As doces criancinhas
Já tinha pensado em criar uma Categoria chamada Educação.
E parece-me que é hoje, e vou iniciá-la com esta notícia que vou transcrever na íntegra:
O cenário alarmou quem passava naquela rua de Braunschweig: uma menina de nove anos chorava à janela, segurando um cartaz onde se lia «Socorro! Por favor, chamem a polícia!». Ao lado, estava o irmão de dois anos de idade.
Alertada de imediato, a polícia alemã deslocou-se àquela residência, apenas para descobrir que a criança estava só chateada por ter que arrumar o quarto.
«O quarto parecia um campo de batalha», afirmou à Reuters um agente da polícia. As autoridades convenceram a menina a limpar o quarto e conseguiram que a criança fizesse as pazes com a mãe.
E parece-me que é hoje, e vou iniciá-la com esta notícia que vou transcrever na íntegra:
O cenário alarmou quem passava naquela rua de Braunschweig: uma menina de nove anos chorava à janela, segurando um cartaz onde se lia «Socorro! Por favor, chamem a polícia!». Ao lado, estava o irmão de dois anos de idade.
Alertada de imediato, a polícia alemã deslocou-se àquela residência, apenas para descobrir que a criança estava só chateada por ter que arrumar o quarto.
«O quarto parecia um campo de batalha», afirmou à Reuters um agente da polícia. As autoridades convenceram a menina a limpar o quarto e conseguiram que a criança fizesse as pazes com a mãe.
8 comentários:
Olha que isso pode começar a virar moda... não a criança com o cartaz mas os pais a terem a ajuda da polícia para os filhos lhes obedecerem... eu já não digo nada!
Desde que a polícia seja como a descreves, não me ofende nada. Por outro lado, deixar as crianças assim, votadas à sua sorte e ainda com tarefas a cumprir, tarefas essas, ainda não interiorizadas, sabe-se lá por culpa de quem, só pode resultar em coisas do género. E ainda bem que foi assim, pois podia ter pegado fogo ou outra desgraça qualquer.
Educação, precisa-se!
Farpas, não estás a inventar nada. Não tens lido que em Espanha há já vários casos de pais que pedem ao Estado para lhes educar os filhos porque eles não têm mão neles…?! Olha que tem vindo por aí, em jornais. Sobretudo mães que pedem à Assistência Social que as ajude porque os filhos não lhes obedecem.
Zé Palmeiro, até poderás ter razão mas eu fiz a leitura exactamente oposta, e penso que é isso que a notícia nos diz. A verdade é que uma rapariga de 9 anos não é uma criancinha indefesa… E a tarefa hercúlea, era arrumar o seu próprio quarto! A notícia não diz, mas eu não conclui dela que a rapariga estivesse sozinha eu casa, o que achei é que quis e conseguiu fazer uma «birra gigante». Perante a insistência da mãe em que cumprisse um dever naturalíssimo, ela decidiu chamar a atenção desse modo.
Agora também fico de boca aberta pela calma e pachorra desses polícias!
Joaninha, li o teu comentário e voltei,logicamente à notícia. Se como dizes, a criança não estava sózinha e que tudo foi fruto de uma birra, estando a mãe em casa, ainda mais eu ponho em causa a educação que essa mãe transmite aos filhos. Bom, mas isto é o meu ponto de vista e em nada colide com coisa alguma, mas garanto-te que a falta de autoridade manifestada perante uma criança de nove anos, é imensa e não sei onde irá dar.
Zé Palmeiro, eu interpretei exactamente como tu agora dizes. Cada vez mais, na Europa, se verifica uma inacreditável falta de autoridade na educação das crianças. Há um livro interessante, que recomendo, chamado «L'enfant, chef de la famille» de Daniel Marcelli um pedo-psiquiatra francês que nos alarma para a situação em que cada vez mais os pais perdem autoridade. Não é bom para ninguém e sobretudo para as crianças!
Esta menina, já com 9 anos, merecia um bom castigo não apenas pela desobediencia à mãe como pelo escândalo que provocou.
O que e deixa de boca aberta é o civismo dos polícias.
Já tinha escrito o comentário e lembrei-me de uma situação que conheço passada exactamente com uma mãe incapaz de exercer a autoridade, uma filha minúscula e o recurso ao polícia:
Uma mãe queixou-se-me de que não conseguia prender a filha na cadeirinha do carro porque ela fazia beicinho e chorava. Ora esta criança, que levava a dela avante e circulava sem ser na cadeirinha tinha dois anos !!!! E a mãe perguntava-me se devia parar com o carro junto de um polícia para ele explicar à cachopa que o cinto era obrigatório!
Palavra de honra que não estou a inventar!
A própria notícia chama-lhe «birra». Diz lá :«tudo não passava de uma birra». E a verdade é que pelo menos dotes de actriz a criancinha tem! Reality show do melhor. Imagino a cara da mãe....!!!!
E também gostei da frase «conseguiram que a criança fizesse as pazes com a mãe»
estará tudo louco??? Até parece que houve negociações de especialistas, como se vê nos filmes para soltarem os reféns. Seria o irmão de 2 anos o refém?
Tu, e os meus «colegas comentadores» levam isto para a brincadeira, mas a verdade é que eu acho grave. É um sinal bem complicado de que alguma coisa anda muito mal entre os pais e os filhos jovens, com uma inversão de posições na hierarquia familiar.
Nem um extremo nem o outro.
Por um lado há crianças maltratadas, vítimas, ignoradas, esquecidas. Sabemos de casos graves nessa área. Mas por outro parece que se perderam os limites. Eu quando li, também associei de imediato este caso aos de Espanha em que os pais pedem ajuda por não terem mão nos filhos que inclusivamente os agridem. e já tenho visto muito de isso aqui em Portugal - putos bem pequenos (e se fossem grandes ainda era pior!) que batem a doer nos pais. Quando digo a doer é mesmo assim, um pontapé dado com força numa perna deixa uma nódoa negra!!! E uma criança de 5, 6, 7 anos que larga ao pontapé, pode magoar seriamente. E os adultos, muitas vezes, limitam-se a fugir àquelas fúrias e esperar que eles 'acalmem'.
Olha Emiéle, já li esse livro de que falas e está cheio de bons conselhos. Quanto mais amamos uma criança, mais firmes devemos ser, mesmo que pareça o contrário.
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