segunda-feira, janeiro 08, 2007

Tinha 13 anos

Falamos bastante de atitudes tontas, de provocações de adolescência, de comportamentos de risco, até a conhecida frase de «geração rasca», tudo para definir comportamentos dos jovens da actualidade em contraste com «os outros» que para quem assim pensa eram feitos de outro material, mais nobre.
Claro que não é nada disso, sempre houve e haverá desajustes entre a adolescência e a idade adulta, e a verdade é que os adultos de hoje nem sempre têm valores que sejam flor que se cheire…
Mas este caso é bonito
Quero eu dizer, é bonito o final pelo desembaraço e rapidez de actuação deste pré-adolescente. O início da história é sombrio, pois porque carga de água é que uma criança de sete anos vai sozinho acender uma salamandra…??? Que tenha depois disparatado, e ido buscar gasolina ao ver que a lenha não ‘pegava’ não é de estranhar dados os seus 7 anos, de estranhar é sim a decisão de acender aquela salamandra.
Bem, o desastre dá-se. Gravíssimo. A criança pequena ainda está mal pois recebeu queimaduras terríveis, mas está viva! Porque passou no local alguém que correu para lá e a arrancou daquele inferno e porque logo a seguir uma outra «quase criança», de 13 anos, conseguiu apagar o fogo que envolvia a vítima.
Uma história de assustar mas que justifica a crença nos aspectos mais generosos do ser humano. Mesmo quando ainda é pequeno, com 13 anos!


9 comentários:

Anónimo disse...

Este relato tem tanto de assustador como de belo.
De repente, dou comigo a pensar, e o que me vem á ideia? A nossa Juventude, Não É Rasca!
É esta a atitude de grande parte dos nossos jovens, são abenegados e providos de uma força expontânea formidável, capaz de os levar a actos como este. Saibamos nós, adultos, dar-lhes a maior divulgação, para que se possam multiplicar.

Anónimo disse...

Têm razão, tu e o Zé Palmeiro. Vamos tanta vez atrás de chavões, só porque os jovens de hoje são «diferentes». tal como nós o fomos dos nossos avós, não é??? Esta história até evio no jornal por ser muito 'vistosa', mas todos os dias se passam outras de grande sensibilidade, de verdadeira camaradagem, de generosidade, também protagonizadas por jovens muitos quase crianças como este.

Devia ser muito mais falado, como exemplo, e não as cenas dos «morangos» e outras que tais!

Anónimo disse...

Fiquei atrapalhada quando vi um comentário no post "descobrir as diferenças" assinado Tess e a dizer que já tinha voltado; é que eu também assinava Tess, ainda no Pópulo antigo, mas... aquela não sou eu! lol enquanto cá não vim alguém ocupou a minha vaga... buááá..!)
Gostei de ler esta história. O moço mostrou coragem porque pegou no miúdo a arder o que não deve ser fácil, e iniciativa, o atirá-lo à água. Claro que não sei se seria o melhor a fazer, mas num caso daqueles o que é «o melhor»???
Oxalá o pequenito, com queimadiras tão graves, recupere.
E, realmente, que loucura, uma criança de 7 anos ir acender uma salamandra!!

Anónimo disse...

Ufa!

Quanto à geração rasca, nada mais é do que um delírio de alguém com dificuldades em aceitar o [seu] envelhecimento.

cereja disse...

Mais uma vez estamos de acordo, mas afinal é porque eu só escrevo posts pouco polémicos.. LOL
Tenho de passar a dizer uns disparates de vez em quando para dar luta!
Claro que aquela boca da «geração rasca» (que ainda por cima a esta hora já cresceu de modo que nem sei bem quem classifica...!) foi das mais infelizes que se disseram. Em todas as épocas existiu conflito de gerações, com maior ou menos intensidade mas assim é que a malta cresce e se diferencia. É dos livros!
Este miúdo de 13 anos serve realmente de exemplo como vocês disseram de coragem e desembaraço. Pode não ser um menino perfeito mas soube agir quando foi preciso.

cereja disse...

Ah, é verdade Tess, temos de resolver esse caso. Se tenho duas pessoas com o mesmo nick no blog é mesmo uma confusão...
Resolvam lá isso!

Anónimo disse...

Não percebi se o pequenito estava sózinho em casa. Mas o pequeno jovem demonstrou ser um grande homenzinho! E de rasca não teve nada!

cereja disse...

Olha Célia como a notícia só diz que «na habitação, estavam mais duas crianças, da mesma família, uma com três, outra com oito anos» e não refere nenhum adulto, parece que as crianças estavam de facto sozinhas, o que pode justificar um pouco o acidente... Eram todos demasiado pequenos para tomar conta uns dos outros.

Anónimo disse...

É mesmo uma história bonita, a acabar bem e tudo! Contudo o outro vizinho também foi se portou bem, porque foi ele que lá entrou e arrancou o miúdo. Oxalá que agora tudo acabe em bem...