sexta-feira, março 28, 2008

E agora os juízes

Ontem foi a saúde, hoje a justiça.
Vimos ontem que, perante a lentidão com que se resolvem os casos onde um erro médico lesa um cidadão e a indemnização a que tem direito chega muito tarde ou até nunca chega, se está a pensar em generalizar um seguro que pague à pessoa prejudicada enquanto o tribunal decide a questão.
Mas isto é uma ‘bola-de-neve’.
Hoje sabemos que agora são os juízes que procuram o conforto de um seguro que os proteja da nova «Lei da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado»
Trata-se do “direito de regresso”.
Acontece que o ministro considerou que ‘o Estado deve indemnizar os cidadãos devido à má conduta de um seu agente ou funcionário sempre que tenha agido por dolo ou com culpa grave’. Parece bem.
Mas como não vai ser o Estado a pagar, vai então «exigir ao agente, ou funcionário, que lhe devolva o valor que teve de suportar».

Portanto, eles põem as barbas de molho antes que ardam…

Está-me a parecer que as Seguradoras vão ficar tão ricas, mas tão ricas, que os seus lucros ficam a perder de vista.

10 comentários:

Farpas disse...

Eu fazia aí uma pequena correcção ao último parágrafo:

"Está-me a parecer que as Seguradoras vão ficar ainda mais ricas, mas ainda tão mais ricas, que os seus lucros vão continuar a perder de vista."

Anónimo disse...

Bravo Farpas!!
Tal e qual!
(posso saudar especialmente o reaparecimento do Farpas aqui no blog?! dá uma gracinha especial)

Anónimo disse...

Olaré!

Já são 3 seguros «obrigatórios» : os carros, os médicos, os juízes, e já agora os professores para receberem quando metem baixa quando a situação na sala se torna insustentável...

Anónimo disse...

Oh, Emiéle, sabes que quando escreveste aquele post sobre o Seguro dos Médicos, eu pensei logo com os meus botões: pois é, mas duvido que os pacientes não venham a esperar quase tanto como com os tribunais (porque o que se pretende com esse seguro é que a resposta seja mais expedita, não é?...)
Porque, no que trata a pagar, não há como os seguros para irem encanando a perna à rã... Mesmo os acidentes de trânsito, a pessoa fica ferida, é tratada, fica incapacitada imenso tempo, volta a ficar boa, passa-se um ou dois anos e quando o dinheiro do seguro chega já quase nem faz falta (é um modo de dizer, claro que faz!!!)
Mas a verdade é que enquanto pagam e não pagam esse dinheiro fica lá a render. Eles NUNCA ficam a perder, não é? O risco acaba por ser bem limitado.

Anónimo disse...

È o Farpas tem razão.E agora quando as aplicações bancárias tomam a forma de Seguro?AB

Anónimo disse...

Façam o que fizerem...o Estado é que nunca perde, e as Seguradoras...muito menos.

cereja disse...

Realmente tenho uma pena das Seguradoras, que nem imaginam...
E a verdade é que tenho seguros, como todos nós! Mas mesmo o do carro, com o que já tenho pago comprava um belíssimo, novo, e até hoje tive duas pancadinhas de qui-ri-qui-qui.

josé palmeiro disse...

Ok!(..........). Não escrevo para não publicitar.
Depois, os seguros, são obrigatórios, os pagamentos, não! Os bancos, têm seguradoras, o circulo, fecha-se. Não é o inefável Vara, administrador de um banco , que tem seguradora? Pois, a vara não dobra, cobra!

josé palmeiro disse...

Não referi a correcção que o Farpas fez. Concordo, na integra, com o que disse.

cereja disse...

E assim vai o Mundo, como nas «actualidades» que dantes se via no cinema...