terça-feira, julho 31, 2007

Antonionni

Continua a série negra.
Ficamos sem palavras quando são uns a seguir aos outros como pedras de dominó.
Lamentámos ontem a perda de Bergman, o desaparecimento em França no mesmo dia de Michel Serrault, hoje acabamos de saber da de Antonionni.
Desapareceu
Nem nos dá tempo de respirar fundo.
Outro...?!
E vem-nos à memória, 'O Grito'.
'E 'A Aventura', a 'Noite', o 'Eclipse'; e mais o 'Deserto Vermelho' e Mónica Vitti, Blowup', 'Zabriskie Point'...
Imagens de um álbum que temos tão presente.
Não se consegue dizer ADEUS.


5 comentários:

Anónimo disse...

Mais depressa não podia ser!
(falo do teu post, como é evidente)
Ainda estou a sentir um apertozinho no coração.
Bem sei que que o Bergman quer o Antonionni já tinham idade. Viveram vidas longas e plenas. Mas doi. Como disseste ontem, é parte do nosso passado que levam com eles.

Anónimo disse...

Também estou chocado!
(que bom álbum, que conseguiste reunir!)
Não sinto como a Joaninha; para mim, ao contrário, não é o nosso passado que desaparece, eles é que continuam presentes enquanto estiverem na nossa memória.
E se estão!

Anónimo disse...

Pois,mas é da nossa própria morte que se trata...porque o deserto das referencias fundadoras instala-se e a capacidade para criar novas referencias não é para todos...AB

josé palmeiro disse...

Esgotaram-se-me as palavras!
É o desaparecer duma geração, exactamente a que nos legou todas as suas referências.
Subscrevo as palavras da AB.
Melhor que ninguém, soube expôr o que nos vai na alma.

cereja disse...

Não é querer estar de bem com todos, mas acho que quer o King, quer a AB e a Joaninha têm razão, porque uma coisa não invalida a outra - por um lado, tal como sinto também em relação aos meus familiares desaparecidos, enquanto nós os recordarmos, eles continuam presentes , como recorda aqui o King. Mas por outro, como disse a AB, são as referências que alicerçaram a nossa vida e convicções, que vão e não se vê substituição para esa perda.