segunda-feira, maio 26, 2008

Quando as estradas são privadas

Pois é.
Quem se quer deslocar de um sítio para outro vai por uma estrada. Nos tempos muito, muito antigos, abriam-se trilhos para se passar.
Mas, desde o tempo dos romanos que existem caminhos públicos que apesar de terem sido concebidos para as suas legiões se deslocarem mais depressa, podiam ser trilhados por quem não fosse legionário. E desde então, o Poder de cada país ou região mantem uns caminhos públicos por onde todos podem passar.
É certo que ao mesmo tempo que existiam esses públicos haviam outros particulares, fechados ao povo, e sobretudo em questão de pontes lá nos séculos passados havia muitas onde se pagava para atravessar. A portagem. A porta estava fechada, só lá passava quem o dono da porta deixasse.

Hoje, todos os países desenvolvidos têm uma boa rede de estradas.
É natural. E, algumas dessas estradas como são ‘especiais’ exigem muitos cuidados de manutenção e para pagar isso quem por lá passar deve pagar uma portagem.
Por cá, isso tem sido quase uma norma para qualquer estrada decente. Há empresas que são donas das estradas e querem o seu lucro de volta. O impressionante é ser Portugal o sexto país com mais quilómetros de auto-estradas com portagens!!! (Certo, a Alemanha e França, por exemplo têm muito mais, mas olhem só para a proporção dos territórios)
Mas se isso é impressionante como eu disse, muito mais impressionante ainda é saber que
os nossos preços são bem mais elevados do que a média, pois «a generalidade dos países europeus tem mais tráfego e menos receitas do que nós».
Interessante.

Pare, SCUT e pague ,
conforme o título bem-humorado desta notícia.


9 comentários:

Anónimo disse...

Notem o que lá se diz:
Só 26% das nossas auto-estradas não são a pagar!!!!

Comentários para quê???? E vamos comparar com outros países?...
E que alternativas? Qual o estado das «outras estradas»??

Anónimo disse...

Mais um barrete para nacionalizar os custos e privatizar os lucros.Mas talvez ainda saia o tiro pela culatra.

Anónimo disse...

E claro mary tem razão, as "outras" é deixa-las degradar, para obrigar a ir pelasauto. Interpretei bem,mary?

Anónimo disse...

É um bocado o 'chicoespertismo» dos senhores que são muito entendidos no neoliberalismo.
Tanto quanto nos contaram, grande parte destas estradas foram construidas com os tais dinheiros comunitários. Justificou-se esses gastos com a necessidade de dar aos cidadãos uma rede de estradas boa para promover os contactos, norte-sul, interior-litoral.
OK.
Depois passou-se a obra prontinha para as mãos das «brisas». Ou seja a exploração da dita já é privado!!!! E, as que não têm portagens é o descalabro que se conhece, montanhas russas esburacadas.
Giro, não é?

Anónimo disse...

Foi a minha ideia, FJ.
Se as alternativas quase não existem, que remédio há senão pagar e não bufar?...
Ou então bufa-se, mas é só para desabafar que as portagens estão lá.

Anónimo disse...

Essa ideia das 'portagens' medievais é boa. Na verdade é isso mesmo, a ideia de que as estrafas são da Brisa, mas o certo é que foram construidas com dinheiros da comunidade europeia, não foi...?
Huuummm....

Anónimo disse...

Ihihihih... Estradas privadas, dinheiros públicos!

josé palmeiro disse...

Mary;FJ e King, bem apoiados pelos restantes, já gastaram todo o Latim. A mim, só me resta, arranjar a alternativa. Onde é que ela está?

cereja disse...

É esse o truque, amigo Zé. Como não há alternativa. a malta usa as estradas e vai pagando por isso.
:(