Manias
Manias todos temos.
Penso que não estou a ofender ninguém a dizer isto. Claro que há muitos casos onde o próprio não o reconhece, mas há sempre alguém que o avisa «Olha que isso é uma mania!» e… até é. Felizmente, na grande maioria dos casos são coisitas tão insignificantes que não chateiam ninguém, nem o próprio nem os seus amigos. De vez em quando lá aparece uma pessoa, mais ‘complicada’ com uma mania das aborrecidas, das que interferem com ‘o-resto-do-mundo’, tipo o-c (obsessivo-compulsivo) mas não é vulgar felizmente.
Aqui há uns dias, ao contar a minha instalação na ‘casa de férias’, falei em arrumações, confessei que erao meu um dos meus defeitos e prometi voltar ao tema. OK, hoje aqui está neblina e o tempo parece estragado, há tempo para paleios, venho então confessar-me:
Eu gosto das coisas arrumadas.
Gosto muito.
Considero que também sou asseada, quer comigo própria quer na minha casa, mas se os móveis tiverem um pouco de pó, o chão não for aspirado, as janelas não brilharem, não me sinto desconfortável. Mas já me sinto muito, muito desconfortável, no meio de uma grande bagunça. Reconheço-o como mania. Não tanto pelo desagrado pela desarrumação, mas sobretudo pelo prazer que sinto ao ver as coisas em ordem. É capaz de entrar na tal O-C…
Creio ter lido algures que estas coisas estão ligadas aqui ao nosso interior. O acto de pôr em ordem e arrumar o que está for a de nós, vai simbolicamente atingir ali a psique, e ajuda a «arrumar» as nossas emoções e sentimentos que tantas vezes andam aqui aos saltos, e todas numa confusão. Será?… Faz algum sentido, porque a verdade é que depois de uma «sessão» onde mentalmente as catalogo e depois descubro uma ordem ‘perfeita’ para pôr como deve ser as roupas nas gavetas, as latas na dispensa, os livros nas estantes, há um sentimento de paz e dever cumprido. «Já está!» Como se o meu mundo interior também se arrumasse.
É engraçado que para puzles nunca tive muita paciência, e contudo deve ser o mesmo mecanismo. Mas já gosto das paciências que tenho no pc (lembro-me da minha mãe que passava horas a faze-las com cartas verdadeiras…) e quando chego ao fim com sucesso há uma noção de ‘tudo arrumado’. Tenho uma amiga, pior do que eu, que nestas paciências virtuais se as perde, manda reiniciar e repete-a até conseguir acertar!…
Manias, não é?
Penso que não estou a ofender ninguém a dizer isto. Claro que há muitos casos onde o próprio não o reconhece, mas há sempre alguém que o avisa «Olha que isso é uma mania!» e… até é. Felizmente, na grande maioria dos casos são coisitas tão insignificantes que não chateiam ninguém, nem o próprio nem os seus amigos. De vez em quando lá aparece uma pessoa, mais ‘complicada’ com uma mania das aborrecidas, das que interferem com ‘o-resto-do-mundo’, tipo o-c (obsessivo-compulsivo) mas não é vulgar felizmente.
Aqui há uns dias, ao contar a minha instalação na ‘casa de férias’, falei em arrumações, confessei que era
Eu gosto das coisas arrumadas.
Gosto muito.
Considero que também sou asseada, quer comigo própria quer na minha casa, mas se os móveis tiverem um pouco de pó, o chão não for aspirado, as janelas não brilharem, não me sinto desconfortável. Mas já me sinto muito, muito desconfortável, no meio de uma grande bagunça. Reconheço-o como mania. Não tanto pelo desagrado pela desarrumação, mas sobretudo pelo prazer que sinto ao ver as coisas em ordem. É capaz de entrar na tal O-C…
Creio ter lido algures que estas coisas estão ligadas aqui ao nosso interior. O acto de pôr em ordem e arrumar o que está for a de nós, vai simbolicamente atingir ali a psique, e ajuda a «arrumar» as nossas emoções e sentimentos que tantas vezes andam aqui aos saltos, e todas numa confusão. Será?… Faz algum sentido, porque a verdade é que depois de uma «sessão» onde mentalmente as catalogo e depois descubro uma ordem ‘perfeita’ para pôr como deve ser as roupas nas gavetas, as latas na dispensa, os livros nas estantes, há um sentimento de paz e dever cumprido. «Já está!» Como se o meu mundo interior também se arrumasse.
É engraçado que para puzles nunca tive muita paciência, e contudo deve ser o mesmo mecanismo. Mas já gosto das paciências que tenho no pc (lembro-me da minha mãe que passava horas a faze-las com cartas verdadeiras…) e quando chego ao fim com sucesso há uma noção de ‘tudo arrumado’. Tenho uma amiga, pior do que eu, que nestas paciências virtuais se as perde, manda reiniciar e repete-a até conseguir acertar!…
Manias, não é?
10 comentários:
Se esta e mania e das simpaticas!
Desde que nao «obrigues» os outros a entrarem dentro dela...
Nao sou exactamente assim, mas a carapuça entra muito bem.
Sou «quase» assim.
Como dizes, ha alguma paz quando se olha em redor e as coisas estao nos seus sitios.
:)
Obrigada pela «mania simpatica» Mary.
(e ja agora esta coisa dos acentos que desaparecerem, e virus ou que??? aqui tambem fugiram dos vossos comentarios!)
Eu sou mais das arrumações desarrumadas. Não que não goste de ver as coisas em "su sítio", mas, as minhas ficam onde eu as deixo e depois, se as "arrumam", é uma carga de trabalhos. Também serei num determinado sentido O-B, pus assim para não se confundir com a marca dos "tampões", mas, na minha imensa variedade familiar, tenho um, daqueles que para além de desarrumado, também não se importa de vestir a primeira peça que lhe apareça na frente, seja dele ou do pai, coisas... Mas o pessoal habitua-se.
Reolápopulograçasaojp:
Só para dizer que acho que estou inteiramente de acordo com mary.
Bom,acho que sou arrumada e a desarrumação excessiva mexe com a minha "arrumação" interior...E porque não sou em demasia, acho toda a demasia um pouco maniaca, sobretudo quando se trata de desarrumação.Tenho disso sempre que o meu filho vem a casa.Porque diabo é que as gavetas ficam meio abertas meio fechadas?E as portas dos armários idem?Porque diabo o tapete do corredor ha-de sempre ficar com uma ponta enrolada e torto?Porque diabo é que para ir buscar umas cuecas, se vira a gaveta sem rei nem roque, como se um furacão tivesse passado por ali?Enfim...AB
Mas devo dizer que a arrumação demasiada, daquelas que parece que entras num cenário e não numa casa vivida, me remete imediatamente para o mundo das personalidades fóbicas.E aí sinto-me francamente estranha e com vontade de desalinhar logo qq. coisa.È como com as conversas e opiniões que, de tão politicamente correctas, ou me dão sono ou uma vontade(deve ser uma adolescencia mal resolvida)de largar uma provocação tanto maior qt.maior a correcção .AB
FJ - BEM VINDO ou BEM VOLTADO....
:))
De facto a tua primeira frase só podia ser tua... E o JP é formidável, de facto, mesmo que não resolvesse o teu problema deu-lhe uma boa volta!... (claro que não «obrigo» ninguém a entrar dentro da minha mania - a não ser que me venham desarrumar o que eu arrumei, né?!?
AB - hoje sou eu que faço minhas as tuas palavras! «a desarrumação excessiva mexe com a minha "arrumação" interior» é mesmo isso! Tenho a mesma convicção de que se abrimos uma gaveta não custa nadinha voltar a fechá-la... Parece-me a mim! E também concordo que as pessoas que vivem assim num 'cenário' onde não está uma coisinha fora do sítio, parecem plastificadas, de cera... Que nervos!... Isso é o 80 do 8!
Zé Palmeiro, repara que quando se viove em família, e se é um tanto alargada (mulher e váriuos filhos) h+a sempre alguém de um tipo e alguém de outro... Cá por mim os filhos costumam ser «do outro»...
Carissima,
Se acaso passares por algum estado de desorganização mental
Se sentires uma compulsão avassaladora
Se tiveres um episódio manieco
(e longe vá o agoiro)
podes sempre contar com a minha humilde casinha para as sessões de terapia que te aproverem
Dispõe sempre,
Beijinhos
eu ainda não consegui arrumar as latas na despensa como queria!
é que o espaço é exíguo e não dã para as pôr por categorias.
então tive de misturar na mesma fila feijão e grão e noutra fila tomate e cogumelos.
mas não está bem!
e agora que me fizeste lembrar, apetece-me lá ir arrumar de outra maneira!
ufa!
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