Imaginação e outras coisas
Não acredito que tenha mais imaginação do que as outras pessoas.
É certo que sou um tanto orgulhosa, tenho um egozinho de bom tamanho, e sei que não sou pior ou mais burra que a maioria das pessoas. Mas também tenho a consciência de que não serei também melhor – estou ali bem instalada na média que é local bem frequentado.
Ora desde sempre que a minha fonte de imaginação esteve na leitura. Sou de uma geração que começou a ler antes de se familiarizar com a imagem em movimento. E isso ficou.
Quase sempre, ao ver em cinema uma obra que comecei por ler, torço o nariz porque aquilo que imaginei quando li é mais interessante. Mesmo obras não literárias – policiais, f-c, obras desse tipo – gosto mais de as ler do que ver idênticas em tv ou cinema.
Quando era pequena li muito livros de umas séries que se chamavam «A vida quotidiana no tempo de...» e assim se percorria toda a História. O Egipto da Grande Pirâmide, o século de Péricles, as guerras Púnicas, isso visto no dia-a-dia era fascinante para mim, e eu projectava-me naquelas ruas, naqueles vestuários, naqueles usos.
Já recentemente, fiquei fascinada com a série policial (???) «Roma sub Rosa», aí uns 12 romances que relatam uns mistérios desvendados por um «detective» que vai envelhecendo ao longo das histórias e se ‘apanha’ a história de Roma desde Sila até ao triunfo de César, no seu quotidiano mais elementar.
Isto para dizer que imaginar é bom. A nossa fantasia dá uma cor e uma vida às coisas que nada iguala. E as pessoas com uma imaginação rica conseguem gozar sozinhas, elas e a sua fantasia, não precisam de muletas. As crianças não perguntam aos pais «e agora o que é que vou fazer?»...
OK, não digo que o oposto seja mau, quem sou eu para atirar com sentenças dessas!? Mas achei curioso que o Google Earth fizesse uma criação virtual do que seria a Roma antiga. Está aqui:
É certo que sou um tanto orgulhosa, tenho um egozinho de bom tamanho, e sei que não sou pior ou mais burra que a maioria das pessoas. Mas também tenho a consciência de que não serei também melhor – estou ali bem instalada na média que é local bem frequentado.
Ora desde sempre que a minha fonte de imaginação esteve na leitura. Sou de uma geração que começou a ler antes de se familiarizar com a imagem em movimento. E isso ficou.
Quase sempre, ao ver em cinema uma obra que comecei por ler, torço o nariz porque aquilo que imaginei quando li é mais interessante. Mesmo obras não literárias – policiais, f-c, obras desse tipo – gosto mais de as ler do que ver idênticas em tv ou cinema.
Quando era pequena li muito livros de umas séries que se chamavam «A vida quotidiana no tempo de...» e assim se percorria toda a História. O Egipto da Grande Pirâmide, o século de Péricles, as guerras Púnicas, isso visto no dia-a-dia era fascinante para mim, e eu projectava-me naquelas ruas, naqueles vestuários, naqueles usos.
Já recentemente, fiquei fascinada com a série policial (???) «Roma sub Rosa», aí uns 12 romances que relatam uns mistérios desvendados por um «detective» que vai envelhecendo ao longo das histórias e se ‘apanha’ a história de Roma desde Sila até ao triunfo de César, no seu quotidiano mais elementar.
Isto para dizer que imaginar é bom. A nossa fantasia dá uma cor e uma vida às coisas que nada iguala. E as pessoas com uma imaginação rica conseguem gozar sozinhas, elas e a sua fantasia, não precisam de muletas. As crianças não perguntam aos pais «e agora o que é que vou fazer?»...
OK, não digo que o oposto seja mau, quem sou eu para atirar com sentenças dessas!? Mas achei curioso que o Google Earth fizesse uma criação virtual do que seria a Roma antiga. Está aqui:
É interessante, não é? Mas… tão asséptica! Nos livros que eu lia conseguia imaginar os cheiros, os sons, a porcaria das ruas, a confusão. Aqui tem de se fazer algum esforço, está impecável.
Pronto. Concedo: viva o progresso! Mas viva também a nossa imaginação!!!
Pronto. Concedo: viva o progresso! Mas viva também a nossa imaginação!!!
13 comentários:
E já agora viva o Suskind.Qt. a ti ficamos a saber.(houve a possibilidade de bilhetes na TAP mais baratos para a Roma de hoje-que de certeza suplantavam o prazer do Google).AB
Claro que ver ao vivo a Roma de hoje, é um prazer.
Este post era mais de recordações. E de lembrar o peso da imaginação de cada um. (acredito que a «minha» Roma antiga fosse bem diferente da Roma antiga do outro menino que leu os mesmos livros que eu...)
olha, olha!!! Desta vez é novidade, venho ATRÁS DA EMIELE!!! Não me lembro de ter acontecido!
:))))
Achei giro essa romagem ao tempo onde como aqui dizes, se «começava a ler antes de se familiarizar com a imagem em movimento» ou seja a tv pelo que traduzo.
Também passei por isso.
Quando era pequenito, não havia tv lá em casa, e portanto para a gente se distrair íamos lendo. E concordo contigo que em certa medida «espevitava» a imaginação.
Esta Roma como dizes tão limpinha, é claro que é diferente, mas a ideia é muito gira. Para mim é complementar da outra, a que eu 'imaginava'.
Isto de se ser da mesma geração, tem destas coisas. Lêmos os mesmos livros, tivemos os mesmos sonhos e fizemos as mesmas viagens.
Depois é como diz o King, estou com ele e com a sua opinião. Só referir que aqui, a google é como o algodão, não engana...
Essa série de romances de Steven Saylor é fabulosa!!!
Comecei um dia com o «Crime na Via Ápia», e conheci então Gordiano, o Descobridor. Fui procurar os outros, à medida que apareciam traduzidos em português.
O primeiro é «Sangue Romano» e por aí fóra... A Casa das Vestais, O Enigma de Catilina, o Triunfo de César... Fascinante!
E chamar a Gordiano detective é exagero. Descobridor, diz ele.
Bem, já me desviei do que disseste, mas mordi o anzol. Realmente a vida do dia a dia lida desta forma é sensacional. O que não quer dizer que esta reconstituição do Google não seja interessante. Tudo tem o seu lugar.
Eu gosto muito de fantasiar!
:-)
Venho qui para dizer ao Palmeiro que a foto da açorda está de ...pedir mais.Mas ...e as migas-gatas já agora como é que fazes?AB
Eheheheheheh!!!!
Esta está formidável! Oh Palmeiro dá lá um jeito na tua caixa de comentários que a AB comenta aqui o teu post e isso é um caso nunca visto!!!
lol!!!!
O melhor de tudo é que me fez ir a correr à Sesta espreitar a açorda!!!!! Que belo aspecto!
Quanto aqui à imaginação, é das tais coisas, cada um tem a que tem... Mas lá que se pode estimular, eu acho que sim. E muitas vezes a papinha feita não é coisa que ajude à festa.
Contudo o vídeo do google é interessante e vou procurar mais.
Fundamental, a imaginação. Mas só se torna visível com a vontade de exercitá-la, como tu fazes, e bem.
Bj.
Já tinha visto este video e não achei lá muito graça,prefiro estimular a imaginação como tive oportunidade de fazer ao visitar Roma nas férias deste verão.Andava ansiosa por faze~lo e é fantastico ver este
Coliseu, e o resto Roma é um fascinio.Trazer á memoria tudo que fomos aprendendo sobre Roma antiga, foi muito bom
Volto a Roma, para falar de "açorda de coentros à alentejana".
Vê lá tu, Emiéle, que agora até carregas com o peso e a responsabilidade de guardares, religiosamente, os comentários da AB, que eram para a "Sesta", mas dada a boa vizinhança, não tenho nada a opôr.
Depois a Joaninha, que também por lá passou e nada disse. Eu sei que quando a "açorda" é boa, e esta, era dessas, não dá para falar.
Agora, AB, quanto às migas-gatas, só lá em casa!
Agora nós, Emiéle.
Sabes que vamos ser os primeiros?
Nunca ninguém comentou um blog, usando outro!
Somos os maiores, não há dúvida.
:)))))
Também acho! Esta novidade que a AB iniciou é das mais engraçadas, e tem as suas vantagens - a mim aumenta o nº de comentários o que é sempre bom, mas por outro lado fala do teu blog e acaba por enviar para lá leitores o que também, em certa medida não é mau!
Só ela !!!!
Para o resto dos amigos: Cirandinha, de vez em quanto vejo-te por aqui, e sempre simpática. O teu blog está lindo e as mudanças do template também são bons sinais de imaginação, não e?
Shark amigo, eu sei que gostas de fantasiar. Basta visitar o Charquinho com alguma frequência. Até nas fotos, quer são bem reais, se nota a tua imaginação! :D
Kika - eu havia de ter comentadores mais tardios, é claro, e agora cá andas tu. Costuma ser a Saltapocinhas e volta não volta a Alex - é para eu ver que afinal não posso fechar a porta à hora do almoço. Sempre tive a mania que só cá vinham de manhã, mas pelos vistos ando enganada. Olha, imagina que nunca fui a Roma. Está na miha lista, mas ainda não deu....
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