sexta-feira, novembro 27, 2009

Somos umas exageradas!

Um grande exagero é o que é! As mulheres portuguesas querem tudo. Uma profissão e também tratar da família. E, vamos lá, que até se vai conseguindo...
Entre os múltiplos «estudos» que andam para aí a confirmar o que todos sabem (ou a dar-nos umas enormes novidades, também acontece) li ontem que Portugal na perspectiva da União Europeia é um caso atípico.
O que acontece é a) verificar-se nalguns países um grande apoio social à família e às crianças portanto aí as mulheres regressam ao trabalho cedo porque os filhos ficam bem, ou b) noutros países dão umas grandes licenças de maternidade, e as mulheres regressam ao trabalho mais tarde.
Cá não. É o caso c)
A nossa terra
“não corresponde ao critério de não regresso das mães ao mercado de trabalho. Resultados específicos demonstram a forte participação feminina no mercado de trabalho e em regime de tempo inteiro.” diz o estudo.
Mas, vá lá, vá lá, embora essas questões da igualdade vão descaindo do norte para o sul da Europa, desta vez Portugal até nem está está muito mal. Dizem que acompanha a Áustria, a Estónia, a França, a Alemanha, a Irlanda, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Eslovénia, a Espanha, a Suíça e o Reino Unido [se tirarmos
a Estónia, a Eslováquia, e Eslovénia, estamos bem integrados!] Então pior devem ser os países de leste calculo.
Que a vida normal de uma mulher com família não é fácil, isso entra pelos olhos dentro. Mas vale a pena, dizem.
Porque continuamos a trabalhar, a casar, a ter filhos.
E a querer tudo :) !


27 comentários:

fj disse...

Tudo na sorna.Exceto Miguek, já estourado de tentoo trabalhar,claro.
O que dizes já sabiamos, embora continue a espantar.me porque as mulheres querem fazer sempre tudo, não repartindo tarefas. Opções que lamento, mas que só me resta respeitar.
Ontem no yôga, num pequeno momento de leitura, referiu-se que lá para onde ele surgiu, a sociedade era matriarcal e tantrica, desrepressora.Os nossos patriarcados parecem-me ser repressores. Mas deve ser uma expriencia curiosa viver numa sociedade tântrica ( creio que já há pequenas comunidades desse tipo,frequentes nos classificados do "Correio da Manhã", frequentes nas comunidades de massagem.Ângulo reduzido, mas, para experimentar, melhor do que nada ).

Joaninha disse...

É isso mesmo. :)
Entre aqueles luxos de quem tem uns apoios à maternidade excelentes e recomeçam a trabalhar relativamente cedo depois de ter os filhos ou os outros casos onde se opta por ficar a cuidar deles até irem para o Jardim de Infância - mas porque também se pode - aqui seguram-se as dias pontas: começa-se a trabalhar porque tem de ser que sem isso a família não se aguenta, e inventa-se umas amas manhosas para deixar as crianças porque as creches é só na fantasia.

Joaninha disse...

Mas é engraçado quando ainda há quem diga que decresce a natalidade porque as pessoas são egoístas e só pensam em si! Se virem, quem o diz é malta solteira, ou gente de alguma idade cujo modelo é o de alguns anos quando se podia contar com os avós por exemplo. As avós de hoje que se reformam aos sessenta e tais, já passaram a idade de mudar fraldas...

Zorro disse...

Bolas, fj, vens para aqui a uma hora estranhíssima e a mandar bocas?!!! Quem é que visita blogs às 8 e 46? Insónias ou quê?... :)

Realmente estes 'estudos' confirmam o que se sabia há anos. Em Portugal o trabalho feminino distingue-se exactamente por se realizar a tempo inteiro. Não sei se a percentagem das portuguesas a trabalhar é maior mas a tempo inteiro todos dizem que sim. Com a desvantagem que isso traz porque depois os patrões queixam-se de que elas faltam Pudera! Os putos têm a mania de ter aquelas doenças infantis que por acaso acontecem... na infância. E que implicam ficarem em casa com a mãe (ou pai, mas isso não acontece!)

sem-nick disse...

Mas é uma estatística ou lá que é simpática. Quero dizer simpática para as nossas companheiras que contra ventos e marés mantêm o barco a navegar. Não se pode é pedir o impossível, e para além disso aumentar a natalidade... Um filho por família e já é!!!

Mary disse...

Adorei o boneco «Ela diz que agora não pode!»
Tal e qual!!!!
Seria levar o cão a passear?...

estrela-do-mar disse...

Pois é, ganda exagero! :)
Tenta-se a quadratura do círculo, mas alguma coisa não vai. A verdade é que não somos promovidas com tanta facilidade porque se falta. E na esmagadora maioria dos casos são essas faltas de apoio à família... Mas quem é que pode prescindir de um salário? Muitas vezes ele vai inteiro par a amortização da casa.

estrela-do-mar disse...

A Mary tem razão o cartoon é bem giro. Eu sinto muitas vezes é que sou uma espécie de polvo, com mais braços do que a natureza me deu!!!!!

kika disse...

O fj no yôga e eu no taichi, Hahahaha!!!!Desconfio de algo!
Mulheres polivalentes, pobrezinhas, o que fazem não se deseja aos inimigos, pior com certeza só nos países de leste como referes!!
Mas ok se estudo nos integra por aí, nada mau!
Mas nem tudo corre bem neste asssoberbar de tarefas, como é obvio
e criança sofre...:)

Anónimo disse...

O fj mete-se com o Miguel mas ele ou vem muito cedo ou depois não deve ter tempo. É ver que nunca mais actualizou o blog dele.

A brincar, a brincar sempre se dizem umas... Tal como dizes aqui é uma confusão ou tapamos os pés ou os ombros mas a manta não dá para aquecer bem. De facto a mulher portuguesa é formidável (mas a gente também ajuda, não é? :) )

kika disse...

Mais uma vez a ilustração está magnifica, é uma parte bem interessante deste blogue!

André disse...

As mulheres lá saberão o que é ser mulher; masoquismos à parte, claro está...
Eu, amiúde, já tenho dificuldades em perceber o que é ser homem numa sociedade de mulheres e de homens e, psicanálises à parte, creio que a dúvida alstra por muito boa gente, condição e género à parte.
E já agora cabe a pergunta: - Se há uma afã tão grande das mulheres em querer ser/fazer tudo que papel reservar ao outro da dualidade original!?
É o eterno problema da árvore e da maçã, por isso talvez preze tanto a individualidade e meça tanto as distâncias.

Anónimo disse...

Ainda cá volto, a apanhar o resto do comentário do FJ.
É que essa do matriarcado também me deixa ... cof...cof... desconfortável. A não ser essas de que falas do Correio da Manhã. Realmente nem patriarcas, nem matriarcas, devia haver uma fórmula onde ninguém mandasse. Claro que quando somos nós a mandar a coisa fica mais bruta.
Vi uns comentários idiotas num jornal gratuito, onde em relação à violência doméstica, uns gajos vinham dizer que elas também batem. Só por completa palermice! Mesmo que haja um caso em mil onde possam aleijar, nunca justificaria a quantidade de mortes que estão continuamente a acontecer. É que os costumes ainda aceitam muita coisa.
.......
Será que o fj ainda se encontra com a Kika sem saber, nas aulas de ioga/taichi?...

Unknown disse...

"Somos umas exageradas" - penso ser uma "série" que estará perto do fim e talvez não haja "remake" - talvez seja recordada como outros "tesourinhos deprimentes".))
Se der prémio eu serei candidata, pois, também, faço parte do grupo das mulheres - "a querer tudo";))
Não leves a mal, a ironia, Emiéle, deixei-me levar pelo "tom", irresistível, do 1º comentador - o sublime - fj:))

Joaninha disse...

Volto para não deixar os comentários com um número aziago - estão em 13!!!! :)

Estou a estranhar não ires estes dias para fora...? Mas quando dizes costumas avisar. Eu própria estou a planear uma ponte, mas vou passando por aqui porque sei que de qualquer modo deixas sempre umas coisinhas para a malta se distrair...
........
Vem isto a propósito, que aqui no género feminino, mesmo as férias raramente são completas, a não ser quando se pode ir para um hotel. Porque mesmo quando há uma segunda habitação, a profissão de dona de casa nunca mete férias ! :)

Joaninha disse...

Olha, entrámos ao mesmo tempo a Maria e eu!!! Assim não é mesmo 13 o número de comentários :)
FJ, já viste o grupo de admiradores que tens por aqui?....
É que tens mesmo graça, caraças!

fj disse...

Joaninha ( e Maria )é sempre assim, fui feito para o sucesso (virtual).
Se me meto com o Miguel é para ver se o gajo aparece mais; sou um economista "frustado", ainda andei por lá mas esbarrei nas matemáticas gerais.
Kika desconfia de quê? Nada vejo de desconfiavel.Convem dizer que yôga e dai ji quan ( romanização oficial em pinyin da RPC,o ji não é qi como julgava, "energia" e q de quan é que se lê tch explicação da melhor professora de chinês que conheço--- tambem não conheço muitas...)não são bem a mesma coisa, embora nalguns aspetos não se afastem muito.Aliás é das coisas mais lindas que existem ver um bom praticante do dai ji, longe de tudo, o equilibrio mais perfeito que vi(suponho, claro).Tambem me iniciei mas ainda foi pior do que económicas.
Sobre os matriarcados só vendo o peixe que me venderam, o Yôga, para mim,tem uma historia confusa, nunca percebo bem, tentei estudar um pouco e fiquei confuso, embora pela via da(s)religião indu se possa adivinhar umas coisitas.Acresce que tem várias escolas, cada uma puxa a brasa á sua sardinha.Todas as reservas pois, por enquanto.

Unknown disse...

Obrigada, fj, pela réplica - gostei de saber mais qualquer coisa sobre yôga e "dai ji" (espero ter entendido) e que não sou só eu que tenho dificuldade em entender as diferentes escolas dessas filosofias de que, às vezes, o meu filho - praticante de yôga - fala:))

a glória do vulgar disse...

zhen duibuqi fj: ni ba taijiquan'de 'tai' xiezuole: bu shi 'Dai' shi Tai'. ni dou wangjile ba?

a glória do vulgar disse...

太机拳! 这个'拳'有手里边。。。

a glória do vulgar disse...

FJ sublime (I like that): agora fui eu que me enganei no pinyin, isto é, wo cuole no 'xiecuole' - onde se lê 'xieZuole' deve ler-se 'xieCuole'. shame on me!

Joaninha disse...

Pronto, a minha alma tá parva!!!!
Já achava que o Pópulo era assim que amodos que um blog original, e que até nos ensinava umas coisas.
Mas apanhar aqui com a melhor professora de chinês (só pode!) a escrever uma frase inteira é de ficar maravilhada. E como raio se escreve isso? Há um teclado especial?
Agora nunca mais acabava as perguntas.
Ainda estou abananada! :)

sem-nick disse...

Ooooooooh!
Que engraçado!
Como é que se faz isso? Escrever em caracteres chineses?????
E, desculpa GV, mas o que raio é que quer dizer «zhen duibuqi fj: ni ba taijiquan'de 'tai' xiezuole: bu shi 'Dai' shi Tai'. ni dou wangjile ba?»
LOL!!!

kika disse...

Estou com os olhos em bico, para que é que eu falei ??
Mesmo com as explicações do fj,( não percebo nada dessas filosofias , só sei que gosto de praticar),lá com o yin e o yan... Qtiver mais tempo hei-de obter mais informação, mas a gv tirou-me o fôlego!

mary disse...

Eheeheheh!!!
Mas olhem que a seguir ao «zhen duibuqi» ????????? está escrito fj, e eu que sou espertinha, aposto que fj é mesmo fj, o nosso comentador irónico com quem nos metemos. E isso não se diz em chinês!

Miguel disse...

É verdade Emiéle, as mulheres são levadas da breca. Querem sempre tudo. E mais. E mais. E mais... Mesmo assim, é impressionante como conseguem. Mais impressionante é constatar que malta da minha geração, e mesmo mais novas (a minha maninha tem 23), ainda se aceite de ânimo leve que ela faça tudo.

Oh fj, é que nem imaginas. A realidade, pura e dura, é que esfalfo-me a trabalhar. Só quem passou pela África contemporânea é que compreenderá o que quero verdadeiramente dizer. Resumir-se a aventura africana a grandes salários, grandes casas, grandes carros, inúmeros criados e dolce fare niente é pura ficção. Alguns talvez. Dos filhos de paraquedistas bem ligados que, a cada ano que passa, recebem mais um carrito de largas dezenas, talvez centenas de milhar de dólares, e os salários em atraso que se lixem... Lá estou eu a divagar. E, já agora fj, o seu a seu dono. Não sou economista mas o meu curso é da faculdade de Economia e Gestão da UM. Porém, temos algo em comum, as Matemáticas Gerais. Foi a minha primeira negativa em todo o meu percurso escolar desde a pré-primária... Mais propriamente um zero devido à anulação da frequência. Tudo porque uma boazona de Gestão de Empresas com 23 anos, sentada ao meu lado, copiou ipsis verbis o que eu tinha feito sem reparar que os enunciados eram ligeiramente diferentes...

King, é muito nessa linha. Hoje estive a trabalhar até há 30 minutos atrás. E ontem das 7 às 5 ou 6 da tarde, com um intervalo pelo meio para ir ver o Lua Nova lol. O blog é porque decidi fazer um intervalo e não lhe senti muito a falta, confesso. Mas já por lá ando a escrever novamente.

cereja disse...

Olá Miguel, é formidável apanhar-te aqui e num Domingo à noite!!!!
Sabes que é isso que me faz espécie, como é que HOJE, - bolas no século XXI - ainda as divisões de tarefas muitas vezes não estão divididas como deve ser.
Miguel, a ideia de tirar económicas veio ao fj quando já tinha um curso (e daqueles de 5 anos!), com uma família e a trabalhar... Tropeçou nas matemáticas mas era um trabalho desmesurado. Conheço-o há muitos anos, sei que tem uma excelente capacidade de trabalho, mas há limites.
Também tinha ideia de que as Áfricas de hoje não são como já foram. Tem mesmo de se trabalhar para nos aguentarmos bem.