terça-feira, dezembro 08, 2009

Empatas

Antigamente as senhoras da alta sociedade tinham um dia certo para ‘receber’. Dava algum jeito porque ficava tudo muito arrumadinho, já se sabia que se fossemos ao salão de X se encontrava Y, e no dia da semana tal se visitássemos H encontraríamos Z. Tal como uma contra-dança, com muitas mesuras mas tudo «arrumado».
Felizmente que esse formalismo desapareceu. Cada um de nós se tem saudades de um amigo, apita-lhe «estás hoje em casa? posso aparecer?» e mais nada. Porque com a mesma naturalidade ele dirá «olha, hoje não dá; aparece na sexta que é melhor». Fácil.

Tudo fácil, como disse, sem nos lembrarmos dos emplastros.
Tenho uma grande amiga com quem costumo usar esse sistema do «posso aparecer?» sempre com o maior sucesso. Ela até insiste que nem preciso avisar porque aos fins-de-semana está sempre em casa, mas por vezes aproveita «olha, trás um pacote de chá verde…» e este nossos encontros são do mais simples e agradável possível.
Mas, desde há uns tempos que também lá se pespega sem avisar uma ‘vizinha/amiga’ que em pequenas doses se consome bem, mas não tem o sentido da medida. Monopoliza a conversa, é aquele tipo de senhora que tem de contar todos os factos com os menores pormenores, e é quando não lhe ocorre a ideia de que se esqueceu de alguma coisa e volta tudo ao início. Quando ela chega, simpática não o posso negar, sabemos que vem aí o terrível bloqueador de conversas! Como felizmente vive ali na rua, há um momento onde se lembra de que tem de ir fazer o seu próprio jantar e desaparece,
É quando tempos uns minutos para nós sozinhas. Mas muitas vezes já esgotadas por tanta informação vazia que acabamos de receber. Foi o que aconteceu ontem. GRRR!
Como é que se foge a isso?

9 comentários:

sem-nick disse...

Bem sei que é feriado e acredito que este post entrou àquela hora porque estava já 'programado', mas a verdade é que os populianos daqui foram todos apanhados pela sorna de que falou a Emiéle ontem!!!!
Meio dia e ninguém diz nada!
A observação que ela deixou está a combinar bem com os 'balões' vazios que enfeitam o post. Conforme a famosíssima frase dos Gatos há quem «fale, fale, fale e não diga nada!»
Conheço esses exemplares e fico sempre com vontade de fugir...

josé palmeiro disse...

O pior é que esse facto, não é só propriedade das mulheres.
Nos homens, também existem e é uma espécie que não dá para entender. Pelo menos eu, não tenho paciência nenhuma.

AB disse...

Telefonando a outra amiga e pwrguntando"Queres aparecer"?È simpático e um bocadinho inedito.AB

Unknown disse...

Oh, logo ontem que estavas na tua doce moleza...Emiéle bem podias ter ficada aqui à conversa connosco - sempre somos mais...;))

fj disse...

Bela AB e, se precedida de análise psicologica para resultar, melhor ainda.
Palmeiro agora que estava toda gente convencida de que era defeito feminino ´e que te lembras de referir os, poucos,homens do tipo emplastro!

josé palmeiro disse...

Não posso deixar de saudar a AB,já tinha saudades.
FJ, que podia eu fazer? Escondê-los?
Se os há. devemos pô-los a nú. É que nada é pior que um "emplastro" infiltrado!!!

cereja disse...

Olá, Boa Noite!
Hoje não encontro por aqui os habituais, excepção do sem-nick, Palmeiro, Maria e fj, e descubro o AB...
Este foi também um post escrito de fugida, num dia sombrio, e sem grande inspiração. Digamos que para marcar o ponto. E este tipo de criatura pegajosa e chatinha é sempre igual e acredito que exista exemplares nos dois géneros, Palmeiro. Hoje deu-me para implicar... Ando com mau feitio, é o que é!

Castanha Pilada disse...

Sei como é. E fugir a isso, só de caçadeira. Só que é crime.

Alex disse...

Por cá também podes aparecer sempre que te dê na bolha e... não me dou com vizinhos da escada para dentro
Como nos livramos de um emplastro? Ora, ora, tu sabes, de parva não tens nada, só que não queres que a mulher deixe de te achar simpactica.
Experimenta a ser da "oposição sistemática", a começar todas as frases com "pois eu acho que não", se queres ver como a dama começa a fazer o jantarinho mais cedo
Posso garantir-te que desatraca o mais peganhento emplastro nacional
Beijos e saudades