sexta-feira, junho 20, 2008

Volta a casa II

Bem, este post é uma «sequela» do que escrevi ontem. Posso, não é? Não são só os filmes de êxito que fazem continuações – e muitas vezes piores que os originais…
Mas, ainda dentro do tema de muitas Lisboas, dentro da mesma Lisboa, e que Lisboa não são só prédios altos e cimento, estava ontem à tarde à conversa com quem veio ver o jogo cá a casa (cof… cof… não falemos disso, chega de coisas tristes) debruçada na minha janela das traseiras. E eu refilava contra a floresta de antenas de TV que se notam nos telhados, reclamando que actualmente com a TV por cabo mais de 90% daqueles horrores poderiam desaparecer! É que me roubavam o bocadinho de vista que tenho para o rio. Estava aborrecida. Se eu mandasse obrigava a tirar aquilo tudo, já enferrujadas muitas delas!
Depois alguém disse «pois, mas já viste a sorte de ainda veres uma nesguinha de rio!» e eu, queixosa, que era só uma nesguinha, e era nas traseiras, o que eu gostava é que fosse a vista da sala. Pois… :) (e um fatinho à marinheira..?)

A seguir comentávamos que sorte eu tenho, porque o ‘miolo’ do meu quarteirão ainda está cheiinho de quintais que por sua vez têm montes de árvores.
Aqui de cima vê-se uma mancha verde, polvilhada de bolinhas cor de laranja – são as ditas. Limoeiros, também os há e cheiram bem, mas os limões não se vêem tão bem.

Depois, neste verde toda devem existir montes de ninhos porque de manhã é uma chilreada enorme.
Muito bonito.

Mas porque raio tenho eu uma casa às avessas?!
Devia habitar nas traseiras e passar a cozinha para a zona da frente onde só vejo prédios e esvoaçam os malditos pombos.
Tá mal!

Mas… que bem que estou na minha casa. Mesmo sem o elevador!!!!

13 comentários:

Anónimo disse...

Pode-se optar, com dinheiro e coragem.Ver camposantana, andar de joão P.

vague disse...

Eu vejo-o da cozinha, da sala, mas só se vier à varanda, lá de dentro com as janelas abertas e o rio em frente... isso é q era: )

Ora, até podia ter o mar das Caraíbas a entrar-me pelos olhos sonolentos da madrugada, mas estou tão bem aqui, com as minha nesga de rio ;)

cereja disse...

Querido FJ, ver-te optimista é uma visão celestial!!! :)))))
Claro que o exemplo que dás é excelente. Mas «aquela casa» é fantástica - eles se calhar ainda acabam por lhe por elevador daqui a uns tempos...
Esta, enfim... mas realmente se fosse mesmo minha, seria uma ideia. Fazia uma lareira na chaminé, e passava a sala para aqui!
Vague - olá!!!!
Ainda bem que consegues ver mesmo tendo de ir à varanda. Não há nada como viver desafogada!

Anónimo disse...

Otimista eu? isso NÃO!esse tal tem o dinheiro necessário para a audácia
Gostaria de não ser insultado.

cereja disse...

Não quis ofender, pronto, pronto....
Claro que «esse» tem tudo a seu favor: a casa é magnífica, ele tem gosto, tem dinheiro, tudo é possível.
(olha uma coisa - a casa não tem garagem! Já descobri um defeito!!!)
Isto é para não ficar invejosa demais!

Anónimo disse...

Então não podes!!!!???!!!! Aliás até gosto mais das 'sequelas' dos posts do que dos filmes ou livros!

Quando mais abres a cortina a respeito da tua casa, mais simpática ela vai parecendo. Olha, para mim que não tenho rio nenhum, mas mesmo nenhum!, uma 'nesguinha' já é uma maravilha! E, é claro que esses quintais interiores em certos bairros de Lisboa são o tal pulmão que faz tanta falta e que até parece que nem existe.

Anónimo disse...

Mais lisboeta não há.Janelinha de traseiras,visitas para o futebol,churrasqueira na frente,e um nome de bairro(o antigo) de gargalhada.Quanto aquilo de que fala o FJ,tb. eu queria.E a pessoa de que ele fala tem sobretudo muito bom gosto.AB

Anónimo disse...

Até a gente fica animada, de te ver animada.
:)
E devem ser casas baixinhas. A gente vai juntando dados: vives num 3º andar e vês telhados com antenas, é porque à volta as casas não serão mais altas. Agradável, sim!

cereja disse...

Olha lá (isto é com a AB, Mary e Joaninha) o nome cómico é da Calçada, o Bairro propriamente dito não se chama assim!
Aliás nem sei bem onde estou que isto é o cruzamento de dois bairros pelo menos. A freguesia a que pertenço tem a sede muitíssimo mais longe da minha casa, do que a sede da outra freguesia que fica quase aqui. Coisas...

josé palmeiro disse...

Feliz de ti que nas trazeiras podes ver o que dizes ver.
Das minhas trazeiras vejo: O Mar! Barcos! Estufas de ananazes! Vacas, na verdadeira acepção da palavra. Montanhas e verde, muito verde.
E que isto não sirva de inveja, pois eu, estou nos Açores.
Mas no Algarve, o meu apartamento, que fica a quinze quilómetros da praia e é um 8º andar, só o escolhi porque tinha e tem, uma espectacular vista para o mar.

cereja disse...

Ora cá venho eu dar uma primeira rondazinha...
Pronto, vistas, antenas (de tv claro, não se fala de outras antenas) passarinhos, árvores de fruto e o Tejo.
Claro que não é mau, mas receio dar uma ideia de que isto é um condomínio do caraças... é uma casa pequenina de que gosto porque me afeiçoei ao longo dos anos, mais nada!

Anónimo disse...

Tenho um amigo que se calhar é teu vizinho e costuma queixar-se de que «quase não se vê o rio».
Mando-lhe sempre dar uma volta ao bilhar grande - ele não vai, mas eu fico aliviado - porque o «quase» quer dizer que ainda se vê!!!!
E eu que só consigo ver o prédio da frente!
Quanto ao Zé Palmeiro, nem digo mesmo nada!!! deviam ser proibidas essas mordomias.E diz que está nos Açores como se isso nos consolasse!... Pior. Mais calma e sossego tem. Não há direito.

josé palmeiro disse...

Sem Nik, um dia, conto-te. Mas se isso te consola, não estou, vivo, que é ainda melhor.