Maioria(s)
Está muito na berra agora o discurso sobre «maioria absoluta».
Maioria, aprendemos na escola em crianças, é «um subconjunto de um grupo cujo número é superior à metade do grupo inteiro». Ela pode ser grande ou pequenina, mas vale o mesmo. Mais uma unidade ou mais cinquenta mil, são maiorias mesmo que se pense que uma «é mais maioria» do que a outra...
Em Portugal, está estabelecido que deve formar governo o Partido ou Coligação que obtiver mais votos nas eleições. Mais votos, mais deputados, deve ser governo. É o que diz a Constituição. E também se sabe que, para grande parte das medidas que um governo deve tomar, é necessário ter uma «maioria simples», ou seja ter um número de votos favoráveis superior ao número de votos contra dos deputados presentes (daí a porca torcer o rabo quando uns tantos decidem fazer uma feriazinhas quando não devem...) .
Parece simples.
Aparentemente, trata-se para um governo de mostrar que domina a diplomacia interna e sabe negociar com os outros membros da Assembleia as medidas que propõe. Se as medidas forem bem justificadas, e em benefício da generalidade das pessoas, será difícil a toda a oposição estar contra sem uma boa justificação.
Parece difícil mas tem acontecido muito, essa birra da oposição, que muitas vezes quase nem avalia o que é proposto e fica logo do contra. É um erro. Erro que se paga quando, numa contra-jogada, o partido que acredita estar em vantagem pede ao eleitorado uma maioria absoluta.
Isso já se passou por mais de uma vez. Mas a verdade é que quando se faz tal, o eleitorado está a passar um cheque em branco, a mostrar uma total confiança no partido em que se vota. E eu até concordo que se possa fazer uma vez. Porque não? No final da legislatura cá estamos para pedir as contas desse cheque em branco, porque isso fazia parte do contrato.
Mas é muito extraordinário que quando se chega a essa fase, os tais beneficiários do cheque, assobiem para o lado e afirmem que se as coisas correram mal a culpa foi dos outros meninos.
E que tenham a lata, de renovar o pedido para outro cheque!
Já demos para esse peditório, não foi?...
Maioria, aprendemos na escola em crianças, é «um subconjunto de um grupo cujo número é superior à metade do grupo inteiro». Ela pode ser grande ou pequenina, mas vale o mesmo. Mais uma unidade ou mais cinquenta mil, são maiorias mesmo que se pense que uma «é mais maioria» do que a outra...
Em Portugal, está estabelecido que deve formar governo o Partido ou Coligação que obtiver mais votos nas eleições. Mais votos, mais deputados, deve ser governo. É o que diz a Constituição. E também se sabe que, para grande parte das medidas que um governo deve tomar, é necessário ter uma «maioria simples», ou seja ter um número de votos favoráveis superior ao número de votos contra dos deputados presentes (daí a porca torcer o rabo quando uns tantos decidem fazer uma feriazinhas quando não devem...) .
Parece simples.
Aparentemente, trata-se para um governo de mostrar que domina a diplomacia interna e sabe negociar com os outros membros da Assembleia as medidas que propõe. Se as medidas forem bem justificadas, e em benefício da generalidade das pessoas, será difícil a toda a oposição estar contra sem uma boa justificação.
Parece difícil mas tem acontecido muito, essa birra da oposição, que muitas vezes quase nem avalia o que é proposto e fica logo do contra. É um erro. Erro que se paga quando, numa contra-jogada, o partido que acredita estar em vantagem pede ao eleitorado uma maioria absoluta.
Isso já se passou por mais de uma vez. Mas a verdade é que quando se faz tal, o eleitorado está a passar um cheque em branco, a mostrar uma total confiança no partido em que se vota. E eu até concordo que se possa fazer uma vez. Porque não? No final da legislatura cá estamos para pedir as contas desse cheque em branco, porque isso fazia parte do contrato.
Mas é muito extraordinário que quando se chega a essa fase, os tais beneficiários do cheque, assobiem para o lado e afirmem que se as coisas correram mal a culpa foi dos outros meninos.
E que tenham a lata, de renovar o pedido para outro cheque!
Já demos para esse peditório, não foi?...
26 comentários:
Certo em geral,errado para a maioria absoluto-arrazadora do be.Deixaremos aas mais amplas liberdades aos outros tontos, permitimos-lhe o acesso à função pública ( já não há ), dexaremos entrar media estrangeiros desde que não digam mal do governo, prenderemos aleatóriamente alguns oposicionistas,mas irão para caxias com vista para o mar, exceto os patrimonialistas que vão para o aljube, com vista para o corredor. Como a pasta deve ficar comigo logo depois das eleições, vale como promessa´eleitoral, figura particularmente prestigiada. Mas eu sou diferente, embora se duas semanas depois puder ir para a onu irei mesmo ou seja nunca disse que não ia, sou humano.
FJ, estou de acordo. Voto em ti e na tua maioria e depois, vai lá para a onu ou para bali, que o efeito é o mesmo.
Quanto ao que a Emiéle escreve, linda reflexão, estou completamente de acordo contigo. Para se ter maioria é preciso ser MAIOR e nós, só temos PEQUENINOS!!!
Se houvesse alguma dúvida, era ter passado a tarde e noite de ontem, frente à televisão que as dúvidas ficavam dissipadas.
Lembro-me muitas vezes, quando um partido no governo faz algo em seu benefício mas sem se lembrar que tempos depois pode estar a beneficiar os outros e a prejudicar-se a si mesmo, uma historieta mais ou menos «moralista» que se contava quando eu era criança.
Uma mãe com dois filhos que estavam sempre a queixar-se de que o irmão ficava com a fatia maior do bolo, resolveu a questão - um deles cortava as fatias e o outro servia-se primeiro. Desde aí as fatias passaram a ser iguais!
Vejo isso nos nossos políticos. (precisavam de uma mãezinhas dessas) Muitas vezes tomam medidas para benefício próprio, mas que só funcionam quando estão no poleiro; quando o poleiro é dos outros arrepelam-se todos.
FJ, estás a brincar - e tens sempre graça com essas análise trocistas - e olha que eu até simpatizo com o Bloco. O receio de alguns é que ele se alie com o PS após as eleições, não pontualmente como aqui disse a Emiéle (não há nada de mais natural), mas "a sério", quero dizer para fazerem passar coisas que nem sempre serão as melhores.
Oxalá nos enganemos.
(e também não há muitas alternativas a não ser o tal voto em branco...)
Não vi a entrevista.
Estava ocupado com outras coisas e ... passou-me, confesso!
Contudo este post até parece escrito antes dela, ou a Emiéle também não viu, porque não faz referências. Para o caso é igual. Que o Sócrates aparecesse com menos arrogância ou não, lá tem os técnicos de marketing para lhe dar brilho à imagem. de qualquer modo agora já se pode dizer que se está em pré-campanha, não é?...
O mês de férias não conta muito, portanto daqui para a frente vamos dar desconto a 50% do que ouvirmos.
Eu, estou inocente. Nem da 1ª vez votei neles, quanto mais agora!!!!
Pois é!
Às cegas é que não!!!!!
E sobretudo depois desta triste experiência. Quando o outro dizia desdenhosa e arrogantemente «Habituem-se!»
É extraordinário com tanta gente tem a memória tão curta.
Mas TÃO CURTA!!!
Svias de interesses de classe im (?amiga?)joaninha, pode haver, embora remotamente, essa saída, embora ma pareça mais provável a institucionalização do bloco central,aliás a muitos níveis já existente,mas nem sempre saído do armário, por via de razões óbvias de classe.
Perigoso parece-me um permanente alternar de apoios instrumentais ( por dentro é só bloco central).Claro mesmo assim aceitarei uma pasta, qualquer uma pois não teria tempo e me espalhar, e depois posso ser ex ministro de 2ªclasse, com largas possibilidades de acessos... zp não votes em mim é no movimento. Sou um simples subproduto da maioria.
Desculpem saui zorro, que não tem culpa nenhuma, é fj
fj, eu vi e já corrigi. É uma coisa esquisita mas não és o primeiro a quem acontece...
Eu até achei interessante, quando o ps ganhou a maioria absoluta, porque achei que agora (na altura)se poderiam ver as diferenças entre um governo de maioria absoluta PSD ou PS. Afinal, a maioria absoluta parece que não serve, independentemente do partido. Uma coisa é certa, com o meu voto não haverá outra! (só por azar)
Confusáo complete, e zorro não tem culpa nenhuma. Queria começar dizendo o mais provavel será a institucionalização do bloco central ( nos interesses já lá está há muito anos ), mas ha reamente o perigo de acordos muito pontuais e alternados, mas aí cada um que se assuma. Mas não prevejo que s nimguem saia do rmárioPORREIRO PA MAS AINDA ESTÀ MUITO CONFUSO
O FJ desenrasca-se mais ou menos, e a gente consegue lê-lo adivinhando aqui ou ali umas palavras... :) Dá ideia de que ele (ao contrário de todos nós) escreve mais depressa do que pensa!
Os acordos pontuais, acho lindamente. É mesmo assim que os barcos navegam, um desviozinho para a direita, outro para a esquerda. Nada de mais. Já o Bloco Central me preocupa mais. Já cá o tivemos apesar de agora se ter passado uma esponja, e não deixou boas recordações!
Proponho que joguemos à Batalha Naval e que os afundemos, TODOS!!!
Tchi Palmeiro, tanto não...
Um naufragiozito de alguns navios não direi que não. Este então está a meter água por tudo o que é sítio!
Ena, ena, tanta conversa!....
O importante é não esquecermos o passado. Como quer a Snowgase quer a Maria relembraram, já tivemos uma maioria absoluta PSD, e já tivemos um Bloco Central (Centrão?) com os dois partidos.
E também não ficámos com boas recordações....
Só um esclarecimento.
Para jogar, quer à batalha naval, quer a qualquer outro jogo, terá que ser com alguém, senão seriam "paciências" e essas, eu já não vou tendo. Logo, os "todos" que iriam ao "fundo", está bem de ver quem eram!!!
Aaaaah! Tá bem visto, sim, palmeiro. Eu cá estava a achar que metias tudo no fundo!
:) Era um exagero, é certo:)))
Quando uma pessoa se atrasa apanha esta caixa já um tanto avançada e quase tudo o que eu estava a pensar já foi dito!
OK, mas por mim também ando enjoado com tanto desejo de absolutismo. E a entrevista de ontem, com o gajo tão mansinho, foi formidável! Se lhe desse ano sim, ano não, a gente até tinha outra visão. Não lhe fica mal este estilo, já vem é tarde.
Só mais uma coisa: estou tão fffffffffffaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarto de em todos os media dominados pelo neoliberalismo, e são quase todos os que nos chegam, tudo o que é mau é islamista, árabe, pelo menos tem ares de....estatura média, pele e cabelos suspeitos,esgares de péssimos.Reparem como já queriam aproveitar a tragédia do air bus.
Emiéle,
Não me recordo de nenhum Governo eleito nos últimos 34 anos que tenha servido, mais ou menos, bem a "Maioria", neste caso, nós, as pessoas! E, na minha modesta opinião, pensar que, tal um dia possa acontecer, talvez seja utopia. A cultura de "obediência" vigente nos nossos partidos políticos, inviabiliza o conceito de “Parlamentarismo” quando retira liberdade ao deputado de votar "per si"( tomado muitas vezes por mentecapto).
E, assim não fora, talvez algumas leis apresentadas, como dizes - porventura servissem a "Maioria"
- razão primeira, para que foram eleitos e ao governo ficaria sempre a grande responsabilidade de executar essas leis. Tarefa que, requer toda a nossa atenção e participação, quando possível, coisa que se tem verificado, pela parte que me cabe, cada vez menos.
A minha “pasta”(citando o fj, que fez com muito humor) está carregada de boas vontades, utopias e uma inadaptação para qualquer cargo e alguns palpites, talvez por isso ela esteja guardada no “sótão” da minha imaginação…
Tens toda a razão, Maria.
Muitas vezes dá para por em causa a democracia parlamentar...
A verdade é que ainda não encontramos um regime que seja francamente melhor, mas este tem muitos defeitos. E olhando para trás parece que os últimos anos tem sido sempre a descer.
E uma maioria absoluta da Manela Azeda o Leite? Isso é que era!
Eu já dei!
E garanto que não dou mais!!
Castanha, já tivemos o Cavaco com ela nas Finanças, não foi...? E com vacas gordas.
Saltapocinhas, que me lembre eu para esse peditório só deu quando estava em questão o terrível «voto útil» que acaba por ser bem inútil quase sempre. Mas dei, sim. E acabou definitivamente.
Só me resta concluir: "E quem o não fez, que atire a primeira pedra!"
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