Rede escolar reduzida um terço
Tem diminuído a natalidade, creio que é um facto.
Mas a ponto de se justificar encerrar-se um terço das escolas existentes...?
Dizem-nos que desde 2000, foram encerradas cerca de um terço das escolas públicas portuguesas
É certo que se construíram outras. Abriram 589 para substituir as 4255 que fecharam o que serve bem para ilustrar que alguma coisa não está bem. O critério é de que uma escola com muito poucos alunos não é rentável, portanto deslocam-se as crianças para onde existam respostas já prontas.
Só que esta decisão têm um efeito boomerang: "Estas medidas aceleram a desertificação das aldeias" [....]"As crianças têm um papel decisivo na construção de cenários alternativos de futuro para as aldeias. Retirá-las das suas terras dificulta esse trabalho", e se a análise destes factos se refere a locais do interior, o tal ‘Portugal Profundo’, neste momento essa questão gravíssima já se verifica até em Lisboa, onde não é fácil encontrar vagas em boas escolas e infantários no coração da cidade, anda tudo a fugir para a periferia.
Sobretudo para crianças muito pequeninas, faz muito mais sentido encontrar-se respostas em pequenas unidades perto de sua casa do que levá-las para ao pé de centenas de outros meninos onde elas se vão sentir diluídas na multidão.
Mas a ponto de se justificar encerrar-se um terço das escolas existentes...?
Dizem-nos que desde 2000, foram encerradas cerca de um terço das escolas públicas portuguesas
É certo que se construíram outras. Abriram 589 para substituir as 4255 que fecharam o que serve bem para ilustrar que alguma coisa não está bem. O critério é de que uma escola com muito poucos alunos não é rentável, portanto deslocam-se as crianças para onde existam respostas já prontas.
Só que esta decisão têm um efeito boomerang: "Estas medidas aceleram a desertificação das aldeias" [....]"As crianças têm um papel decisivo na construção de cenários alternativos de futuro para as aldeias. Retirá-las das suas terras dificulta esse trabalho", e se a análise destes factos se refere a locais do interior, o tal ‘Portugal Profundo’, neste momento essa questão gravíssima já se verifica até em Lisboa, onde não é fácil encontrar vagas em boas escolas e infantários no coração da cidade, anda tudo a fugir para a periferia.
Sobretudo para crianças muito pequeninas, faz muito mais sentido encontrar-se respostas em pequenas unidades perto de sua casa do que levá-las para ao pé de centenas de outros meninos onde elas se vão sentir diluídas na multidão.
Mas não é essa a política, não apenas deste governo como de vários dos que têm vindo a gerir o nosso país desde há muitos anos.
Lamentável.
Lamentável.
daqui
8 comentários:
É o progresso.
Daqui a uns anos existirão escolas gigantescas nas sedes dos concelhos com tudo ao monte e fé em Deus, e o resto do país que se continue a despovoar. Ficam lá os velhos que não precisam de escolas.
Não sabia que o Rui d'Espiney ainda estava no activo.
Aos anos que não sabia dele...
A quem o dizes.
Lutei contra este estado de coisas, desde o início, pois tudo começou, era eu responsável autarquico, dessa área, tendo feito finca pé, para manter em funcionamento, tantas quanto podesse, equipando-as com computadores, muito antes do sócrates, mas foi uma luta inglória pois a concentração, como é afirmado, tudo levou e hoje é ver as aldeias sem gente e, consequentemente, sem vida. Verifiquei isso, também na minha vida de "trota mundos", com a Biblioteca Itinerante, pois, a dado passo, deixamos de ter crianças e gente em idade produtiva, nos sítios mais reconditos, uma vez que os pais vinham para as cidades trabalhar e os filhos, desde o raiar da aurora, até ao lusco-fusco, hipotecados a uma escola desumanizada, para inde os traziam, todos os dias. Restavam os "Velhos", que pouco mais fazian que embelezar a paisagem. Mas será que, isso não conta ou o que se pertende é mesmo desertificar?
Com a mágoa que senti, esqueci-me de referir a ilustração. Linda e bonito também o teu gesto ao referires a proveniência.
Realmente, se o permites, há duas péssimas consequencias, pelo menos, a situação dos mais pequenas,e a gravissima desertificação do pais com uma desumanização que nem se pode
classificar.Mas, enfim,eles sabem muito bem o que querem e para onde vão.
Tenho reparado nisso, essa pescadinha de rabo na boca: as pessoas vão para onde há respostas e criam as respostas para onde as pessoas vão...
E o resto que se lixe!
Olha que a diminuição de 1/3 é brutal!!!
King - o Rui d'Espiney ainda está no activo, sim. Não sabia que o conhecias. :D
Vocês reparem num pormenor que eu deixei ali no ar - é que se no interior a coisa é patética, terrível, com consequências como as que o artigo refere, até mesmo em sítios muito populosos a política é atirar com aquilo que se pode para o sector privado.
Na cidade de Lisboa, creches que façam parte da Segurança Social, creio que existem umas 3 ou seja 0,000001 % das necessidades. Depois há a Misericórdia (mas que afinal é uma IPSS, não é Estado) e os privados.
E abomino as respostas gigantescas para aceitar bebés ou crianças com menos de 3 anos.
Xi!De repente foi cá um salto!De repente "vi"o Rui com as suas ceifeiras de barro para vender ali para os lados da Tarantella ...e um remetente num envelope de carta em cima da mesa de uma amiga minha,já não me lembro se do Brasil ou de França...qd ninguém sabia dele.Qt. ao resto repetir o que já foi dito tantas vezes nada adianta ao assunto.AB
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