quinta-feira, junho 21, 2007

O horror

Ontem, a Nise no seu blog, já tinha mostrado este pesadelo . Eu, que quanto a notícias fico bastante «por casa», não tinha lido a Sky News e tinha escapado a ver aquele horror.
Mas hoje os nossos jornais
falam também deste caso e voltei a ser confrontada com ele e as suas imagens revoltantes.
Não é de hoje que eu penso que o nível de desenvolvimento e civilização de qualquer sociedade se pode avaliar pelo modo como encara os seus membros com deficiência. Quanto mais evoluído o pais for, melhor integrará quem teve a infelicidade de não nascer igual aos outros.
Neste caso as imagens vêm de Bagdad. Poderíamos pensar que numa área com tantas dificuldades, aquelas crianças eram abandonadas porque não havia realmente condições para as tratar melhor. Estranho, mas poderia pensar-se isso. Mas nem essa triste justificação existe! Pelas imagens que quem tiver estômago pode ver
AQUI , podemos ver que as camas estavam lá e bem bonitas, só que as crianças jaziam nuas no chão ao lado delas. Aquelas desgraçadas estavam literalmente a morrer de fome, mas os seus cinco ‘zeladores’ preparavam-se para tranquilamente almoçar quando as tropas lá chegaram.
Era para se evitar «isto» que fazia sentido existirem conselheiros no Iraque
.

8 comentários:

méri disse...

Nem me fales! Dizer um horro é pouco.

Anónimo disse...

Que horror, que horror Emiele!
Mas também penso o mesmo, em relação à deficiencia, os povos mais primários em certos aspectos são mais intolerantes. é como se esses seres não fossem humanos. Pelo contrário em paises avançados, mantem-se às vezes em estado vegetativo, pessoas que nem sei se se justifica esse suporte de vida.
Mas estas imagens são impressionantes.

cereja disse...

Eu quando vi as primeiras imagens no «Malhas» fiquei arrepiada. Nem quis pensar muito mais no caso.
Mas quando voltei a ver o assunto, vi que era impossível passar por cima disto.
E, é como dizes, Joaninha - certos povos olham para a deficiência como uma 'aberração'. Na antiguidade expunham as crianças que nasciam deficiêntes, isto não é muito diferente.

Anónimo disse...

A gente fica a pensar o que mereciam aquelas «criaturas» e nem temos ideias. Porque cadeia «simples» parece pouco! Que bestas!

Anónimo disse...

E é um caso onde homens e mulheres estão emparelhados. Tão desumanos uns como outros. Para «morrerem aos poucos» se calhar teria sido melhor te-los morto de uma vez!
(pensando bem, também não, porque assim ainda puderam ser salvos)

cereja disse...

Penso que dissemos tudo.

josé palmeiro disse...

Péssima a hora em que decidi, ou tive oportunidade, de fazer a minha visita habitual, aqui ao Pópulo.
Estou emocionado e sem palavras. Perante estes horrores, a guerra pura e dura é mais humana!

cereja disse...

Sabes que a mim aconteceu-me o contrário - visitei o «Malhas» onde primeiro vo estas imagens, um dia de manhãzinha, e fiquei agoniada o resto do dia.
Como dizes, a guerra, absurdamente, é mais humana.