quarta-feira, março 25, 2009

Parece uma heresia

Creio que o primeiro choque, acorreu há 40 anos, quando Christiaan Barnard fez o transplante de um coração. Já se faziam transplantes de órgãos, mas... o coração era o coração! Um símbolo. Uma metáfora. Muita gente ficou seriamente impressionada e abalada, era como transplantar a própria vida.
E agora, fala-se de outra «heresia» a criação de sangue artificial
Como?????
A matéria mais nobre do nosso organismo, (do «sangue, suor e lágrimas» é o sangue que leva a coroa) pode ser recriada?
OK, não é exactamente artificial, a «designação artificial refere-se apenas ao facto de ser fabricado em laboratório» mas «além de ser compatível com qualquer humano, o sangue produzido em laboratório será sempre seguro e livre de infecções».
Por aquilo que se lê é possível e está a fazer-se.
São estas maravilhas da ciência que nos reconciliam com outros aspectos mais negativos da humanidade.

9 comentários:

fj disse...

Uma notícia importantíssima!!!
Não a ouvi noutros sítios mas merecia relevo.
A verdade é que sobretudo em casos de «sangues especiais» muitas vezes há grande aflição por não se encontrar dadores.
É revolucionário!

josé palmeiro disse...

Sem dúvida que seria revolucionária, uma realidade dessas!
Tenho esperanças de que dê certo. Afinal a ciência avança e, às vezes, não avança mais depressa porque não interessa. No entanto neste caso, em que os "sangues", andam tão contaminados e, cada vez mais, sem qualidade, uma descoberta destas, seria de um benefício imenso para a HUMANIDADE, pois se for só para alguns, não vale a pena.

Anónimo disse...

O teu ultimo parágrafo,passa a ser o meu comentário.
É uma boa noticia ,porque se trata de poder salvar vidas. Mas enquanto nao se chega lá é bom que aqueles que podem ,sejam dadores

Anónimo disse...

É uma notícia importante, sim.
E nestas coisas, acredito que de início só alguns tenham acesso, mas dentro de pouco tempo se possa generalizar.
Como dizes em relação aos transplantes, era um grande luxo e de momento já se pode aspirar a isso se tivermos necessidade.

Anónimo disse...

Olhem, eu sou dos que (aplaudo, é claro! mas) me faz impressão essa do sangue de laboratório.
Tal como dizes, é um símbolo, caraças!
«Somos do mesmo sangue»
«Está-lhe na massa do sangue»
«Sou de sangue azul»
(este deve ser mais caro)
«Irmãos de sangue»
«Escrito com sangue»

etc, etc.. Já viram como a literatura ia mudar?

E os vampiros? Passavam a tomar um copo de 3, em vez de chupar ali o pescoço?...

Anónimo disse...

Esta é excelente Emiele! Que grande notícia :)

Castanha Pilada disse...

Por isso, daqui a 50 anos, por cada jovam vai haver três velhos!
Pronto, lá tinha que vir eu estragar tudo!

cereja disse...

Castanha Pilada, desta vez ou não entendi onde querias chegar ou não posso concordar contigo.
Como é que fazes uma ligação tão imediata entre a quebra de natalidade e os cuidados de saúde?!
O facto de poder haver uma melhor resposta médica às doenças fará com que se morra menos "antes do tempo". E, esse factor até, pelo contrário, poderá fazer com que haja mais jovens (não se morre em idade de ainda se poder ter filhos, ou consegue salvar-se jovens que depois de um acidente morreriam por falta de sangue)
A baixa de natalidade, por mim, tem a ver com outras causas, e sobretudo sociais. Em Portugal é caríssimo ter um filho e educá-lo dado o custo das creches; repara que essa tendência da baixa de natalidade está a diminuir imenso noutros países europeus.
Por outro lado, se bem entendi olhas para a nossa terra, mas se deitares um olhar a África, por exemplo, com a questão da SIDA, a questão do sangue é basilar, e lá há 3 jovens por um velho - se chegam a velhos...

Castanha Pilada disse...

Não tem só a ver com a natalidade, tem a ver com o prolongamento da vida devido a melhores cuidados de saúde. Em si, não é uma coisa má, mas os dois factores juntos (baixa de natalidade e aumento da esperança média de vida) estão a envelhecer as populações das sociedades mais desafogadas.