terça-feira, novembro 03, 2009

Parece muito bem, mas....

Conhecer as regras de um jogo, parece justíssimo como base para quem o pretende jogar.
Até aí tudo indiscutível.
Simplesmente há variáveis que nunca se podem dominar e esquecer esse facto não parece muito correcto.
Li que em Inglaterra se estão preparar umas normas para que um candidato a um curso superior saiba «tudo»: Desde o número de aulas que deverá ter até ao grau de empregabilidade, passando pelos custos que a licenciatura envolve, tudo tem de estar discriminado na hora do estudante decidir Correcto. São elementos que a serem estudados anteriormente podem ajudar a seleccionar alguns cursos. E explicam-nos que há propostas para que «tanto as universidades como os estudantes paguem mais para leccionar ou frequentar o ensino superior» portanto «na hora de escolher um curso, o estudante deverá ter uma lista de informação adicional em que seja possível conhecer com detalhe as cadeiras incluídas na licenciatura, o número de horas de aulas a serem dadas pelos professores ou os métodos de ensino a que vai estar sujeito».
Cá em Portugal o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior divulga todos os anos o estudo sobre empregabilidade dos cursos, e depois? No final do curso encontra-se essa empregabilidade? Ou é para avisar quem escolheu um ‘curso mau’ de que fez uma má escolha e não tem de se queixar?
É que a tal «empregabilidade» depende de factores muito vastos e de difícil definição muitas vezes de conjunturas não apenas nacionais. Todos apelam a que se aumente a formação e há gerais lamentos de que a nossa escolaridade não é o que devia ser, mas que motivação existe?
Bem, o confirmar-se que os ingleses estão a braços com situações semelhantes pode fazer-nos sentir mais acompanhados... mas só isso.

16 comentários:

André disse...

No levantamento de nóveis expressóes como pós-modernidade, bolonha, gestão cuidada de recursos, etc... esquece-se muitas vezes o essencial; que um curso superior é, antes de mais, uma percurso de aprendizagem e que nem tudo pode ser antecipado, muito menos as vicissitudes que se prendem com a relação Professor-aluno, questões de adaptabilidade, forma como se ministram os planos curriculares, enfim... não me parece ser razoável reduzir tudo a uma probabilidade estatística que conduza, inevitavelmente, ao sucesso. Do querer ao fazer vai a distância do sair de casa até chegar ao destino, em resumo, vai toda a distância do mundo

Anónimo disse...

Fui dar uma vista de olhos pelos teus comentários de ontem e com o teu último, desta manhã, fiquei mais esclarecido. Porque a páginas tantas davas a entender que hoje seria um dia em que esperavas receber visitas ou coisa assim, mas este post parece-me bem normal na linha dos que costumas escrever. Portanto, baralhaste-te nas datas, foi? Eheheheh!!!!
O André Palmeiro tem razão, andamos tantas vezes embaraçados na forma que nos passa o conteúdo. Por outro lado, fazer uma formação pensando no futuro que ela pode ter é um tanto redutor. Quem tiver uma fortíssima paixão seja porque área for, vai ter sucesso nela. E, pelo contrário, quem odiar aquilo que está a estudar, é difícil conseguir bons resultados. A tal motivação é o segredo.

sem-nick disse...

Tens malhado muito no ferro frio (ou como é que se diz? água mole em pedra dura...) e só podemos concordar com o essencial. Que haja uma boa formação é evidente que é essencial. Que não somos conhecidos por isso, já se sabe. Que, afinal muitos dos nossos empresários acabam por ter menos formação académica do que os seus trabalhadores, é também conhecido dos estudos. Mas essa tabela da empregabilidade, cheira a vigarice.
Enfim, se vem lá dos bifes...

Joaninha disse...

Tem piada King que se passou o mesmo comigo: quando abri hoje o Pópulo vinha com essa ideia de que a Emiéle nos dita dito ontem nos comentários que hoje esperava mais visitas... Ora este post é um tanto «normal» e o facto é que ainda só teve 3 ou 4 visitantes. Fiquei com a pulga atrás da orelha mas pelo que percebo ela ... enganou-se1 LOL!!!
De resto, pelo link que aqui ficou, vemos que só se confirma que a crise é geral, coisa que já sabíamos. Contudo, se ainda há quem continue a imigrar para a Inglaterra é porque as respostas deles são melhores do que as nossas, ou não?...

kika disse...

Quando tudo está explicito parece-me que é mais fácil a escolha, mas a motivação e vocação são os factores mais importante para o sucesso!
O insucesso na empregabilidade, tem muitos factores, mas nada que uma boa cunha não resolva.:)

estrela-do-mar disse...

«Escolher» o futuro com uma base puramente economicista parece-me bem triste. Não esquecer que o que se vai fazer na nossa vida adulta vai determinar mais de 3/4 da nossa vida. É evidente que fazer uma formação com a qual não podemos ganhar a vida, é péssima ideia, mas faz~e-la pelo motivo inverso também acho mal.
Preso por ter cão e preso por o não ter?....

Joaninha disse...

Não sei, estrela-do-mar, o que se diz é que era bom ter-se todos os dados quando se faz essa escolha, e isso é bom e importante. A verdade é que muitos miúdos quando pensam numa profissão só vêm o aspecto cor de rosa (ou negro) o que é natural porque são muito novinhos. Uma das coisas ingratas é ter de se escolher quando ainda se está a meio da adolescência e cheios de dúvidas. Parece-me que se devia prolongar os estudos do tronco comum e só haver especialização com mais maturidade.

Joaninha disse...

(ehehehe!! julgava que nunca mais, mas afinal já entrou o meu retrato! ) :) Iupi!

silvya disse...

ola.
ter que escolher o "futuro" aos 15 anos, é dificil, não acham? se pensarmos nos cursos que existem, na escassez dos meios, das faltas de recursos, enfim. sem contar que este país que é o nosso tem uma exigência no que diz respeito a médias que não se encontram noutros,por exemplo Espanha, mesmo aqui ao lado.
e temos que ver que o que pensamos hoje, o que queremos hoje, podemos não querer amanhã, não é assim?
quantas pessoas depois de tirarem os seus cursos conseguem realmente colocar em acção aquilo para que estudaram e aprenderam?
eu neste momento não conheço nenhum...
daí a decepção.
mas hoje provavelmente estou virada para o péssimismo.
amanhã é outro dia, talvez o acordar não seja tão penoso.
uma bj
cleopatra

Zorro disse...

Vocês sublinharam um ponto importante - como decidir da nossa formação académica quando ainda se está em formação geral (de crescimento) ? mas a verdade é que cada vez se termina os cursos mais tarde, com mestrados, doutoramentos tudo o que serve para adiar a entrada no mercado de trabalho. talvez isso seja um dos truques...
O certo é que quando o ensino obrigatório já é de 12 ou 13 anos, a 'escolha' poderá ser mais tardia. E, afinal, nada nos diz que não se possa mudar o alvo dessa escolha profissional, não é? Quanto não conhecemos que depois de um curso pronto ou quase pronto, fazem agulha para algo bem diferente?...

cereja disse...

Olá a todos!
Bom Dia, André, mas que madrugador... :)
Pois tens razão, King, fiz uma confusão do caraças e achei que hoje era amanhã... Não ando lá muito boa, é o que é!
Joaninha, já tens 'fotografia', viva, viva!!! E o Zorro voltou em azul, só lhe falta também o boneco! (houve para aí umas confusões de Zorros e imagino que fosse por isso que durante uns tempos tivesses desaparecido)
Pois é, Kika, Estrela, Cleópatra, a tal vocação é importante e decidir isso muito cedo é difícil. Contudo conhecer as normas, como é a proposta que encontrei lá na Inglaterra sempre pode ajudar um bom bocado.

Zorro disse...

'Brigado, Emiéle.
(tens razão, abri uma nova conta porque a antiga não sei como ia dar a outro utilizador; deve ter sido azelhice minha...)
Nem sempre tenho tido tempo para escrever por aqui, mas este blog continua a ser um dos meus preferidos!

Anónimo disse...

Ainda dei cá um salto a meio da tarde e acho sempre curioso como há esta meia dúzia de «conversadores» muito habitués aqui do Pópulo, mas que não se vêm (ou raramente) noutros blogs! Até chego a pensar que os conheço... e tem piada que para além do nick, até se dão (nos damos, melhor dizendo!) ao trabalho de arranjar bonecos a condizer com o nick e tudo!
(Aqui para nós já pensei em criarmos um blog colectivo entre nós! era só preciso... conhecermo-nos!)

cereja disse...

Eheheh! Essa do blog colectivo está bem pensado King. Eu posso ser a madrinha? :)

josé palmeiro disse...

Vivam, todos!!!
Não queria deixar de vir espreitar, uma vez qiue consegui voltar.
Amanhã, cá voltarei.
Ando cansado, mas o trabalho, ten sido muito e demasiado violento. Estou bem, apesar de tudo.

cereja disse...

A esta hora???
Ai, coitadito!
Quem me dera já mudado como deve ser - e se calhar a repousar nas vossas ilhas que para repouso é o melhor que há!
Até logo!