quarta-feira, outubro 24, 2007

Continuando o post de baixo


«Primeiro prenderam os comunistas,

E eu não disse nada porque não era um comunista.

A seguir prenderam os judeus,

E eu nada disse porque não era um judeu.

Logo vieram pelos operários,

E eu nada disse porque não era nem operário nem sindicalista.
E então meteram-se com os católicos,
E nada disse porque eu era protestante.

E quando, finalmente, vieram por mim,

Já não restava nada para protestar.»


Bethold Brecht

4 comentários:

josé palmeiro disse...

Estamos andando por essa estrada...
Linda imagem, e sugestiva.

cereja disse...

Pois, meu amigo, pensei que depois de ler aquela história em Barcelona, onde os passageiros da carruagem «assobiaram para o lado» só me apetecem postar estas palavras.
Raramente é directamente connosco, não é? mas quando um ser humano é agredido, humilhado, explorado, se encolhemos os ombros somos coniventes, tão simples como isso.

Anónimo disse...

Oportuno, é evidente.
Cada vez mais oportuno.
«O meu vizinho perdeu o emprego, e eu não disse nada ainda assim não perca o meu...»

Anónimo disse...

A imagem é gira.
O dedo nos lábios a «dizer silêncio» será da própria ou ...
É que há até silêncios forçados. Assim como a auto censura.

Mas este poema é tão actual que dá raiva!!!!