Uma música ao Domingo
Los Poetas Andaluces de Ahora
Balada para los poetas Andaluces de hoy
Qué cantan los poetas andaluces de ahora?
Qué miran los poetas andaluces de ahora?
Qué sienten los poetas andaluces de ahora?
Cantan con voz de hombre, ¿pero donde están los hombres?
con ojos de hombre miran, ¿pero donde los hombres?
con pecho de hombre sienten, ¿pero donde los hombres?
Cantan, y cuando cantan parece que están solos.
Miran, y cuando miran parece que están solos.
Sienten, y cuando sienten parecen que están solos.
Es que ya Andalucia se ha quedado sin nadie?
Es que acaso en los montes andaluces no hay nadie?
Qué en los mares y campos andaluces no hay nadie?
No habrá ya quien responda a la voz del poeta?
Quién mire al corazón sin muros del poeta?
Tantas cosas han muerto que no hay más que el poeta?
Cantad alto. Oireis que oyen otros oidos.
Mirad alto. Veréis que miran otros ojos.
Latid alto. Sabreis que palpita otra sangre.
No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo.
encerrado. su canto asciende a más profundo
cuando, abierto en el aire, ya es de todos los hombres.
Rafael Alberti
13 comentários:
Pelo que vejo o vento mudou para Espanha. E este é um Bom vento.
A canção é magnífica. Foi um símbolo na altura. E o Alberti escreveu um poema inesquecível! Fizeste bem em deixar o texto.
Não expliquei a minha ideia: É que muita gente tem "a mania" que sabe bem espanhol, mas nem sempre domina como devia ser a delicadeza da palavra poética.
Já viste que o José Palmeiro também deixou os «água viva»?!
é uma canção com mais de 30 anos, julgo eu.
Aos anos que a não ouvia....
Saudades, heim?!
E viva España!!!
'Arriba' talvez...?
A mim, "me quedam, las palabras!".
Ainda havemos de acertar!!!
Uma resposta para "sem-nik"
Gosto mais do VIVA!!!
Do "arriba", salta-me à memória: "Arriba España! Más alto, Carrero Blanco!!!"
Eheheh, Zé Palmeiro! Mas a malta mais nova nem entende essa piada...
Que bom ouvir esta canção!
Ora bem, já tinhas avisado, há uma semana [atrás] tautologicamente falando eheheh...- que nos ias brindar com "essas" canções, começando com o Paco Ibañez e continuando assim, vais num bom caminho!
Esta canção é belíssima, tenho a versão editada (vinil) em 1975 pela "Ariola", a 1ª edição é de 1969 (single Poetas Andaluces-Cantare), a música é de Manolo Diaz e José Heredia Maya (também poeta) diz o poema . É sempre com prazer e uma certa nostalgia que revisito esta canção!
(O grupo "AGUAVIVA" esteve em 1972 em Portugal, actuaram no Teatro Villaret)
Sempre achei que a poesia soa muito bem em espanhol.
E é, Castanha. Tem uma sonoridade que se presta à poesia!
(a Maria já arranjou assinatura no blogger! Fica mais bonito não é?...) Como relembraste, eu tinha pensado fazer agora uma 'incursão' por as canções espanholas que como sabemos há algumas belíssimas. E vou continuar para a semana, que ainda há para aí muita coisa.
Que canção já tão pouco ouvida!
Razão zp. Sobre o mas alto que carrero blanco tens que explicar que se trata de salto em altura, infelizmente, demasiado alto para o atleta em causa, falecido ao aterrar. Deixote esse trabalho, se concordares.
É que a frase era «Arriba Franco, más alto que Carrero Blanco!», não era España.
:)))
Como se entende, era uma frase creio que anarquista (se não era estava na linha) que chamava a atenção para o atentado em que Carrero Blanco tinha ido ao ar!
Quanto a esse personagem, de que hoje os jovens não se lembram diz a wikipédia: A execução em si tinha um alcance e uns objectivos claríssimos. A partir de 1951 Carrero ocupou praticamente a chefia do Governo no Regime. Carreiro simbolizava melhor que ninguém a figura do «franquismo puro» e sem se ligar totalmente a nenhuma das tendências franquistas, visava pujar solapadamente o Opus Dei ao poder. Homem sem escrúpulos, montou conscienciosamente o seu próprio Estado dentro do Estado: criou uma rede de informadores dentro dos Ministérios, do Exército, da Falange e mesmo dentro do próprio Opus Dei. Sua polícia conseguiu meter-se em todo o aparato franquista. Foi tornando-se assim no elemento chave do sistema e numa peça fundamental do jogo político da oligarquia. Por outro lado, chegou a ser insubstituível pela sua experiência e capacidade de manobra e porque ninguém conseguia como ele manter o equilíbrio interno do franquismo […]
Emiéle, tens toda a razão!!!
Ai, onde vai esta cabeça. Ia responder ao FJ e já tinha dado pelo erro, mas tu, já tinhas composto tudo, muito bem. Só te agradeço.
A razão do erro, chega-me agora, era a confusão que se estabelicia entre "España e Franco", tal como por cá com o Salazar. Isto, são devaneios, não leves a sério!!!
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