sábado, agosto 04, 2007

Contra ao bullying

Parece-me excelente.
Uma ideia fantástica.
O bulling existe e, a quem vive longe da questão porque nem eles nem os seus filhos foram vítimas ou assistiram a esses casos, eu afirmo que é um fenómeno crescente e preocupante.

Mas a verdade é que quando um grupo de jovens estudantes (e olhem que podem ser bem crianças ainda!) escolhe uma vítima para embirrar, troçar, ou até agredir, transforma-se - passe o termo - numa matilha de lobos.
O serem muitos dá-lhes uma confiança e força especiais, e não chegam bons conselhos ou serem chamados à atenção no caso de a vítima se queixar, o que muitas vezes não acontece. Aliás é vulgar quando a vítima tenta queixar-se não ser levada a sério, e quem devia ouvi-la arrumar o caso considerando que é um exagero ou ‘mariquice’ dela.

A ideia de criar um jogo de computador, o FearNot, que em ambiente virtual encena situações de bullying parece-me inteligentíssima, porque é jogar com uma linguagem que eles entendem. Assim como me parece de aplaudir a filosofia subjacente a este jogo:
«A criança não é uma das personagens. Não queríamos que se sentissem vitimizadas. Queremos que sintam empatia pelas vítimas e tentem ajudá-las, para que no mundo real já possuam estratégias para lidar com as situações».

É mesmo isso. Este é um bom caminho.


4 comentários:

josé palmeiro disse...

É, na verdade, um fenómeno aterrorizador.
Os bandos são, na sua grande maioria, a forma de dissiparem os seus próprios medos, (vidé o caso das maiorias absolutas, que só espalham o medo e o pavor), claro que me intrometi por uotro caminho, mas não deixa, também de ser, um pouco, assim. Mas voltando, às crianças, porque é disso que aqui se trata, acho a ideia interessantíssima, e ainda ontem, falando com a minha mulher, sobre os nossos netos, e os parques infantis, recheados por elementos estáticos, dentro das mais actuais normas europeias, e todos detiorados, pelos bandos, de mais velhos, que os assaltam, estragam e impedem, quantas vezes, os mais novinhos, de utilizá-los, ou que os destroem de tal forma que, ficam perigosos de utilizar. Por tudo isso, o estudo a que a equipa do IST, meteu ombros, merece-me os maiores encómios.

Anónimo disse...

Nunca tinha pensado nesta abordagem, e é de facto a mais inteligente.
Como dizes, os putos até lhes custa queixarem-se, quanto aos agressores, meio selvagens e arrogantes, nem admitem serem 'travados' no seu percurso. Conheço bem a situação.
E é interessante, falar-se também no lado feminino, que l´por não haver tanta agressão física não magoa menos - o desprezo, a troça, o gozo permanente, o ostracismo.
Isso passa-se sim senhor!
E tem de acabar.

Inês disse...

Parabéns pela abordagem do tema de novo e sempre.

Porque a agressividade bruta não vai terminar nunca e faz falta, muita falta, que se fala dela. E que as vítimas e potenciais vítimas sejam treinadas para resistir e sobreviver sem traumas pessoais.

cereja disse...

Obrigada Nise. Sabe sempre bem ler um comentário teu, e mais ainda quando é um elogio, é claro :)

O tema, reconheço que me preocupa muito. E para mim nunca é demais falar-se nisto. Há ainda quem viva ao lado desta questão.