quarta-feira, março 26, 2008

Seguro de responsabilidade civil

A moda é da América, mas sem dúvida que por cá onde a nossa justiça anda a passo de caracol, seria útil.
Propõe-se a
«A criação de um seguro de responsabilidade civil - obrigatório para todas as unidades de saúde, como no sector automóvel»
A ideia é que, por um lado existem erros médicos, como se sabe e é muitas vezes inevitável. Por outro, as vítimas desses erros, mesmo quando são óbvios e confirmadíssimos, levam anos até os tribunais decidirem a seu favor. Além de que muitas e muitas vezes a responsabilidade é empurrada de um especialista para outro e não se chega a uma conclusão.
Portanto propunha-se que os doentes tivessem sempre direito a uma indemnização desde que se prove que foram vítimas de falha médica, independentemente de se identificar ou não o responsável.

Pelo menos é mais justo.
E esse «seguro de responsabilidade civil» a que só as unidades privadas são obrigadas por lei deveria ser extensivo a todos os serviços de saúde.
Talvez assim existisse mais justiça.


11 comentários:

ilha_man disse...

Em Viena cada médico é obrigado a ter esse seguro quando está a a trabalhar.

Anónimo disse...

Devia ser obrigatório, sim senhor! Como diz aqui o ilha_man, há países onde o é, e a verdade é que dá mais segurança a todos - médicos e doentes.
Se quem tem um carro tem de ter um seguro, porque é que quem exerce uma profissão onde pode causar danos (e também grandes benefícios, é claro!!!) não estará protegido?...

Anónimo disse...

(hoje faço sempre comentários em duplicado porque me esqueço de alguma coisa)
É que ainda devia ser acautelado, erros de diagnóstico. Muitas vezes há erros de diagnóstico, que causam danos psicológicos bem graves! Conheço dois ou 3 casos desses, e as «vítimas» bem mereciam uma indemnização por aquilo que sofreram psicologicamente, sem motivo!

Anónimo disse...

Olaré!
Bravô, Mary! Na mouche!...

Anónimo disse...

Creio há vários países onde isso existe. Quando vemos filmes ou séries americanas passadas em meio hospitalar, muitas vezes o médico fica aflito porque tem de responder perante a sua seguradora.
E pelo que dizes, cá também existe mas na saúde privada.

josé palmeiro disse...

É vardade King, a Mary tem toda a razão, subscrevo.

Anónimo disse...

Os erros graves, nem vale a pena falar deles, porque estamos todos de acordo, são graves, pronto. Depois de uma cirurgia deixar um objecto dentro do corpo do doente, ou operar um órgão que está bom e não o que está doente, etc, todos ouvimos falar nisso e nos escandaliza. Contudo, são casos raros (espero eu...)
Mas aqui a Mary e Joaninha falaram de outra coisa, que isso é bem mais corriqueiro e ninguém se lembra de pedir responsabilidades e é o tal erro de diagnóstico que moralmente pode ser gravíssimo... E isso passa-se com toda a naturalidade - eu pessoalmente conheço vários casos. Uma amiga que esteve quase a ser operada a um cancro e afinal não era cancro nenhum, outra que diagnosticaram um tumor e afinal era uma gravidez (por um triz não lhe fizeram um aborto malgré elle!!), um amigo cuja doença nos olhos era muitíssimo mais benigna do que lhe tinham dito, tendo ele vivido as angústias de uma 'futura cegueira', etc...
Quem «paga» a angústia que se viveu?....

Anónimo disse...

Até agora a medecina ou melhor os médicos pareciam inatacaveis até porque nos chamados erros graves os "ofendidos"já não estavam cá para se queixar e os familiares não sabiam de metade das coisas no processo médico/
doente(por acaso acho que se devia ir sempre acompanhado embora seja chato por vezes dada a natureza intíma da coisa)...Eu por exemplo ando aqui a remoer uma teimosia médica com resutado menos bom e vamos ver no que isto vai dar...AB

Anónimo disse...

Primeiro é erro em medicina e depois não era nada anónimo,mas esta coisa embirrou ...AB

cereja disse...

Estamos afinal todos de acordo - as pessoas não são intocáveis, sejam médicos ou não, quando há erros isso tem «um preço» nos dois sentidos do termo, e para isso é correcto haver seguros.

Anónimo disse...

Não levo a mal se me corrigirem, mas, pelo que sei, esse seguro existe HÁ MUITOS ANOS, e a maioria (para não dizer a totalidade) dos médicos a exercer medicina POR CONTA DO ESTADO (já não falo dos privados) possui esse seguro. Se é obrigatório, isso já não sei...mas posso saber.