segunda-feira, março 23, 2009

Carrilho decidiu falar

Só não gosto do título do artigo porque creio que não se pode «destruir» o que não existe
Para além de que não é exactamente da «política cultural do PS» que ele fala porque aí teria de haver uma auto-critica, coisa que não vejo este senhor a fazer, e sim «política cultural do governo de Sócrates».
Mas qual política cultural?
A Cultura nunca foi uma pasta protegida por nenhum governo que eu me recorde. Parente pobre e afastada.

7 comentários:

Anónimo disse...

Mas o Doutor Carrilho fala, fala, e....

Pronto, neste momento terá a sua razão, mas o que raio é que ele tem feito, para além de se pavonear e se mostrar mal preparado para a maioria das coisas a que tem concorrido?...

Anónimo disse...

Estas fundações em que o PS é muito pródigo desde a Res Publica à Fontana( de má memória) e cujos contributos para a discussão dos problemas do país são tão elevados e etc,etc,..Bom.A contribuição de Carrilho para a Cultura teve alguns momentos altos para lá da casa de banho de lápis lazuli da Ajuda.A negociação com Berardo e com o mais que famoso, pelas voltas que tem levado, Museu do Design foram outras duas marcas Carrilho.Não me consta que as gentes do cinema e do teatro tenham estado particularmente felizes durante o "reinado"e o património parece ser coisa que não o interessou por aí além para além da remodelação pós-moderna da dita casa de banho.Agora na Unesco e com tempo para relançar a carreira politica lá do fantastico palacete parisiense(é espantoso como os Guterristas "piantes"só piam depois de bem instalados)atira-se (não a Pinto Ribeiro,é claro)mas tenta relançar o espirito das "Novas Fronteiras onde ele filosóficamente começou a deixar as hostes de boca aberta com a sua famosa(assim o Mourinho da filosofia,com menos resultados porque isto do pensamento não dá golos)arrogancia,leia-se inteligencia.Com Sócrates evidentemente é mais cimento e não estou a imaginar nem com a Fernanda Cancio de permeio qq. possivel dialogo(olha o Socrates a dizer Wittgenstein ou Hebermas com aquela voz de falsete).O Pinto Ribeiro lá que é fraquissimo é.Mas tb. já veio dizer que não há dinheiro.Como se alguma vez tivesse havido depois da casa de banho.E antes da casa de banho.Parece não saber ao que ia Coiiiiitaaaaado!Os comentários dos outros "agentes culturais "que o Expresso refere tb. não deixam de ser curiosos .Boa essa imagem do pensador.Realmente tal como na Antiga Grécia ou na àsia menor é preciso a barriga bem cheia para pensar.AB

Anónimo disse...

Aqui o pensador está a fazer um esforço notável.
Sempre que vejo esta estátua (que heresia, não e?) o que me ocorre é outro tipo de esforço - não mental - com outras consequências, que é afinal o que os nossos anteriores e actuais governos andam a fazer para a tal dita Cultura.

fj disse...

Num certo sentido o Carrilho foi menos mau do que muitos. Não fora a arrogância e a gente tinha gostado.
Mas a Cultura é a parente pobre e se bem sei nem sequer é só em Portugal.
Lamentável.
........
Depois nunca chega para tudo, mesmo que o orçamento fosse bem mais do que o 1%.

josé palmeiro disse...

Depois da AB, ter descorrido todo aquele rosário de "coisas certas", pouco ou nada me resta para dizer.
Referirei, apenas que o lugar é problemático, muito de fachada, sem suportes económicos para atender a um leque tão vasto de solicitações. Depois, como ficou subentendido, cada um que por lá passa, está enfeudado a um sector, esquecendo com facilidade todos os outros, vidé o caso actual que foi uma forma de institucionalizar o seu antigo "patrão", refiro-me, como é óbvio ao Joe Berardo.
Quanto ao resto, são sempre foguetes, para a festa que há-de vir!!!

Anónimo disse...

Tudo que AB disse ,me fez ganhar a manhã. Só tenho que agradecer e nada a crescentar.Adorei!!

cereja disse...

E pronto, boa colaboração da AB, à minha nota.
A Cultura é um Ministério que é «parente pobre» dos outros, mas realmente há alguns ministros que se resignam ainda mais a essa pobreza...