas só se resolvem quando apanharem multas superiores aos lucros obtidos para além de outras penalizações de inibição ou algo de semelhante.

cereja disse...

Sem-nick, Mary e Miguel, aqui o Miguel resumui bem: a coisa só se evita quando for «a doer», e o castigo for bem maior, deixando de valar a pena a infracção. Assim, encolhem simplesmente os ombros.

Como disse em resposta ao Palmeiro, até lhes saía mais barato pagarem a multa e não se ralarem com advogados!

josé palmeiro disse...

Mas eu estou completamente de acordo contigo e com o Miguel.
Já agora, notícia de hoje, que tal o amigo Jorge Coelho, antigo ministro e agora, alto cargo da Mota Engil, vir com a conversa de ter que haver, mais dinheiro(NOSSO), para o TGV e para Alcochete! Tudo por conta da situação económica. E o presidente do Sporting, também. Que lindos rapazes!!!

Anónimo disse...

Por razões profissionais,não me surpreendeu. Mas achei giro o episodio do casino...Quanto as quantias em jogo é mais uma razão para questionar minhas antigas opções. Afinal,éticamente pensando, que mal tem um cartelzito, de gestores ou de advogados ( termo mais correto, neste último caso não era cartel,mas "sociedade de advogados").

Anónimo disse...

Será que o chamar-se massa à massa vem mesmo da culinária...? Desta vez deu mesmo para o trocadilho que vem a calhar!

Quando há negócios de muuuuito dinheiro com várias empresas o risco é mesmo esse.

LOL - FJ, de facto um cartel de grandes advogados chama-se «sociedade de advogados» É isso!!!

cereja disse...

Acho que sim, as tabelas dos advogados 'de luxo' devem ser concertadas entre eles, é claro. :D

De resto, falar-se de massa deu jeito para a imagem, é claro. Aliás há poucas palavras que tenham tantas variantes em calão como o dinheiro.