Continuando o post de baixo
«Primeiro prenderam os comunistas,
E eu não disse nada porque não era um comunista.
A seguir prenderam os judeus,
E eu nada disse porque não era um judeu.
Logo vieram pelos operários,
E eu nada disse porque não era nem operário nem sindicalista.
E então meteram-se com os católicos,
E nada disse porque eu era protestante.
E quando, finalmente, vieram por mim,
Já não restava nada para protestar.»
Bethold Brecht
4 comentários:
Estamos andando por essa estrada...
Linda imagem, e sugestiva.
Pois, meu amigo, pensei que depois de ler aquela história em Barcelona, onde os passageiros da carruagem «assobiaram para o lado» só me apetecem postar estas palavras.
Raramente é directamente connosco, não é? mas quando um ser humano é agredido, humilhado, explorado, se encolhemos os ombros somos coniventes, tão simples como isso.
Oportuno, é evidente.
Cada vez mais oportuno.
«O meu vizinho perdeu o emprego, e eu não disse nada ainda assim não perca o meu...»
A imagem é gira.
O dedo nos lábios a «dizer silêncio» será da própria ou ...
É que há até silêncios forçados. Assim como a auto censura.
Mas este poema é tão actual que dá raiva!!!!
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