Sustos informáticos
Nos últimos dias antes das minhas mini-férias, andei mais ocupada do que o costume com um trabalho pontual, mas bastante urgente.
Tinham-me pedido para realizar umas tantas entrevistas, tarefa de alguma responsabilidade a que inicialmente levantei reticências porque não me imaginei de bloco de notas a conseguir «apanhar» tudo o que me dissessem sobre o tema em questão.
Mas não. Foi-me explicado que, nada disso, as entrevistas eram gravadas eu só tinha de fazer as perguntas previamente seleccionadas e gravar as respostas. O resto não era comigo.
OK. Até me pareceu interessante por ser numa área que eu conhecia mal e, mesmo sendo um trabalho que me ia ocupar, muito, aumentava a minha cultura geral. Concordei. Foi-me fornecido um gravador minúsculo, e explicaram que aquilo não funcionava com cassetes; depois da gravação feita, ligava-se ao computador e ficava gravado lá. Depois era daí que se ia extraindo o texto.
Muito bem. «Arregacei as mangas» e deitei-me ao trabalho.
E a primeira meia dúzia, correu sobre rodas. Carregava nos botões que devia, gravava, e de seguida encontrava-me com um jovem, encarregado de ‘descodificar’ a conversa em questão, que ligava 'a coisa' ao pc dele e a conversa ficava lá para ser 'tratada'.
Mas, por azar - dele é claro - o desgraçado teve um acidente muito complicado e durante bastante tempo não se vai poder mexer. Ou seja, como «the show must go on» cá a je viu-se incumbida de, para já, passar a escrito as últimas entrevistas.
Comecei.
Aquilo dá muito trabalho! Ouvir, parar, escrever, voltar atrás para confirmar, etc. Uma noite tinha feito aí metade de uma, quando decidi que já chegava e me fui deitar. No dia seguinte vou recomeçar, ligo tudo como na véspera e não oiço nada!!! Fiquei sem pinga de sangue. Ai, ai, ai… Será que não gravei a segunda parte?! Será que o computador desactivou esta funcionalidade? Será que... Durante uma boa meia hora, voltei ao início, desliguei tudo, experimentei, e nada.
Os prazos de entrega, como é sempre nestas coisas, eram «para ontem». Estava desesperada, quando me queixo ao meu filho «mas que raio, não consigo ouvir a entrevista gravada, que aflição!» «Ah, pois» diz-me ele muito tranquilo «é que ontem à noite desliguei o som para não te incomodar»
Poing!!! A coisa mais elementar de todas, se o som estava ligado, é que não verifiquei!
Mas, para não ficar por aqui com os sustos, depois de ter continuado o trabalho e escrito ainda muito texto, parei para ir jantar. Quando vou retomar o trabalho, dou-me conta de que me tinha esquecido de “salvar” o que já tinha escrito, e as últimas páginas tinham desaparecido…
Quase tive saudades do velho sistema do bloco de notas!…
Tinham-me pedido para realizar umas tantas entrevistas, tarefa de alguma responsabilidade a que inicialmente levantei reticências porque não me imaginei de bloco de notas a conseguir «apanhar» tudo o que me dissessem sobre o tema em questão.
Mas não. Foi-me explicado que, nada disso, as entrevistas eram gravadas eu só tinha de fazer as perguntas previamente seleccionadas e gravar as respostas. O resto não era comigo.
OK. Até me pareceu interessante por ser numa área que eu conhecia mal e, mesmo sendo um trabalho que me ia ocupar, muito, aumentava a minha cultura geral. Concordei. Foi-me fornecido um gravador minúsculo, e explicaram que aquilo não funcionava com cassetes; depois da gravação feita, ligava-se ao computador e ficava gravado lá. Depois era daí que se ia extraindo o texto.
Muito bem. «Arregacei as mangas» e deitei-me ao trabalho.
E a primeira meia dúzia, correu sobre rodas. Carregava nos botões que devia, gravava, e de seguida encontrava-me com um jovem, encarregado de ‘descodificar’ a conversa em questão, que ligava 'a coisa' ao pc dele e a conversa ficava lá para ser 'tratada'.
Mas, por azar - dele é claro - o desgraçado teve um acidente muito complicado e durante bastante tempo não se vai poder mexer. Ou seja, como «the show must go on» cá a je viu-se incumbida de, para já, passar a escrito as últimas entrevistas.
Comecei.
Aquilo dá muito trabalho! Ouvir, parar, escrever, voltar atrás para confirmar, etc. Uma noite tinha feito aí metade de uma, quando decidi que já chegava e me fui deitar. No dia seguinte vou recomeçar, ligo tudo como na véspera e não oiço nada!!! Fiquei sem pinga de sangue. Ai, ai, ai… Será que não gravei a segunda parte?! Será que o computador desactivou esta funcionalidade? Será que... Durante uma boa meia hora, voltei ao início, desliguei tudo, experimentei, e nada.
Os prazos de entrega, como é sempre nestas coisas, eram «para ontem». Estava desesperada, quando me queixo ao meu filho «mas que raio, não consigo ouvir a entrevista gravada, que aflição!» «Ah, pois» diz-me ele muito tranquilo «é que ontem à noite desliguei o som para não te incomodar»
Poing!!! A coisa mais elementar de todas, se o som estava ligado, é que não verifiquei!
Mas, para não ficar por aqui com os sustos, depois de ter continuado o trabalho e escrito ainda muito texto, parei para ir jantar. Quando vou retomar o trabalho, dou-me conta de que me tinha esquecido de “salvar” o que já tinha escrito, e as últimas páginas tinham desaparecido…
Quase tive saudades do velho sistema do bloco de notas!…
7 comentários:
Tadinha, Emiéle!!!!
Super tadinha!
Só azares, heim?...
Que irritação!
Mas acontece com todos,temos dias em que as coisas mais simples se complicam.
Quanto á tua tarefa, cheira-me a mais um desses estudos que ficam depois na gaveta.. e uma pessoa pôs tanto empenho naquilo...
Oxalá não seja o caso porque para mim a maior irritação é fazer trabalho inútil.
Há dias assim!
E identifiquei-me tanto contigo, quando verificas tudo menos... o mais óbvio!
Que ninguém diga que dessa água, não beberei!
Quantas e quantas vezes, chego aqui, pela manhã e tenho tudo configurado pelo "inframodal"...
Quanto ao resto, já se sabe, é voltar ao princípio...
Grrrrrrrrrrrr!
Imagino, Emiéle.
e essa coisa de estar a clicar no 'save' deve ser um gesto automático, sabes? Aprendi isso do modo mais difícil, uma vez em que tive de re-escrever TUDO, mas tudo, de um trabalho importante.
Pois, nunca precisei exactamente de voltar ao princípio, mas lá que apanhei uns sustos valentes, apanhei. E ainda nem contei, que ao enviar os textos já tratados, a pessoa a quem os enviei não os conseguia abrir!!!!!!!!
Tive de passar para outro formato.
Só dores de barriga.
Kika, não é exactamente «um estudo», digamos que é uma avaliação do modo como estão a ser cumpridas umas directivas da União Europeia. Lá o que é que a dita U.E. vai fazer com isso não faço a menor ideia...
Podes estar ocupada, mas tudo que escreves é com graça... rs
Passei por algo parecido estes dias quando estava eu tentando entender como se mexe com o Iphone.
Por mais que estava acostumado ao Ipod, simplesmente fiquei horas fazendo e refazendo as configurações... rs
Enviar um comentário