quarta-feira, dezembro 10, 2008

O dobro é muito?

Estas coisas da matemática deixam-me atrapalhada. O que é isso do dobro? Depende daquilo que se ‘dobra’, não é?
Ora bem. Segundo o DN, os senhores deputados da Assembleia da República, faltam quase o dobro à sexta-feira
Pelo que entendi, qualquer e toda sexta-feira. Bom, são «faltas justificadas» - parece que estão a trabalhar noutro sítio. Claro que se questiona porque é que marcam trabalho à mesma hora, sempre à sexta, sabendo que há o trabalho do Plenário e sobretudo em dias em que pode haver votações importantes...

Já o senhor parlamentar António José Seguro, vem deitar água na fervura.
Segundo explica, as faltas de última sexta-feira foram um episódio isolado e, mais do que isso,
os deputados ausentes correspondem [...só...] a cerca de 20 por cento dos parlamentares
Realmente já é embirração! O raio da má imagem que o povo tem daqueles mouros de trabalho.
Porque não hão-de faltar à sexta, o que juntamente com o sábado e Domingo faz com que a semana de trabalho tenha uns densos 4 dias de trabalho. Aliás, o mesmo estudo diz que na quinta-feira até é onde menos faltam.
Bolas, depois de 4 dias de árduo esforço têm de ter alguma folga.

Isso para além das férias de 18 de Julho a 17 de Setembro, aí uns 3 mesitos.
Além disso também não ganham assim por aí além, não é como Victor Constâncio 18 vezes o rendimento nacional «per capita»
...
Que pena tenho deles.





11 comentários:

Anónimo disse...

Anda o país a rir.

Estes gajos, sabendo que têm os olhos de todos postos neles, não têm emenda!!!!
E, li já não sei em que jornal que o PSD queria passar as votações para a 5ª feira que é o dia em que eles vão todos. Será possível?!

cereja disse...

Também já vi isso. Vou ver se apanho o link.
O Shark escreveu um post que deu origem a alguns comentários de paródia. Lá, oferecia-me para substituir um deputado que não quisesse por lá os pés à sexta. Não me ralava de «fazer uma substituição» e receber aquela fatia de ordenado...

Anónimo disse...

Gostei da piadinha final ao ordenado (???) do Dr. Constâncio.
Até mesmo em proporção com os seus congéneres o tipo ganha mais...

Oh moralidade!....

Anónimo disse...

Esta é história que não tem emenda.Ainda ontem um politólogo conhecido dizia que maior controle da Assembleia sobre os deputados era passar-lhes um atestado de "infantilização".E depois para justificar que já havia bastante controle dizia que eles para já assinavam ponto(é verdade muitos assinam e saiem imediatamente) depois "há as chamadas senhas de presença" ou seja os senhores ganham mais pelo facto de fazerem o favor de ir a plenário.Por outro lado há o chamado "trabalho politico" que pode bem ser feito todos os dias em almoços mais ou menos bem escolhidos em sitios mais ou menos bem chics isto no intervalo das comissões que quem se queira dar ao trabalho de ver pela tv repara que se faz uma ou duas perguntas ao secretário de Estado ou a outro qq. que esteja,que anota as perguntas e muitas vezes qd. está na vez da resposta o sr. deputado/a da pergunta já não se encontra presente.Enfim!Nota para o António José Seguro:tem tido um papel importante na tentativa de moralização e da reforma do funcionamento da Assembleia coisa que lhe tem criado dentro do PS muitos anti-corpos.Mas como referi aqui ontem a "anedota" do dia sem a qual nada disto teria sido noticia é que o PSD deixou passar a única oportunidade de se ôpor ao Governo e ganhar uma vez que havia deputados PS a votar contra o seu partido ...E "assim vai Portugal uma vez bem outras mal" lá dizia a cantiga.Ah! segundo o mesmo politólogo ods deputados não são qq.funcionários públicos que,enfim possam ser controlados por qq. um...Ai não?E se a gente deixasse de lhes pagar?AB

Anónimo disse...

Acho que estão a ser muito duros com os srs deputados. Ainda ontem ouvi o deputado Guilherme Silva a dar uma justificação plenamente plausível. Dizia ele que os deputados são humanos e têm família, portanto tinha que se compreender as baldas às sextas feiras. Até proponho que os portugueses que também sejam humanos e aliem a esse facto o de ter família que também possam usufrir das sextas-feiras como folga. Mas atenção, volto a referir, apenas os humanos com família!

josé palmeiro disse...

O António Seguro, disse isso, mas o Guilherme Silva, foi mais longe e disse que é para os que moram fora da capital, poderem chegar a casa a tempo de passar o fim de semana(?).
Já agora: "Quem é que avalia esta gente?", o POVO nas eleições? Mas como? Se se sabe que o rebanho anda, como o pastor mandar?
Há que Pôr cobro a esta cambada de indigentes, que se governam à custa de todos nós e exigir-lhes um trabalho sério e honesto. Porque não ganharem o equivalente ao que ganhavam antes de ir para deputados e só fazerem um mandato, não se perpétuando nos cargos e voltando às posições iniciais, no mercado normal de trabalho, lutando contra o desemprego e os baixos salários?
Não é uma honra, servir a Nação?

Anónimo disse...

Este tema dá sempre gosto!
:)))
Já viste como nós gostamos de molhar o pão na sopa ? Eheheheh!! Mas só se disse aqui verdades.
Essa de que os deputados são «humanos» e precisam de estar com a família é de bradar aos céus! E por outro lado os que são de forra de Lisboa... etc...etc...
Já que está na moda falar de professores, aqueles que são destacados para o cú de Judas, e têm de fazer quilómetros e quilómetros para passar o fim-de-semana com a família, também tinham toda a justificação em não terem aulas à sexta, não?...
É que aquilo é cada tiro cada melro! Era melhor não dizerem nada.

Anónimo disse...

E é claro que a AB pôs o dedo na ferida. Isto só teve esta repercussão por causa da oportunidade perdida pelo PSD! Se assim não fosse continuava a não se notar nada.

cereja disse...

Eu comecei por perguntar quanto era «o dobro» porque tudo é relativo. O «dobro de zero» por exemplo....
.........
O 'sem-nick' tem toda a razão, isto aqui era um post-a-puxar-ao-comentário :)))
E disseram aqui coisas certíssimas, uma das quais é que não devia ser permitido mais do que um certo número de mandatos. Há ali deputados que nunca tiveram outra «profissão», e vão acumulando vícios que eu sei lá.

Anónimo disse...

Isto vai correr mal, esperem para ver

cereja disse...

Oh Kika, eu acho que já está a correr mal!, nem preciso esperar...