domingo, janeiro 20, 2008

Ainda as reformas

Vacilo entre falar ou não no assunto.
Por um lado é evidente que a blogosfera está cheiinha de comentários àquilo que me nos deixa de boca aberta: a principesca “reforma” (reforma????) de Paulo Teixeira Pinto.
Sobre o caso leio o que diz o
Miguel , ou o que diz o Samuel ou o Victor Dias ou, naturalmente, o Daniel Oliveira ; e ainda blogs que não conhecia como o «Pela positiva» ou o «Ultrajes Menores» ou «Nem comento»
E isto assim em cinco minutos. Numa busca mais aturada, devia triplicar os textos encontrados. Ou seja, tenho a sensação de que está tudo dito e de diversas formas.

Não é apenas o choque de saber que alguém que está válido para continuar a trabalhar, [47 anos, não é?...] vai receber uma ‘pensão de reforma’ (???) – coisa que é tão difícil de obter para muita e muita gente que após trinta e muitos anos de trabalho apenas suspira por uns anos de vida sossegada e com a mesma qualidade que tinha tido até então. Esse ponto, é um dos que mais me chocam a mim. O contraste com tanta gente que deseja reformar-se a sério, e não o consegue.

É ainda o valor dessa «reforma». Quinhentos mil euros anuais. É certo que a questão é privada, neste caso não é o cidadão vulgar que vai pagar este dinheiro, mas é uma questão ética. A desproporção entre um cidadão comum e este cidadão de luxo faz-nos sentir com falta de ar.
Mas adiante, que como comecei por dizer basta um passeio por esses blogs para ver que não faz falta a minha opinião.

Só que não consegui ficar calada!


13 comentários:

méri disse...

Nem digo nada! Já ando com falta de ar há vários meses...

Anónimo disse...

Ninguém consegue!
Já viram que com o que ele recebe de UM MÊS de reforma comprava-se a pronto uma casinha muito, muito razoável?!

Anónimo disse...

Aquela é a «árvore das patacas»?
para alguns realmente ele nasce nas árvores. Ou genealógicas, ou ... de outras genealogias tais como as "Obras do Senhor" onde somos todos irmãos.

Anónimo disse...

Bolas, não me saíu o link e perdeu a graça. Queria ter dito:

Ou genealógicas, ou ... de outras genealogias tais as "Obras do Senhor" onde somos todos irmãos.

Anónimo disse...

Isto é das coisas que revoltam para além do que já vai sendo habitual! Como dizes pelo exagero da «reforma» e pelo contraste com os que trabalham uma vida inteira e ficam com umas reformas que não dão para nada!

josé palmeiro disse...

Passei agora mesmo por cá, como é óbvio. Bateu fundo, na minha cabeça, tudo o que escreveste. Não consigo articular, qualquer pensamento, sobre os assuntos, em causa. vou dar uma volta, apanhar ar, ver os navios, não é figurado, entrar na real e depois, passo por cá.
Um Bom Domingo, para todos!

josé palmeiro disse...

Já cá estou!
Não há palavras para dizer e, ou escrever, e a melhor maneira de acabar com estas sumptuosidades é acabar com quem as recebe, a não ser que sejam extensíveis aos herdeiros e então só com uma limpeza como o Marquês de Pombal, fez aos Távoras e aos jesuítas, se resolvia o problema. As "obras do senhor" só o senhor pode resolver.
Desculpem-me o "extremismo" mas, perante estas enormidades, não consigo reagir de outra forma.

Anónimo disse...

Apesar de continuar escandalizado, vim emendar o meu comentário. Vi tudo tão vermelho à minha frente que acrescentei um zero à dita quantia mensal. Pelos preços do imobiliário actual talvez um mês só não chegasse para a tal casinha, mas com o dinheiro da pensão de 3 meses chegava bem...

josé palmeiro disse...

Voto aqui, depois de ter estado nos "LIVROS".
Desculpem, mais uma vez, o meu radicalismo, mas não o consegui evitar.

Anónimo disse...

Acho estes comentarios de mau gosto, imbuidos de um jacobinismo esquerdista nte, quiça anti clericalismo primario.
O bom do homem não pode estar mesmo doente e ter de consultar especialistas e tomar remédios caros, depois de alguns meses de extenuante trabalho?!

Anónimo disse...

Bem visto, FJ!
É que deve ter sido mesmo isso...
Deve estar de rastos, agora. Penso que nem à missa consegue ir; agora para ocupar o cargo que se segue vai ser um esforço do caraças. Bolas, que um homem tem limites, e isso tem de ser compensado.
:)))))

(não me importaria de trocar uns tempos; deixá-lo vir "descansar" para o meu trabalho com o meu ordenado, e passar o ano a viver apenas com a sua reforma)

Anónimo disse...

Sabes Emiele, no fundo, apesar de ser privado, mexe com todos nós... Bom, quase todos nós. Basta seres cliente do BCP... As pessoas não têm vergonha nenhuma na cara. Mas bom, enfim. Quem se deve pronunciar sobre isto são os accionistas -dá vontade de vender as acções todas e o banco ia à vida - os clientes fecharem as contas - não só o caso dos aumentos de capital com financiamentos para aquisição das acções deles para beneficiar de redução do spread no empréstimo habitação... - e nós tecermos algumas considerações sobre isto.

cereja disse...

É como vocês dizem. Há falta de vergonha e lata a mais. e a gente, vai pensando que são coisas privadas, mas dá-nos volta ao estômago. Não sou cliente do BCP; sou do mesmo banco há dezenas de anos, já se juntou com outros, mudou de nome, mas nunca mudei porque acho que eles são todos mais ou menos parecidos!
Citei o Miguel, ali no post porque é dos blogs que visito todos os dias, e achei graça ao modo como falou desta história. Olá Miguel!