quarta-feira, abril 23, 2008

Diz o nu ao roto

Mas que interessante:
O Governo pretende reduzir, a partir de Janeiro de 2009, os encargos sociais das empresas com os assalariados contratados sem prazo, embora preveja um agravamento dos encargos com os trabalhadores que estejam a contrato a prazo e ainda considera uma "injustiça gritante" a situação dos trabalhadores a recibos verdes.
Ou seja, a leitura que se poderá fazer é que da parte do governo se pretende incentivar os patrões a contratar trabalhadores de uma forma mais estável e considera a prática do 'recibo verde' má.


Será que não existem espelhos lá em S. Bento?


O patrão que mais empregados tem nesses sistemas é exactamente o próprio Estado!
Há Serviços que se não fossem os estagiários e os “recibos verdes” teriam de fechar!


8 comentários:

Anónimo disse...

Na realidade este governo não quer, nem pode acabar com a precaridade, essencial para a manutenção "pacífica" do neoliberalismo. Se o que dizes vier a ser publicado vai arranjar se maneira de contornar a lei formal. E a manutenção "pacifica" parece-me muito importante, é difícil conceber que tanta tensão social aguente formas de repressão politica muito violentas. Uma das grandes vitórias do neoliberalismo é apresentar-se como "natural" e pouco contestado. Viria a aparecer claramente a realidade o que é muito perigoso.
Sabe-se lá onde é que se iria.

Anónimo disse...

Exactamente Emiéle!
Há áreas, por exemplo no campo da Saúde Mental, onde o que mantem a «casa aberta» são os inúmeros estagiários que trabalham no duro sem receber vintém, e uns contratados a recibo verde que não têm qualquer vinculo, e de um momento para o outro podem saber que vão à vida! No quadro estão dois ou três técnicos para atender uma população de muitos milhares de utentes.

Anónimo disse...

Iria,iria, e não era à "Cova"ou seria?(grande rima e cheia de substancia)!!!!Acham que me vá oferecer à Inter para fazer slogans para Manifs?Assim como assim já tenho experiencia de levar pancada,ali à Almirante Reis, por gritar umas palavras de ordem que não estavam no "guião"...AB

Anónimo disse...

Pfff.....
Conversa!
Paroles, paroles, paroles...

josé palmeiro disse...

A nova palavra de ordem, qual é?
- Vivam os recibos azuis?
Verdes e vermelhos é que não, pois não conseguem ganhar nada.

Anónimo disse...

O cómico, Zé Palmeiro é que eles de facto até são azuis!!!!
Já olharam bem para eles? Aquilo é azul! Nunca entendi porque lhe chamam verdes a não ser que quando surgiram tivessem tido essa cor, eu nem me recordo.
De resto isto é demagogia da mais rasteira. Como se fossem acabar com a precariedade, quando muito pelo contrário toda a linha de actuação com a tal «flexisegurança» e outras que tais, vai no sentido dessa precariedade.
Que gajos!

Anónimo disse...

Ah, e é claro que quer a Emiéle, quer a Mary tocaram num ponto importante: ELES são os primeiros a usarem os recibos verdes ou outras formas de contratos que lixam mais quem trabalha do que quem lhes paga.

cereja disse...

Joaninha, acho que em tempos foram realmente verdes.
:D Agora deviam ser cor-de-burro-quando-foge, que é o que se anda a fazer com esta conversa demagógica. A fugir ao assunto. Como vocês disseram quem defende a flexisegurança, não tem lógica vir com esta conversa.