quarta-feira, agosto 19, 2009

Moscas

(Moscas? Devem vocês estar agora a pensar. Ela não deve ter mesmo nenhum assunto para vir perorar sobre moscas!… Mas enganam-se, já vão ver!)

Agosto, em pleno Verão, o que há mais são moscas.
No campo, sabemos bem que o que há mais são moscas.
Ou seja, Agosto, no campo... é uma praga.

E, a verdade é que ninguém gosta delas…
Há quem só embirre um pouco, quem embirre muito, e todos nós tentamos afastá-las de diversos modos.
Isto para dizer que a luta contra as moscas, que poisam em cima de nós, que poisam na comida, que deixam as suas ‘marcas’ nos quebra-luzes, nas cortinas, até no ecrã da tv é o meu desporto de Verão.
De tal forma isso é que aqui na minha casa tenho aquelas pazinhas mata-moscas em todas as divisões da casa, e até me dou ao requinte de fazer condizer esses ‘mata-moscas’ com a cor da divisão - tenho um vermelho na sala, azul no quarto, amarelo na cozinha, verde na casa de banho… Não será por falta de arma de agressão que não combato as moscas, mas elas por um lado multiplicam-se e por outro fogem airosamente quando as ameaço.
E uso esse velho utensílio porque me parece ainda o mais ‘ecológico’ e de certa forma o mais leal - sou eu contra a mosca, eu sou maior mas ela é mais ágil. Mas como já expliquei aquilo é mais ‘ameaça’ porque elas fogem sempre.
Ora ontem, estava eu na cozinha e elas zumbiam à minha volta que a comida cheirava bem. Cheirava-me bem a mim e, não sei se elas têm nariz, mas lá que o cheio as atraía parecia mesmo! Já farta pego na arma de ataque e zás!!!
- «Ai, que horror!» gritei.
- «Que foi?» veio perguntar a correr o meu filho.
- «Matei uma mosca!»
- «Atão?! Não era isso que querias?..»
- «Pois queria. Mas agora faz-me impressão vê-la esborrachada na parede, tadinha...» e fui a correr buscar um esfregão para limpar.
É assim.
Complicado, não é? Nunca estou contente. Ou porque as moscas picam, ou porque as mato.




16 comentários:

josé palmeiro disse...

Tens razão, são uns insectos horrorosos e disseminadores de doenças, daí que compreenda o verdadeiro arsenal pesado que tens e a diversão que constitui não as conseguires matar. Quando isso acontece, deparaste com um resultado, tal como descreves o que é, na verdade, nojento. Sou mais criterioso e talvez por isso, quando a caça começa, cá em casa, o meu maior divertimento, não é esborrachá-las contra as paredes ou contra os móveis, é apanhá-las em pleno voo e vê-las depois entre os quadradinhos da prestimável raquete. Um exercicio de sadismo, puro, hás-de tentar, pois tem a vantagem de não sujar mais nada, para além da "terrível arma".

Anónimo disse...

Teve uma época em que morei em Uberlândia, Minas Gerais, num lugar que só tem duas estaçòes do ano - muito quente e seco, muito quente com pancadas de chuva com raios e trovões.
Mas eu me lembro que, quando chegava a hora do almoço e colocava tudo à mesa, até então não aparecia nenhuma mosca. Era só eu dizer "almoço está à mesa" que de repente aparecia um monte delas! Parecia que faziam de propósito, por saber que eu não iria esmagá-las sobre a minha comida!

bjs

Ah, sim, agora que os meninos começaram as aulas durmo cedo e acordo mais cedo... e com a diferença de fuso os meus horários de cometário também mudam. :))

E os meus blogs são uma espécie de biblioteca de contos já encerrados e colocados na ordem inversa dos blogs normais, são uma espécie de e-books, com exceção do Café 42. O meu blog diário é o Caldeirão. ;)

fj disse...

Caraças que malta má, verdadeiros serial killers.Que mal fazem elas?

Joaninha disse...

Eheheheh!!!

És mesmo terrível, criatura. Que má!!
Esborrachar a pobrezita?...
:)

mfc disse...

Que chatas que são!
Há dias que me irritam completamente.

kika disse...

Tu com as moscas e eu com obras de fundo, casa de banho e cozinha tudo novinho. Podes calcular a barafunda por isso nem estou em casa, mas vim fazer o ponto da situação e vim ver o que se passa por cá vejo moscas!!!
Cresci com elas e tirava-lhes as asinhas.Era muito sádica, mas hoje a minha sensibilidade é tanta que não sou capaz de matar uma mosca, abro a janela e enxoto-a para a rua.
Deixo-a viver, afinal de contas elas têm uma vida tão curta, que não vale a pena exterminá-las.
É necessario manter a casa fe
chada ou pelo menos escurinha.
Eu ao contrário do Zé, acho que se existem têm uma função, e como tudo na vida hão-de ter prós e contras. Não é andando á pazada
que te livras delas
Tadinhas!!!!!!!!!!

sem-nick disse...

Realmente com esses mata-moscas artesanais, não se deve ir muito longe. por outro lado tens razão é muuuito mais ... ecológico.

Teve muita graça!

fj disse...

Boa kika

Alex disse...

Adorei os teus mata-moscas a condizer com as cores das divisões do palácio.
Um requinte!

fj disse...

É o que se chama «não matar uma mosca».
:)
A Kika passa de um extremo ao outro! De torturar as desgraçadas até se limitar a enxotá-las vai cá uma distância... Eu nem 8 nem 80, elas querem viver e eu também... em sossego. E como aqui dizes basta andarem a poisar em alimentos para as coisas se estragaram, não sendo nada fácil enxotá-las todas sobretudo se como acentuas estás numa aldeia e no verão onde elas são mais do que as mães.
(estou aqui a lembrar-me de coisas que não disseste, ou aqui há uns tempos, talvez no Verão passado, falaste naqueles saquinhos cheios de água para elas não entrarem? recordo-me de um post desses)

Joaninha disse...

Senhora, como sempre está muito bem observado. Elas adoram poisar na comida que é exactamente onde não as podemos apanhar... Não é só com vinagre que não se apanham, a verdade é que não se podem apanhar também quando poisam na nossa comida, que é uma porcaria!

Kika, essa ideia de as afugentar não era má, se fosse viável. Quando entram a zumbir, aos bandos, não há escuridão que valha. E não podemos estar o dia todos às escuras para fugir delas, né?

Anónimo disse...

Mas, pior que as moscas, são as baratas... aaaaarghhh...

cereja disse...

Zé, se eu fosse mais habilidosa seria o que fazia, mas isso de as apanhar no ar é uma habilidade que não tenho Apanho-as poisadas e já é!
Senhora, quando poisam na comida afasto-as o que não quer dizer que ao poisarem não tenham já deixado alguma porcaria lá. Mas é tal como dizes, assim que lhes ‘cheira’ a comida são aos molhos!!! Os teus blogs são giríssimos e quando tenho net fixa gosto muito de os visitar. Também não sabia qual era ‘o principal’ :)
FJ, de ti já sei que és o oposto do carniceiro. Até com moscas. Em tempos vi-te pegar numa por uma asa e pô-la fóra da porta. (a sério, malta!)
MFC - é que há dias onde parecem mais e são especialmente insistentes, não é?
Joaninha, não sou má, defendo-me, caraças!
Kika, já estou a ver porque tens aparecido menos. Obras em casa, coitada. É animares-te a pensar como vai ficar lindo! De resto as moscas podem ser úteis, também penso que sim, têm a sua função na natureza mas não dentro das casas. :) E o remédio de 'fazer escuro' dá pouco; elas simplesmente poisam à espera que volte a luz… Pelo menos as 'minhas'.
Olá Alex!!! De volta?! Não te tenho visitado agora que a net é racionada, onde estou. Pois é, eu sou assim, tudo a condizer, até as armas mortíferas. eheheh : )
Zorro, pronto, também nunca disse que não-matava-uma-mosca, ou disse?
Tens uma memória assombrosa. De facto o ano passado falei nessa coisa dos sacos de plástico cheios de água que as pessoas penduravam à porta e parece que afastam as moscas. Vou ver se faço isso este ano - não perco nada.

Anónimo disse...

Em relação ao extermínio das moscas eu também não estou inocente;))
Quanto aos "prós e contras" - são mais os contras que os prós; li em sítio da especialidade que existem 120.000 tipos de moscas(dípteros) e do ponto de vista benéfico alguns dípteros são importantes para o homem, tais como as espécies de Drosophila que são utilizadas como animais experimentais principalmente para estudos genéticos. Algumas espécies são utilizadas como agentes de controle biológico de plantas daninhas bem como de insectos pragas e, embora em desuso, enquanto larvas eram usadas para tratar cangrenas uma vez que a maior parte das moscas se alimenta de carne morta - isto para esclarecer que a mosca tem alguma função benéfica mas, a maléfica é muito superior, não deixa de ser uma praga.
Sabendo mais sobre "moscas" ficamos muito mais cultos eheheh.

cereja disse...

Ainda aqui estou e vi o comentário da Senhora. Amiga, não há comparação!!!! É o único bicho que me repugna de um modo 'histérico, as baratas! Felizmente só as vejo nas cidades no campo nunca vi.
E é curioso que em Macau, os chineses coabitavam alegremente com as baratas e odiavam as moscas. Nunca entendi isso.
Lembro-me uma vez no cabeleireiro em que vi uma barata a atravessar o espelho e fiz sinal ao cabeleireiro que me secava o cabelo, ele riu-se e sacudiu-a com o sacador!!! Como nós faríamos com uma mosca!


Maria, dizes o que sem conhecimento, também pensava: como todos os animais no mundo, elas são úteis, mas creio que sem excessos. E já agora, fóra de casa...

josé palmeiro disse...

Para além da do vinagre, a única "MOSCA" que me dava pica era aquele maravilhoso suplemento do Diário de Lisboa, coordenado pelo Luis Stau-Monteiro, essa sim era uma "mosca" bem a sério.
Das baratas, não falo, elas andam muito or aí!!! Bichos nojentos!!! Espero não eleger nenhuma.