Uns e outros
É notícia gorda na primeira página do DN, mas olhem que merece.
Os açorianos vivem com dificuldades. Sabemos isso. Nem é preciso lá ir para saber.
Têm a sorte de viver numa terra lindíssima, mas não se come, nem se veste, nem se paga à farmácia, ao merceeiro, ou ao senhorio com lindas paisagens, portanto a sua vida é complicada. Todos? Nã…
Os presidentes das empresas públicas têm algumas mordomias, coitaditos.
Enquanto o rendimento médio de cada açoriano é de 600 euros, o deles é de quase 5.000 euros. Ficamos a saber, por exemplo, que as "despesas de representação são abonadas aos administradores 14 vezes por ano, […] pelo exercício de funções de representatividade, que ocorrem, normalmente, num período de 11 meses por ano" .
Bem, mas ‘aquilo’ são uns trocozinhos com que estão a contar, não é? Se recebem um ordenado 14 vezes, porque é que não podem ter despesas também nesses dois meses ‘fantasmas’?...
É que se assim não for baixam logo o seu estilo de vida, estão a ver? Não é justo.
Mas, ironia aparte, há um número que fica a soar nas nossas cabeças: o rendimento médio de cada açoriano é de 600 euros.
Médio! Palavras para quê?
Os açorianos vivem com dificuldades. Sabemos isso. Nem é preciso lá ir para saber.
Têm a sorte de viver numa terra lindíssima, mas não se come, nem se veste, nem se paga à farmácia, ao merceeiro, ou ao senhorio com lindas paisagens, portanto a sua vida é complicada. Todos? Nã…
Os presidentes das empresas públicas têm algumas mordomias, coitaditos.
Enquanto o rendimento médio de cada açoriano é de 600 euros, o deles é de quase 5.000 euros. Ficamos a saber, por exemplo, que as "despesas de representação são abonadas aos administradores 14 vezes por ano, […] pelo exercício de funções de representatividade, que ocorrem, normalmente, num período de 11 meses por ano" .
Bem, mas ‘aquilo’ são uns trocozinhos com que estão a contar, não é? Se recebem um ordenado 14 vezes, porque é que não podem ter despesas também nesses dois meses ‘fantasmas’?...
É que se assim não for baixam logo o seu estilo de vida, estão a ver? Não é justo.
Mas, ironia aparte, há um número que fica a soar nas nossas cabeças: o rendimento médio de cada açoriano é de 600 euros.
Médio! Palavras para quê?
9 comentários:
Realmente se 600 euros é a média, o que não vai por aquela terra.
Quanto aos senhores gestores, alguém se admira? É claro que eles e as famílias têm necessidades bem superiores aos comuns mortais!
Que novidade. Quanto mais 3º mundo maiores as desigualdades. É por isso que estamos como estamos hoje em Portugal. Deve ser a simpatia para com as ex-colónias.
Por alguma razão temos das electricidades mais caras da europa, as viagens ponta delgada-lisboa-ponta delgada serem 252€ (num ano subiram 25€), as viagens inter-ilhas serem um ROUBO...é preciso juntar bastante dinheiro para pagar aos srs administradores.
Quanto aos 600€: realmente sempre houve pobreza,mas as pessoas tinham um tecto...de há 10 anos para cá a quantidade de pessoas que dormem nas ruas de ponta delgada é assustador para a nossa dimensão!!!
Este ponto que o ilha_man fala, das viagens é das coisas mais escandalosas. Uma viagem aos Açores é caríssima! E, quanto a mim, aos açorianos deviam ser facultadas viagens com uma bonificação especial, deveriam poder deslocar-se sempre que precisassem porque para eles é vital.
Aqui no continente, até se pode ir a pé (há quem vá a Fátima, portanto é possível) de bicicleta, enfim a deslocação de um ponto para o outro é fácil apesar de não muito barata para quem quiser usar um transporte. Mas eles não podem ir de bicicleta entre ilhas, nem até ao continente.
O quadro, está bem definido, quer por ti quer pelas explicações do ilha_man, sabedor por experiência própria. Nada mais tenho a acrescentar a não ser corroborar e chamar a atenção para que , quando se fala em custos de insularidade, é disto mesmo que se trata.
Por exemplo, porque é que eu, que estou no Algarve, tenho que voar para Lisboa para depois voar para os Açores? Porque não há, a exemplo de Lisboa e do Porto, voos directos para as Ilhas?
Bom mas essa não é uma realidade apenas açoreana.Ao menos aí não há descriminação.A situação dos gestores versus resto do mundo é generalizada.Outra coisa é a situação insular e de comunicação entre ilhas...e não faz nenhum sentido.AB
Se para vir ao continente é complicado e caro, inter-ilhas é um absurdo! Mas, por exemplo quando fui aos Açores e teria gostado de ver mais alguma coisa do que vi e uma das dificuldades foram os transportes.
E se a electricidade é assim cara (não sabia) também é um escândalo.
Claro que os senhores gestores são sempre muito bem pagos (deviam devolver o dinheiro quando a gestão é má!) mas neste caso é mais chocante pela abertura do leque.
Por alguma razão temos das electricidades mais caras da europa, as viagens ponta delgada-lisboa-ponta delgada são 252€ (num ano subiram 25€), as viagens inter-ilhas são um ROUBO...é preciso juntar bastante dinheiro para pagar aos srs administradores.
Quanto aos 600€: realmente sempre houve pobreza,mas as pessoas tinham um tecto...de há 10 anos para cá a quantidade de pessoas que dorme nas ruas de ponta delgada é assustador para a nossa dimensão!!!
PS: este 2º comentário serviu apenas para corrigir alguns erros gramaticais do 1º.
Enviar um comentário