Charles Alcott Dickens
Quando são «coisas que se dizem» temos a velha expressão de palavras leva-as o vento ou seja, disse-se está dito mas passou. Claro que quando é escrito é um pouco pior...
Mas existe uma situação que está a meio caminho – é ‘dito’ mas fica gravado e como é repetido várias vezes, até chama muito a atenção.
Sabemos bem que os nossos repórteres ou jornalistas se enganam. Normal. São humanos, e erram como toda a gente. Por outro lado, como estão debaixo das luzes da ribalta os seus erros são mais visíveis. Hoje, como até os telejornais se podem voltar a ver nos sites dos respectivos canais, um disparate que se diz fica ali sem poder ser desmentido.
Mas vem isto a propósito de um pequeno anúncio, ‘interno’, de um canal a propagandear o filme que vão exibir no domingo. O filme em questão «As Mulherzinhas» foi noticiado como sendo uma película baseada na célebre obra de Charles Dickens. Quando ouvi, a primeira vez, troquei um olhar com quem estava na sala comigo e perguntei «O que é que ele disse?!». Achei que devia estar distraída e tinha ouvido o início de uma coisa e o final de outra, o anúncio se calhar tinha começado com as Mulherzinhas e acabado com o Oliver Twist, ou coisa assim.
Mas não. Estes anúncios da própria estação são repetidos várias vezes e lá voltou ... « as Mulherzinhas, baseado no famoso romance de Charles Dickens» e isto dito numa voz profunda e bem colocada que não deixava dúvidas.
Eu li «As Mulhezinhas» ainda nem tinha 10 anos. Emocionou-me, lacrimejei, ri, vibrei com a vida daquelas 4 irmãs adolescentes. Reli-o depois, mais crescida, e vibrei muito menos, mas de qualquer forma para a época foi um bom romance para adolescentes. Escrito num estilo próprio por Louise May Alcott. Por essa altura também li vários dos romances de Dickens, também com um estilo pessoalíssimo. E inconfundível.
A troca de um autor por outro, só é possível por quem não conhece bem nenhum deles!
Bom, ao fim de dois dias, reparei que esse anúncio foi modificado. Como era a frase final, foi cortada e nem se nota.
Aliás depois de Domingo passa o filme e o anúncio desaparece.
Mas existe uma situação que está a meio caminho – é ‘dito’ mas fica gravado e como é repetido várias vezes, até chama muito a atenção.
Sabemos bem que os nossos repórteres ou jornalistas se enganam. Normal. São humanos, e erram como toda a gente. Por outro lado, como estão debaixo das luzes da ribalta os seus erros são mais visíveis. Hoje, como até os telejornais se podem voltar a ver nos sites dos respectivos canais, um disparate que se diz fica ali sem poder ser desmentido.
Mas vem isto a propósito de um pequeno anúncio, ‘interno’, de um canal a propagandear o filme que vão exibir no domingo. O filme em questão «As Mulherzinhas» foi noticiado como sendo uma película baseada na célebre obra de Charles Dickens. Quando ouvi, a primeira vez, troquei um olhar com quem estava na sala comigo e perguntei «O que é que ele disse?!». Achei que devia estar distraída e tinha ouvido o início de uma coisa e o final de outra, o anúncio se calhar tinha começado com as Mulherzinhas e acabado com o Oliver Twist, ou coisa assim.
Mas não. Estes anúncios da própria estação são repetidos várias vezes e lá voltou ... « as Mulherzinhas, baseado no famoso romance de Charles Dickens» e isto dito numa voz profunda e bem colocada que não deixava dúvidas.
Eu li «As Mulhezinhas» ainda nem tinha 10 anos. Emocionou-me, lacrimejei, ri, vibrei com a vida daquelas 4 irmãs adolescentes. Reli-o depois, mais crescida, e vibrei muito menos, mas de qualquer forma para a época foi um bom romance para adolescentes. Escrito num estilo próprio por Louise May Alcott. Por essa altura também li vários dos romances de Dickens, também com um estilo pessoalíssimo. E inconfundível.
A troca de um autor por outro, só é possível por quem não conhece bem nenhum deles!
Bom, ao fim de dois dias, reparei que esse anúncio foi modificado. Como era a frase final, foi cortada e nem se nota.
Aliás depois de Domingo passa o filme e o anúncio desaparece.
9 comentários:
Também ouvi.
Foi num canal da Cabo e tive a mesma reacção que tu: «devo ter ouvido mal»...
O estranho é que essas coisas são com certeza passadas por diversas revisões antes de passarem «ao ar». Anda tudo distraído?...
De qualquer modo, ou receberam um telefonema de alguém a chamar a atenção ou mesmo eles deram conta do disparate.
Tenho ouvido cada uma...AB
Atão?
Há assim uma ideia de que eram escritores que foram contemporâneos um do outro (foi, não foi?) e até escreveram sobre adolescentes...
Tá bem.
Há coisas mais estranhas, olha lá.
Acho gaffes a mais as que se passam nos nossos orgãos de comunicação social Só aceito quando se trata de directos, com a pressão etc vá lá.. perdoa-se. Agora casos assim vêm provar o já por demais debatido, mas fico-me por aqui !!!
A Kika está cheia de razão!!!
Uma coisa é um engano (a tal coisa de que errar é humano, etc, etc) Quem o não tem? E mesmo aí, há «enganos» mais «enganos» do que outros...
Mas está a ler-se uma notícia, por exemplo, e até se corrige logo a seguir, muitas vezes.
Contudo isto era um anúncio. Eu TAMBÉM ouvi. E muita gente, com certeza.
É evidente que o que se passa é que hoje em dia esse título é associado ao filme e não ao romance. Se forem fazer uma busca ao Google, só encontram referências ao filme!!! A pobre da Louise May Alcott já «era» como hoje se diz, passou há história, como se dizia no meu tempo...
O Dickens apesar de tudo, ainda ...«é», não é dos que já «eram». Portanto a fazer-se uma referência erudita saiu Dickens!
Eu, não quero ser maldizente.
Junto-me à AB e à Joaninha, de quem já tinha saudades e que já nos segue, pois nada mais há a dizer dessa ignorãncia estrutural.
Pois, nem sei o que dizer: tantas vezes ao longo dos anos ouvi esta 'versão' que até eu pensei que fosse verdade...
Caramba, santa ignorância... aqui o anónimo é o Miguel A. Detesto 'aninimices'...
Olá Miguel A.
Nem sabia que também passavas por aqui.. Afinal há uma «comunidade com-destino» que partilha muita coisa...
Esta coisa de sair «anónimo» ás vezes irrita, até porque perdemos completamente a individualidade. Um 'anónimo é igual outro anónimo que pode dizer exactamente o contrário... Por isso os nicks que sendo também 'anónimos' nos distinguem.
Mas se quiseres deixar um nome mesmo sem sendo blogger, escreve o que desejas que se veja onde diz «nome/URL» e não ligues ao URL. Entra na mesma, só que a preto.
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