quarta-feira, março 04, 2009

Viva a minhoca!

Bem, quando a gente pensa em minhocas, tem a ideia de que são uns bichinhos que furam a terra, o que num certo sentido é bom porque a deixam ‘arejar’ por esses furos, mas que roem raízes ou plantas, o que já não é tão bom. E também se associa a ideia de minhoca à pesca, não é? O tal bicho que se prende ao anzol para atrair o peixe ( ai, a cadeia alimentar é um tanto cruel....)
Depois, claro que também temos umas ideias de que nas estrumeiras, etc, existem minhocas, que se vão alimentando daquela coisa. É a tal «transformação da matéria orgânica» que depois passa a adubo.
E isso já se faz há muito tempo.
Mas agora parece que se está a trabalhar num projecto novo:
Minhocas a tratar de todo o lixo, todo mesmo!
O que se chama «resíduos sólidos urbanos indiferenciados», ou seja, elas ‘preparam para a reciclagem’ o lixo que uma cidade produz. "Os resíduos que não consigam digerir, como os copos de iogurte e os sacos de plástico, são limpos de todos os restos de comida e sujidade e ficam prontos para serem enviados para as várias fileiras de reciclagem".
Dizem que a unidade a que a notícia faz referência é a primeira no mundo a tratar estes resíduos indiferenciados. Pelo menos não se conhecem muitos outros, e se a minhoca é um animal que pode viver 8 anos (??!) é coisa para se pensar.

Impressionante, não?


4 comentários:

fj disse...

Pelo que li, ali em Riba de Ave, Famalicão, estão mesmo a levar a coisa a sério.
Se resultar (e a Quercus aplaude) parece fácil e barato...
E, que bom uma coisa onde Portugal é pioneiro!!!!

Anónimo disse...

A minhoca que ilustra o teu post é amorosa, mas na realidade é um bicho um tanto nojento.
Mas, acredito que essa coisa da vermicompostagem (que nome!) seja excelente. E pelo menos não faz mais lixo, muito pelo contrário; e se dizem que até pode criar postos de trabalho...

josé palmeiro disse...

Lembro-me, na minha juventude, de meu avô, fazer "estrumeiras", onde era depositado podo o lixo que se produzia, quer dos animais, quer todo o outro. Era um serviço demorado pois o lixo tinha que estar algum,(muito) tempo a "amadurecer" e tinha que se remexer de tempos em tempos. Já nesse tempo, as minhocas, eram as raínhas, e as interpretes desse mecanismo de transformação. Agora criadas em "viveiros", diria "MINHOCOCULTURA", é, sem dúvida, um grande avanço. Aliás, os avanços da utilização de elementos da natureza, poderão ser mais demorados, mas certamente que são mais eficazes. Em Estremoz, fez-se uma experiência, devidamente acompanhada e estudada por técnicos e universidades, que consistia em aproveitas as "natas", provenientes da serração dos mármores, para a selagem das lixeiras, com êxito absoluto.

Anónimo disse...

Pelo que li, isto é mesmo novidade, feiro desta maneira porque não são lixos orgânicos...
Muito interessante.