Ganchos, molas, e outras coisas que tais
Alguns amigos meus que sabem que tenho o blog, olham-me de revés e perguntam de um modo um tanto trocista que piada é que isto tem. Deixam implícito que manter o blog é um exercício narcisístico como outro qualquer, um modo de falar para o boneco mas imaginando que o boneco tem ouvidos… Sei que não é bem isso (talvez seja um nadinha…) e de vez em quando tenho uma surpresa a provar o contrário e que caem no Pópulo de pára-quedas alguns leitores que até se dão ao cuidado de deixar comentários interessantes.
Uma vez, já há bastante tempo, escrevi qualquer coisa sobre «a praça de taxis do aeroporto» e esse título atraiu aqui um taxista que entrou em diálogo comigo e contou coisas interessantes, que isto da vida de taxista tem que se lhe diga!… Desta vez, foi um antigo post onde se falava em ganchos de cabelo, que atraiu um colega blogger, António Cortêz, cabeleireiro de profissão, que me deixou um comentário muito esclarecedor, sobre este tema:
«Bem se vê que ninguem aqui percebe de cabelos e e respectivos acessorios...Uma vez, já há bastante tempo, escrevi qualquer coisa sobre «a praça de taxis do aeroporto» e esse título atraiu aqui um taxista que entrou em diálogo comigo e contou coisas interessantes, que isto da vida de taxista tem que se lhe diga!… Desta vez, foi um antigo post onde se falava em ganchos de cabelo, que atraiu um colega blogger, António Cortêz, cabeleireiro de profissão, que me deixou um comentário muito esclarecedor, sobre este tema:
GANCHOS, é uma palavra generalizada que se divide em duas, MOLAS e INVISIVEIS (O link dá acesso à imagem do gancho mola)
Existem ganchos mola de diversas cores e tamanhos da mesma forma que existem nos ganchos invisiveis. Estes no entanto existiram no passado em material tão fino (quase como um fio de cabelo) dando aí origem ao nome.
Os ganchos mola são duros, servem para apanhar o cabelo com mais força e suporte.
Os ganchos invisiveis são geralmente flexiveis, servem para aconchegar determinadas madeixas de cabelo e não têm resistencia alguma, no entanto e no caso do penteado banana, trabalhando em sintonia com os ganchos mola, criam uma rede de suporte sustentada bastante resistente e invisivel (quando devidamente aplicados)
São cruciais em penteados elaborados que exigem altura e sustentação areada, como no caso de penteados de grande gala e penteados de noiva.
São os ganchos invisiveis na cor certa que suportam os enormes veus de noiva quando estes não trazem uma travessa.
Houve antigamente, quando as mulheres transformavam os seus cabelos em obras de arte, grande uso deste genero de ganchos (invisiveis) que tiveram origem nos classicos de tartaruga, osso ou massa plastica (estes sim, grandes raridades) que eram usados para apanhar em monho ou toutiço grandes porções de cabelo (como a imagem da actriz Catarina Avelar mostra).
Eram ganchos grandes e bastante visiveis, havendo inclusive alguns adornados na curvatura principal.
As classicas travessas, tambem feitas em tartaruga, osso ou massa plastica, deram de alguma forma origem aos ganchos mola pois são utilizados 'quase' da mesma forma.
A moda de acessorios de cabelo foi mudando sempre e acompanhando as necessidades da mulher e seus penteados, hoje em dia quase já não se usa nas mulheres mais modernas este tipo de ganchos, no entanto os ganhos mola são bastante utilizados por adolescentes e raparigas de conceito alternativo que usam e abusam deles. Existem simples e bastante adornados.
Sobre os cabelos apanhados e respectivos ganchos, travessas e demais acessorios do genero, que chamar aqueles pauzinhos que se utilizam sozinhos ou em dois, nos cabelos retorcidos que se apanham de forma blazé!? Tudo é uma reposição de tudo e apenas se alteram algumas coisas.
Espero ter esclarecido os mais leigos».
Obrigada!!!! :D
5 comentários:
Tens razão, Emiéle.
Este «rede» apanha todo o tipo de visitantes.
Este caso é mesmo engraçado.
Emiéle, o comentário tem a sua piada, mas não é grande demais...?...
Enfim, como estás de férias e escreves menos...
Aqui tens a prova, provada, da validade do blog.
Concordo inteiramente com o King, muito interessante.
Quanto à opinião dos outros, respeito-a, mas qualquer acto criativo, quando o seu autor o disponibiliza, aos outros, tem o seu quê de narcísico, mas não vejo mal nisso, pois quem não gosta, tem sempre o direito de o manifestar. Enfim, ainda podemos comer, do que gostamos...
Ora uma lição de ganchos.Isto vem reforçar a história da cultura pessoal.Partilhada.AB
Eu achei graça, ter encontrado uma explicação tão completa de um entendido!
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