terça-feira, dezembro 16, 2008

Arrumações e 'tesouros'

Vocês já me ouviram dizer. De vez em quando dá-me um «vaip», e desato numa fúria de arrumações. É por ondas. Ou talvez por tsunamis que a coisa é brava!
Claro que há quase sempre um pretexto.
Ou é porque estamos a mudar de estação e é preciso libertar armários e gavetas, (isto quando a fúria se dirige aos trapos) ou porque ando à procura de um papel ou um livro e não o consigo achar (quando a fúria se dirige às estantes e gavetas da secretária) ou porque quero encaixar um móvel novo e tenho de «dar-uma-volta-à-sala»! Como estão a reparar as fúrias são diferentes e não me dão ao mesmo tempo ou então é que me daria uma coisinha má a sério...
Ora bem, desta vez – talvez pelo famigerado comando desaparecido - comecei a arrumar prateleiras e gavetas.
Há poucos meses assisti ao ‘desmanchar’ de uma casa, de uma senhora de 92 anos, que teria mais de 10 divisões. É claro que se teve de pôr no lixo sacos e sacos enormes, de muito do que ela foi acumulando ao longo dos anos. Eu acho que o que me vale é de facto ter de 'me encaixar' em 3 divisões... A bem ou a mal, de vez em quando também tenho de despejar algumas prateleiras e mandar coisas para o lixo por mais que me corte o coração.
Desta vez foram à vida dossiers e dossiers de recordações da minha vida profissional, mas que de facto já não podem interessar a ninguém! Lixo e pronto!
Mas, por outro lado, estas ‘limpezas enérgicas’ tem uma grande vantagem – é que acabo por descobrir coisas que já não sabia onde as tinha guardado.
E desta vez encontrei uma coisa que procurava há tempos sem saber onde estaria 'escondida': 3 exemplares (infelizmente são só 3) de uma revista de 1950 chamada «Os Nossos Filhos». (Já adivinham que vão aparecer mais uns posts na secção do «Era uma vez...»?)
Se eu soubesse mais de sociologia alguma coisa de sociologia faria uma comparação entre ela e a Pais e Filhos. Mesmo assim ainda me vou atrever a escrever alguma coisa nesse sentido – para começar basta pensar nos títulos, não é? A palavra «Filhos» está nos dois, mas de um modo bem diferente, afinal.

(se clicarem podem ver em tamanho natural)

16 comentários:

Anónimo disse...

Tinha uma especial embirração à Pais e Filhos porque me parecia um feudo Barros mais Laurinda Alves e Pedo-psiquiatra bonzinho (já havia uma amiga minha que tb. punha a cabeça de lado qd. contava histórias às criancinhas na tv)).Quanto à outra nem me lembro dela mas a capa leva-me logo para o "Menina e Moça"...AB

Anónimo disse...

BOA!!!
As tuas «arrumações» são sempre excelentes para o blog! Continua a arrumar que nos faz bem:D

A Pais e Filhos é apesar de tudo uma referência. Muito comercializada, é claro. Aliás deixaste um link simpático para a parte «revista» mas há um site onde se vende tudo e mais um par de botas...

Essa dos «Nossos Filhos» vê-se que é bem velhinha mas promete. Ficamos à espera.

Anónimo disse...

Só agora obedeci e cliquei para ver em grande. Reparei num pormenor - a foto está assinada Vinagre que era um dos grandes fotógrafos da altura. Cá por casa há fotos 'artísticas' de pessoas dessa década assinadas Vinagre.

cereja disse...

AB, és um pouco mazinha, mas é verdade, a a partir de certa altura aquilo passou a ser da «família Barros e seus amigos». Acho que ainda é. Mas afinal é a revista mais conhecida que temos de quatões de crianças.

A outra conheço-a por motivos muito pessoais, e só tenho estes 3 números exactamente por esses motivos. Mas na época foi importante, e seria o que se podia chamar mais ou menos 'de esquerda'.
Scanarizei algumas páginas e estou a tencionar deixar aqui algumas observações sobre a época, King.
Espera e verás.

Anónimo disse...

Giríssima, a revista!
(eu fui logo ver 'em grande')
E abençoadas arrumações!
A tua casa deve ser exemplar, ou não? Se tiveres energia a mais não queres dar um saltinho à minha?.....
Tou a precisar tanto!

Anónimo disse...

(Emiéle, quando dizes «tamanho natural» é um modo de dizer «em grande» não é? Porque quando clicamos fica bem maior que um A4, que devia ser o tamanho da revista...)

Olha, só posso aplaudir.
Fico à espera das scanarizações e dos teus comentários à revista.
Vai continuando a arrumar que ainda descobres mais coisas interessantes!

Anónimo disse...

Li agora os comentários.
Realmente havia um fotógrafo famoso em fotografias de pessoas, chamado Vinagre, cá na minha casa também há fotos dele. Vou ver se vem na net, mas não deve.

Anónimo disse...

Ná!
Há mais do que um fotógrafo com esse apelido mas muuuito mais novo.
Logo vi, que não era natural - a net quase só tem coisas recentes.

josé palmeiro disse...

"OS NOSSOS FILHOS", foi uma revista que me habituei a ver, diáriamente e é com uma pena imensa que vos digo que tenho imensas, sim imensas, pois recolhi-as de casa dos meus pais e guardo-as religiosamente, mas estão, no Algarve. Quando lá voltar, não me vou esquecer de as recordar.
Quer parecer-me que há, por aqui um equívoco muito grande, relativamente ao título das revistas, é que são DUAS, uma, "OS NOSSOS FILHOS" a que aqui é referida, a outra, a "PAIS E FILHOS", que a AB, fala. Só a palavra FILHOS, é comum às duas. No tempo da primeira, a Laurinda ALves, ainda não era nascida.
Linda, a tua referência!!!

Anónimo disse...

Zé Palmeiro leste bem o comentário ?Pessoalmente não fiz confusão nenhuma.AB

cereja disse...

Zé Palmeiro, que sorte teres uma colecção grande, eu só consigo estes 3 números... mas mesmo dos que tenho posso tirar ainda muito sumo - o que tenciono fazer.
Realmente não leste com muita atenção, não apenas o comentário da AB, mas sobretudo o parágrafo final do meu post; repara que eu digo que se eu soubesse alguma coisa de sociologia faria uma comparação entre ela e a Pais e Filhos.
Ou seja, acentuei que eram duas e até acrescentei:para começar basta pensar nos títulos, não é? A palavra «Filhos» está nos dois, mas de um modo bem diferente, afinal
:))
Não te aborreças que eu muitas vezes também leio um pouco em diagonal... Nestes números que eu tenho devias ser muito pequenino, um ou dois anos, imagino.
ainda acabamos a trocar revistas :)))))

Sem-nick. é claro que as figuras mais antigas não encontramos na net. Irrita-me bastante, mas é assim...

josé palmeiro disse...

Minhas amigas, AB e Emiéle, realmente só li, de "raspão", daí o erro. Realmente só li a referência à "Menina e Moça do Bernardim que até era alentejano, do Torrão. A "NOSSOS FILHOS", tinha figuras, como a Maria Lamas, se a memória, me não atraiçoa.
De qualquer forma e apesar do erro que cometi, talvez tivesse sido bom fazer aquela acentuação, pois a "velhinha", merece-o.

Anónimo disse...

Por acaso a Menina e Moça a que me referia não era essa do Bernardim.Era a da Mocidade Portuguesa.Ele há cada equivoco.AB

Anónimo disse...

Esses tres exemplares, ainda nos vão dar muito que falar. Ainda bem que encontraste, mas devem fazer parte de uma herança, pois de 1950 já têm uns bons aninhos ... devem ser interessantes para terem sido guardadas religiosamente

cereja disse...

Pois foi Kika, tinham um interesse especial para quem os guardou, mas o que eu irei ver é como o mundo mudou.
É mesmo muito curioso.

josé palmeiro disse...

Relativamente à Menina e Moça, ser conotada com a M.P., não tinha a menor ideia. Na verdade da M.P. , não tenho recordações a não ser os campeonatos de volei, de andebol e de atletismo, que era o que me ligava a ela. De resto mais nenhuma participação a não ser o ter que pagar as cotas, juntamente com as mensalidades do estabelecimento de ensino que ferquentei, o que era obrigatório.