Medidas de bom-senso
Ele há coisas que parecem tão evidentes que custa entender que ainda não sejam aceites por todos sem se pensar muito no assunto.
Parece que quem estuda a alimentação considera que se anda a comer mal. É tema muito debatido.
Por outro lado, como o dinheiro 'está cada vez mais caro', e a associação é imediata: come-se mal porque o dinheiro para a comida é pouco.
E é verdade. O dinheiro seja para o que for é pouco, para a comida naturalmente que em primeiro lugar. Mas...
Quem entende de alimentação e dietas, considera que o que se passa (também) é que há falta de informação sobre o que é uma alimentação suficiente. Muitos dos entendidos nesta área dizem já há muito que há um consumo muito excessivo de proteínas na alimentação.. A carne e o peixe fazem falta mas não nas quantidades que nos habituámos a comer.
"As nossas necessidades de proteínas são de um grama por cada quilo e por dia, sendo que só metade devem ser de origem animal - 100 gramas de carne ou de peixe têm 20 gramas de proteínas".
Hoje usam-se muito menos as leguminosas – feijão, grão – talvez com a ideia de que ‘fazem engordar’ - e aproveitam-se menos os restos.
Também é lamentável que tenha entrado tantos nos hábitos nacionais o tomar-se o pequeno almoço fóra de casa, quando se fosse em casa comia-se bastante melhor e muito mais barato: menos tentação com bolos e talvez se pudesse comer de vez em quando uma peça de fruta da época.
Por outro lado, como o dinheiro 'está cada vez mais caro', e a associação é imediata: come-se mal porque o dinheiro para a comida é pouco.
E é verdade. O dinheiro seja para o que for é pouco, para a comida naturalmente que em primeiro lugar. Mas...
Quem entende de alimentação e dietas, considera que o que se passa (também) é que há falta de informação sobre o que é uma alimentação suficiente. Muitos dos entendidos nesta área dizem já há muito que há um consumo muito excessivo de proteínas na alimentação.. A carne e o peixe fazem falta mas não nas quantidades que nos habituámos a comer.
"As nossas necessidades de proteínas são de um grama por cada quilo e por dia, sendo que só metade devem ser de origem animal - 100 gramas de carne ou de peixe têm 20 gramas de proteínas".
Hoje usam-se muito menos as leguminosas – feijão, grão – talvez com a ideia de que ‘fazem engordar’ - e aproveitam-se menos os restos.
Também é lamentável que tenha entrado tantos nos hábitos nacionais o tomar-se o pequeno almoço fóra de casa, quando se fosse em casa comia-se bastante melhor e muito mais barato: menos tentação com bolos e talvez se pudesse comer de vez em quando uma peça de fruta da época.
10 comentários:
Olha o tema é tão recorrente e toda a gente fala tanto disso que nem me apetece dizer coisa nenhuma.Está bem eu sei.Menos carne menos peixe mais fruta mais legumes e por aí...AB
A gente acha sempre que sabe, mas...
Uma vez estive numa espécie de acção de formação de uma nutricionista e fiquei parva porque realmente consciencializei que para uma pessoa com 50 quilos, por exemplo, (pensei em mim) bastaria comer 25 gramas de proteínas ao almoço e ao jantar e nem precisavam de ser de origem animal. Ora 25 gramas, parece não ser nada! Quando mandamos pesar 125gr de fiambre, é um embrulho pequenino e contudo, a levar-se a sério, aquilo devia chegar para 5 refeições!!!!
Não haja dúvidas que temos muito que re-aprender!
O comentário da Mary deixou-me a pensar.
Gaita, 25 gramas de proteínas é muuuuito poucochinho! se comer uma sanduíche de fiambre ao pequeno almoço (o tal que deve ser robusto, etc e tal) já consumi metade das proteínas do meu dia????
E se almoçar 3 carapaus já estou a «entrar na dose do dia seguinte» das proteínas?! É que a gente adquiriu hábitos alimentares que é difícil evitar, caramba!
Só mais uma coisa que me esqueci.
Essa do pequeno almoço em casa, isso concordo. Só tem vantagens.
Evitamos o stress dos berros e lufa-lufa das pastelarias e cafés, acaba por ser mais depressa (hoje que temos microondas é um instante!) e comemos menos gorduras.
para além de sair muitíssimo mais barato.
Estou assim como a AB.
Este "desenvolvimento" induziu toda a sociedade a fazer má alimentação e então nas grandes cidades, ainda pior, porque os recursos a uma vida mais saudável é muito mais difícil. Está na hora, para bem da saúde e da carteira de se inverterem as coisas e caminhar na direcção certa.
Afinal a gente acha que sabe (e mesmo assim ainda sabe bastante....) mas esquecemos umas tantas coisas. Essa das quantidades era um bocado coisa que não sabia bem. Claro que a comida tradicional devia ser recuperada, é evidente. Afinal o «cozido» por exemplo,deve ser segundo as actuais normas, impecável. Os alimentos são cozidos, primeiro. Depois tem carne variada e enchidos, mas tem também muitos legumes, batata, arroz, e quase nem precisa tempero.
O preço? Bom, aí é que é um pouco pior, porque para ser bem feito não fica muito barato. e aqui começava-se exactamente a falar de comer bem... mas barato. E o absurdo é que afinal as ditas «comidas de plástico» acabam por ser mais baratas que os ditos legumes e frutas, coisas que estão caríssimas.
Aliás o teu boneco,é muito lindo e apetitoso, mas creio que pretendes dizer que para além do leite, o pão ou os cereais, se pode comer UMA peça dessas frutas, não é isso tudo? Foi só para posar para a foto, imagino eu...
O meu almoço (nem de prepósito) grão de bico com atum cebolinha e salsa. Tem proteínas qb. Nao aprecio pequenos almoços fora.Em casa é tudo melhor, embora nem sempre seja posssivel, claro.Fora só á luz das velas...
*Aplausos para a Kika!*
Zé Palmeiro, olha que mesmo em terras pequenas (pelo menos aqui na periferia de Lisboa, aquilo a que se chama «grande Lisboa») cá por mim o excesso de doces, uma carga calórica desmesurada, excesso de proteínas, isso vê-se muito bem. É reparar na quantidade de pessoas claramente obesas que se vêm... E miúdos e adolescentes...
Comem muito mal, mesmo! E só pode ser porque foram educados assim.
Concordo, Emiéle!
Até aqui, nos Açores, a quantidade de obesos é de assustar, mas se fores analisar bem, vês que junto a uma escola secundária e de um colégio, está um centro comercial com toda a parafrenália de ofertas envenenadas, que a isso conduzem e, eu lembro-me muito bem, dos discursos que a minha mulher fazia, quando estava no activo, como educadora de infância, quando falava aos "paizinhos", sobre os bolicaus e quejandos, e havia pais e mães que o recado entrava por um lado e saía pelo outro. É nitidamente um problema cultural e social de contornos muito difusos.
Estás a ver, Zé Palmeiro? Voltamos outra vez à educação e ao papel dos pais! Mas se os próprios pais desconhecem as coisas (para além de não conseguirem impor regras...) como podem ensinar?!
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