sexta-feira, setembro 26, 2008

As metáforas dos objectos

Não sei se também se passa com vocês, mas quanto a mim, é muito frequente encontrar situações do dia a dia que parece estarem a chamar-me a atenção, para isto ou aquilo que eu esteja a fazer. Umas verdadeiras metáforas 'objectivas'.
Acabei agora mesmo de passar por uma delas:
A minha banheira tem no fundo um tapete de borracha, destinado a evitar que eu escorregue no esmalte, se ainda lá estiver um pouco de sabão. Há anos que uso esse ‘dispositivo’ sempre confiante de que com isso evitava algumas quedas desastrosas. Que isso de cair na banheira não deve dar grande saúde a ninguém, aquilo é mesmo duro.
Ora há pouco, quando ia tomar o duche, ponho o pé no tapete e senti-me a andar de skate! Felizmente a banheira não é muito comprida portanto a viagem foi pequenina, deslizei em cima dele, equilibrando-me com alguma agilidade mas perdi a confiança.
Bolas! Então aquilo era exactamente para me sentir segura, e começa ele a andar…?! As ventosas que tem da parte de baixo talvez estivessem com sabão, lá o que foi não sei, mas o certo é que não aderiram e até escorregaram melhor!...
Daí reflecti que na vida (na minha, para ser mais exacta!) encontro muitas vezes pessoas coisas que eu imagino que sejam de protecção e ajuda até de repente de fogem debaixo dos pés e me pregam rasteiras inesperadas.
Ou quando vou entrar, receosa, num sítio e o vento me fecha estrondosamente «a porta na cara». Metáfora?

Ou preciso de um livro e ele, que estava mal equilibrado, me «cai no colo»? (já aconteceu!) Metáfora?

Acreditem, esta vida anda cheiinha de metáforas reais, os objectos bem nos avisam.

Assim nós as soubéssemos entender.


6 comentários:

Anónimo disse...

Está muito bem visto, mas olha que esta aventura por que passaste hoje, é assustadora!
O próprio tapete a deslizar?!

è para se perder a confiança em tudo!
:)))

cereja disse...

Pois foi, King.
E pensei que na vida isso também acontece. Foge-nos o tapete debaixo dos pés, mesmo aqueles que estavam pensados para nos ajudar...

(mas olha que falei noutras metáforas: quando uma coisa nos cai ao colo!)

josé palmeiro disse...

Comecei cedo, mas depois fui tomar uma banhoca, para acordar, convenientemente.Quanto ao tapete, voador, também já me aconteceu. Segundo detectei, foram mesmo os resíduos do sabão ou do gel, que se foi acomulando e que retirou todo o efeito das ventosas. Desde esse dia, que aprendi uma rotina: retiro o tapete, no final do banho e doulhe uma passagem de água, só o voltando a colocar, quando de novo banho e todo o pessoal, da casa, faz o mesmo.
Éssa de escorregar, assim, é mesmo desagradável e com possiveis danos, muito perigosos.
Das outras situações só te digo que ontem, estando eu, a fazer umas modificações nas arrumações, em cima de um esscadote, desequilibrei-me e tive que saltar, para não cair, só que nunca larguei o que tinha nas mãos. Hoje, estou aqui com uma dor num braço, que nem te digo.

Anónimo disse...

No meu intervalo de almoço cá venho ao Pópulo como é hábito... :D
Até estranho este post ter tão poucos comentários! Está mesmo a «pedi-los»!!!!

Porque tiveste graça (quanto a mim) com essa das 'metáforas' das coisas. É mesmo assim. Também já me tem acontecido pensar 'isto parece simbólico'!

Anónimo disse...

Mas olha que um acidente desses pode ser grave, heim! Ainda por cima operada a um joelho há pouco tempo... tens mas é cuidado.
O que diz aqui o Zé P. é boa ideia - passar por água para tirar o sabão antes de entrar na banheira.

Anónimo disse...

E «apanhar com a porta na cara»?? Já me aconteceu, ao vivo :))))