quinta-feira, agosto 09, 2007

A praia perfeita

Tive ontem o meu primeiro dia de praia «a sério». Claro que este ano já tinha ‘passado-pela-praia’, mas isso não conta, ir à praia é todo um ritual que se deve cumprir e sobretudo é «ir à nossa praia».
Porque, como já aqui tenho dito, eu TENHO UMA PRAIA.
OK, já sei, não será minha no sentido de posse absoluta, mas é minha porque a adoptei, pronto! Aliás em tempos pertencia um grupinho que, adorando esta praia, tínhamos um segredo: fora do grupo devíamos dizer o pior possível dela para ninguém a procurar, e ser só nossa!
Bem, mas como estava a contar, ontem foi o primeiro dia em que estando em férias, esperei pela hora certa, arrumei o saco de praia, escolhi o livro de bolso próprio para ler lá, enfiei um chapéu na cabeça, confirmei se tinha o guarda-sol no porta-bagagens e … fui à praia.
Estava desconfiada. Já sei «o que a casa gasta» e quando o tempo está bom cá no alto, lá na praia costuma estar uma neblina londrina…É sistemático! Ou então, se o tempo está mesmo bom, é a fila de carros estacionados que se estende por quilómetros, forçando-nos a descer a pé e, sobretudo, na volta a subir a pé!
Mas, não senhora. Estava bom tempo, não estava vento, e conseguia-se estacionar bem (devem ter ido todos para o Algarve, tá visto!) E, como fui já um pouco depois das 4, - a tal hora certa - a temperatura do ar estava uma maravilha, de uma suavidade espantosa.
Mas o que mais me encantou foi a limpeza da areia. Já nos outros anos a existência dos «ecopontos de praia» tinham ajudado a que se encontrasse muito menos embalagens vazias, jornais a voar, cascas de fruta, aquelas ‘gracinhas’ que se encontram na areia quando estendemos a toalha. Mas desta vez, mesmo ao final do dia a praia parecia acabadinha de aspirar por uma dona de casa eficiente. Só areia. Branquinha.
Ao longo do passeio que dei, encontrei UMA beata de cigarro. Juro. Os tais ‘cinzeiros de praia’, aqueles cones que se espetam na areia, funcionam mesmo.
De resto, nem meninos a atirar com bolas, nem cães s salpicar-nos, nem música alta (benditos mp3 com phones) … o paraíso.
Bem, como o tal anúncio, perfeita, perfeita não foi, mas foi quase perfeita – é que exagerei o tempo para um primeiro dia, e hoje estou que nem posso!

8 comentários:

Anónimo disse...

Onde é? Onde é???

Anónimo disse...

Hoje estava já a pensar que não aparecias outra vez!!!
Olha que tens razão no primeiro dia não devemos abusar! E hoje está uma braza, que não se terás essa temperatura tão amena...
Mas na praia onde vou também há desses cinzeiros e acho que foi uma ideia formidável! Detestava a enorme quantidade de beatas espalhada na areia. Ficava a praia a cheirara a tabaco. Quem fuma nem nota, mas para os outros era bem chato.

Anónimo disse...

Mas que areia clarinha e azul maravilhoso do mar. Faz-me lembrar um sítio bem escondidinho por terras algarvias...tb não vou dizer onde...só que reconheço que é mais difícil chegar lá...pelo caminho é uma poeirada que o carro tem logo de ser lavado nesse dia. Depois tem de se travar com cuidado para não bater nas rochas circundantes...andar com cuidado por/entre pedras, rochas e pedragulhos, carregando a trouxa toda às costas...depois é que aparece aquela praia paradisíaca, escondida no meio das rochas escarpadas. Há tb que prestar muita atenção ao momento certo do regresso (não só pelo sol) mas tb antes da maré cheia para não ficarmos encharcados...O risco é todo nosso, não tem banheiros nem nadadores salvadores...É uma aventura só para se repetir "de quando em vez"...A tua praia parece mais segura e de mais fácil acesso...e a areia é certamente mais seca e branquinha!!

contradicoes disse...

Bem vou tentar acertar. Deve ser uma das praias da linha de Sintra, face ao mar tão batido só mesmo por aí.
Acertei ou não? Boas férias

saltapocinhas disse...

eu também tenho uma praia e tenho para lá ido todas as tardes!
com que então a menina apanhou um escaldão, ai, ai!

Anónimo disse...

Há aí uma expressão nova que é "não é a minha praia"quando se pretende manifestar que uma coisa não é do nosso inteiro agrado...è que uma praia quási que se "veste"....ou não e, quando não, pode ser realmente bastante desagradável ,tipo cidade que se começa a conhecer pelo lado errado.E acho que isso tem a ver com as caracteristicas reais da praia mas nem sempre ,nem sempre.Na minha primeira infancia não se "ia para a praia" ou seja alugava-se uma casa em Sines para "dar praia às crianças".Os adultos (que iam à praia)adoptavam uma postura de quem está a cumprir uma tarefa.Sines era a praia dos alentejanos...e lá estavam as familias a cuidar de dar praia aos rebentos ,as mesmissimas pessoas que depois se viam e visitavam em Èvora ou em Beja ...Deixou-se de ir para Sines quando começou a "invasão".A invasão eram os espanhois que vinham também de familia inteira mas...à espanhola:vá de por mesa de abrir em frente às barracas,jogar à bisca(onde ficava o inocente "prego"?)e sobretudo rir-se alto,falar alto,chamar alto o homem dos barquilhos e da lingua da sogra ,enfim todo um arsenal de más maneiras, impróprias para quem devia estar ali por dever de saúde da prole e da própria prole que achava tudo aquilo muiiiiito mais divertido.Voltaria a Sines muito mais tarde,já com prole e com o 25 a estalar...Outras histórias não menos curiosas...AB

cereja disse...

Raul - na mouche! Que tal experimentar o totoloto?!
Lia - É sempre assim. Os sítios mesmo, mesmo bons, são de difícil acesso. A tua praia deve ser também estupenda! Mas concordo que a minha é mais segura, tem todas as 'mordomias' da civilização, e não é nada mau...
Saltapocinhas - Não foi escaldão. Tive muito cuidado, acho é que foi excesso de «ar do mar» ou uma coisa dessas. Estava cansadíssima...
AB - está muito bem visto essa de se «vestir a praia». É isso, ~tal e qual!... No post que «vem aí» da praia de há umas dezenas de anos, vou deixar umas fotos onde se vê as crianças de fato de banho e os adultos... vestidos!
King e Gui (os primeiros são os últimos, coisa feia...) Primeiro, não digo, é claro! Segundo, Gui, essa de quem não fuma não apreciar o cheiro é uma coisa que os fumadores não conseguem nunca imagiñar! Ultrapassa-os!

Anónimo disse...

Uau!!!
Clicaram na foto?! Fica sensacional! E pela foto se fosse a da paraiua, que não é, não se imaginava «ondas batidas»! Até está muito mansinho, esse mar...